Jornais do Brasil nessa Segunda Feira 16 de Maio
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16 de maio de 2016
O Globo
Manchete : Temer manda rever últimos atos de Dilma
Em reunião com parlamentares ligados ao agronegócio, presidente interino se comprometeu a rever medidas; MST diz que conflitos rurais devem aumentar. Também será reavaliado o marco civil da internet
A Casa Civil do governo Michel Temer já começou a reavaliar todas as ações da presidente afastada, Dilma Rousseff, de 1° de abril a 12 de maio, quando ela deixou o Planalto. O foco principal são desapropriações de terra, reconhecimento de comunidades quilombolas e criação de áreas indígenas, revelam Simone Iglesias, Danilo Fariello e Martha Beck. Só no dia 1° de abril, Dilma assinou 21 atos para desapropriar 56 mil hectares de terra.
No primeiro governo Dilma, foram assentadas 107 mil famílias, o pior resultado em 20 anos. Antes de assumir a Presidência, Temer se reuniu com parlamentares do agronegócio e se comprometeu a rever essas medidas. O MST, que ocupa uma fazenda que está em nome de um amigo de Temer no interior paulista, diz que os conflitos no campo devem aumentar. Além de questões fundiárias, está na mira de revisão do governo o Marco Civil da Internet. (Pág.3)
Rombo nas contas públicas deve chegar a R$ 125 bi
A equipe econômica do novo governo refaz cálculos devido ao impasse na dívida dos estados e à queda na arrecadação, contam Geralda Doca e Cristiane Jungblut. (Pág.17)
Planalto chama centrais para debater Previdência
O presidente interino, Michel Temer, recebe hoje representantes de centrais sindicais para debater reforma da Previdência. Propostas de mudanças não foram bem recebidas por sindicalistas. (Pág.7)
Governo volta atrás, e Cultura fica com Educação
Um dia depois de decidir que a Cultura teria uma secretaria própria, o governo recuou e decidiu que setor ficará no guarda-chuva da Educação. Motivo alegado foi evitar mais custos. (Pág.5)
Obra será inaugurada incompleta
O BRT Transolímpico, que ligará Deodoro ao Recreio e à Barra, será inaugurado até o fim de junho, mas funcionará parcialmente durante os Jogos do Rio. Das 21 estações ou terminais previstos, apenas três estarão abertos nas Olimpíadas, informa Luiz Ernesto Magalhães. A nova via expressa da cidade terá cobrança de pedágio: R$ 5,90. (Pág.8)
Falta até água em hospitais
Afetada por uma grave crise econômica, a Venezuela enfrenta um caos na saúde. Falta até água para lavar o sangue das salas de cirurgias de hospitais. Em muitos não há sabão e curativos. A taxa de mortalidade de bebês com menos de um mês aumentou cem vezes, e drogas contra o câncer sumiram. (Pág. 23)
Ricardo Noblat
Como o PT levou Waldir Maranhão a tentar anular o processo de impeachment. (Pág.2)
Antônio Gois
Troca de ministro e falência do Estado do Rio trazem incertezas e agravam a crise na educação. (Pág.24)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Contra ajustes, sindicalistas e Fiesp pressionam Temer
Novo governo se reúne com aliados na batalha do impeachment para explicar planos sobre Previdência e CPMF
Apenas quatro dias após a posse, o presidente em exercício, Michel Temer, e seu ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já sofrem pressão de centrais sindicais e setores empresariais contra, principalmente, planos para a reforma da Previdência e volta da CPMF, informam Victor Martins e Pedro Venceslau. As medidas fazem parte de um pacote que a equipe econômica planeja detalhar nos próximos dias. Apressão parte de personagens importantes que estiveram ao lado de Temer na batalha do impeachment, como o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), da Força Sindical, e o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf. Em reunião no Palácio do Planalto, hoje, líderes de pelo menos quatro das maiores centrais sindicais do País pressionarão membros do novo governo sobre a questão da aposentadoria. Do lado dos empresários, Skaf reuniu-se com Temer ontem. (Política/Pág. A4)
Presidente diz não ter medo de se tornar impopular
O presidente em exercício Michel Temer afirmou ao programa Fantástico, da TV Globo, que não disputará a reeleição caso assuma definitivamente o Planalto ao fim do processo de impeachment de Dilma Rousseff. “Eu estou negando a possibilidade de uma eventual reeleição, até porque isso me dá maior tranquilidade”, disse. “Posso ser até, digamos assim, impopular, mas desde que isso produza benefícios para o País. Isso para mim seria suficiente.” (Política/Pág. A5)
A volta dos panelaços
Ao menos quatro capitais registraram apitaços e panelaços durante a entrevista de Michel Temer na TV. Também foram ouvidos gritos de “golpista”.
Ministério foi definido minutos antes da posse
Após passar a madrugada de quarta para quinta-feira negociando com lideranças, o presidente em exercício Michel Temer concluiu seu ministério 15 minutos antes de ir para a cerimônia de posse, no Planalto. Sua equipe não sabia se daria tempo de elaborar o documento que seria assinado pelos 23 escolhidos.Temer, que preza pela pontualidade, teve de se atrasar. (Pág. A6)
Medidas ‘não são maldades’
O ex-ministro Delfim Netto acha crucial que se convença o eleitor de que é preciso corrigir defeitos “sem atacar direitos”. (Caderno 2/Pág. C2)
Protesto na Paulista
Liderado por mulheres, um grupo se reuniu na Avenida Paulista para protestar contra o impeachment e o novo governo, que não tem nenhuma mulher entre os 23 atuais ministros. (Política/Pág. A6)
Presidencialismo de coalizão na berlinda
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) apoia a decisão dos tucanos de integrar a base do governo, mas defende que Temer não repita a política de loteamento de cargos. (Pág. A4)
Custos de saúde sobem até 1.000%
Alta de preço de itens como próteses e stents, apontada por estudo da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), deve elevar ainda mais reajuste de convênios. (Metrópole/Pág. A12)
Em livro, FHC revela bastidores de crises (Política /Pág. A8)
José Roberto de Toledo
Quibe com mortadela
Geddel Vieira Lima, ministro da Secretaria de Governo, deu a extensão do acordo que se pretende ao dizer que Lula dará sua contribuição. (Política/Pág. A6)
Notas & Informações
A crise estrutural do PT Para sair da crise, alguns dirigentes do partido veem a necessidade de voltar às origens. (Pág. A3)
Desaparelhar o poder público Urge passar um pente fino para aferir a real necessidade de cargos comissionados no atual contexto. (Pág. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete : Procuradoria não é poder absoluto, diz novo ministro
Titular da Justiça, Alexandre de Moraes afirma que governo poderá alterar processo de escolha do procurador-geral da República
O novo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, afirma que o governo de Michel Temer não indicará obrigatoriamente, para a chefia da Procuradoria-Geral da República, o mais votado em uma lista tríplice por integrantes da carreira.
A Constituição não prevê eleição interna na PGR, mas a prática foi adotada nos governos do PT, que indicaram para procurador-geral sempre o primeiro da lista. A conduta era elogiada por membros do Ministério Público por em tese garantir maior autonomia ao órgão. Em entrevista a Mônica Bergamo, Moraes diz que o poder da Procuradoria é grande mas não pode ser “absoluto”.
O novo ministro afirma ainda que vai “reanalisar” todas as portarias do governo federal baixadas neste ano em todas as áreas. “É um procedimento que adoto sempre que assumo um cargo.”
A bancada ruralista, por exemplo, já pressiona Temer para rever demarcações de terras indígenas.
“Agora, sempre, em especial quando isso afeta direito de terceiros, qualquer alteração tem que ser feita com diálogo com as partes envolvidas”, diz Moraes. Sobre protestos contra o novo governo interino, afirma que todos têm o direito de se manifestar dentro dos limites da lei. (Poder A14)
Deficit nas contas públicas pode superar R$ 120 bilhões
O governo do interino Michel Temer estima em mais de R$ 120 bilhões o rombo nas contas públicas deixado por Dilma Rousseff.
O deficit primário (saldo que não considera despesas com juros) é superior aos R$ 96,7 bilhões admitidos pela equipe da presidente afastada e vai balizar a discussão da revisão da meta fiscal. Ela deve ocorrer até o dia 22 para evitar bloqueios.
Outros dois temas econômicos preocupam: as reformas e a definição da equipe liderada pelo ministro Henrique Meirelles (Fazenda). Nesta segunda, o governo reunirá as maiores centrais sindicais do país para discutir as reformas trabalhista e da Previdência. (Poder A4)
É bom acabarem com ministérios de ‘comunas’ :: Celso R. de Barros
Acabaram os ministérios de coisa de “comuna”, como igualdade racial, direitos das mulheres e prevenção ao feudalismo, mas isso é até bom. Pelo padrão de montagem, o provável é que fossem unificados em um só e entregues a Paulinho da Força de vestido e “blackface”. (Poder A7)
Vice-presidente da Venezuela nega referendo contra Maduro
O vice-presidente da Venezuela, Aristóbulo Istúriz, descartou o referendo revogatório com o qual a oposição pretende destituir o presidente Nicolás Maduro e disse que a oposição fez “mal e com fraude” o pedido.
Ele teria feito referência à acusação de que a lista de assinaturas para a abertura do processo foi inflada. Anticha-vistas negam. Conselho eleitoral afirmou que vai se pronunciar no dia 2. (Mundo A11)
Na crise, clientes com renda menor são VIP nos bancos
A recessão levou vários bancos a oferecer atendimento VIP a clientes com renda em torno de R$ 4.000.
Os serviços incluem de orientação financeira ao acesso a investimentos que rendem mais, mas também cobram tarifas maiores para a manutenção das contas. Os bancos também ganham com produtos como crédito, e cartões. (Folhainvest Pág. 1)
‘Vaquinha’ feita por moradores ajuda políciais a pagar despesas
A crise financeira, que reduz repasses dos governos estaduais, e o medo de roubos levam moradores de diversas cidades do país a promoverem “vaquinhas” para comprar armas, munições, móveis e veículos para a PM.
Para especialista, auxílio pode ser meio de cobrar mais policiamento, mas compromete a autonomia do trabalho. Governos estaduais afirmam que ação é positiva, mas isolada. (Cotidiano B5)
Após legalizar o Uber, SP usará táxi com funcionários
A Prefeitura de São Paulo vai abrir mão de carros alugados para transporte de funcionários e chamará taxistas para esse serviço em algumas de suas secretarias.
Somente na de Finanças, haveria demanda suficiente para até cem taxistas por mês em viagens. Projeto valerá para o chamado táxi preto, que atua por meio de aplicativos. (Cotidiano B5).
Redação