Jornais do Brasil nesse domingo 06 de Novembro

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06 de novembro de 2016

O Globo

Manchete : Reforma não evitará cortes de R$ 300 bi no Orçamento

Novas regras na aposentadoria só terão efeito a longo prazo

Nos próximos dez anos, gastos com benefícios devem continuar subindo e será preciso apertar outras contas para cumprir o limite para despesas públicas

Mesmo que a reforma da Previdência seja aprovada, o governo terá de cortar ao menos R$ 300 bilhões em outras despesas orçamentárias nos próximos dez anos para cumprir o teto de gastos em votação no Congresso, informa GERALDA DOCA. A reforma só terá efeito a longo prazo, e o novo limite para o crescimento das despesas públicas, que deve entrar em vigor já no ano que vem, prevê que os gastos totais do governo não podem crescer acima da inflação. O tamanho do corte, porém, vai depender do alcance da reforma da Previdência a ser enviada ao Congresso e do resultado final da votação. (Págs. 37 a 39)

Mais de 270 mil ficam sem prova

Novas ocupações estudantis em locais de prova pelo país adiaram o Enem para mais 30 mil candidatos, ontem. Quem faria o exame num dos prédios da UFF, por exemplo, foi surpreendido pelos portões fechados. Agora, são 271 mil os prejudicados. (Pág. 52)

Paes diz que quer ser governador

O prefeito Eduardo Paes disse que vai se candidatar ao governo do Rio e, se eleito, será o secretário de Segurança, revela ROLLAND GIANOTTI. (Pág. 26)

Esquecimento, a 2ª tragédia de Paracatu

Um ano após o desastre em Mariana, o distrito de Paracatu de Baixo, esquecido pelas autoridades, é um cenário de ruínas e lama, conta ANA LUCIA AZEVEDO. José Pascoal, que vive entre os escombros, diz que até o caboclo d’água, ente folclórico que habitava o rio, morreu. (Pág. 12)

Venezuelanos levam o caos a Pacaraima

Tomada por venezuelanos que fogem da crise no país vizinho, Pacaraima, em Roraima, vive uma escalada de violência e colapso nos serviços públicos, conta SÉRGIO ROXO. Pessoas andam pelas ruas, sem ter onde morar. A cidade, antes tranquila, registra homicídios à luz do dia. (Pág. 3)

Colunistas

ELIO GASPARI – Anistia pode legalizar dinheiro ilícito de políticos (Pág. 5)

JOSÉ PADILHA – Afinal, como foram usadas as maletas de Renan? (Pág. 8)

ARTUR XEXÉO – Pezão está traindo o eleitor que votou nele (Segundo Caderno)

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O Estado de S. Paulo

Manchete : ‘Jamais entraria para a política’

Sérgio Moro, juiz federal

Em sua primeira entrevista em dois anos e meio de Lava Jato, magistrado critica foro privilegiado e nova lei de abuso de autoridade

Personificação da Lava Jato, o juiz federal Sérgio Moro avisa: não será candidato nem entrará para a política. “Não existe jamais esse risco”, diz o magistrado de 44 anos que, após dois anos e meio de operação, dá sua primeira entrevista. Ele aponta problemas na proposta da nova lei de abuso de autoridade, defende o envolvimento do Congresso no combate à corrupção, foro privilegiado apenas para os chefes dos três Poderes e a criminalização do caixa 2. Também falou de política e do escândalo na Petrobrás. Acusado pelo PT de ser algoz do partido, Moro disse que “processo é questão de prova” e acha “errado tentar medir a Justiça por essa régua ideológica”. “Se a pessoa é culpada ou não, não importa se ela é de esquerda, se é de direita, se ela é de centro, tampouco importa se o juiz é de direita, se é de esquerda ou se é de centro.” Sem poder falar de processos ainda sem julgamento, ele diz não ver risco de o Brasil parar com as delações da Odebrecht e do presidente cassado da Câmara Eduardo Cunha (PMDB). “O País já enfrentou desafios grandes no passado”, afirmou. (Política A10 e A11)

Lava Jato se prepara para delação em massa da Odebrecht

A negociação do maior acordo de colaboração entre a Odebrecht e a Lava Jato entra na reta final. Previsto para ser assinado ainda em novembro, com homologação das delações no STF antes do recesso de fim de ano, acordo terá cerca de 80 funcionários e ex-funcionários e multas de até R$ 6 bilhões. Uma nova logística deve ser usada para evitar vazamentos. (Política A6 e A7)

Surto de microcefalia cresce no Rio e em SP

Há um ano, o Brasil decretava emergência em saúde pública por um surto de microcefalia causado pelo zika, vírus recém-descoberto no País. Desde então, 2.079 casos foram confirmados, 3.077 estão sob investigação e, pela primeira vez, a epidemia ganha força no Sudeste. Por Fabiana Cambricoli, Vinicius Sueiro e Gabriela Biló. METRÓPOLE / PÁGS. A24 a A27

Mais 30 mil alunos sem prova no 1º dia de Enem (Metrópole A29)

Em 20 anos, Previdência usará 87% do Orçamento (Economia B1 a B4)

Maranhão troca clã Sarney por comunistas (Política A14)

A eficiência da máquina pública no horizonte

Um país com governo ágil e eficiente, corrupção sob controle e parcerias público-privadas. Para os desencantados com a política e os políticos, esse país não seria o Brasil. Porém, com a Lava Jato, fim da farra fiscal e a provável aprovação da PEC 241, abre-se horizonte para um choque de gestão. “O Brasil precisa ser chacoalhado”, diz Steven Kelman, de Harvard. (Política A16 e A17)

Fernando Henrique Cardoso

Cabe ao PSDB responder à vitória reafirmando o social e se opondo às ondas reacionárias (Espaço Aberto A2)

Notas&Informações

Não anistiar nem devastar – Não se acaba com a corrupção matando a política (A3)

A inflação como entrave – Aumento de preços prejudica o brasileiro de várias formas (A3)

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Folha de S. Paulo

Manchete : Ações contra políticos estão, em média, há 8 anos sem conclusão

Levantamento da Folha mostra que longa tramitação de 84 casos abre risco de prescrição no STF

Levantamento da Folha com base em informações do Supremo Tribunal Federal revela que 84 casos que viraram ações penais contra deputados federais e senadores estão, em média, há sete anos e oito meses sem conclusão. Desses, 22 (26%) estão em andamento há mais de dez anos e outros 37 (44%) superam seis anos. O recordista envolve o senador Valdir Raupp (PMDB-RO), que passou a ser investigado em 1998, quando governador, suspeito de elo com saques indevidos de FGTS. Ele nega irregularidade. Para estabelecer o tempo de duração, a reportagem considerou a data do início das investigações sobre o político, inclusive antes de chegar ao STF —onde congressistas devem ser julgados devido ao foro privilegiado. A longa tramitação abre o risco de prescrição. O STF calcula a duração dos processos na corte a partir da abertura da ação penal, sem considerar a fase de inquérito. Por esse critério, os casos são concluídos, em média, pouco mais de dois anos de iniciados. (Poder A4)

Brasil deve pôr fim a subsídios, diz chefe da Mercedes

Para Wolfgang Bernhard, chefe mundial de caminhões e ônibus da Daimler/ Mercedes-Benz, abrir o mercado ê a receita para o fim da crise. “Não quero que o governo me proteja se eu não for competitivo. O Brasil precisa competir sem subsídios”, afirma. (Mercado pág. 5)

MEC erra e aplica Enem em locais nos quais ele fora adiado (Cotidiano pág. 4)

Em 76 municípios, últimas 5 eleições foram ganhas pelo mesmo clã político (Poder A10)

Editoriais

Leia “Antes que seja tarde”, sobre a premência de reforma política que iniba a criação de partidos, racionalize as campanhas e diminua seus custos. (Opinião A2).

Redação