Jornais do Brasil nesse domingo 08 de janeiro

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08 de janeiro de 2017

O Globo

Manchete : Gestor de prisões doou a governador do Amazonas

Campanha de José Melo recebeu R$ 1,2 milhão de empresa que atua no Ceará

Família de Luiz Fernando Bittencourt está por trás de 12 empresas que, desde 2003, dominam o mercado de administração de penitenciárias que foram palco de execuções de detentos em Manaus

Protagonista de um grupo de empresas que monopoliza a gestão de presídios no Amazonas, o empresário Luiz Fernando Monteiro Bittencourt doou R$ 1,2 milhão para a campanha do governador José Melo (PROS), por meio de uma de suas firmas, a Serval, que atua no Ceará, revelam RUBEN BERTA e THAYS LAVOR. A família de Bittencourt está por trás de 12 empresas que dominam a gestão de cadeias no estado, incluindo o Compaj, em Manaus, onde 56 presos foram massacrados. (Pág. 3)

Temer e Cármen Lúcia discutem medidas (Pág. 4)

Cadeias fora da lei violam regras de proteção a presos

A superlotação nas prisões, a falta de acesso à Justiça e à Educação e a divisão dos presos por facções criminosas, e não por periculosidade, são exemplos das seguidas violações da Lei de Execução Penal pelo sistema carcerário brasileiro, informa RENATA MARIZ. O fracasso desse sistema alimenta a violência no país, alerta Robson Souza, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. (Pág. 7)

Longa espera no Rio – Fila por atendimento tem 134 mil

A falta de médicos, equipamentos e vagas no sistema de saúde pública criou uma fila de 134 mil pacientes que esperam por consultas, exames e internação para cirurgia nos hospitais municipais do Rio, revelam VERA ARAÚJO e RAYANDERSON GUERRA. Há casos em que o atendimento acontece só um ano após o diagnóstico (Pág. 12)

Marcas de Crivella na sede do poder

O novo prefeito já imprimiu seu estilo: circula pelas secretarias, não economiza nos galanteios às servidoras e, no almoço, faz questão de arroz com feijão (Pág. 13)

Colunas

ELIO GASPARI – O massacre sofrido pelo contribuinte na crise dos presídios (Pág. 6)

FERNANDO GABEIRA – Organizações criminosas são legitimadas nas cadeias (Segundo Caderno)

MÍRIAM LEITÃO – Escritoras acham que chacina exibe os defeitos do Brasil (Pág. 30)

ANCELMO GOIS – Guerra de facções no Brasil lembra a do filme “O poderoso chefão” (Pág. 14)

DORRIT HARAZIM – Horror é fruto de inércia do Estado e indiferença da sociedade (Pág. 18)

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O Estado de S. Paulo

Manchete : 27 facções brigam pelo comando do crime no País

Além de PCC e CV, que estão em guerra, grupos locais participam da disputa apoiando um lado ou outro

Em guerra, Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV) disputam o domínio do mercado de drogas no País. Enquanto a facção paulista controla o tráfico na fronteira com o Paraguai, o CV toma conta da fronteira com a Bolívia. Em todo o País, pelo menos 25 outras facções participam do duelo, apoiando um lado ou outro. Segundo investigadores, o que os dois antigos aliados e atuais rivais querem é controlar as duas fronteiras. A origem da disputa está na morte de Jorge Rafaat, em junho. Ele era o grande intermediário entre traficantes paraguaios e brasileiros. O CV imaginou que lucraria, mas acabou virando dependente do PCC. “A partir desse momento, a aliança foi rompida. As consequências estão aparecendo nos massacres”, diz o procurador Marcio Sérgio Christino. Na última semana, 91 presos foram mortos no Amazonas e em Roraima. (Metrópole A14 a A17)

PCC se alia a rival do CV no Rio

Após mais de 20 anos de acordo com o Comando Vermelho no Rio, o PCC oficializou união em outubro com a Amigo dos Amigos (ADA), facção rival do CV que controla pontos importantes do tráfico, como a Rocinha. (A16)

TSE analisa 50 pedidos de criação de partido político

No último dia útil de 2016, o Tribunal Superior Eleitoral registrou o 50.º pedido para criar uma legenda política no Brasil, o Partido Democrático dos Servidores Públicos. Além dele, outros 49 aguardam análise da Corte para saber se poderão participar de eleições e ter acesso ao Fundo Partidário, mesmo após o Senado aprovar medida que restringe direitos de siglas sem número mínimo de votos. (Política A4)

Mansur na mira de juiz americano

Dezoito anos após a falência de Mappin e Mesbla, investigadores privados conseguiram as primeiras evidências de que Ricardo Mansur tem bens não declarados no exterior, relata Josette Goulart. Assinaturas do empresário em movimentações de contas bancárias de empresa com sede nos EUA foram usadas por juiz americano para bloquear transações financeiras de Mansur. (Economia B5)

Governo paga R$ 2,4 bi a alvos da Lava Jato (Política A6)

Reconstrução do Brasil – O desafio de voltar a crescer

Com inflação em direção ao centro da meta e a PEC do teto dos gastos, parte da missão de Michel Temer foi cumprida. Falta a reforma da Previdência, mas, desde já, pauta precisa ser diversificada. (Economia B8)

Pedro S. Malan

A conta chegou. Há decisões difíceis à frente, em especial quanto a pessoal e previdência. (Espaço Aberto A2)

Notas&Informações

A estrutura constitucional do Brasil – Discussão de segurança pública passa pela reformulação legal (A3)

O novo programa da Receita – O ajuste só será efetivo se for independente das receitas extraordinárias (A3)

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Folha de S. Paulo

Manchete : Na América, Brasil é o país que menos poupa para velhice

Só 4% da população economizam para a aposentadoria, um dos piores índices do mundo, indica Banco Mundial

Apenas quatro em cada cem brasileiros poupam dinheiro para a aposentadoria, indicam dados do Banco Mundial. O índice é o mais baixo entre os países das Américas e um dos piores do mundo — em levantamento com 143 nações, só 11 estão abaixo do Brasil. A imprevidência atinge até os brasileiros de renda mais alta e não está relacionada à riqueza do país. O Brasil perde de locais como o Congo, que tem PIB per capita próximo de US$ 1.000 em paridade de poder de compra. O PIB per capita nacional somou US$ 15,4 mil em 2015, semelhante ao da Tailândia, país em que 60% poupam para a velhice. O hábito de poupar é raro em qualquer momento da vida dos brasileiros: só 28% declaram ter guardado dinheiro nos últimos 12 meses. A população do país também tem dificuldades em casos emergenciais, segundo o estudo. Para 44%, ê impossível arrecadar R$ 2.500 em caso de necessidade. Segundo executivos do setor, o baixo índice de poupança é consequência do período de inflação descontrolada que durou atê os anos 1990. E, para mudar o jogo, não basta investir em educação financeira. (Mercado A15)
Coiotes cobram US$ 12 mil por viagem ilegal aos EUA

Contrabandistas de migrantes cobram US$ 12 mil por travessias ilegais do Caribe aos EUA, informa Fabiano Maisonnave. Operado por brasileiros, bahamenses e norte-americanos, o esquema usa barcos que partem de pontos como Nassau, nas Bahamas, atê a costa da Flórida. A reportagem entrou em contato com um dos ao menos quatro coiotes brasileiros que atuam na travessia e visitou apartamento em que, escondidos, passageiros aguardavam a viagem. Só ê possível levar uma pequena mala — celular com GPS ê proibido. Em novembro, 12 brasileiros sumiram ao tentar entrar nos EUA por essa rota. (Mundo A12)

Polícia encontra mais dois corpos enterrados em presídio de RR

Dois corpos foram desenterrados perto da cozinha da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, zona rural de Boa Vista, elevando para 33 o número de mortos na chacina de sexta-feira (6). Dos 38 mortos no motim de Manaus (AM) já identificados, a maioria (58%) tinha até 30 anos e era acusada de roubo. (Cotidiano B1 e B3)

Superlotação está no centro do caos carcerário no país

Oito especialistas em segurança pública ouvidos pela Folha afirmam que a superlotação dos presídios, agravada nos últimos 15 anos, está no centro do caos carcerário no país. O aumento do número de detentos ê sintoma de gargalos no sistema prisional e causa de outras disfunções, como a falta de separação de presos rivais. (Cotidiano B4)

A pior estrada do país

Velha, esburacada e sinuosa, via que liga Tocantins à Bahia tira vidas e causa prejuízo a empresas. (Mercado A18)

Clóvis Rossi

Há um lado de Trump que talvez fosse útil ao Brasil

Valeria a pena o Brasil adotar o protecionismo que Donald Trump alardeia? Já fui favorável a esse tipo de política, porém o mundo e o modo de produção mudaram tanto e tão rápido que agora não parece mais fazer sentido. Mas o tamanho da crise brasileira pede ousadia e pensar fora da caixa. (Mundo A14)

Editoriais

Leia “O incerto 2018”, acerca da situação dos principais pré-candidatos, e “Sem entulho tributário”, sobre simplificação do sistema de impostos. (Opinião A2).

Redação