Jornais do Brasil nessa Terça Feira 26 de Janeiro
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26 de janeiro de 2016
O Globo
Manchete – Tropa de 220 mil irá às ruas contra zika
Para ministro, país vive uma das maiores crises na saúde
Plano do governo também prevê a distribuição de repelente para grávidas beneficiárias do Bolsa Família
No mesmo dia em que disse que o país “perde feio” a batalha contra o Aedes aegypti, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, foi ontem o porta-voz das medidas do governo contra a epidemia. Para visitar casas e distribuir panfletos, serão usados 220 mil homens das Forças Armadas.
O governo também vai distribuir repelentes para 400 mil grávidas beneficiárias do Bolsa Família. Após reunião com a presidente Dilma, o ministro afirmou que o Aedes é o “inimigo número um do país” e que o Brasil vive hoje uma das maiores crises de saúde pública de sua história. (Pág. 3)
Chuvas não vão reduzir a conta de luz
Apesar do verão chuvoso no Sudeste, a conta de luz continuará com a bandeira vermelha até abril, preveem analistas. Mas o governo deverá dar desconto de R$ 0,50 na sobretaxa. (Pág. 17)
Dívida pública sobe 21,7% em 2015
A dívida pública federal subiu R$ 500 bilhões em 2015, para R$ 2,793 trilhões. E o governo já prevê que, no fim deste ano, o endividamento chegará a até R$ 3,3 trilhões. (Pág. 19)
Dependente no IR com mais de 14 anos precisará ter CPF (Pág. 20)
Nas prisões, uma realidade invisível
Como em seriado americano, Brasil põe inocentes nas cadeias, mas não produz estatísticas
Uma tragédia invisível ronda as superlotadas prisões brasileiras. Sem contabilidade oficial, inocentes passam parte da vida na cadeia, repetindo enredo da série americana “Making a murderer”, relatam ANDRÉ MIRANDA e DANDARA TINOCO.
O seriado narra a história de um americano preso injustamente por 18 anos. Reportagens publicadas a partir de hoje mostrarão dramas semelhantes no Brasil. Segundo pesquisas, só no Rio, em 2013, 772 pessoas foram presas, supostamente em flagrante, e depois absolvidas. (Pág. 6)
Campos decreta emergência
A prefeita de Campos, Rosinha Garotinho, decretou emergência econômica e vai rever contratos. Ela culpa a queda do preço do petróleo pela crise. (Pág. 9)
Ex-ministro admite reuniões
Ouvido pela Justiça Federal, o ex-ministro Gilberto Carvalho confirmou reunião com lobista, mas negou “propostas diferenciadas”. (Pág. 5)
Alckmin e Haddad são hostilizados (Pág. 7)
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O Estado de S. Paulo
Manchete – Zika amplia desgaste de ministro do PMDB no Planalto
Ineficiência de Marcelo Castro no combate ao ‘Aedes aegypti’ e frases polêmicas têm irritado Dilma Rousseff
Declarações desastradas e ineficiência em barrar as epidemias de dengue e zika ampliaram o desgaste do ministro da Saúde, Marcelo Castro(PMDB), junto à presidente Dilma Rousseff. Em visita ontem à Sala de Situação do Distrito Federal para Controle da Dengue, ele voltou a dizer que o País está “perdendo feio a guerra” contra o Aedes aegypti. A expressão, usada também na sexta, foi considerada “infeliz” pelo Planalto num momento em que o governo quer mobilizar a população. O ministro já teria sido orientado a tomar mais cuidado com o que diz, mas à noite ele sugeriu que governos anteriores foram condescendentes: “Temos 30 anos de convivência e houve contemporização (com Aedes)”. Castro assumiu o cargo na última reforma ministerial para ampliar o espaço dos peemedebistas contrários ao impeachment. Ele foi indicado por Leonardo Picciani, líder do PMDB que tem atuado em defesa do governo. Apesar de desastrado, o ministro é considerado fiel a Dilma. (Política / Pág. A4)
Brasil e EUA negociam vacina; OMS teme proliferação do vírus
Brasil e Estados Unidos negociam o desenvolvimento e a produção conjunta de uma vacina contra o zika vírus, segundo o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Jarbas Barbosa. A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta de que a doença deve se espalhar pela maior parte do continente americano. Metrópole / Pág. A10)
Carvalho admite contato com lobista para edição de MP
O ex-ministro Gilberto Carvalho admitiu, em depoimento à Justiça Federal, que o lobista Mauro Marcondes pediu a ele apoio para a edição de medida provisória que prorrogaria incentivos fiscais para montadoras de veículos. Carvalho afirmou ter dito ao lobista que essa não era sua atribuição e negou irregularidade.
“Disse que tinha outra função. Meu trabalho era cuidar de movimentos sociais.” Segundo denúncia da Operação Zelotes, MPs editadas nos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff foram” compradas” por meio de esquema de lobby e corrupção para favorecer o setor automotivo. (Política/Pág.A5)
Samarco fez pressão por licença, afirma projetista
O projetista da barragem de Fundão, Joaquim Pimenta de Ávila, disse ao Ministério Público Estadual ter sido pressionado pela mineradora Samarco a emitir documento fora das especificações no início da construção da represa, que ruiu em Mariana, deixando 17 mortos.
Ele informou ainda que em 2014 foram achadas trincas na barragem. A empresa afirmou que todas as recomendações técnicas de Ávila foram consideradas e disse esperar que a apuração acabe com “tentativas simplistas de afastar ou impor culpa a pessoas, sobretudo porque a barragem estava estável”. (Metrópole/ Pág. A11)
Dívida pública cresce e atinge R$ 2,7 trilhões
A dívida do governo federal aumentou R$ 497 bilhões e atingiu o valor recorde R$2,79 trilhões no ano passado. O resultado foi puxado pelo crescimento de R$ 367,67 bilhões nas despesas com juros. Neste ano, o Tesouro prevê que a dívida pode chegar a R$ 3,3 trilhões. (Economia / Pág. B1)
Desembolsos do BNDES caem
O BNDES registrou no ano passado o menor valor nominal de desembolsos desde 2008. Foram liberados R$ 135,9 bilhões, recuo de 28% ante 2014. A queda é a maior desde 1996. (Pág. B5)
TRE cassa mandato de governador do Amazonas (Política / Pág. A6)
Dirigente acusa Teixeira de liderar corrupção (Esportes / Pág. A15)
Alckmin e Haddad são hostilizados pelo MPL na Sé
O prefeito Fernando Haddad (PT) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) foram hostilizados ontem por integrantes do Movimento Passe Livre( MPL) após missa em homenagem ao aniversário da cidade, na Sé. Haddad foi atingido por uma garrafa PET vazia e o carro de Alckmin foi chutado. Houve confusão e os dois foram retirados do local. (Metrópole/ Pág. A12)
Notas & Informações
Cegueira e irresponsabilidade
Comum governo que se alimenta de sonhos será mais difícil retomar o caminho do crescimento. (Pág. A3)
O sequestro da democracia
Verdadeira democracia é aquela em que cidadãos se sentem estimulados a tomar parte do debate público. (Pág. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete – Em alta, setor agrícola agora atrai crédito de banco privado
Riscos como pragas e seca afastavam instituições de segmento de R$ 78 bi
O agronegócio, um dos poucos setores em crescimento no país, tem despertado o interesse de bancos privados e investidores do mercado de capitais, antes avessos a riscos do campo como estiagem e pragas. O crédito na cadeia agropecuária, que totalizava R$ 78 bilhões em novembro passado, estava nas mãos do Banco do Brasil e dependia quase que exclusivamente de empréstimo subsidiado.
A principal disputa deve ser pela fatia de financiamento hoje nas mãos das tradings, que antecipam o pagamento por commodities, e dos fornecedores de insumos, que vendem”fiado”para receber após a colheita. Bradesco, Itaú e Santander têm se aproximado dos produtores. O terceiro está contratando agrônomos para visitar fazendas e entender as demandas do setor.
As instituições financeiras planejam também estender crédito para outros elos da cadeia do agronegócio, como indústria, comércio, transporte e distribuição. A aposta dessas empresas é reflexo do desempenho do setor,que cresceu 2,1% de janeiro a setembro de 2015, ante queda de 3,2% do PIB brasileiro no mesmo período. A agricultura foi o único segmento do país com saldo positivo de vagas de trabalho no ano passado — foram criados 9.821 postos.( Mercado A11)
Desembolsos do BNDES encolhem 28% em 2015
A demanda menor dos empresários e o crédito mais restrito resultaram em 2015 na maior queda em 20 anos nos desembolsos do BNDES. Os R$ 135,9 bilhões liberados significaram redução de 28% em relação a 2014 e a maior baixa desde 1996, ano inicial desse levantamento.
O banco de fomento negocia com o governo meios de tornar mais competitivas suas linhas de financiamento para setores estratégicos —como os ligados às exportações— para a retomada do crescimento. (Mercado A13)
Dívida pública federal sobe 21,7% e encerra 2015 em R$ 2,8 trilhões. ( Mercado A13)
Zika deve atingir todo o continente americano, diz OMS
O vírus zika, suspeito de provocar um surto de microcefalia no país, deve atingir todo o continente americano, segundo a Organização Mundial da Saúde. As duas exceções seriam Canadá e Chile, onde não há registro do Aedes aegypti, o mosquito transmissor. O vírus já está presente em 21 dos 55 países da região. (Cotidiano B1)
Seca e chuva deixam 18% das cidades do país em emergência
Um em cada cinco municípios do país pediu socorro ao governo federal e foi considerado em situação de emergência ou de calamidade pública por causa de desastres naturais. A maior parte (77%) sofre com a falta de chuvas. Além deles, há nove Estados na mesma situação por causa da infestação de Aedes aegypti. (Cotidiano B1)
Bernardo Mello Franco
Brasil perde feio luta contra Aedes, constata ministro
O Brasil está perdendo feio a batalha para o mosquito Aedes aegypti. A declaração do ministro da Saúde,Marcelo Castro, deixou a presidente Dilma irritada. Ao admitir a situação, ele somente admitiu uma verdade incômoda. Sua sinceridade é o menor dos problemas. (Opinião A2)
Investigados na Zelotes alegam que só atuaram como lobistas
No primeiro dia de depoimentos de testemunhas na ação penal aberta com o desdobramento da Operação Zelotes, as defesas de acusados disseram que eles são processados só porque atuaram como lobistas, atividade não regulamentada no país.
Há 16 pessoas acusadas por suposta compra de medidas provisórias do governo para o setor automotivo. Procurador da República negou que a denúncia tente criminalizar o lobby e disse haver provas de que parte do dinheiro ligado à atividade foi para servidores. (Poder A4).
Redação