Jornais do Brasil nessa Segunda Feira 25 de abril

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25 de abril de 2016

O Globo

Manchete : Com apenas 5 votos pró-Dilma, comissão abre trabalhos hoje

Governo já prevê derrota também no plenário do Senado e estuda ir ao Supremo

Integrantes do Mercosul não estão dispostos a punir o Brasil por violação da cláusula democrática, como a presidente reivindicou em Nova York

A comissão especial do Senado que analisará o processo de impeachment será instalada hoje com cenário amplamente desfavorável à presidente: apenas cinco dos 21 integrantes apoiam Dilma Rousseff. O parecer sobre a aceitação do processo será votado até 9 de maio, quando segue para o plenário, onde ela também não tem maioria. Diante da derrota iminente, o governo pensa em recorrer ao STF, e aliados falam em criar um “tribunal internacional”, sem valor jurídico, para denunciar o que chamam de farsa. A intenção da presidente de invocar a cláusula democrática do Mercosul para que o Brasil seja punido, se ela perder o cargo, seria derrotada se votada hoje, informam JANAÍNA FIGUEIREDO e ELIANE OLIVEIRA. (Pág. 3)

De olho em 2018, PSDB diverge sobre aceitar cargos

A discussão sobre assumir cargos num eventual governo Temer opõe os caciques tucanos que pretendem concorrer ao Planalto em 2018. Aécio Neves e Geraldo Alckmin são contra, mas José Serra, cotado para ser ministro e que corre por fora na disputa pela indicação tucana, defende a participação. (Pág. 4)

Crise leva empresas aéreas a cortar mais voos a partir de maio (Pág.16)

Estado faz planos para cortar gastos de R$ 2 bilhões este ano (Pág. 9)

Nenhum jovem infrator está internado há mais de 2 anos

Apesar de o Estatuto da Criança e do Adolescente prever internações de até três anos em casos graves, nenhum jovem infrator está há mais dois anos em abrigos do Estado do Rio, revela CHICO OTAVIO. Um grupo de promotores e procuradores apresentou uma emenda para tornar a lei mais rigorosa. (Pág. 6)

Colunistas

RICARDO NOBLAT – Lava-Jato já dispõe de provas suficientes para prender Lula (Pág. 2)

GEORGE VIDOR – Saída de emergência é liberar União de gastos obrigatórios (Pág. 16)

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O Estado de S. Paulo

Manchete : Temer rejeita aumentar imposto e descarta CPMF

Equipe do vice avalia que País não tem como suportar elevação na carga tributária com economia em recessão

O vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) não pretende aumentar impostos e descarta uma eventual recriação da CPMF. Em conversas com assessores, ele avaliou que, com a economia em recessão, o País não suportaria a carga. Ontem, o vice recebeu o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, que levou proposta de ajuste fiscal sem aumento de impostos, com enfoque no corte de gastos públicos e na melhoria da gestão. Skaf afirmou que, embora o propósito da visita não fosse “colher compromissos”, Temer concordou que o aumento de tributos agravaria a recessão. “Numa situação como essa, o governo não deveria ter essa moral de pedir à sociedade mais impostos”, disse Skaf. A estratégia para fechar as contas, numa eventual gestão do peemedebista, passaria por reformas estruturais, como a da Previdência. A solução tem apoio do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, com quem Temer conversou sábado, e do ex-ministro da Fazenda Delfim Netto, que esteve com ele na semana passada. (Política A4)

Vice enfrenta dificuldade para montar a base no Congresso

O vice-presidente Michel Temer tem problemas para montar base consistente no Congresso. O senador Romero Jucá (PMDB-RR), articulador do partido, não consegue amarrar os apoios necessários. O PSB, com 33 deputados e sete senadores, repete o PSDB, que resiste a formar governo se o vice assumir o Planalto. (Política A5)

Análise – Dora Kramer

Para Aécio, basta apoiar, não precisa participar (Pág. 5)

‘É claro que o Bolsa Família está inchado’

Entrevista. Ricardo Paes de Barros, ECONOMISTA

Formulador da “espinha dorsal” das políticas sociais do PMDB e um dos criadores do Bolsa Família adotado pelo governo Lula, o professor do Insper afirma que a política pública foi expandida de maneira “generosa” e está carregada de “ineficiências”. “Ao corrigir as ineficiências, podemos alcançar os mesmos resultados ou até mais, gastando menos”, diz. “É claro que o Bolsa Família está inchado”, acrescenta. (Política A6)

Seis meses após início, eSocial é foco de problemas

A adaptação às regras do eSocial doméstico, em vigor desde outubro de 2015, segue complicada. O programa ainda gera dúvidas e problemas para empregados e patrões, ao adotar as rotinas de uma empresa à vida das pessoas físicas, exigindo jogo de cintura e visita constante ao site. (Economia B8 e B9)

Linha 4 do Metrô deve custar 54% mais que o previsto

O reinício das obras da Linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo, paradas há nove meses, deve elevar o custo do empreendimento em ao menos R$ 381,6 milhões. O valor inclui a construção de quatro estações, um pátio de trens, um terminal de ônibus e um túnel. A estimativa é do próprio Metrô, que alega acréscimo de serviços. (Metrópole A14)

José Roberto de Toledo

Matungos e azarões – Pesquisa Ibope mostra que 62% querem escolher já um presidente. Na eventual disputa, preferência por tucanos, Lula e Marina Silva não avança (Política A6)

Notas&Informações

Impeachment não é o epílogo – Lava Jato indica que impeachment deve ser só mais um capítulo da purgação da política nacional (Pág. 3)

A produtividade possível – Sem ser irrelevante, programa Brasil Mais Produtivo pode trazer ganhos limitados a alguns segmentos (Pág. 3)

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Folha de S. Paulo

Manchete : PT deixará de ser líder da esquerda, afirma Haddad

Prefeito de São Paulo vê impeachment fundado embases frágeis e critica agenda de eventual governo Michel Temer

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirma que, passada a atual crise política, seu partido deixará de ser a liderança em torno da qual as demais agremiações de esquerda orbitam no Brasil. Em entrevista à Folha, ele diz que, a partir de agora, “o PT vai precisar pensar mais o campo progressista do que o próprio partido”. Haddad sustenta que o pedido de afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT) está fundado em argumentos frágeis: “Os pretextos usados, de contabilidade criativa, não vão ser usados contra mais ninguém”. Ele reconhece, no entanto, que Dilma perdeu a base quando o governo “mudou o discurso em 180º pouco depois da eleição”. Para Haddad, caso o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assuma o Planalto, haverá um retrocesso em direitos trabalhistas e sociais. “Um modelo de sociedade que eu espero que seja inaceitável para a maioria”, afirma. (Entrevista da 2ª pág. a12)

Celso Rocha e Barros – Se o governo Michel Temer for um sucesso, o PMDB pode substituir o PSDB à frente da centro-direita. (Poder a6)

Só 39 senadores dizem apoiar saída definitiva de Dilma

Levantamento feito pela Folha mostra que ainda não há votos suficientes no Senado para o impeachment de Dilma. Enquanto 50 senadores afirmam que votarão, em maio, pelo afastamento temporário da presidente, 39 dizem que apoiarão o impedimento definitivo ao final do processo. São necessários 54 votos. (Poder a4)

Temer é contra o aumento de impostos, diz Skaf, da Fiesp

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de SP, Paulo Skaf, disse, após encontro em Brasília com Michel Temer, que o vice- presidente é contrário ao aumento de impostos. Defensor da saída de Dilma Rousseff e crítico da carga tributária vigente, Skaf entregou propostas para retomada do crescimento. (Poder a5)

Crise aumenta desigualdade em 12 Estados do país

A piora do mercado de trabalho fez a desigualdade crescer em 12 das 27 unidades da Federação ao fim de 2015, mostram cálculos do Bradesco. A concentração de renda foi maior em SP, no Norte e no Nordeste. (Folhainvest a13)

Programa de habitação de Alckmin não saiu do papel

Lançada por Alckmin (PSDB) em 2012, parceria entre o governo paulista e a iniciativa privada para a construção de 20 mil moradias no centro paulistano ainda não entregou nenhuma casa. Hoje há 126 apartamentos em construção. A gestão tucana afirma que, por ser inédita, a parceria encontrou dificuldades. (Cotidiano b5)

Editoriais

Leia “Longo inverno”, sobre perspectivas negativas para o mercado de trabalho, e “Drogas na ONU”, acerca de debate internacional em torno do tema. (Opinião A2).

Redação