jornais do Brasil nessa Segunda Feira 28 de dezembro
Por - em 9 anos atrás 612
28 de dezembro de 2015
O Globo
Manchete: Corte de cargos só chegou a 11% do anunciado por Dilma
Eliminação de secretarias e redução de salários também ficaram no papel
Necessidade de oferecer mais postos a partidos aliados em troca de apoio na Câmara, em meio ao processo de impeachment, emperrou a reforma anunciada como parte do ajuste para cobrir o déficit no Orçamento
Três meses após a presidente Dilma anunciar uma reforma que previa o corte de 3 mil cargos de confiança, a extinção de 30 secretarias especiais e uma economia anual de R$ 200 milhões, quase nada saiu do papel, nem mesmo a redução dos salários dela, do vice Michel Temer e dos ministros, informam Simone Iglesias e Martha Beck. O corte de gastos com pessoal foi um dos pontos do pacote anunciado por Dilma para cobrir o déficit de R$ 30,5 bilhões previsto no Orçamento de 2016. Dos 3 mil cargos, só 346 foram cortados.
Das 30 secretarias, só sete deixaram de existir. Após o anúncio do enxugamento, Dilma teve de dar mais cargos a aliados em troca de apoio contra o impeachment (Pág. 3)
Pedágios voltarão ao nível do governo FH
A crise econômica e o crédito caro devem levar o valor do pedágio no próximo leilão de rodovias ao patamar das privatizadas no governo FH, conclui estudo do Ipea. Estradas federais concedidas na época cobram hoje, em média, R$ 14 a cada cem quilômetros, informa Danielle Nogueira. Nas vias leiloadas no governo Lula, que tiveram crédito subsidiado, a média é de R$ 3,80. (Pág. 15)
Governadores debatem a crise
Um grupo de governadores, entre eles Pezão, do Rio, e Alckmin, de SP, se reúne hoje, em Brasília, para discutir saídas contra a crise financeira que atinge todos os estados. (Pág. 4)
Israel pressiona governo do Brasil
A vice-chanceler de Israel, Tzipi Hotovely, disse que o Brasil vai criar uma crise diplomática se continuar a rejeitar o novo embaixador, Dani Dayan, ligado aos assentamentos. O Itamaraty não quis se pronunciar. (Pág. 19)
————————————————————————————
O Estado de S. Paulo
Manchete: Governo ‘terceiriza’ gastos do Minha Casa e do Pronatec
FGTS passará a bancar 90% do programa habitacional em 2016; plano no ensino técnico é usar recursos que seriam transferidos ao Sistema S
As duas principais vitrines eleitorais do governo Dilma Rousseff deixarão de ser custeadas totalmente com recursos do Tesouro. No Minha Casa Minha Vida, 90% das receitas previstas para o ano que vem deverão vir do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS),formado com os 8% descontados mensalmente dos salários de trabalhadores com carteira assinada. “Agora quem paga esse programa são os trabalhadores brasileiros. Isso tem de ficar claro para a população”, diz Luigi Nese, representante da Confederação Nacional de Serviços no Conselho Curador do FGTS. No caso do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), a promessa eleitoral de abrir 12 milhões de vagas foi reduzida para 5 milhões. As receitas também caíram – de R$ 4 bilhões neste ano para R$ 1,6 bilhão em 2016. Agora, o governo estuda cortar de 20% a30% das transferências ao Sistema S, que reúne Sesi, Senai, Senac e Sebrae, para usar no Pronatec. A redução das alíquotas pagas pelas empresas ao sistema – que variam de 0,2% a 2,5% – deve implicar perda de cerca de R$ 5 bilhões às entidades. (Economia, pág. B1)
Entrevista: Luiz Antonio de Souza Teixeira Júnior, novo secretário de Saúde do estado do Rio
‘Vamos cortar de forma geral’
O novo secretário de Saúde do Estado do Rio, Luiz Antonio de Souza Teixeira Júnior, anunciou que cortará gastos em hospitais e na secretaria para enfrentar a crise no setor. “Vamos cortar gastos de forma geral. No aluguel de imóveis, cargos comissionados, contratos terceirizados. Vamos olhar todos os contratos com organizações sociais”, disse ao Estado. Na semana passada, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) decretou situação de emergência na saúde. “Não tem jeito, precisamos economizar”, afirmou Teixeira Júnior. Ele vai assumir o cargo no dia 1º de janeiro no lugar de Felipe Peixoto. (Metrópole, pág. A10)
Governadores tentam definir agenda comum contra a crise
Com dificuldade de caixa, governadores se reúnem hoje em Brasília para fechar uma agenda contra a crise. Depois, devem se encontrar com o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa. Na pauta estão financiamento de investimentos, geração de empregos e pagamento de dívidas com a União. O plano é afinar o discurso para enfrentar problemas comuns e adotar medidas de estímulo ao crescimento econômico. Segundo o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), articulador da reunião, outra ideia é trabalhar em conjunto para monitorar votações no Congresso. (Política, pág. A4)
A conta das pedaladas
A presidente Dilma Rousseff reúne ministros da área econômica para discutir as últimas definições do Orçamento de 2015, como o pagamento de R$ 57 bilhões das pedaladas fiscais. (Pág. A6)
Antonio Patriota: Igualdade de gênero na ONU
Brasil presidirá, na ONU, sessão da Comissão Sobre a Situação da Mulher, que busca promover o empoderamento das mulheres. (Visão Global, pág. A8)
NOTAS & INFORMAÇÕES
No apagar das luzes
Eduardo Cunha e suas manobras são o melhor exemplo do despudor que impera na Câmara.
Afoita por mudar a lei
É hora de a presidente alterar, por medida provisória, matéria relativa à Lei Anticorrupção? (Pág. A3)
————————————————————————————
Zero Hora
Manchete: Medidas do ajuste fiscal de Sartori desagradam à cúpula do Judiciário
Em votação a partir de hoje na Assembleia, propostas como o fim da licença-prêmio dos servidores seriam motivo de críticas. (Págs. 10 e 11)
————————————————————————————
Folha de S. Paulo
Manchete: Um quarto dos médicos não atende conveniado
Defasagem no valor das consultas é uma das razões, diz relatório da USP
Pela primeira vez o relatório Demografia Médica mostra que 25% dos médicos brasileiros que atendem em consultórios não aceitam planos de saúde, informa Cláudia Collucci. O levantamento é feito pela Faculdade de Medicina da USP com apoio dos conselhos federal e paulista de medicina.
Nesta última década, especialistas passaram a se concentrar mais em consultórios que no sistema público para atender pacientes de convênios, diz o relatório. Mas muitos acabaram deixando os planos e ficando só com os particulares.
Uma das razões para isso é a defasagem no preço da consulta. O valor médio pago pelos planos gira em torno de R$ 60. Em consultórios de São Paulo, os preços variam de R$ 200 a R$ 1.500.
Os 75% de médicos que ainda aceitam planos reservam cada vez menos espaço na agenda para pacientes conveniados, diz o professor da USP Mario Scheffer, coordenador do relatório.
Além da remuneração, fatores que explicam a tendência são ausência de burocracia, menor número de pacientes para atender e falhas no sistema público. (Saúde B7)
Casos de doença rara ligada ao vírus zika crescem no país
A síndrome de Guillain-Barré, doença rara que gera fraqueza muscular e pode levar à paralisia, tem ao menos 554 casos notificados neste ano no Nordeste, segundo levantamento feito pela Folha.
De acordo com o Ministério da Saúde, a síndrome pode ser provocada pelo zika. O órgão estuda protocolo para ampliar apuração de complicações neurológicas causadas pelo vírus. (Cotidiano B4)
Gestão Haddad exonera indicados do PMDB de Marta
Pelo menos 30 afilhados do PMDB foram exonerados de seus cargos na Prefeitura de São Paulo depois que Marta Suplicy entrou para a sigla, no final de setembro.
A senadora é provável candidata à prefeitura em 2016, em possível disputa com Fernando Haddad (PT).
Ele nega motivação política nas exonerações dos indicados do partido. (Poder A7)
Delator da Lava Jato casará a filha com megafesta
No dia 30 de janeiro, a noiva Roberta Camargo, 32, entrará na igreja Nossa Senhora do Brasil, uma das mais concorridas de São Paulo, ao lado do pai, Julio Camargo. O ex-consultor da Toyo Setal foi condenado a 14 anos de prisão na Lava Jato, mas, após delação, a pena será em regime aberto. Assim, ele poderá comparecer à festa para 600 convidados. (Poder A5)
CELSO ROCHA DE BARROS
Há chance de sairmos da crise menos corruptos, mais justos e mais eficientes (Poder A7)
Entrevista da 2ª: Otaviano Canuto
Barbosa cumprirá ajuste sem ‘nova matriz econômica’
O representante do Brasil no FMI diz ser infundado o medo de que a nomeação de Nelson Barbosa (Fazenda) signifique ruptura com o plano de equilíbrio fiscal de Joaquim Levy e volta à “nova matriz econômica” do primeiro governo Dilma. A retomada, diz, virá se o “flá-flu político” não atrapalhar. (A18)
Congresso atrasa fundos de doação a universidades
Dois projetos de lei que podem impulsionar doações para universidades estão empacados no Congresso.
Eles criam os fundos patrimoniais vinculados para receber e gerir recursos de doações de pessoas físicas e jurídicas e estabelecem incentivo fiscal para as doações.
Pessoa física poderia doar até 6% do imposto devido. Empresas, até 2% do lucro operacional. (Folhainvest A11)
Crise não afeta planos de expansão de pequenos empresários (A17).
Portal do Curimatau com Radiobrás