Jornais do Brasil nessa Segunda Feira 28 de Março

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28 de março de 2016

O Globo

Manchete : Governo já redistribui cargos do PMDB

Na véspera da decisão, Planalto negocia com deputados no ‘varejo’

Grupo do vice Michel Temer tentará aprovar o desembarque na reunião de amanhã

Convencido de que o PMDB decidirá amanhã pelo rompimento com o governo Dilma, o Planalto começou a mapear cargos ocupados por apadrinhados peemedebistas para redistribuí-los e tentar atrair apoio contra o impeachment. “Vai ser varejo total, é balcão de feira”, contou um integrante do governo. As conversas já começaram, e o objetivo também é conter o efeito dominó em partidos da base como PP, PR e PSD. (Pág. 3 e Ricardo Noblat)

Conta no exterior liga Cunha a ex-diretor da Petrobras

Uma das novas contas bancárias descobertas no exterior e atribuídas ao presidente da Câmara liga Eduardo Cunha (PMDB) a Jorge Zelada, ex-diretor da Petrobras preso em Curitiba e condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Cunha é suspeito de ser beneficiário de depósitos em 13 contas fora do país em nome de offshores. O escritório de advocacia que criou uma dessas empresas também abriu as duas offshores do Panamá usadas por Zelada para movimentar propina. (Pág. 5)

Jardim Botânico – Ameaça e protesto adiam remoção

Manifestantes invadiram ontem o Jardim Botânico, que precisou ser fechado por três horas. O ato foi contra a remoção de famílias marcada para começar hoje, mas que foi adiada por falta de segurança. Áudio enviado à PF mostra um homem ameaçando incendiar a mata do parque. (Pág. 6)

Retração industrial – Alta tecnologia tem queda maior

Produção na indústria de alta intensidade tecnológica, que inclui informática e farmacêutica, desabou 19,8% em 2015, pior resultado desde o início dos anos 2000. (Pág. 15)

Pezão faz 1º ciclo da quimioterapia

O governador Luiz Fernando Pezão terminou de fazer ontem o 1º ciclo da quimioterapia. O vice Francisco Dornelles assume hoje o governo. (Pág. 10)

Ataque no Paquistão tem cristãos como alvo

Facção do Talibã assume autoria de atentado que matou cerca de 70 pessoas e feriu 340 em parque na Páscoa (Pág. 18)

Xenofobia marca passeata em Bruxelas (Pág. 18)

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O Estado de S. Paulo

Manchete : Crise provoca fechamento de 4,4 mil fábricas em SP

Número de 2015 é 24% superior ao de 2014; País perdeu 1,1 milhão de empregos industriais em um trimestre

A crise que paralisa a economia brasileira deixa um rastro de empresas desativadas. Somente no Estado de São Paulo, 4.451 indústrias de transformação fecharam as portas em 2015, número 24% superior ao de 2014, quando 3.584 fabricantes deixaram de operar, segundo a Junta Comercial. O quadro se estende por todo o País, formando um cemitério de fábricas de variados setores, muitas delas fechadas definitivamente, algumas em busca de alternativas para voltar a operar e outras à espera de compradores, informa Cleide Silva. Muitos trabalhadores demitidos não receberam salários e rescisões. De acordo com o IBGE, entre novembro e janeiro, a indústria brasileira fechou 1,131 milhão de vagas, número recorde para um trimestre. Algumas das fabricantes foram líderes em seus segmentos, mas não resistiram à queda da demanda, aos custos elevados e à falta de investimentos. (Economia B1, B3 e B4)

Desalento no País

A produção industrial brasileira acumula queda de 8,7% em 12 meses, até janeiro. É o maior recuo desde novembro de 2009, segundo o IBGE, e não há esperanças de recuperação consistente para 2016. (B4)

Aliados de Temer isolam governistas do PMDB

Animados com o apoio do PMDB do Rio, os aliados do vice-presidente Michel Temer acreditam ser capazes não só de garantir o rompimento do partido com o governo como de construir unidade na reunião do diretório nacional, amanhã. A tendência é de que seja aprovada a entrega de cargos, a começar pelos 7 ministérios que a sigla comanda. Para Temer, a unanimidade na reunião do diretório seria importante como sinal de que o PMDB está unido em torno dele. (Política A4)

Aposta no distanciamento

Presidente da Câmara no impeachment de Collor, Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) diz que é melhor se afastar do governo e que partido deveria liberar voto (Pág. A5)

Análise – José Roberto de Toledo

Tudo ou nada

Pelo roteiro de Michel Temer, PMDB rompe amanhã com Dilma e provoca desarticulação da base aliada (Pág. A6)

MP investiga vereador Marquito

O Ministério Público investiga o vereador Marquito (PTB) por suspeita de que servidores de seu gabinete são obrigados a devolver parte do salário. O parlamentar não comentou. (Metrópole A11)

Auditor da Receita terá aumento e até bônus (Economia B5)

Atentado mata 69 pessoas no Paquistão (Internacional A8)

Notas&Informações

Há um déficit pior que o fiscal – O rombo fiscal é grave. O pior, mesmo, é o déficit de credibilidade do governo (A3)

A velocidade do desemprego – É dramático o custo social que a irresponsabilidade do governo do PT impõe ao País (A3)

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Folha de S. Paulo

Manchete : Câmara votará impeachment com fragmentação partidária recorde

Casa dividida entre 25 partidos dificulta formação de maiorias e compromete governabilidade

A Câmara votará ao afastamento da presidente Dilma Rousseff em nível recorde de fragmentação partidária. Isso, seja qual for o desfecho, dificultará a governabilidade. Há hoje 25 partidos na Casa. Os maiores, PMDB, PT e PP, reúnem pouco mais de um terço dos votos. Entre as siglas que lideraram as últimas disputas presidenciais, o PT tem a menor bancada desde que chegou ao poder. Já o PSDB encolheu à metade na oposição. Desde a redemocratização, o Brasil se tornou um dos líderes mundiais em proliferação de partidos. Há na Câmara empecilhos para a formação de maiorias e alianças. Na defesa de Dilma, PT, PDT e PC do B somam 91 votos, 80 abaixo do mínimo para mantê-la na Presidência. As três siglas encolheram na esteira do fracasso das políticas econômicas de Dilma. No restante da base de sustentação ao Palácio do Planalto, as afinidades ideológicas são mais frágeis, a começar pelo PMDB do vice-presidente Michel Temer, que conta com 69 deputados. O partido decidirá nesta terça-feira (29) se abandona ou não o governo Dilma. Na hipótese de impeachment, a costura de coalizão de apoio a Temer tende a ser dura, com agenda que pode incluir de alta de impostos a reforma da Previdência. Candidatos naturais a abraçar essa pauta, PSDB e DEM perderam poderio. Juntos, somam só 76 nomes. (Poder a4)

Delação implica governador de MG e empresário

A dona da agência Pepper, Danielle Fonteles, fechou colaboração premiada na operação que apura desvio de dinheiro público para campanhas do PT. A agência cresceu na campanha que elegeu Dilma. A publicitária deve implicar o governador Fernando Pimentel (PT-MG) e o empresário Benedito Rodrigues Oliveira Neto. (Poder A6)

Entrevista da 2a. Carlos Pereira – Crise no país traz chance histórica de escolher futuro

O Brasil vive a chance histórica de definir se continuará o país dos “panos quentes” ou se premiará a competência e o combate à corrupção, avalia o cientista político Carlos Pereira, da FGV-Rio. Para ele, neste momento “a sociedade sabe o que quer” e a Justiça e as instituições estão percebendo isso e fazendo o seu papel. (A12)

Surto de gripe gera espera de até 5 horas em hospitais de SP

Um surto fora de época da gripe H1N1, associado à falta de pediatras, tem levado mães e pais a esperarem até cinco horas por atendimento em hospitais de São Paulo. O governo paulista pedirá ao Ministério da Saúde a antecipação da vacina contra o vírus influenza, prevista inicialmente para 30 de abril. Ao menos 27 pessoas já morreram no Estado. (Cotidiano B4)

Trabalhador que estudou mais teve mais perda em 2015

Trabalhadores com mais estudo tiveram perda salarial maior no ano passado do que os com menos escolaridade. Com oferta menor de emprego na crise, aceitaram salários mais baixos e funções de menor qualificação. Segundo o IBGE, o rendimento real (descontada a inflação) recuou de R$ 2.884 em 2014 para R$ 2.747 em 2015, queda de 4,8%. (Folhainvest Pág. 1)

Maria Cristina Frias

Treinamento ensina empresa a lidar com operações de busca da PF (Folhainvest Pág. 2)

Vinicius Mota

Maioria dos que protestam, ricos vão se frustrar

Quem protesta agora talvez se decepcione ao saber que seria alvo de reforma tributária socialmente justa. Ricos pagam, proporcionalmente, pouco imposto no Brasil. E, seja de amarelo, seja de vermelho, a maioria que vai à avenida hoje é “coxinha” e está no topo da pirâmide social. (Opinião A2)

Editoriais

Leia “Desvario”, sobre irresponsabilidade do Congresso e do governo com o Orçamento, “Exemplo argentino”, acerca de protagonismo do país vizinho. (Opinião A2).

Redação