Jornais do Brasil nessa Segunda Feira 22 de Fevereiro
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22 de fevereiro de 2016
O Globo
Manchete: Rombo de R$ 2,4 tri reforça necessidade de reforma
Déficit para pagar benefícios atuais e futuros de servidores equivale a 44% do PIB
Pesquisa sugere o fim das aposentadorias especiais e a redução dos valores de pensões por morte
Estudo inédito do Ipea mostra que o déficit da previdência dos estados alcançou R$ 2,4 trilhões em 2014. Este seria o valor das aposentadorias e pensões atuais e futuras dos servidores, o equivalente a 44% do PIB. Das 27 unidades da federação, 13 não têm recursos para pagar um ano de benefícios e a despesa previdenciária já representa o dobro da arrecadação, o que reforça a necessidade de reformas. (Pág. 17)
Fundos fazem maus negócios
Um padrão de investimentos em negócios privados sem retorno levou os fundos de pensão das estatais a prejuízos bilionários. (Pág. 3)
Boca de urna dá derrota de Morales
Pesquisas de boca de urna indicavam a derrota de Evo Morales no referendo que decidirá se o presidente da Bolívia pode concorrer a uma nova reeleição. Cerca de 80% dos eleitores participaram de uma votação que teve incidentes isolados. (Pág. 20)
Osorio deixa cargo e vai para o PSDB
O secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osorio, deixou a pasta e o PMDB, mirando candidatura a prefeito do Rio. (Pág. 4)
Compra de móveis foi fechada na OAS
Móveis para sítio em Atibaia e tríplex no Guarujá, atribuídos a Lula, foram negociados na OAS. Ex-presidente vai recorrer contra procuradores. (Pág. 5)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Desemprego chega aos trabalhadores mais qualificados
115 mil vagas para profissionais de ensino superior foram fechadas em 2015
A rápida deterioração do mercado de trabalho já atinge os trabalhadores mais qualificados. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que 115 mil postos de trabalho com carteira assinada foram fechados no ano passado para brasileiros com ensino superior incompleto ou completo. A retração marca uma virada. De 2004 a 2014, o País sempre criou empregos para os mais escolarizados. No auge, em 2010,quando o PIB cresceu 7,6%, 306 mil empregos com carteira assinada foram abertos para trabalhadores com ensino superior. A demanda das empresas foi tão grande que houve apagão de mão de obra qualificada no País até o início de 2014. O cenário começou a mudar com a Operação Lava Jato e os sinais de que a crise seria mais forte que o esperado. Tanto para 2015 quanto para 2016, economistas estimam que a atividade econômica deve recuar 4%. Se os números se confirmarem, será o pior desempenho desde 1901. (Economia/ Pág.B4)
Redução do salário de Dilma não sai do papel
A presidente Dilma Rousseff anunciou em outubro que diminuiria em 10% seu salário, o do vice-presidente Michel Temer e o dos ministros. Passados quatro meses, ela, Temer e os 31 ministros continuam recebendo R$ 30.934,70 mensais. A redução na folha de pagamento não foi a única promessa ainda não cumprida da reforma ministerial. Dos 3 mil cargos comissionados que seriam cortados, apenas 528 foram extintos. (Política/ Pág. A4)
Governo culpa burocracia
O Ministério do Planejamento aponta a burocracia como o maior empecilho para o corte. A medida depende de aprovação do Congresso. (Pág. A4)
‘Não’ a Evo larga na frente em apuração de referendo
O “não” à possibilidade de Evo Morales concorrer a seu quarto mandato presidencial consecutivo na Bolívia saiu na frente ontem na apuração do referendo para alterar a Constituição do país. Com 14,3% das urnas apuradas, a rejeição à proposta de permitir uma terceira reeleição tinha 67,6% dos votos e a aprovação, 32,4%. Pesquisas de boca de urna indicavam derrota por pequena margem de Evo. Mais de 5,7 milhões de bolivianos (88% da população) foram às urnas ontem. Durante a votação, houve protestos isolados em Santa Cruz, o Estado mais rico. A Organização dos Estados Americanos (OEA), porém, considerou o pleito “normal e pacífico”. Evo prometeu respeitar o resultado do referendo. (Internacional/ Pág. A7)
Demora de exames atrasa diagnóstico de microcefalia
Pelo menos 3.935 famílias brasileiras enfrentam a angústia de não saber se seu bebê tem microcefalia. Elas foram informadas sobre a suspeita da má- formação, mas aguardam exames e não receberam diagnóstico. No total, 74% das notificações estão “em investigação”. (Metrópole/ Págs. A10 e A11)
Rodrigo Janot
Golpe contra a impunidade
Ao STF, que soube, com prudência e atento à Constituição, posicionar suas velas institucionais na direção do futuro, meu profundo respeito. (Espaço Aberto/ Pág. A2)
José Roberto de Toledo
O menor cacife de Lula
Rejeição a petista subiu seis pontos desde outubro, segundo o Ibope. Agora, 61% dizem que não votariam nele de jeito nenhum para presidente. (Política/ PÁG. A6)
Notas & Informações
É muito maior do que parece
Investigadores têm o dever de ignorar as bravatas lulopetistas e ir até o fim. (Pág. A3)
Redução da impunidade
Faz bem o STF em não ter receio de reavaliar suas posições e, quando necessário, alterá-las. (Pág. A3)
Pedagogia criativa
MEC mapeia 178 escolas inovadoras. (Metrópole/ Pág. A14)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Delcídio ameaça entregar colegas caso seja cassado
Se perder mandato, ex-líder do governo no Senado fica sem foro privilegiado
Após passar quase três meses na prisão, Delcídio do Amaral (PT-MS), ex-líder do governo no Senado, já avisou a aliados que não admitirá ter o mandato cassado. “Se me cassarem, levo metade do Senado comigo”, afirmou a interlocutores quando ainda estava preso. O petista deve voltar ao Congresso nesta semana, onde enfrentará processo por quebra de decoro no Conselho de Ética da Casa. Se perder o mandato, Delcídio ficará sem o chamado foro privilegiado e será julgado na primeira instância, pelo juiz Sergio Moro. O senador pretende procurar integrantes de partidos aliados e da oposição para dizer que é inocente. Considera-se, porém, que poucos estarão dispostos a dar apoio público ao petista, que cumpre regime de prisão domiciliar determinado pelo STF. A própria cúpula do PT quer expulsar Delcídio. Deve haver deliberação sobre ocaso na reunião do Diretório Nacional, na sexta (26). A fim de evitar desgaste no Senado, o petista cogita tirar licença de 120 dias. Ele só manterá o salário se alegar razões médicas. (Poder A4)
Inquérito contra Lula é abusivo, afirma advogado
A defesa do ex-presidente Lula diz que procuradores da República cometeram abusos e ilegalidades em inquérito sobre supostos crimes de tráfico de influência. O advogado quer levar queixas ao Conselho Nacional do Ministério Público e ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot. (Poder A5)
Celso Rocha de Barros
Esquerda precisa adequar projetos a análises sólidas
O descaso pela “aritmética responsável” não é raro nas discussões no PT, em especial na reforma da Previdência. Precisamos readequar os projetos da esquerda a análises sólidas. Até porque, na disputa de picaretas, a direita tem dinheiro para comprar todos, inclusive os da esquerda. (Poder A5)
Epidemia de dengue atinge 25% dos distritos de SP
Nos dois últimos anos, 24 dos 96 distritos da capital paulista registraram dados epidêmicos de dengue. Segundo o secretário municipal Alexandre Padilha (Saúde), os dados orientam as visitas de agentes da prefeitura. “As ações estão concentradas nas áreas onde as pessoas tiveram dengue.” Moradores de bairros onde houve epidemia, como Rio Pequeno (zona oeste) e Brasilândia (zona norte), porém, negam ter sido visitados pelos agentes. Lixo, entulho e água parada, criadouros para o mosquito Aedes aegypti, estão espalhados por ruas e avenidas. (Cotidiano B4)
Crise encolhe dinheiro em circulação e faz faltar troco
Com corte no orçamento para produção de moeda, o total de notas que saíram de circulação no ano passado superou o de dinheiro novo. Diminuiu de 5% a 9% o número de cédulas de R$ 5, R$ 10 e R$ 20, mas aumentou 6% o numerário de R$ 100. Desde 2003, é a primeira vez que cai o valor total do meio circulante. (Folhainvest A13)
Marcia Dessen
Mais crédito para enforcar o trabalhador
O governo precisa aquecer a economia. Os trabalhadores serão incentivados a tomar empréstimos. Isso será feito como comprometimento de parte do FGTS. Um círculo vicioso, e não virtuoso, pode ser criado. (Folhainvest A18)
Editoriais
Leia “Tabus petrolíferos”, sobre projeto que muda regras de exploração do pré-sal, e “Brilho inútil”, a respeito de aeroporto no interior do Piauí. (Opinião A2).
Redação