Jornais do Brasil nessa sexta feira 01 de Janeiro

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01 de janeiro de 2016

O Globo

Manchete: 2016: Um réveillon de desafios

Entregar o Rio pronto para os Jogos Olímpicos, apesar da crise / Retomar a confiança para evitar uma recessão ainda maior / Resolver os impasses políticos sob o avanço da Lava-Jato

O amarelo nunca esteve tão presente no réveillon de Copacabana. Rivalizando com o branco da paz, a cor da prosperidade se destacou na multidão de dois milhões de pessoas que lotaram a praia para saudar 2016. A comemoração na Avenida Atlântica teve demostrações de esperança na superação das dificuldades recentes e dos desafios do ano que acaba de começar: O Rio, que em agosto recebe os primeiros Jogos Olímpicos da América do Sul, tem que honrar um extenso calendário de entrega de obras e melhorar a mobilidade urbana. Em meio à crise financeira estadual que compromete o atendimento nos hospitais públicos, há ainda o desafio de se evitar o agravamento das doenças transmitidas por um antigo inimigo, o mosquito Aedes aegypt dengue e zika, que pode causar microcelafia. Os desafios chegam a Brasília, onde a política permanece minada: a presidente Dilma Rousseff, que ontem admitiu que 2015 foi um ano difícil mas previu um 2016 melhor, continuará enfrentando o processo de impeachment, e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, seguirá sob o risco de perder seu mandato. Na economia, o país tem como principais tarefas evitar que a maior recessão em 35 anos se amplie, resgatar a confiança do setor produtivo e do mercado financeiro, e interromper a escalada da inflação e do desemprego. Na Europa, o réveillon foi marcado pelo clima de medo de ações terroristas. (Págs. 3 a 7, 14, 15 e 20)

Meta no esporte é o top 10

A missão maior dos atletas brasileiros nesse novo ano é fazer o país terminar entre os dez melhores no quadro de medalhas dos Jogos. Modalidades como judô e vela terão de manter a tradição vencedora. (Pág. 22)

Míriam Leitão

Brasil pode fazer de 2016 uma travessia. (Pág. 16)

Merval Pereira

Presidente tenta unir esoterismo e pragmatismo. (Pág. 4)

Nelson Motta

Dilma, ladeira abaixo como um Sarney sem jaquetão. (Pág. 13)

Zélia Duncan

Eu vi 2015 sendo linchado pela História.

Arthur Dapieve

Um “ano tedioso” só para o Botafogo. (Segundo Caderno)

EDITORIAL

‘A procura da luz no fim do túnel’ (Pag. 12)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Governo libera mais verbas para parlamentares

Apesar da crise nas contas públicas, o pagamento de emendas subiu de R$ 6,7 bilhões para R$ 7,2 bilhões

Em um ano de crise política e econômica, o governo federal elevou o volume de recursos destinados a emendas parlamentares. O Palácio do Planalto aumentou as verbas de R$ 6,7 bilhões, em 2014, para R$ 7,2 bilhões em 2015. Esse aumento se deve à entrada em vigor do Orçamento Impositivo, que obriga o governo a desembolsar os recursos previstos em seu planejamento enviado ao Congresso, e à necessidade de obter apoio político no Legislativo para combater a ameaça do impeachment da presidente Dilma Rousseff. No início do ano, o governo chegou a contingenciar parte das verbas pedidas pelos parlamentares. Mas, diante do agravamento da crise política e da iminência do processo de impeachment, o Palácio do Planalto liberou quase a totalidade das emendas parlamentares previstas após o contingenciamento. (Política, pág. A4)

Planos terão de cobrir teste rápido de dengue

Planos de saúde terão de oferecer a seus beneficiários, a partir de amanhã, 21 novos procedimentos, incluindo o teste rápido de dengue e o exame de diagnóstico de chikungunya, segundo o novo rol de cobertura, atualizado a cada dois anos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar. As operadoras ainda serão obrigadas a fornecer um novo medicamento para câncer de próstata e a aumentar sessões de fonoaudiologia, fisioterapia e psicoterapia para alguns tipos de doença. (Metrópole, pág. A8)

Sabotadores derrubam torres de energia

Doze torres de uma linha de transmissão de energia que liga as usinas do Rio Madeira a São Paulo foram derrubadas, entre novembro de 2014 e dezembro de 2015. A polícia de Rondônia, o Exército e a Abin investigam o caso. (Economia, pág. B3)

Infraestrutura terá 2° ano de paralisia (Economia, pág. B1)

Itaú compra empresa do BTG por R$ 1,2 bi (Economia, pág. B6)

Washington Novaes: As cidades querem mudar

A necessidade de reforma urbana vai-se espalhando pelo mundo, com ênfase em vários ângulos, dependendo do lugar.

Fernando Gabeira: Maratona no escuro

Sempre se começa um ano com festas e promessas. Só depois examinamos os desafios. A Olimpíada é uma grande festa e um desafio. (Espaço Aberto, pág. A2)
NOTAS & INFORMAÇÕES

O Congresso que Dilma criou

O apoio de que a presidente desfruta no momento serve unicamente para mantê-la no cargo.

O Mercosul como trava

A responsabilidade pela estagnação do bloco tem de ser debitada à aliança do petismo e do kirchnerismo. (Pág. A3)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Brasil pode perder até 2,2 mi de vagas formais neste ano

Em declínio desde 2015, mercado de trabalho só deve começar a se recuperar em 2018, dizem especialistas

O Brasil deve perder até 2,2 milhões de vagas com carteira assinada neste ano que começa. Para especialistas ouvidos pela Folha, o mercado de trabalho só deve começar a reagir em 2018.

A tendência de alta registrada de 2002 a 2014 foi revertida em 2015, quando 945 mil delas foram destruídas entre janeiro e novembro.

O desemprego, mais concentrado no ano passado no setor industrial e na construção civil, deve agora atingir com intensidade o setor de serviços e o comércio.

Diante de economia em queda e inflação corroendo poder de compras das famílias, analistas já veem espaço para o avanço da informalidade nas contratações.

A queda no rendimento deve ser outro fator de pressão para elevar o desemprego em 2016. No ano passado, esse fenômeno forçou jovens dedicados exclusivamente à educação a buscar as filas de emprego para completar a renda da família. (Mercado A10)

Pedro Luiz Passos

Crise deu origem a consensos importantes para retomarmos crescimento do país. (A11)

Dilma Rousseff: Governo federal está fazendo a sua parte, e creio que 2016 será melhor

O ano de 2015 foi muito duro, mas estou convicta da nossa capacidade de chegarmos ao fim de 2016 melhor do que indicam as previsões.

O governo está fazendo a sua parte. Executamos um duro plano de contenção de gastos, sem transferir a conta para os que mais precisam. Mesmo injustamente questionada pela tentativa de impeachment, não alimento mágoas. (Opinião A3)

Correr e protestar

Balão anti-Dilma entre atletas da São Silvestre ontem na avenida Paulista; corrida reuniu grupos que pedem impeachment da presidente. (Poder A5)

Com vendas em alta, repelente e água de coco escapam da crise (A8)

Ministérios e órgãos inflam balanços da Lei de Acesso

Ao menos 11 ministérios e órgãos do governo federal inflaram os balanços de documentos liberados via Lei de Acesso à Informação.

Consultados, negaram-se a fornecer papéis que, pelas listas, tinham se tornado públicos. A alegação mais frequente foi de que os textos continuam sob outro tipo de sigilo, como industrial. Exemplo positivo, Marinha forneceu 29 de 30 informações pedidas. (Poder A4)

EDITORIAIS

Leia “Poucas esperanças”, sobre perspectivas da economia para 2016, e “Espaço para inovação”, a respeito de lançamento de foguete reutilizável. (Opinião A2)

Barragem rompida tinha problemas desde 2009

A barragem da mineradora Samarco que ruiu na cidade mineira de Mariana em 5 de novembro começou a mostrar problemas quatro meses após o início de sua operação, em dezembro de 2008. As causas da tragédia, que deixou 17 mortos, ainda estão sendo investigadas.

Segundo o último relatório de inspeção, feito em julho de 2015 pela Vogbr a pedido da Samarco, a estrutura tinha histórico de infiltrações e de entupimentos.

A mineradora afirmou que laudos da Vogbr atestavam a estabilidade da barragem de Fundão. (Cotidiano B1)
Mariana Lajolo: Êxito nos Jogos do Rio dependerá de esforço individual

O Brasil vai dar vexame em 2016? Em muitas modalidades, o sucesso no Rio será fruto de esforço individual ou daqueles concentrados só para sair bem na foto em casa. Mas só saberemos se a meta foi atingida em 2020. (Esporte B7).

Redação