Jornais do Brasil nesse Domingo 23 de Outubro

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23 de outubro de 2016

O Globo

Manchete : Obras param, e empreiteiras culpam a prefeitura do Rio

Construtoras alegam dívidas de R$ 700 milhões; município nega

Associação de empresas diz que falta dinheiro para contratos

A pouco mais de dois meses do fim do governo, a prefeitura do Rio está desacelerando o ritmo de obras na cidade: segundo a Associação de Empresas de Engenharia do Rio de Janeiro, 26 empreiteiras confirmaram ter recebido determinação do município para interromper projetos, revela CARINA BACELAR. O presidente da entidade, Luiz Fernando dos Santos Reis, disse que o governo não tem dinheiro para honrar contratos e que os débitos com construtoras já chegam a R$ 700 milhões. A prefeitura nega as dívidas e a ordem para suspender obras. (Pág. 17)

Lava-Jato: Crivella é acusado de caixa 2

Na negociação de sua delação premiada, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque promete detalhar o pagamento, via caixa dois, de material de campanha para Marcelo Crivella em 2010, quando o candidato a prefeito foi eleito para o Senado, revela LAURO JARDIM. Segundo o que foi informado ao MPF, Duque afirma que o serviço, de R$ 12 milhões, foi descontado de propina do escândalo da Petrobras. (Pág. 2)

Candidato diz que não vai comentar a denúncia (Pág.2)

Juízes: regra é receber além do teto

Três de cada quatro magistrados brasileiros receberam remunerações acima do teto constitucional de R$ 33.763, respaldados pelo próprio Judiciário, revelam EDUARDO BRESCIANI e ANDRÉ DE SOUZA. (Pág. 3)

Audiovisual em franca expansão (Pág.37)

Colunas e Artigos

MERVAL PEREIRA – Disputa entre Lava-Jato e Congresso ficou evidente (Pág.4)

FREI BETTO – As quatro fases de quem enfrenta a prisão (Pág.6)

ELIO GASPARI – As pragas que levaram o Rio de Janeiro à ruína (Pág. 7)

FERNANDO GABEIRA – Entre dois obscurantismos: o religioso e o político (Segundo Caderno)

ARTUR XEXÉO – O anel é a prova de que Cabral é cafona (Segundo Caderno)

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O Estado de S. Paulo

Manchete : 2.442 prefeitos vão assumir municípios no vermelho

Número equivale a 77,4% das 3.155 cidades que informaram o Tesouro Nacional sobre suas finanças

Pelo menos 2.442 municípios gastam mais do que arrecadam, ou seja, são deficitários, segundo levantamento da Confederação Nacional dos Municípios. Esse número representa 77,4% das 3.155 cidades que prestaram informações ao Tesouro Nacional. A declaração não é obrigatória, mas representa o retrato mais amplo disponível sobre as finanças das prefeituras – 5.570, no total. O quadro deve piorar até o fim do ano, com a contínua queda da arrecadação, deixando a bomba fiscal para os novos prefeitos. Ao contrário dos governadores, que têm alardeado a crise em seus cofres para tentar obter dinheiro do governo federal, as prefeituras empurraram os problemas para debaixo do tapete na campanha eleitoral. Nos últimos dias, às vésperas do fim do prazo de emendas ao Orçamento da União, os futuros prefeitos fizeram uma romaria no Congresso em busca de dinheiro. (Economia B1 e B3)

Crise afeta de saúde a merenda

Greves de servidores e prestadores de serviços por falta de pagamento já paralisam serviços essenciais como saúde, coleta de lixo e até o preparo da merenda escolar em pelo menos sete prefeituras paulistas. (B3)

Eduardo Cunha movimentou R$ 25 milhões na Bovespa

O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB) movimentou cerca de R$ 25 milhões na Bolsa de Valores de São Paulo entre 2009 e 2014. A maior parcela das transações envolveu papéis da Petrobrás e da OGX. Só da petroleira o ex-deputado comprou R$ 12 milhões em papéis entre 2009 e 2014. No mesmo período, vendeu R$ 9,5 milhões. Os números estão em extrato da BMF&Bovespa enviado à 6.ª Vara Federal Cível no Paraná. (Política A4)

Coluna do Broad

Bradesco estuda se vale gastar pelo menos R$ 1,2 bilhão para reassumir o Banco Postal, que já comandou por uma década (Economia B2)

Notas&Informações

Os tempos do STF – A Lava Jato na primeira instância anda. Seria positivo essa celeridade com investigados no STF (A3)

Catedráticos em bandalheiras – Para a turma de Lula, temos que aceitar que o combate à corrupção prejudica o País (A3)

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Folha de S. Paulo

Manchete : Itaquerão foi presente para Lula, diz Emílio Odebrecht

Obra de estádio integra pré-delação; ex-presidente chama caso de ‘especulação’ e não comenta

Presidente do conselho de administração do grupo que leva o seu sobrenome, Emílio Odebrecht disse em negociação de acordo de delação que o Itaquerão foi um presente ao ex-presidente Lula, informa Mario Cesar Carvalho. Construído pela empreiteira com apoio financeiro do BNDES e da Prefeitura de São Paulo, o estádio do Corinthians custou R$ 1,2 bilhão e abrigou a abertura da Copa de 2014. Lula é corintiano. O agrado, segundo o empresário, foi retribuição à ajuda dada por Lula à Odebrecht enquanto esteve na Presidência, de 2003 a 2010. Nos governos do PT (2003 a 2015), o faturamento nominal do grupo subiu de R$ 17,3 bilhões para R$ 132 bilhões.

Por pressão de Emílio, seu filho Marcelo, preso há 15 meses e já condenado a 19 anos de prisão, e 80 executivos da empresa decidiram buscar acordo de delação. Para Emílio, que passou a integrar o acordo porque era o principal interlocutor de Lula, a delação seria a única saída para o grupo não falir. O ex-presidente é réu em ação que tramita no DF sob a acusação de ter ajudado a Odebrecht a obter contratos. A defesa de Lula diz que, “se a delação não serve para provar qualquer fato, a especulação de delação é um nada”. Odebrecht e Corinthians não comentaram. (Poder A4)

Ana Paula Vescovi

Ajuste fiscal requer urgência e compromisso

Torna-se inadiável, nesse momento singular, que os interesses corporativos deem lugar a um bem maior a todos, o compromisso com a sustentabilidade fiscal. A PEC 241 limita a expansão dos gastos públicos federais por 20 anos e impõe nova disciplina. O outro caminho já conhecemos: dívida pública impagável e baixo crescimento. (Opinião A3)
Editoriais

Leia “Mais pressa”, sobre programa de concessões do governo, e “A batalha por Mossul”, acerca de ofensiva contra o Estado Islâmico no Iraque. (Opinião A2).

Redação