Jornais do Brasil nesse Sábado 02 de Janeiro
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02 de janeiro de 2016
O Globo
Manchete: PT quer mais impostos e empréstimos da China
Documento a ser entregue a Dilma contém 14 propostas para criar nova agenda
Entre as sugestões, estão novas alíquotas do Imposto de Renda, tributação de lucros e dividendos, venda de papéis da dívida ativa, ajuda chinesa para financiar empresas brasileiras e até legalização dos jogos de azar
Para combater a crise e superar a pauta do ajuste fiscal, a bancada do PT na Câmara vai levar à presidente Dilma Rousseff e ao ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, um documento com 14 propostas para reorientar a política econômica, conta Sérgio Roxo. O partido avalia que o governo precisa ser pressionado e prega “aprofundar a justiça tributária”. Uma das ideias é adotar sete alíquotas de Imposto de Renda, que chegariam a 40% para salários acima de R$ 108 mil por mês. Os petistas sugerem que o governo busque acordos com a China para financiar o setor produtivo. (Pág. 3)
Dilma veta lei com reajuste do Bolsa Família (Pág. 5)
Dólar faz indústria importar menos
A alta do dólar e a recessão reduziram a compra de máquinas, equipamentos e insumos da indústria no exterior. A fatia dos importados caiu de 20,4% em 2014 para 18,3% ano passado, o que restringe os investimentos. (Pág. 15)
Bebidas, celulares e tablets ficam mais caros (Pág. 16)
Míriam Leitão
Empresas adiam investimentos e recuperação para 2017. (Pág. 16)
Crise afeta Centros da Mulher
Por causa da crise nas finanças do governo do Rio, funcionários dos centros de atendimento a mulheres vítimas de violência estão com os salários atrasados desde outubro. Também há problemas estruturais. O posto de Manguinhos, onde até o telefone foi cortado, suspendeu o atendimento. (Pág. 14)
Entrevista: Patrus Ananias
Bons candidatos correm risco
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, admite que o PT corre o risco de uma derrota eleitoral este ano. Segundo Renata Mariz, ele teme que a legenda deixe de eleger seus melhores quadros, os com valores morais. (Pág. 4)
Merval Pereira
Presidencialismo de coalizão pede poder moderador. (Pág. 4)
Jorge Bastos Moreno
Ano será do governo do PT pela desagregação do PMDB. (Pág. 3)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Dilma veta reajuste do Bolsa Família na Lei do Orçamento
Governo alega que aumento levaria a desligamento de beneficiários; última correção foi em maio de 2014
A presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016 com 58 vetos. Entre os pontos rejeitados está o que estabelecia reajuste de todos os benefícios do Bolsa Família de acordo com a inflação dos últimos 20 meses. A lei foi assinada em 31 de dezembro. Principal bandeira social da gestão petista, o programa teria benefícios reajustados em pelo menos 16,6%. A taxa corresponde ao IPCA acumulado de maio de 2014 a novembro de 2015, último dado apurado pelo IBGE. Hoje, o valor do benefício básico é de R$ 77 e pode chegar a R$ 336 por família. O governo alegou que o reajuste provocaria redução do total de beneficiários. A previsão é de gasto de R$ 28,1 bilhões com o Bolsa Família em 2016 – alta de 1,44% sobre 2015. Outros pontos vetados foram o dispositivo que determinava imediata execução orçamentária de emendas parlamentares e o que vedava concessão de empréstimos do BNDES para obras e investimentos no exterior. (Economia, pág. B1)
Imóveis da União, só à vista
Lei sancionada ontem pela presidente Dilma Rousseff veta o pagamento parcelado de imóveis vendidos pela União. Objetivo da medida é elevar a arrecadação federal. (Pág. B1)
Bebidas pagarão mais impostos
IPI sobre bebidas quentes, como vinhos e destilados, terá nova base de cálculo. Medida provisória também eleva tributação de computadores, smartphones e tablets. (Pág. B1)
Educação teve cortes de R$ 10,5 bi no ano passado
O Ministério da Educação (MEC) perdeu R$ 10,5 bilhões, ou 10% do orçamento, em 2015, ano em que a presidente Dilma Rousseff escolheu o slogan “Pátria Educadora” como lema de seu segundo mandato. Cortes em programas, pagamentos atrasados e trocas de ministros marcaram o ano da pasta. Averba destinada ao Fies caiu 16%, de R$ 13,7 bilhões, em 2014, para R$ 12 bilhões no ano passado. Outra bandeira de Dilma, o Pronatec adiou início de novas turmas, que só começaram no segundo semestre. (Metrópole, pág. A8)
Sindicatos condicionam apoio a governo ao fim do ajuste
A presidente Dilma Rousseff terá de fazer escolha entre o apoio das centrais sindicais, considerado crucial pelo Planalto para enfrentar o processo de impeachment, e a manutenção da política econômica e do ajuste fiscal. Lideranças de CUT, CGT e Força Sindical afirmam ao Estado que a manutenção do apoio ao governo em 2016, apesar das medidas de restrições aos programas sociais, estará condicionada a mudanças na política econômica. Juntas, as três maiores centrais representam 4,4 mil sindicatos. (Política, pág. A4)
Celso Ming: Energia livre
Em busca de melhores preços e maior previsibilidade nos negócios, pequenas e médias empresas vêm migrando para o chamado mercado livre. (Economia, pág. B2)
Adriana Carranca: O que herdamos em 2016
Quando há vontade política, consegue-se o imprevisto e até o que julgávamos impossível. Vontade política nasce da pressão pública. (Internacional, pág. A7)
NOTAS & INFORMAÇÕES
As pedaladas e a democracia
Admite-se o crime, mas procura-se tratá-lo como algo incapaz de fundamentar o impeachment.
Epitáfio da Pátria Educadora
A Base Nacional Comum Curricular do governo Dilma Rousseff está destinada ao lixo da história. (Pág. A3)
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Zero Hora
Manchete: ICMS mais alto faz gasolina subir até R$ 0,30 na Capital
Levantamento de ZH na quinta e na sexta-feira em 30 postos mostra que, onde o reajuste foi aplicado, aumento médio na bomba ficou em 8,1% e elevou o custo do combustível a ate R$ 3,999 por litro. (Pág. 12)
Dilma veta reajuste do Bolsa Família (Págs. 8 e 10)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Velocidade da internet no ensino público é 3% da ideal
Governo planeja melhorar situação, que afeta trabalho dos professores
A velocidade média da internet nos colégios da rede pública nas regiões urbanas do Brasil se limita a 3% da considerada adequada pelo governo federal. Ela é de 2,3 megabits por segundo, e o ideal seriam 78 megabits.
A lentidão é tanta que impede até o uso administrativo da rede de computadores.
A situação fez o Ministério da Educação adaptar seu site para diretores e docentes poderem participar do debate sobre currículo escolar.
Eles poderão baixar e consultar o conteúdo sem precisar manter uma navegação permanente na internet.
As informações se referem a unidades públicas inseridas no programa Banda Larga nas Escolas, lançado em 2008 pela gestão Lula.
O ministro Aloizio Mercadante (Educação) reconheceu a deficiência ao falar sobre a banda larga (conexão veloz à internet). “Temos em geral uma banda lerda. A gente deve discutir isso com prioridade, se quisermos fazer escola de qualidade.”
O Ministério das Comunicações, que planeja melhorar a infraestrutura, afirma ter alcançado a meta de massificar o acesso à internet na rede de ensino. (Cotidiano B1)
Brasil perde importância em balanço de multinacionais
Com a desvalorização do real e a queda na demanda, as filiais brasileiras de multinacionais perderam relevância no balanço das multinacionais. A alta de 49% do dólar no ano já tirou do país uma posição no ranking dos maiores mercados de eletrodomésticos e no de artigos de luxo. Outros setores devem registrar queda semelhante. (Mercado A8)
Pacote do MPF anticorrupção recebe o apoio de 1,2 milhão
A Procuradoria enviará ao Congresso até o meio do ano um pacote contra a corrupção que conta até o momento com 1,2 milhão de assinaturas. O projeto inclui dez medidas, como penas mais rígidas.
O projeto foi concebido inicialmente pela força-tarefa da Lava Jato. Para que seja apreciado pelo Legislativo, é preciso 1,5 milhão de apoios ao projeto de iniciativa popular. O MPF calcula que isso ocorra em até seis meses. (Poder A4)
Gato e rato invisível
Uma manta térmica que deixa bandidos “invisíveis” é responsável por centenas de assaltos a bancos no país.
Feita de alumínio, a manta driblava o sensor de calor que monitorava caixas e fez bancos investirem num novo radar. Em dez anos, triplicou o gasto das instituições com sistemas de segurança, diz a Febraban (Federação Brasileira de Bancos). (Cotidiano B4)
Peru pode ser o próximo país a dar guinada à direita
O Peru pode ser o próximo país da América Latina a entrar na onda contra governos de esquerda que cresce na região. Ligada à direita, Keiko Fujimori lidera as pesquisas de sucessão de Ollanta Humala, nacionalista de esquerda que migrou para o centro.
Keiko é filha do ex-ditador Alberto Fujimori, preso por crimes de lesa-humanidade e corrupção em sua gestão (1990-2000). (Mundo A7)
PF acha rombo de R$ 5 bi em fundo de pensão dos Correios (Poder A5)
Bota-fora
Símbolo do protesto contra a reorganização no ensino estadual, suspensa pela gestão Alckmin (PSDB), o colégio Fernão Dias Paes (zona oeste de SP) será desocupado pelos alunos neste final de semana, após 53 dias. (Cotidiano B1)
EDITORIAIS
Leia “Argentina, nova direção”, acerca de política econômica do país, e “O controle da dívida”, sobre projeto que limita crescimento do deficit federal. (Opinião A2).
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