Jornais do Brasil nessa Segunda Feira 11 de abril
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11 de abril de 2016
O Globo
Manchete : Planalto concentra força na votação em plenário
Derrota hoje na comissão da Câmara é dada como certa pelo governo
Ministros e o ex-presidente Lula vão intensificar negociações junto a parlamentares para tentar conseguir os 172 votos necessários à derrubada do impedimento de Dilma no próximo fim de semana
O governo acredita ser muito difícil evitar hoje a aprovação do parecer do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) pelo afastamento da presidente Dilma Rousseff, na comissão do impeachment. Por isso, decidiu apostar todas as fichas nas articulações para conseguir os 172 votos necessários a um resultado favorável no plenário da Câmara, no próximo fim de semana. Levantamento do GLOBO mostra que, dos 65 integrantes da comissão, 34 estão a favor do impeachment, 21 são contrários e dez continuam indecisos. O ex-presidente Lula e ministros retomarão encontros com dirigentes de vários partidos e com parlamentares para negociar os apoios. A oposição, por sua vez, espera uma boa margem de votos hoje para criar uma “onda” pelo impedimento de Dilma. (Págs. 3 a 5)
Moreira: PMDB vai manter ações sociais
Político mais ligado ao vice-presidente Michel Temer, Moreira Franco diz a JORGE BASTOS MORENO que a disputa agora é entre o peemedebista e Dilma, e que, se a “vitória” for de Temer, o PMDB vai manter programas como o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida e o Fies. (Pág. 4)
Crise nos estados – Salários e juros consomem caixa
Só cinco estados do país destinam no máximo 65% das receitas para pagar salários e juros. A maioria gasta além e limita despesas essenciais, como saúde e educação. (Pág. 17)
Kirchner na berlinda – Delação complica vida de Cristina
A acusação do ex-colaborador de um aliado dos Kirchner, ligando Cristina a lavagem de dinheiro, complicou a situação da ex-presidente, que depõe quarta em outro caso. (Pág. 20)
Eleições no Peru – Filha de Fujimori vence com folga
Filha do ex-presidente preso, Keiko Fujimori teve 38% dos votos no primeiro turno das eleições presidenciais no Peru. Ex-ministro deverá ser o rival no segundo turno. (Pág. 21)
Ricardo Noblat
Lula caça votos daqueles a quem já chamou de picaretas (Pág. 2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: PT tenta evitar que revés em comissão contamine plenário
Planalto considera ‘pequena vitória’ decisão do colegiado de abrir mão da votação nominal
Integrantes do governo se esforçavam no fim de semana para minimizar a provável derrota hoje na votação da Comissão Especial do Impeachment. O colegiado deve aprovar a admissão do parecer em favor da abertura do processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff. O temor do Planalto é de que um revés muito expressivo acabe contaminando a votação do tema no plenário, prevista para começar na sexta-feira e se estender até domingo. Se isso ocorrer, avaliam governistas, a percepção de fraqueza e de isolamento político da presidente Dilma deve se ampliar. Ontem e anteontem, a base governista se concentrou na busca de pelo menos 30 dos 65 votos da comissão. A determinação do presidente do colegiado, Rogério Rosso (PSD-DF), de que a votação se dará por meio do painel eletrônico e não pela chamada nominal foi considerada “uma pequena vitória” pelo Planalto. Por outro lado, a oposição avalia que um triunfo hoje na comissão lhe dará fôlego para esta semana decisiva. (Política/Pág. A4)
Marina defende voto a favor
Líder da Rede Sustentabilidade, Marina Silva defendeu voto no impeachment, mas disse que o partido terá liberdade no plenário. Ela pediu urgência ao TSE para cassar a chapa Dilma Rousseff-Michel Temer. (Pág. A4)
Na comissão, maioria deve votar hoje por afastamento
Dos 65 membros do colegiado, pelo menos 35 devem optar pelo impeachment. (Política/Págs. A8 e A9)
Foto-legenda: ‘Muro do impeachment’ já divide Esplanada
Funcionários montam barreira de metal na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Objetivo é separar grupos pró e contra impeachment até o fim de semana. Haverá uma segunda barricada de alambrados. Do lado direito, ficarão manifestantes que pedem a saída de Dilma. Do esquerdo, os que defendem sua continuidade. (Pág. A4)
Filha de Fujimori sai na frente em eleição peruana
Keiko Fujimori, filha do ex-presidente peruano Alberto Fujimori, preso por crimes contra a humanidade, foi a mais votada na eleição presidencial de ontem no Peru, segundo projeções. Parcial divulgada às 23h30 indicou que, com 20% das urnas apuradas, ela tinha 38,4% dos votos. Mas haverá segundo turno no dia 5 de junho, informa o enviado especial Rodrigo Cavalheiro. O economista Pedro Pablo Kuczynski deve ser o adversário de Keiko. (Internacional/Págs. A10 e A11)
Bancos e governo tememcalote de grandes grupos
As dívidas das 15 maiores empresas do País, excluindo a Petrobrás, somam R$ 150 bilhões. O alto endividamento e o risco de calote preocupam os bancos e o governo. Há pressão para que o BC libere parte dos depósitos compulsórios das instituições e afrouxe os limites dos empréstimos. (Economia/Págs. B1 e B3)
Rede pública inicia vacinação contra H1N1
Começa hoje a vacinação contra H1N1 para crianças, idosos e gestantes. A entrega de 16 milhões de doses, antecipada em duas semanas pelo Instituto Butantã. Divididos em três turnos,500 funcionários prepararam 54 milhões de ovos para cultivo dos vírus usados no imunizante. (Metrópole/Pág. A14)
CPI aponta fraude de R$ 3 bi em fundos (Economia/Pág. B4)
José Roberto de Toledo
Gravidade tucana
O Datafolha confirmou que Aécio Neves, Geraldo Alckmin e José Serra estão andando para trás na corrida presidencial – e rapidamente. (Política/Pág. A6)
Notas & Informações
Crime é o que não falta
A cada dia que passa, fatos gravíssimos desmentem a alegada inocência da presidente. (Pág. A3)
Política e finanças podres
Negócios duvidosos têm sido realizados por todas as entidades sujeitas ao governo. (Pág. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete : Governo prevê revés em comissão e tenta se salvar no plenário
Pessimista, Planalto busca minimizar derrota em votação que abre semana decisiva para o futuro do governo Dilma
O governo admite que será derrotado na votação, nesta segunda,do relatório que pede o impeachment da presidente Dilma Rousseff em comissão especial da Câmara. Os aliados da petista tentarão minimizar a derrota com vistas à votação em plenário, que deve ocorrer no próximo domingo (17). Quanto maior a diferença pró-impeachment hoje, avalia o Planalto, menor será a chance de reverter o quadro. A ameaça de debandada do aliado PP e o temor de novidades na Operação Lava Jato ampliaram o pessimismo palaciano na semana decisiva para a defesa do mandato da presidente. A delação de ex-executivos da Andrade Gutierrez associando campanhas de Dilma ao petrolão e a articulação do PMDB em torno de um futuro governo do vice Michel Temer atrapalharam o trabalho feito pelo ex-presidente Lula e pelo governo para angariar apoio na reta final do processo. (Poder a4)
Debandada pode tirar 26 dos 57 deputados do PT
Um desembarque coletivo pode tirar do PT quase a metade (46%) de seus deputados na Câmara — 26 dos 57 estudam sair do partido. A debandada dos insatisfeitos deve ocorrer após as eleições municipais de outubro. Agora, o foco é a defesa da presidente Dilma no processo de impeachment. Dentre os descontentes com a forma de atuação da legenda estão dois ex-presidentes da Câmara, Arlindo Chinaglia (SP) e Marco Maia (RS),e Maria do Rosário(RS), ex-ministra de Dilma. O ex-ministro Tarso Genro (gestão Lula) busca criar um novo partido, que poderia acolher ex-petistas. (Poder a6)
Entrevista da 2a.: José Eduardo Cardoso – Tirar Dilma pode inviabilizar o país para investimento
O impeachment de Dilma traria insegurança jurídica para os mercados e inviabilizaria o país para investimento, diz à Folha o ministro da Advocacia-Geral da União, José Eduardo Cardozo. Para ele,se vencer,o governo deve dialogar com diversas forças políticas. (Pág. a14)
Consórcio brasileiro recebe por obra não feita em Caracas (Poder a9)
Vacina antigripe universal é meta de pesquisadores
Grupos de pesquisadores buscam criar uma vacina antigripe universal, que proteja contra todos os tipos do influenza. Há 31 candidatas na fase pré-clínica —antes de testes em humanos. Hoje, as vacinas disponíveis têm eficácia de 60%, taxa considerada baixa. (Cotidiano b5)
Keiko Fujimori aumenta seu favoritismo em eleição no Peru (Mundo a10)
Painel
Governo impõe condições para discutir eleição
O governo está menos reticente à proposta de nova eleição presidencial. Mas só aceita discutir a hipótese de renúncia de Dilma se o vice, Michel Temer, também aceitar sair e se houver a realização de profunda agenda de reformas no país. (Poder a4)
Editoriais
Leia “Socorro irresponsável”, a respeito de dívidas dos Estados com a União, e “Qualidade médica”, sobre avaliação de estudantes de medicina. (Opinião a2).
Redação