Jornais do Brasil nessa Sexta Feira 09 de Setembro

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09 de setembro de 2016

O Globo

Manchete : Atraso no ajuste fiscal pode custar mais R$ 21 bi

Sem reformas, país teria de cortar mais gastos ou subir impostos

Estudo mostra que, se o governo não implementar medidas para sanear as finanças até o fim deste ano, será ainda mais oneroso evitar uma alta na dívida pública, que hoje já é de 69,5% do PIB

Quanto mais o governo demorar para fazer o ajuste fiscal, maior ficará a conta a ser paga pelos brasileiros para evitar um descontrole no endividamento público. Estudo dos economistas Rubens Penha Cysne, da FGV-Rio, e Carlos Thadeu de Freitas, da CNC, mostra que, desde junho, a ausência de reformas já custou R$ 6,6 bilhões ao país. Se o governo chegar ao fim do ano sem aprovar as medidas e deixá- las para o primeiro trimestre de 2017, o país terá de arcar com R$ 21 bilhões a mais em impostos ou corte de gastos para evitar um aumento da dívida pública, que hoje já está em 69,5% do PIB. (Pág. 19)

ROGÉRIO FURQUIM WERNECK – Temer precisa correr para tirar a economia do atoleiro (Pág. 16)

JOSÉ PAULO KUPFER – Ser rígido ou frouxo no ajuste é paradoxo para governo (Pág. 17)

Jornada de até 12 horas será formalizada (Pág. 20)

Temer diz que não impedirá acesso a FGTS (Míriam Leitão – Pág. 21)

Cassação de Cunha – 279 a favor – Supremo garante votação segunda

Os ministros do STF rejeitaram o último recurso do deputado afastado Eduardo Cunha para suspender a votação de sua cassação na Câmara, segunda-feira. Levantamento do GLOBO mostra que chega a 279 o número de deputados a favor da cassação. (Pág. 3)

STF nega pedido de Dilma (Pág. 4)

Teori rejeita recurso de Lula

O ministro Teori Zavascki negou pedido da defesa do ex-presidente Lula e manteve processos contra ele sob jurisdição do juiz Sérgio Moro. Para Teori, o recurso tenta “embaraçar” as investigações. (Pág. 5)

Brasil abaixo das metas no Ideb

Ensino médio no país avança apenas 0,3 ponto em dez anos de registros. No Rio, notas do 2º grau estão estagnadas e recuaram entre o 6º e 9º anos. (Págs. 28 e 29 e Míriam Leitão)

Rio 2016 – Paralimpíada – Brasil estreia com ouros na terra e na água (Caderno Especial)

Colunas

NELSON MOTTA – Políticos devem ser julgados sem foro privilegiado (Pág. 17)

Ancelmo Gois – FORÇAS ARMADAS – Beltrame pede que militares fiquem até dezembro (Pág. 12)

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O Estado de S. Paulo

Manchete : Governo quer jornada de trabalho de até 12h/dia

Plano é dar segurança jurídica a empregadores; teto semanal será mantido em 44 horas mais 4 extras

A reforma trabalhista que será proposta pelo governo até o fim do ano pretende elevar o limite da jornada diária de 8 para 12 horas. Segundo o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, a ideia é dar segurança jurídica a empregadores que já adotam esse regime por meio de acordos com categorias, mas viram alvo de questionamento na Justiça. O teto semanal será mantido em 48 horas – 44 mais 4 extras. A proposta criará mais dois tipos de contrato: por hora trabalhada e por produtividade. Parte das categorias já adota algum tipo de flexibilização, como a dos vigias e profissionais de saúde, que recorrem ao regime de 12 horas de trabalho por 36 de folga. Alguns juízes, porém, não reconhecem esses acordos. “A convenção coletiva vai ter força de lei para tratar de que forma a jornada semanal de 44 horas será feita”, disse o ministro. Centrais sindicais reagiram à proposta. O anúncio também irritou o Planalto, porque teria dado a entender que o governo quer aumentar a jornada semanal. (Economia B1 e B3)

Advogado-geral deve sair

A saída do advogado-geral da União, Fábio Medina Osório, é dada como certa no Planalto. Ele já recebeu aviso do ministro Eliseu Padilha (Casa Civil). A assessoria não quis comentar a possibilidade da saída de Osório. (Política A6)

Placar indica cassação de Cunha e risco de acordão

21 deputados sinalizam optar por pena mais branda

Levantamento do Estado já aponta número suficiente de votos para aprovar a cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na segunda-feira. O placar, porém, mostra espaço para um “acordão” que resulte em pena mais branda para o peemedebista, nos moldes do que ocorreu com Dilma Rousseff. Para a cassação ser aprovada, são necessários 257 votos. Até as 19 horas de ontem, 270 dos 513 deputados haviam se declarado a favor da perda de mandato de Cunha. Deles, 21 sinalizam estar propensos a suavizar sua pena: 7 se disseram indecisos, 13 não quiseram responder e Felipe Maia (DEM-RN) afirmou ser a favor de pena mais branda. (Política A4 e A5)

Para Teori, Lula tenta ‘embaraçar’ investigação

Segundo o ministro do STF Teori Zavascki, a defesa do ex-presidente Lula tem feito “diversas tentativas” de “embaraçar apurações” da Operação Lava Jato. O magistrado negou recurso que questionava atuação do juiz Sérgio Moro. (Política A8)

Coronel que ironizou manifestante deixa ruas (Política A7)

Ensino médio particular tem pior avaliação desde 2005

Dados do Ministério da Educação mostram que o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de alunos do ensino médio está estagnado desde 2011 e abaixo da média estipulada. Já o da rede privada teve o pior desempenho desde o início da série histórica, em 2005. Apesar de 18 Estados terem melhorado de 2013 a 2015, só Amazonas e Pernambuco alcançaram a meta. O Ideb avalia aprendizagem em Matemática e Português, além das taxas de aprovação, reprovação e abandono escolar. (Metrópole A13 a A15)
Paralimpíada 2016 – Dois ouros, prata e bronze no 1º dia (Esportes A20)

Colunas

Fernando Gabeira – Reforma é mesmo para proteger aposentados ou apenas pretexto para desviar milhões? (Espaço Aberto A2)

Eliane Cantanhêde – Planalto torce para que Cármen Lúcia dê sinalização contrária ao aumento de salários no STF (Política A6)

Notas&Informações

A advertência de Teori – Objetivo dos advogados de Lula é constranger as instituições que podem vir a condená-lo (A3)

A Petrobrás em restauração – Governo petista elevou seus custos, diminuiu sua eficiência e abriu porteira à corrupção (A3)

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Folha de S. Paulo

Manchete : Governo Temer quer permitir contratos por hora trabalhada

Proposta flexibiliza jornada semanal, com limite de 48 h, e autoriza vinculo de profissional com mais de uma empresa

A reforma trabalhista a ser proposta pelo governo Michel Temer (PMDB) vai incluir a possibilidade de contratação por produtividade ou por horas trabalhadas, além da opção hoje em vigor, por jornada de trabalho. O plano foi divulgado nesta quinta (8) pelo ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, em encontro com sindicalistas em Brasília. Segundo ele, o limite será de 48 horas semanais de trabalho nessas modalidades. O texto, que precisa ser submetido ao Congresso, permitirá que o trabalhador tenha vínculos empregatícios com mais de uma empresa ao mesmo tempo. “Ele pode ter diversos contratos por hora trabalhada. Vai receber pagamento do FGTS proporcional, férias proporcionais e 13° proporcional”, disse Nogueira. Nos contratos de produtividade, o profissional poderá ser contratado para executar serviços específicos. A reforma ainda prevê que convenções coletivas possam definir a distribuição da jornada de 48 horas (44 horas normais mais 4 horas extras), normalmente em 8 horas diárias, com limite de até 12 horas por dia. O ministro negou que as mudanças possam tirar direitos trabalhistas ou alterar benefícios como férias, 13° salário e fundo de garantia. “Não tem nenhum risco de o trabalhador perder direitos constitucionais”. (Mercado A15)

Relator da Lava Jato no STF diz que Lula tenta travar apuração (Poder A4)

Senadores dos EUA aprovam novo embaixador para o Brasil (Mundo A10)

Foto-legenda – Fora de novo

Manifestantes levam cartazes em ato contra o governo Michel Temer, no largo da Batata (zona oeste de SP); marcha seguiu, de forma pacífica, rumo à casa do presidente, que receia protestos maiores quando anunciar reformas (Poder A6)

E se eu comprasse diamantes?

Brasileiros que mantêm ilegalmente dinheiro no exterior buscam saídas para burlar a Receita, apesar do programa federal para regularizar os recursos — o prazo vai até 31 de outubro. Desde sair do país até comprar diamantes, as alternativas são criativas, mas não tiram os bens da ilegalidade, alertam advogados. (Mercado A18)

Ruy Castro

Liberdade para black blocs se expressarem tem saldo destrutivo

A detenção de black blocs é chamada de cerceamento da liberdade de expressão e, daí, revogada por juízes. O saldo de tal expressão ê visível: cidades em ruínas, cidadãos consternados e uma sensação de impotência diante da boçalidade em nome da ideologia. (Opinião A2)

Editoriais

Leia “Campanhas e balas”, sobre assassinatos de políticos na Baixada Fluminense, e “Emoções paraolímpicas”, acerca de evento esportivo no Rio (Opinião A2).

Redação