Jornais do Brasil nessa Sexta Feira 05 de Agosto

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05 de agosto de 2016

O Globo

Manchete: Impeachment de Dilma avança com aprovação de relatório

O relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB) pela continuidade do impeachment de Dilma Rousseff foi aprovado ontem com ampla maioria, por 14 votos a 5, na comissão especial do Senado. As regras das duas etapas que restam para selar o destino da presidente afastada foram acertadas em seguida por senadores e o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski. Defesa e acusação terão direito a seis testemunhas. A votação em plenário está marcada para a próxima terça-feira. E o julgamento final deve ocorrer ainda em agosto. (Págs. 3, 4 e Merval Pereira)

Festa exaltará tolerância entre povos

Com megaesquema de trânsito e segurança, cerimônia no Maracanã marca início dos Jogos

A cerimônia de abertura da 31ª edição dos Jogos Olímpicos toma conta do Maracanã às 20h de hoje e decreta o início oficial da competição. Na primeira Olimpíada com refugiados e na América do Sul, a festa vai exaltar a tolerância entre os povos, o respeito e o cuidado com o planeta, segundo os organizadores. O Maracanã receberá um público de mais de 45 mil pessoas, representantes das delegações de 206 países e cerca de 40 chefes de Estado. Mais de 3 bilhões de pessoas devem assistir ao show por TV e web. Desde o fim da noite de ontem, todo o entorno do estádio está bloqueado no megaesquema de trânsito e de segurança. (Caderno Especial e editorial “Otimismo com os Jogos do Rio”)

Michel Temer

Momento é do diálogo

O diálogo é chave para enfrentarmos os desafios e avançar. Nada mais propício do que promovê-lo na Olimpíada. (Pág. 17)

Benefícios do INSS vão ser revistos

Peritos vão rever aposentadorias por invalidez e auxílios-doença de 1,6 milhão de pessoas que custam R$ 27,5 bi por ano, informa RENATA MARIZ. (Pág. 21)

Ancelmo Gois

Além de 12 presos, PF vigia 2 suspeitos de terror. (Pág. 12)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Impeachment avança e PT descarta nova eleição

Comissão do Senado aprova parecer a favor do afastamento definitivo de Dilma; caso vai para o plenário

A Comissão Especial do Impeachment no Senado aprovou, por 14 votos a 5, o relatório de Antonio Anastasia (PSDB-MG) a favor do afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff. A conclusão de que há provas para o julgamento final encerrou uma etapa do processo. Dilma foi afastada em 12 de maio, quando o Senado aceitou pedido de abertura do processo de impeachment. O caso segue agora para apreciação do plenário do Senado, onde o parecer será votado na terça-feira. Já o início do julgamento final deve ser entre 25 e 29 de agosto. Estudada pelo PT, a convocação de plebiscito para realização de nova eleição presidencial foi descartada pelo presidente nacional do partido, Rui Falcão. Para ele, a medida já não é capaz de angariar votos a favor de Dilma. (Política/Págs. A4 e A5)

Ala vê ‘ruptura interna’

Segunda maior força do PT, a corrente Mensagem vê risco de “ruptura da unidade” do partido com aproximação de petistas de líderes pró-impeachment e governo Michel Temer. (Pág. A6)

‘Humor das pessoas vai melhorar’

Entrevista – Ilan Goldfajn

No comando do BC desde 9 de junho e com o ajuste fiscal sob desconfiança, Ilan Goldfajn diz que as contas públicas estão sendo colocadas em ordem e as reformas, tendo um avanço. “As pessoas vão sentir a redução da inflação e isso vai afetar o humor delas.” (Economia/Págs. B1 e B3)

Fachin contraria Lewandowski e mantém prisão na 2ª instância

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin revogou ontem decisão do presidente da Corte, Ricardo Lewandowski, que contrariava entendimento da maioria dos ministros sobre início de cumprimento de pena após decisão de tribunal em segunda instância. Para Fachin, o STF deve conferir “estabilidade” à sua própria jurisprudência. (Política/Pág. A9)

Moro defende prova de origem ilícita

O juiz federal Sérgio Moro defendeu ontem na Câmara que mesmo provas adquiridas de maneira ilícita devem ser mantidas nos processos se tiverem sido obtidas com “boa-fé”. (Pág. A8)

Paes, Bach e a guerra do caviar

O prefeito Eduardo Paes disse que “não dá para o Brasil pagar conta de caviar” de dirigentes. O presidente do COI, Thomas Bach, considerou o comentário “ridículo”. Para cobrir rombo, a Rio-2016 receberá R$ 270 milhões do governo. (Págs. H3 e H4)

Exército chega ao RN, mas ataques continuam (Metrópole/Pág. A15)

Notas & Informações

Resgatar o Mercosul

Não se recupera o tempo perdido. Mas pode-se evitar novo desperdício de oportunidades. (Pág. A3)

Os descaminhos de Dilma

Bem a seu estilo, presidente afastada renega hoje o PT com o qual jamais se entendeu. (Pág. A3)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Brasil dá início à maior Olimpíada mergulhado no pior da recessão

O Brasil abre a partir das 20h desta sexta-feira (5) a maior Olimpíada da história dos Jogos no pior momento da recessão no país e em meio à crise política que resultou no afastamento da presidente.

Ao longo de 19 dias, cerca de 10,5 mil atletas de 205 países disputarão 2.488 medalhas no Rio de Janeiro —os três números são recordes. Mais de 25 mil jornalistas estão credenciados para cobrir o evento.

Há expectativas contrastantes acerca dos Jogos. O Comitê Olímpico Brasileiro prevê recorde de medalhas. O país é favorito em canoagem, vôlei, futebol, judô, ginástica artística e vela. Já as áreas de segurança e saúde públicas causam preocupação.

Atentados em série na Europa ligados ao Estado Islâmico levaram a apreensão sobre a capacidade local de garantir segurança no evento. Pela primeira vez, suspeitos de terrorismo foram presos no país.

A preocupação cresceu após a troca dos responsáveis pelas revistas nas entradas das arenas. Apesar da queda no número de casos no inverno, o vírus da zika também afastou turistas e atletas.

A escolha do Rio ocorreu em 2009, após três pleitos frustrados. Desde então, regiões da cidade foram recuperadas, mas metas como a despoluição da baía de Guanabara foram abandonadas. Do segundo trimestre de 2014 para cá, a atividade econômica do país caiu 7,5%.

Em crise, o governo do Rio decretou estado de calamidade pública por não conseguir pagar a servidores e fornecedores da Rio-2016. Coube ao erário bancar 43% dos Jogos —R$ 17 bilhões dos R$ 39 bilhões.

Indicadores sinalizam que hoje é o pior momento da economia, mas a queda está perto do fim. Aproxima-se também o desfecho da crise política. O presidente interino, Michel Temer (PMDB), pode assumir o cargo em definitivo ainda neste mês, caso Dilma Rousseff (PT) seja cassada pelo Senado.

Manifestações políticas contra o peemedebista estão previstas na abertura, que deve contar com Pelé, Gisele Bündchen e Caetano Veloso. (Rio-2016)

Editoriais

Leia “Rio olímpico”, sobre expectativa da participação do Brasil nos Jogos, e “Trilhos particulares”, acerca de concessão do metrô à iniciativa privada. (Opinião A2).

Redação