Jornais do Brasil nesse Domingo 15 de Janeiro

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15 de janeiro de 2017

O Globo

Manchete : Homicídios crescem em 20 estados em 10 anos

Taxa mais do que dobrou no Amazonas, no Maranhão e no Ceará

País teve aumento de 14,22% no número de assassinatos entre 2005 e 2015 de acordo com dados oficiais do Anuário Brasileiro de Segurança Pública; Rio e São Paulo registraram queda

A taxa de homicídios por 100 mil habitantes subiu em 20 estados entre 2005 e 2015, segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. No país, o crescimento foi de 14,22%. A violência é maior no Norte e no Nordeste, onde em três estados o índice de mortes mais do que dobrou. No Amazonas, palco de um massacre de presos no início do ano, a variação dos casos de homicídios foi de 107%. Em Alagoas, a taxa cresceu 36,5% e é de 49 mortes por 100 mil habitantes, comparável à da Venezuela, o segundo país que mais mata nas Américas. (Pág. 3)

Espírito Santo consegue recuperar prisões (Pág. 4)

Detentas também se dividem por facções (Pág. 6)

Cade investiga 7 cidades por cartel

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) investiga a combinação de preços em postos de gasolina em 7 cidades do país. (Pág.20)

Planalto está sem câmeras há 8 anos (Pág.7)

Colunistas

LAURO JARDIM – Anvisa permite remédio à base de Cannabis (Pág.2)

MERVAL PEREIRA – Quatro cenários para o governo Temer (Pág. 4)

ELIO GASPARI – Cármen Lúcia ocupa vazio em Brasília (Pág.7)

ANCELMO GOIS – BNDES libera obra da OAS na Argentina (Pág.14)

VERISSIMO – Escolheremos facção para governar o país (Pág. 19)

MÍRIAM LEITÃO – Obama conseguiu reverter uma crise aguda (Pág. 38)

FERNANDO GABEIRA – Empurrar problemas com a barriga sai caro (Segundo Caderno)

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O Estado de S. Paulo

Manchete : Em três anos, Brasil perde dois Paraguais em receitas

Mesmo com repatriação de recursos, queda da arrecadação foi de R$ 172 bilhões de 2014 a 2016, ou 13,7%

A arrecadação do governo federal encolheu nos últimos três anos quase duas vezes o Produto Interno Bruto (PIB) do Paraguai. A perda de receita em termos reais – descontada a inflação – alcançou R$ 172 bilhões de 2014 a 2016, agravando a crise. O recuo da arrecadação representa queda real de 13,7% no período e teria sido maior, de 16,2%, se não fosse a repatriação de recursos não declarados no exterior, segundo cálculos do especialista em finanças Fernando Montero. A queda tem relação direta com a diminuição do nível de atividade. Com produção e vendas menores, as empresas recolhem menos impostos. Ao mesmo tempo, as despesas do governo federal cresceram, o que resultou em rombos sucessivos e crescentes. Enquanto a receita líquida de 2016 foi estimada pelo governo em R$ 1,082 trilhão, em 2013 somava R$ 1,254 trilhão em valores corrigidos pela inflação. (Economia B1 e B3)

Empresário diz que esquema previa até calote na Caixa

Evaldo Ulinski, ex-dono do Big Frango, uma das empresas investigadas na Operação Cui Bono?, disse que emissários do operador Lúcio Funaro ofereceram empréstimo de R$ 100 milhões com a Caixa Econômica Federal, com condições especiais. Cobrariam 10% sobre o valor do financiamento, a título de comissão, para facilitar a liberação dos recursos. Se a comissão fosse de 30%, o empréstimo não precisaria ser quitado. (Política A4)

Supremo vira alvo de ações de impeachment (Política A8)

Reconstrução do Brasil – Pacto federativo

Governadores e prefeitos aproveitam crise para lançar ideia de pacto que altere forma de distribuir recursos. (Política A9)

Grilagem perto do poder de Brasília

Comunidade Sol Nascente, a 32 km da Praça dos Três Poderes: na maior favela da América Latina, com 95 mil habitantes, grilagem de terras virou negócio lucrativo e envolve traficantes, policiais e pastores. Sem infraestrutura mínima, população se vê amedrontada por invasores e pela derrubada de casas pelo poder público. (Metrópole A16 e A17)

Eliane Cantanhêde

STF vem assumindo protagonismo proporcional ao tamanho das crises. Cármen Lúcia é destaque em 2017. (Política A6)

Celso Ming

Revolução do trabalho terá consequências graves que não poderão ser enfrentadas só com protecionismo (Economia B2)

Notas&Informações

Um suspiro da economia – Após dois anos de funda e penosa recessão, alento percebido quase no fim do ano não é desprezível (A3)

Papel democrático do jornalismo (A3)

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Folha de S. Paulo

Manchete : Em dez anos, dobra prisão ligada ao tráfico de drogas

Em Natal, rebelião em presídio superlotado deixa pelo menos dez mortos

A proporção de presos relacionados ao tráfico de drogas dobrou no país em dez anos. Em 2005,14% dos crimes pelos quais detentos foram condenados ou acusados eram ligados à atividade. No ano de 2014, esse percentual subiu para 28%. O aumento está diretamente ligado à entrada em vigor, em 2006, da Lei de Drogas. O texto endureceu punições a traficantes e retirou a prisão para usuários.

A falta de critério claro para diferenciá-los, porém, elevou as detenções por tráfico. Assim, a Justiça lota presídios com réus sem antecedentes, não violentos e sem ligação aparente com facções. Para especialistas, a alta nas prisões agrava a violência. “Transformamos infratores em pessoas perigosas”, diz a socióloga Julita Lemgruber.

Em mais um capítulo da briga entre facções, uma rebelião ainda não controlada deixou ao menos dez mortos na Penitenciária de Alcaçuz, em Natal (RN), segundo o governo. Com capacidade para 620 presos, local abriga hoje 1.083. (Cotidiano BI e B3)
Elio Gaspari

Vazio em Brasília foi ocupado por Cármen Lúcia

Havia um vazio em Brasília e ele foi ocupado pela presidente do STF, Cánnen Lúcia, com disposição para iniciativas audaciosas, cenografias batidas e retórica bíblica.

O desembaraço e a exposição seriam só asterisco se seu nome não estivesse entre prováveis candidatos numa eventual eleição indireta. (Poder A10)
Marcelo Calero

Maioria silenciosa precisa participar da gestão pública (Opinião A3)
Odebrecht pode trocar de nome para se reerguer após escândalos

Em meio à mais grave crise de seus 72 anos de história, a Odebrecht estuda, entre os planos para se reerguer, mudar de nome. Após o envolvimento no petrolão, executivos do grupo estimam que a receita bruta encolherá de R$ 132,5 bilhões em 2015 para R$ 50 bi em 2021. (Poder A4)
Aposentadoria no Brasil garante fatia de renda maior que em outros países (Mercado A17)

Editoriais

“Reorientação radical”, sobre necessidade de se reduzir encarceramento em massa e legalizar as drogas como forma de combater caos carcerário. (Opinião A2).

Redação