Jornais do Brasil nesse Domingo 03 de Abril
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03 de abril de 2016
O Globo
Manchete : Governo decreta sigilo sobre dados de ‘pedaladas’
Dívida com a Caixa por gestão de programas sociais é mantida em segredo
Banco tem R$ 1,9 bi a receber de União, estados e municípios. O GLOBO pediu detalhamento do débito via Lei de Acesso
O governo Dilma decretou o sigilo de sua dívida com a Caixa Econômica Federal, que está relacionada às “pedaladas fiscais”, uma das razões do pedido de impeachment. Há sete meses, O GLOBO tenta, via Lei de Acesso, saber quanto a União deve à Caixa em taxas pela administração de fundos e programas sociais federais. O banco tinha a receber R$ 1,9 bilhão em 2015, mas esse valor também inclui débitos de estados e municípios. Ao se recusar a informar quanto desse total é de responsabilidade do governo, um conselho de ministros, em última instância, alegou que isso prejudicaria a estratégia de mercado da Caixa, informa VINICIUS SASSINE. Parecer da CGU, no entanto, defende a divulgação dos dados por ser o banco um ente público. (Págs. 3)
Temer reage a Lula e diz que não há golpe
Depois de o ex-presidente Lula dizer a militantes que, como professor, “Temer sabe que o que estão fazendo é golpe”, o vice-presidente devolveu: “não há golpe em curso no Brasil”. (Pág. 5)
‘O governo Dilma está acabado’
ENTREVISTA/CHICO DE OLIVEIRA (Pág. 4)
Na firma de Picciani – Uma ‘filial’ da Fazenda na Barra da Tijuca
Empresa de Jorge Picciani, presidente da Alerj, que atua no ramo de gado de corte, virou ponto de encontro, na Barra da Tijuca, de três fiscais de ICMS com contador de cervejaria investigada por fraude tributária. Corregedoria da Fazenda condena esse tipo de reunião, revelam CHICO OTAVIO e LUIZ GUSTAVO SCHMITT. Um dos fiscais foi 15 vezes à firma do deputado. (Págs. 12 e 13)
Empresas buscam renegociar dívidas
A recessão levou várias empresas a renegociarem dívidas para se manterem em operação. Nos maiores bancos, o volume refinanciado chegou a R$ 67,3 bilhões em 2015, principalmente no crédito corporativo. (Pág. 29)
Grávidas na Justiça
Gestantes vão aos tribunais para garantir partos com o auxílio de doulas, que estão proibidas por uma resolução do Cremerj. (Pág. 38)
Colunistas
MERVAL PEREIRA – Dilma e os paradoxos da política (Pág. 4)
FERNANDO GABEIRA – amanhã vai ser complicado (Segundo Caderno)
MÍRIAM LEITÃO – Polarização radical na política (Pág. 30)
LAURO JARDIM – Agenda positiva: preço da gasolina cai (Pág. 2)
ELIO GASPARI – A propina no Banco Safra deu samba (Pág. 9)
CACÁ DIEGUES – É preciso baixar a bola das paixões (Pág. 19)
FERNANDO HENRIQUE – Mudança vai além da troca de governo (Pág.
ARTUR XEXÉO – A democracia, o tal golpe e os artistas (Segundo Caderno)
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O Estado de S. Paulo
Manchete : Oposição tem 242 votos por impeachment e governo, 113
‘Estado’ ouviu 409 deputados; parte dos parlamentares busca pesquisa entre eleitores para definir seu voto
A menos de duas semanas da data prevista para a votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara, levantamento do Estado aponta que 242 parlamentares votariam a favor e 113 se posicionaram contra. Dos 513 deputados, 48 estão indecisos, 6 não quiseram se manifestar e 104 não foram localizados. Para a abertura do processo são necessários 342 votos. Já o governo precisa de 171 apoios, entre votos a favor, faltas e abstenções, para arquivá-lo. Na bancada do partido do vice-presidente Michel Temer, que conta com 68 deputados, 29 disseram que votariam pela abertura do processo e 4 ficariam contra. As entrevistas foram realizadas na semana em que o governo, nas palavras de mais de um deputado de oposição, abriu o “balcão de negócios”, oferecendo cargos e ministérios. Parte dos indecisos vem fazendo pesquisa entre seus eleitores para definir o voto. (Política A4 e A5)
Dora Kramer
Pela definição do termo que o PT usa para imprimir caráter de ilegalidade ao processo de impeachment contra a presidente, o acusador é quem preenche os requisitos de golpista, pois agride a democracia (Pág. 6)
Suíte de Lula vira ‘QG político’
Menos de sete km separam o Palácio do Planalto do hotel onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem feito articulações políticas desde que teve suspensa sua nomeação para a Casa Civil. Alvo da Operação Lava Jato e impedido de pisar na sede do governo, ele recebe ministros, dirigentes de partidos e outros políticos da fraturada base de sustentação do Planalto. (Política A7)
Depois da zika, grávidas se ‘blindam’ da gripe H1N1
Após aprender a conviver com os cuidados para evitar a contaminação com o vírus zika, gestantes têm nova preocupação: prevenir-se do surto antecipado de H1N1. Repelente e álcool em gel viraram itens do dia a dia das grávidas, que fazem parte do grupo de risco para as duas doenças. Para evitar a gripe, elas também enfrentam filas e espera de horas em clínicas particulares para conseguir a vacina, em falta em vários bairros de São Paulo. (Metrópole A16 e A17)
Foto-legenda – Belo Monte fica pronta
Operários fazem o acabamento da Usina de Belo Monte, que deve ter a primeira turbina inaugurada em 16 de abril; em Altamira, a população enfrenta a ressaca da obra, com a frustração com o sonho de uma vida nova, informa Renée Pereira. (Economia B6 e B7)
Crise provoca onda de lojas ‘fantasmas’ em novos shoppings
Com a crise no comércio, os shoppings centers novos estão com 45% da área ociosos. Nos empreendimentos mais antigos, abertos até 2012, a vacância é de 9,1%. Na soma geral, há 12,2 mil lojas vagas em 498 empreendimentos em operação no País. Os pontos comerciais vazios somam 1,7 milhão de metros quadrados, o equivalente a 58 shoppings “fantasmas” do tamanho do Pátio Higienópolis (SP) ou do Shopping da Gávea (Rio), informa Márcia De Chiara. (Economia B1 e B3)
Receita investiga jogadores por sonegação (Esportes D1)
Fernando Henrique
A Constituição é o caminho – A paralisia da ação governamental e a marcha cruel da crise econômica, que paralisa a sociedade, impõem que se comece logo a reconstruir o futuro (Espaço Aberto A2)
Jairo Bouer
Vacina da gripe e gestação – Apesar dos benefícios evidentes, a cobertura vacinal das grávidas não tem alcançado bons resultados em muitos países e cai ano a ano (Metrópole A18)
Notas&Informações
Contra o direito e a razão – Na tenebrosa hipótese de triunfar, Dilma aviltará de forma inédita o exercício da Presidência (A3)
O preço da conversão – No mês de março, o Executivo federal pagou R$ 61,8 milhões em emendas parlamentares (A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete : Governo absorve 72% do crédito do país em 2015
Com taxa de juro maior, setor público suga verba que poderia irrigar empresas
Sete de cada dez operações de crédito realizadas no Brasil em 2015 foram utilizadas para financiar o governo e as empresas estatais. O Estado absorveu 72% das operações de dívida, que incluem empréstimos a pessoas físicas, empresas e o lançamento de títulos públicos e privados no mercado financeiro, de acordo com levantamento do economista Carlos Rocca, do Ibmec. Essa porcentagem equivale a R$ 597 bilhões de R$ 829 bilhões que giraram nesse mercado no ano passado. É o maior percentual de apropriação estatal do fluxo de dívidas da economia brasileira em dez anos. O estudo tem dados desde 2005. Rocca atribui o desequilíbrio ao deficit no Orçamento, estimado em10% do PIB. Endividado, o governo sugou recursos que deveriam irrigar o setor produtivo. “Quando o setor público disputa com o setor privado essa poupança, oferece taxas de juros mais elevadas nos seus títulos, o que mata a demanda por crédito das empresas”, diz. (Mercado pág. 1)
Empreiteira bancou regalias para presos da Lava Jato, diz testemunha (Poder A9)
Surto de gripe faz paulistano usar máscara em casa
O surto de H1N1, que atinge principalmente São Paulo, causa preocupação nos pais e em quem tem familiares idosos. Muitos redobraram os cuidados e passaram a usar máscaras e álcool gel em casa para evitar contaminar outras pessoas. O temor de pegar o vírus também lotou clínicas de vacinação da capital. (Cotidiano B7)
Samuel Pessôa
Descontentes devem ser unidos por maior eficiência do Estado (Mercado A7)
Editorial de Capa
Nem Dilma nem Temer – A presidente Dilma Rousseff (PT) perdeu as condições de governar o país. É com pesar que este jornal chega a essa conclusão. Nunca é desejável interromper, ainda que por meios legais, um mandato presidencial obtido em eleição democrática. Depois de seu partido protagonizar os maiores escândalos de corrupção de que se tem notícia; depois de se reeleger à custa de clamoroso estelionato eleitoral; depois de seu governo provocar a pior recessão da história, Dilma colhe o que merece. (…) (Pág. 1)
Editoriais
Leia “Expectativas”, acerca de possível mudança de rumo na economia, e “Gambiarra pedagógica”, sobre problemas na formação de professores (Opinião A2).
Redação