Jornais do Brasil nessa Terça Feira 06 de Setembro

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06 de setembro de 2016

O Globo

Manchete : Justiça bloqueia R$ 8 bi de suspeitos de desvios

Funcionários de Caixa, BB, Correios e Petrobras são prejudicados

Dirigentes e empresários são afastados dos cargos atuais

A PF investiga desvios bilionários nos fundos Funcef (Caixa), Petros (Petrobras), Previ (BB) e Postalis (Correios), que têm 1,3 milhão de trabalhadores e aposentados. Dois diretores da Funcef foram presos. Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS condenado na Lava-Jato, e os empresários Wesley e Joesley Batista, do grupo da JBS, além de ex-dirigentes de fundos, estão entre os investigados, que tiveram R$ 8 bilhões bloqueados. (Págs. 19 a 21)

MÍRIAM LEITÃO – Esquema lesou trabalhadores e aposentados, e investigação é a ponta do iceberg (Pág. 20)

JOSÉ CASADO – Janot corre para evitar que ações inviabilizem a Lava-Jato e favoreçam políticos (Pág. 20)

De um escândalo a outro, Léo Pinheiro volta à prisão

Por ordem do juiz Sérgio Moro, o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro e o pecuarista José Carlos Bumlai, amigos do ex-presidente Lula, que cumpriam prisão domiciliar, voltam à cadeia. Segundo Moro, Pinheiro, que atuou na reforma do tríplex de Lula em Guarujá, cometeu crimes até pelo menos janeiro deste ano e, por isso, oferece risco de obstrução das investigações. Ele foi levado ontem para a carceragem da PF em Curitiba. Bumlai ficou cinco meses em casa para tratamento de um câncer e terá de se apresentar hoje na PF. O pecuarista admitiu ter feito empréstimo para quitar dívidas do PT. (Pág. 6)

Pressão pode atrasar reforma da Previdência

Ao sinalizar que poderá adiar o envio da reforma da Previdência ao Congresso, como querem aliados preocupados com as eleições, o governo irritou parte de sua base. O presidente do PSDB, senador Aécio Neves, disse que o presidente Michel Temer precisa dar sinais claros sobre o empenho para aprovar a reforma. “Se não mandar agora, vai mandar quando?” (Pág. 3)

Até mortos na lista de doadores

Investigação do TCU achou indícios de irregularidades em mais de um terço das 114.526 pessoas que já doaram para campanhas eleitorais. Entre os doadores, há 35 CPFs de mortos. A lista do TCU será enviada a juízes eleitorais de todo o país. (Pág. 9)

Mais manobras para livrar Cunha

Aliados de Eduardo Cunha, deputado réu na Lava-Jato, ainda manobram para tentar livrá-lo da cassação. A principal estratégia é tentar trocar a pena máxima por suspensão de 90 dias a seis meses. Pela 3ª vez, Cunha não foi encontrado para ser notificado. (Pág. 4)

Brasileiro busca trabalho extra

Com o aumento do desemprego, a alta da inflação e a queda na renda das famílias, 55% dos brasileiros passaram a buscar trabalho extra e, desses, 29% não conseguiram, mostra pesquisa da FGV Projetos feita a pedido da Fecomércio-RJ. (Pág. 24)

Na ONU – Taurus acusada de violar embargo (Pág. 26)

Rio 2016 – Ainda há ingressos para a festa

Tocha percorre o Rio hoje e amanhã

Mais 1.100 atletas chegaram ontem à Vila Paralímpica, na Barra. Dos 45 mil ingressos postos à venda para a cerimônia de abertura da Paralimpíada do Rio, amanhã, no Maracanã, há apenas cerca de mil disponíveis. A chama olímpica chega, e ruas serão interditadas, hoje e amanhã, para a passagem do comboio. (Págs. 11 e 28)

Enem – Exame faz 18 anos prestes a mudar de formato (Pág. 27)

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O Estado de S. Paulo

Manchete : Fraude bilionária liga grandes empresas a fundos de pensão

Petros, Previ, Funcef e Postalis são alvo de operação; Justiça bloqueia R$ 8 bilhões de investigados

A Operação Greenfield, da Polícia Federal, atingiu os quatro maiores fundos de pensão estatais brasileiros: Petros (Petrobrás), Funcef (Caixa), Previ (Banco do Brasil) e Postalis (Correios). Com autorização da Justiça do Distrito Federal, foram bloqueados R$ 8 bilhões de investigados, incluindo ex-dirigentes de empreiteiras, ex-administradores dos fundos e empresários. A operação apura “gestão temerária e fraudulenta”. Cinco pessoas foram presas e 28, conduzidas coercitivamente. Entre elas, os empresários Wesley Batista, da J&F, Eugênio Staub, da Gradiente, Gerson Almada, da Engevix, e Walter Torre, da WTorre. Segundo o juiz Vallisney Oliveira, a investigação apontou aquisição de cotas em Fundos de Investimentos por Participação com base em avaliações irregulares. O objetivo era superestimar o valor dos ativos das empresas para aumentar a quantia investida. Na prática, um esquema parecido ao superfaturamento de obras públicas. (Política A4 a A7)

Ações do Grupo JBS caem 10%

As ações da maior empresa de carnes do mundo, com faturamento de R$ 120 bilhões, caíram 10%. Wesley Batista foi proibido pela Justiça de administrar o JBS. (A6)

PSDB cobra de Temer agilidade em reforma da Previdência

A sinalização do presidente Michel Temer de adiar o envio do projeto de reforma da Previdência para depois das eleições municipais abriu nova crise na relação com o PSDB, principal aliado do governo. O partido, que ocupa a liderança do governo no Senado, não foi informado da intenção do presidente. “Se optaram por enviar após a eleição, paciência. Eu preferia discutir esse assunto o mais rápido possível”, disse o senador Aécio Neves. “Se deixar para o final do ano, corre o risco de não votar em 2016”, completou o governador Geraldo Alckmin. (Política A8)

Foi depor e acabou preso

O ex-presidente da OAS José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro, foi preso ontem, após ser levado coercitivamente para depor pela Operação Greenfield. O juiz Sérgio Moro acatou pedido feito em março por outra investigação, a Lava Jato, para que Pinheiro deixasse a prisão domiciliar e voltasse ao regime fechado. Ele já ficou preso entre novembro de 2014 e abril de 2015. (A7)

Coronel da PM ironiza jovem ferida durante manifestação

A Justiça liberou no início da noite de ontem 19 manifestantes maiores de idade detidos domingo, antes do protesto contra o governo Michel Temer, em São Paulo. À frente da operação policial nas manifestações, o tenente-coronel da PM Henrique Motta ironizou a situação da estudante Deborah Fabri, de 19 anos, que perdeu a visão do olho esquerdo ao ser ferida durante ato na semana passada. Em seu perfil no Facebook, o oficial compartilhou uma montagem que ironizava a estudante: “Quem planta rabanete, colhe rabanete”. (Política A8)

Consórcio para obras da Linha 6 do Metrô

A concessionária responsável pela construção da Linha 6-Laranja do Metrô anunciou a suspensão das obras por tempo indeterminado alegando problemas financeiros. Com 15,3 km e 15 estações previstas, o ramal deve ligar a Brasilândia à estação São Joaquim. (Metrópole A13)

John Neschling é demitido do Municipal (Metrópole A12)

USP sobe 23 posições em ranking mundial (Metrópole A15)

Coluna do Estadão

As manifestações contra o governo levaram auxiliares de Michel Temer a admitir erro na condução do processo de impeachment, em especial ao não rebater o discurso de golpe. (A4)
Colunistas

Eliane Cantanhêde – Inimigos moram ao lado (Política A6)

José Paulo Kupfer – Obstáculo silencioso (Economia B4)
Notas&Informações

Hora de exercer a autoridade – Michel Temer precisará de coragem para livrar-se dos interesses políticos menores (A3)

A tentação totalitária do PT (A3)

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Folha de S. Paulo

Manchete : Nova investigação vê fraude em 4 fundos de pensão de estatais

Suposto esquema com 38 empresas pode ter causado rombo de até R$ 8 bi, dizem PF e Procuradoria

A Operação Greenfield, da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, indica fraudes nos quatro maiores fundos de pensão de estatais. A principal suspeita é que Funcef (dos funcionários da Caixa Econômica Federal), Petros (Petrobras), Previ (Banco do Brasil) e Postalis (Correios) adquiriram cotas superfaturadas em oito fundos privados de investimento. Foram realizados o bloqueio judicial de até R$ 8 bilhões (estimativa do rombo total do esquema) e a prisão temporária de cinco gestores ou ex-gestores de fundos. Entre empresas alvos da operação está a Eldorado Celulose, do grupo J&F, dos irmãos Wesley e Joesley Batista. O primeiro foi conduzido coercitivamente à PF (levado a depor e depois liberado) — o segundo está no exterior. São investigadas ainda, entre outras empresas, Engevix, OAS, WTorre, IBG Eletrônica (antiga Gradiente), Sete Brasil, Santander, Bradesco, GruPar (aeroporto de Guarulhos), Invepar (da OAS) e Deloitte. Os 78 investigados podem responder por crimes como gestão temerária ou fraudulenta. Os fundos prometem colaborar com as apurações. Procuradas, as empresas dizem estar à disposição das autoridades e negam as acusações. (Mercado A15 a A17 )

PAINEL – Indicações de diretores de fundos devem implicar PT e PMDB. (A4)

Por reajuste, bancários param a partir de hoje em todo o país (Mercado A22)

Sócio da OAS volta à prisão, agora sob acusação de tentar obstruir Lava Jato (Mercado A17)

Ações contra ‘black blocs’ se arrastam na Justiça

Três anos após uma onda de protestos no Rio e em São Paulo com atos de violência e depredação, a maior parte dos acusados não foi julgada – caso de dois ativistas que respondem pela morte do cinegrafista Santiago Andrade, atingido por uma bomba. (Poder A10)

Temer errou ao subestimar manifestações, avalia governo (Poder A10)

Apos protesto, carro é incendiado próximo à casa do presidente em SP (Poder A10)

Servidores doam a vereadores mais do que recebem

Levantamento da Folha sobre arrecadação de candidatos a vereadores em São Paulo identificou servidores que doaram mais que seus próprios salários. A incompatibilidade pode indicar fraude e será investigada pela Procuradoria Eleitoral. (Poder A4)
Mario Sergio Conti

Em atos, há quem queira depredar e PMs provocadores (Poder A10)

Editoriais

Leia “Balanço de uma época”, sobre os 13 anos do PT na Presidência e ” Basta de confronto”, acerca de ação policial na manifestação de domingo. (Opinião A2).

Redação