Jornais do Brasil nessa Segunda Feira 30 de Maio

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30 de maio de 2016

O Globo

Manchete: Governo cobra R$ 11 bi de empresas da Lava-Jato

AGU ingressa hoje com duas ações para obter ressarcimento por desvios

Valores foram calculados com base no superfaturamento de obras e nos lucros com as fraudes; executivos de empreiteiras e ex-diretores da Petrobras também serão processados por improbidade administrativa

A Advocacia-Geral da União (AGU) ingressa hoje na Justiça Federal do Paraná com duas ações de improbidade administrativa para cobrar R$ 11 bilhões de empresas e pessoas investigadas na Lava- Jato, informa ANDRÉ DE SOUZA. Entre os alvos estão empreiteiras como Odebrecht, OAS, UTC e Queiroz Galvão, executivos e ex-dirigentes da Petrobras. A AGU diz que comprovou a formação de cartel para fraudar a estatal e fez o cálculo com base no superfaturamento e nos lucros resultantes das fraudes. (Pág. 3)

PMDB controlará setor elétrico

Embora tenha dito que não aceitará indicações políticas para a Petrobras, Temer vai manter as estatais do setor elétrico nas mãos do PMDB e ainda substituirá dirigentes petistas das empresas, informa ILIMAR FRANCO. (Pág. 4)

Câmara poupa Waldir Maranhão

Apesar da denúncia de fraude nas contas eleitorais, partidos de oposição e governistas optaram por discurso ameno contra o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão. Por ora, não pretendem processá-lo. (Pág. 6)

Hospitais sob risco de incêndio

Dos 43 hospitais públicos da cidade do Rio, só um tem certificado do Corpo de Bombeiros, mostra VERA ARAÚJO. (Pág. 7)

Menos R$ 9 bilhões no caixa do FAT

Com boa parte de seus recursos aplicados no BNDES, que remunera abaixo da inflação, o Fundo de Amparo ao Trabalhador deixou de receber R$ 9 bilhões em 2015. Cálculos apontam que o Tesouro terá que dobrar o aporte ao FAT em três anos, de R$ 7,4 bi, no ano passado, para R$ 14,8 bi em 2019. (Pág. 15)

Caso de estupro muda de delegacia

Depois de a investigação sobre o estupro coletivo sofrido por uma menor ser criticada pela defesa, a polícia transferiu o inquérito da delegacia de crimes virtuais para a da criança. (Pág. 9)

Antônio Gois

Escola precisa combater cultura machista que legitima violência contra a mulher. (Pág. 22)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Congresso só apoia pacote de Temer com alterações

Líderes dos 7 maiores partidos preveem resistência para aprovação de limite para gastos e reforma da Previdência

Líderes dos sete maiores partidos do Congresso evitam se comprometer coma pauta econômica do presidente em exercício, Michel Temer, incluindo as principais medidas: o teto dos gastos públicos e a reforma da Previdência. Alguns parlamentares estão insatisfeitos com critérios apresentados, informam Isabela Bonfim e Julia Lindner. Eles afirmam que vão analisar as propostas e apontar modificações. Os líderes partidários ouvidos representam 326 deputados e 58 senadores, o equivalente a aproximadamente dois terços das duas Casas. O número é superior a três quintos,quantidade necessária de votos para aprovar Propostas de Emenda à Constituição. A PEC do teto fiscal prevê limite de gastos com Saúde e Educação, situação que não agradou a líderes do PP, PR,PSD e DEM na Câmara. Quanto à Previdência, a base de Temer reconhece a necessidade de reforma, mas quer mais detalhes da proposta. (Política/Pág. A4)

José Roberto de Toledo

A única votação importante a que o governo se submeteu foi para aumentar despesas, não cortá-las. O que fará o Planalto quando a chapa esquentar? (Pág. A6)

Ministro da Transparência critica Lava Jato em áudio

Nomeado pelo presidente em exercício Michel Temer para a pasta da Transparência, responsável pelo combate à corrupção no governo, o ministro Fabiano Silveira foi gravado pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Em conversas na casa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ele faz críticas à Operação Lava Jato e sugere estratégias de defesa a investigados por suposto envolvimento em esquema de propinas na Petrobrás. À noite, Silveira divulgou nota em que nega irregularidades. (Política/Pág. A6)

Montadoras podem acelerar demissões

Com pátios lotados e sem perspectivas de melhora nas vendas de veículos, montadoras devem desistir de esperar a retomada da economia e avaliam acelerar programas de demissão. Quase 30% dos empregados têm restrição em suas atividades: há 6 mil fora das fábricas por período mínimo de cinco meses (em lay-off) e 29,6 mil no Programa de Proteção ao Emprego, trabalhando um dia a menos por semana. (Economia/Pág. B1)

Filho de Temer tem R$ 2 mi em imóveis

Michel Miguel Elias Temer Lulia Filho, o Michelzinho, de 7 anos, é dono de pelo menos dois imóveis cujos valores somados superam R$ 2 milhões. Segundo a assessoria do presidente, foi doação. (Pág. A5)

Polícia do Rio troca delegacia que investiga estupro coletivo

Após protesto da defesa da jovem violentada no Rio, a Polícia Civil passou para a Delegacia da Criança e Adolescente Vítima a coordenação das investigações. Em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, a garota disse que se sentiu desrespeitada pelo delegado em seu primeiro depoimento: “Tentaram me incriminar, como se eu tivesse culpa por ser estuprada”. (Metrópole/Pág. A10)

Parada Gay tem ato antigoverno

Aos gritos e com cartazes, ativistas protestaram na Parada do Orgulho LGBT paulista contra o presidente em exercício e a “cultura do estupro”,em alusão à jovem violentada no Rio. (Metrópole/Pág. A11)

Bernard Appy

Tributação e produtividade

Há vários motivos que explicam o baixo crescimento da produtividade no Brasil. Um dos principais é a péssima qualidade do sistema tributário. (Economia/Pág. B2)

Notas & Informações

O problema das vinculações

Bastou Michel Temer fixar limite para os gastos para levantar-se uma gritaria contra medida. (Pág. A3)

Muito cacique

Na União, 30,93% dos servidores têm cargo comissionado ou função de confiança, um índice muito alto. (Pág. A3)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Dersa aceita custo maior de obra só com laudo da OAS

Aditivo acatado por empresa ligada ao governo de SP eleva em 290% preço de serviços em terreno do Rodoanel Norte

Uma revisão de contrato feita entre a construtora OAS e a Dersa—empresa ligada ao governo Alckmin (PSDB) e responsável pelo Rodoanel Norte— elevou em 290% o custo da terraplanagem em um lote da obra. O aditivo teve como base única um relatório feito pela própria construtora interessada, e sem a assinatura de responsável técnico, informa Reynaldo Turollo Jr. No relatório, a OAS alega que o plano original da Dersa não estimou a quantidade de grandes rochas no local, o que dificulta a terraplanagem e eleva seu custo. A Dersa aceitou a alegação sem consultar as áreas técnicas sobre supostas falhas de projeto apontadas pela empresa contratada. O diretor de engenharia, Pedro da Silva, disse que o trâmite do aditivo foi regular. Hoje, com metade do empreendimento executado, o governo estima que o Rodoanel Norte, licitado em 2012 por R$ 3,9 bilhões, sairá ao menos 10% mais caro. A conclusão, que seria em março, ficou para 2018. Os aditivos da obra são alvo de inquérito da PF. Envolvida em fraude e pagamento de propina na Petrobras, a OAS negocia delação premiada na Lava Jato. (Poder a4)

Indígenas temem que novo governo altere demarcação

O afastamento de Dilma Rousseff da Presidência levou comunidades indígenas e entidades indigenistas a traçar estratégias para evitar que o presidente interino, Michel Temer (PMDB), mude a demarcação de terras. Há receio de que homologações feitas no governo da petista sejam revogadas. (Poder a7)

Parada gay é marcada por protestos contra Michel Temer (B8)

Audiência especial para vítimas jovens se espalha no Brasil (Cotidiano B7)

Polícia do Rio põe delegada para apurar estupro

A investigação do estupro coletivo de uma jovem de 16 anos em uma favela carioca mudará de comando e ficará a cargo de uma mulher, a delegada Cristiana Bento. A troca ocorre após a defesa da vítima ter chamado de “machista” o trabalho do delegado Alessandro Thiers. A advogada da jovem também foi afastada. (Cotidiano B5)

Valdo Cruz

Os congressistas deveriam ter o salário bloqueado

Em tempo de falta de grana, sugiro bloquear salários e emendas dos congressistas até que tratem o país com a urgência que tiveram para afastar a presidente Dilma. Só seriam liberados quando aprovassem medidas para tirar o Brasil da crise. (Opinião a2)

Vinicius Mota

País precisa optar entre apodrecer ou amadurecer

Nações maduras arbitram o entrechoque social nos orçamentos públicos. Países que apodrecem na infância dos povos o fazem com inflação e pedaladas. Acabou a procrastinação: o Brasil terá de escolher entre amadurecer ou apodrecer. (Opinião a2).

Redação