Jornais do Brasil nesse Domingo 19 de Junho

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19 de junho de 2016

O Globo

Manchete: Pressão de estados pode inviabilizar ajuda ao Rio

Pressão de estados pode inviabilizar ajuda ao Rio

Planalto recebeu com surpresa estratégia de Dornelles para obter repasse federal, garantir Olimpíada e pagar folha

A estratégia do governador em exercício do Rio, Francisco Dornelles, de decretar calamidade pública para obter recursos emergenciais, poderá inviabilizar o repasse federal de R$ 2,9 bilhões ao estado, para ajudar a pagar servidores e concluir as obras do metrô. O Palácio do Planalto, surpreendido, considerou um erro dar publicidade ao acordo. Isso porque outros governadores, como os de Rio Grande do Sul e Minas Gerais, que também enfrentam grave crise, devem reivindicar o mesmo tratamento, mas não há verba para socorrê-los. (Págs. 8 E 9)

Dinheiro insuficiente

Os R$ 2,9 bilhões da União não dariam sequer para cobrir uma folha de pagamento e o que falta para concluir o metrô. (Pág. 8)

Supremo já investiga 134 na Lava-Jato

A corrupção que ocupa o centro do palco “dos cabarés do Brasil”, na definição do ex-presidente da Transpetro e delator Sérgio Machado, levou à abertura de 59 inquéritos, com 134 investigados, no STF — apenas nas investigações da Lava-Jato, informam BRUNO GÓES, DANIEL BIASETTO e JULIANA CASTRO. (Págs. 3 e 4)

MP acha conta de Alves na Suíça

Ao denunciar o ex-ministro Henrique Alves no STF, a Procuradoria-Geral da República listou uma conta na Suíça com 800 mil francos suíços (R$ 2,8 milhões). (Pág. 4)

Estatuto evitou 133 mil mortes

Desde que entrou em vigor, em 2004, o Estatuto do Desarmamento evitou 133 mil mortes, segundo o Mapa da Violência, conta MARCO GRILLO. O estudo comparou índices de violência antes e após a lei, agora sob ameaça de ser desfigurada por projetos em trâmite no Congresso. (Pág. 6)

Colunistas

MERVAL PEREIRA

Rio foi vítima da “maldição do petróleo”. (Pág. 4)

LAURO JARDIM

Delação da Carioca alcança Sérgio Cabral. (Pág. 2)

ELIO GASPARI

Nas privatizações, exemplo da OI deve ser evitado. (Pág. 7)

ANCELMO GOIS

“Dicionário da Lava-Jato”, por Evanildo Bechara. (Pág. 11)

VERISSIMO

Sem barulho de moeda, gastos fogem ao controle. (Pág. 15)

MÍRIAM LEITÃO

Dilmistas se agarram a detalhe para negar o todo. (Pág. 30)

ARTUR XEXÉO

O verbo refundar é remédio para todos os males. (Segundo Caderno)

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O Estado de S. Paulo

Manchete : Lava Jato cobra delações sobre obras e aeroportos

Os presidentes das empreiteiras Odebrecht e OAS serão pressionados pela Operação Lava Jato a revelar fatos novos sobre a corrupção no governo que vão além de contratos da Petrobrás e das Usinas de Belo Monte e Angra 3. Os“acertos” em negócios de aeroportos integram a lista de temas de interesse da Procuradoria da República nas negociações de delação premiada de Marcelo Odebrecht e José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro, informam Ricardo Brandt, Julia Affonso e Fausto Macedo.

Investigadores têm elementos para acreditar que houve corrupção em concessões de aeroportos de 2011, 2012 e 2013, no governo Dilma Rousseff. Para eles, Odebrecht e Pinheiro podem fornecer detalhes de negócios de R$ 45 bilhões. São três focos: leilões, obras para a Copa 2014 e a Rio-2016 e aportes financeiros de fundos de pensão e do BNDES. (Política/Pág.A4)

Afilhado de Jucá na Transpetro

O atual presidente da Transpetro, Claudio Campos, é apadrinhado do senador Romero Jucá, informa a Coluna do Estadão. Antes de substituir Sérgio Machado, ele comandava as contratações na subsidiária da Petrobrás. (Pág. A4)

14% do PIB é investigado nas operações da Polícia Federal

Levantamento do Estado mostra que o faturamento de 32 empresas sob investigação na Operação Lava Jato e na Zelotes chega a R$ 760 bilhões – equivalente a 14% do PIB. Com os escândalos, os grupos passaram a enfrentar dificuldades para obter empréstimos, venderam ativos e demitiram 1 milhão de trabalhadores. Especialistas dizem que o jeito de fazer negócios no Brasil vai mudar. (Economia/Pág.B1 e B3)
Páginas do Facebook vendem armas e munições

Grupos, páginas e perfis no Facebook vendem, sem fiscalização, armas de fogo, munições e acessórios controlados pelo Exército. Na lista de ofertas estão revólver, fuzil, cano, silenciador, máquina de recarga e até kit importado que transforma pistola em submetralhadora. Comércio sem autorização e publicidade de armamento são crime, mas jogo de “empurra” entre polícias afeta controle. (Metrópole/Pág.A18 e A19)
Aeronáutica negocia criação de duas estatais

O Ministério da Defesa negocia no governo a criação de duas empresas que ficarão sob alçada da Aeronáutica, informa Eliane Cantanhêde. Uma será voltada a novas tecnologias do setor. A outra, a controle do espaço aéreo. Os recursos virão de tarifas aeroportuárias. (Política/Pág. A11)

Energia eólica abastece 30% do Nordeste (Economia/Págs. B8 e B9)

Eliane Cantanhêde

Lobos não solitários

Atentado em Orlando e decisão do EI de traduzir mensagens para o português aumentam a preocupação com a possibilidade de ataques nos Jogos. (Política/Pág.A8)
Notas &Iinformações

Parando de piorar

Demora na aprovação de novas medidas econômicas dificulta a restauração da confiança. (Pág.A3)

Propostas ineficazes

Faz falta informar corretamente à população, para tornar politicamente viável a reforma da Previdência. (Pág.A3)
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Folha de S. Paulo

Manchete: Ajuda federal ao RJ complica acordos com outros Estados

Calamidade faz Temer pôr em dúvida negociação de dívidas; auxílio é 1/3 de isenções fiscais neste ano

O decreto de calamidade pública do Rio de Janeiro em razão da crise econômica, anunciado na sexta (17), pode comprometer a negociação da dívida de outros Estados com o governo federal. O presidente interino, Michel Temer (PMDB), pretendia conversar sobre os passivos com os governadores de todo o país em reunião marcada para esta segunda (20). Mas, segundo auxiliares de Temer, o anúncio do Rio pode emperrar os acordos, já que não há recursos para socorrer todos os Estados. Para o peemedebista, o Rio requer atenção especial por causa da Olimpíada,que começa no dia 5 de agosto. O Sindicato dos Médicos do Rio recorrerá ao Supremo contra o decreto— há o temor de novos cortes na saúde. O valor em isenções fiscais que o governo fluminense dará neste ano (R$ 8,7 bilhões) é o triplo dos pelo menos R$ 2,9 bilhões que receberá de auxílio federal. A renúncia fiscal é alvo de auditorias do Tribunal de Contas do Estado,que aponta descontrole na concessão do benefício. O governo do Rio diz que os incentivos são essenciais para atrair investimentos. (Mercado A24 e A25)

Procuradoria denuncia ao STF o ex-ministro Henrique Alves

O ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal, por suspeita de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Ele renunciou na quinta (16). O Ministério Público da Suíça identificou uma conta secreta de Alves naquele país, que teria o equivalente a R$ 2 milhões. (Poder A7)

Vinicius Torres Freire

Governantes do estado abusaram demais do petróleo

O Estado do Rio é um caso especial do horror da administração pública do Brasil. Tem recursos e gente capaz para manter um governo em ordem. As gestões do PMDB lambuzaram-se além do mais no dinheiro extra do petróleo, como se essa receita não fosse volátil. (Mercado A24)

Editoriais

Leia “Debaixo do teto”, acerca de limite de gastos do governo, e “Doença preexistente”, a respeito de morte de desabrigados em decorrência do frio. (Opinião A2).

Redação