Jornais do Brasil nesse Sábado 16 de Julho
Por - em 8 anos atrás 378
16 de julho de 2016
O Globo
Manchete : Tentativa de golpe militar mergulha Turquia na incerteza e no caos
Presidente Erdogan conclama população às ruas; confrontos têm 17 mortos
Exército justifica ação para proteger democracia, mas governo assegura ainda manter o controle do país
O governo turco sofreu uma tentativa de golpe militar que deflagrou cenas de violência pelas ruas de Ancara e Istambul (foto), onde pelo menos 17 policiais morreram em ataque aéreo contra um quartel das Forças Armadas e uma bomba atingiu a sede do Parlamento. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que vem adotando medidas autoritárias contra as liberdades individuais, com perseguição a jornalistas e juízes, disse que a ação foi organizada “por uma minoria no seio do Exército”. Ele conclamou a população para sair às ruas e resistir. Explosões, tiros e informações desencontradas marcaram a madrugada. Militares decretaram a lei marcial, TVs saíram do ar e os principais aeroportos foram fechados. O país ainda lida com informações contraditórias: militares afirmaram ter tomado o poder para proteger a ordem democrática, enquanto o governo afirma manter o controle do país. (Págs. 26 e 27)
Brasil muda segurança após ataque em Nice
A cúpula do esquema de segurança para a Olimpíada no Rio decidiu, em reunião de emergência em Brasília, rever todo o esquema planejado e intensificar barreiras e revistas durante os Jogos. O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Sérgio Etchegoyen, que chefia a Abin, disse que a medida é necessária porque o ataque em Nice mostrou que um caminhão pode se tornar uma “arma de destruição em massa”. O professor visitante da UFRJ Adlène Hicheur, condenado na França por associação terrorista, foi deportado ontem. A direção da universidade criticou a decisão. (Pág. 8 e 10)
França investiga motivação de terror
Autoridades francesas identificaram o tunisiano Mohamed Bouhlel, de 31 anos, como o autor do ataque com um caminhão que deixou 84 mortos e 202 feridos em Nice, mas indicaram não haver sinais de que fosse um radical islâmico. Ele fora condenado por violência no trânsito. (Págs. 28 a 30)
Colunas
LUIZ ANTÔNIO NOVAES – Petrolão ameaça R$ 4 bi do FGTS, diz auditoria. (Pág. 2)
JORGE BASTOS MORENO – Temer pegou carona na vitória de Rodrigo Maia (Pág. 3)
MERVAL PEREIRA – O fim do centrão é um avanço democrático (Pág. 4)
MÍRIAM LEITÃO – Na visão do mercado, recessão pode estar perto do fim (Pág. 22)
ANCELMO GOIS – Comércio prevê recuperação no Dia dos Pais (Pág. 14)
ZUENIR VENTURA – Dilma e Cunha têm encontro com o fim em agosto (Pág. 19)
ROSISKA D. DE OLIVEIRA – Vivemos momento mais agudo da crise (Pág. 18)
SÉRGIO MAGALHÃES – Insolvência do Rio, um estado rico, surpreende (Pág. 19)
————————————————————————————
O Estado de S. Paulo
Manchete : Tentativa de golpe militar mata 42 na Turquia e assusta potências
Vizinho de áreas do Estado Islâmico, país com 3 milhões de refugiados sírios está com toque de recolher e lei de exceção
Uma tentativa de golpe militar contra o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, deixou pelo menos 42 mortos na capital do país, Ancara. Milhares de turcos atenderam ao chamado do presidente de tomar as ruas. Opositores do governo, porém, acusam Erdogan de liderar uma farsa, destinada a reforçar seus poderes e justificar violações à Constituição e aos direitos humanos. Ao menos 130 militares foram presos, segundo o Ministério Público da Turquia, e havia relatos de um deputado opositor morto em ataque ao Parlamento. A situação é acompanhada de perto por grandes potências, alarmadas pelo risco de colapso institucional num país com 3 milhões de refugiados sírios e que faz fronteira com territórios controlados pelo Estado Islâmico. Membro da Otan, a Turquia serve de base a operações contra grupos jihadistas no Iraque e Síria. Ontem mesmo, Barack Obama declarou apoio ao “governo eleito democraticamente” no país. (Internacional A9 a A11)
Brasil deporta professor da UFRJ acusado de terrorismo
Nascido na Argélia e naturalizado francês, o físico Adlène Hicheur foi deportado ontem do Brasil, onde morava havia três anos. Após dois anos preso na França sob acusação de planejar atentados, o que ele nega, Hicheur ganhou liberdade provisória e mudou- se para o Rio, onde virou professor- visitante da UFRJ. A instituição repudiou a deportação. O Ministério da Justiça disse tê-la autorizado “por recomendação da Polícia Federal” e “dada a conveniência ao interesse nacional”. (Internacional A14)
País revê segurança da Olimpíada
Um dia após ataque na França, o governo brasileiro disse que tomará “novas providências” para a Olimpíada. Michel Temer fez reunião de emergência. Para o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, as preocupações “subiram de patamar” e seria “monumental irresponsabilidade” não rever medidas de segurança. (Esportes A18)
Consignado é suspenso em três Estados (B1)
João Domingos
Diálogo e avanços – A eleição de Rodrigo Maia e a decisão de mandar o caso de Cunha para o plenário são marcos importantes para a democracia representativa (Política A6)
Notas&Informações
O terror dos lobos solitários – Encontrar um meio de lidar com essa situação é o grande desafio dos serviços de inteligência (A3)
A bolsa-banqueiro – O Programa de Sustentação do Investimento simboliza o imenso fracasso da política econômica do PT (A3)
————————————————————————————
Folha de S. Paulo
Manchete : Na Turquia, militares tentam golpe; presidente pede reação
Tropas fecham acesso à capital Ancara e a Istambul; milhares de manifestantes vão às ruas
As Forças Armadas da Turquia anunciaram ontem que passaram a controlar o país, em um golpe de Estado. Os militares fecharam os acessos a Istambul, principal cidade, e à capital Ancara. O tráfego aéreo foi interrompido nas duas metrópoles, e o comando do golpe anunciou ter assumido o controle de prédios governamentais e de meios de comunicação estatais. Em comunicado lido na televisão estatal, os militares afirmam que agiram devido ao “crescimento do terrorismo e do regime autocrático” de Recep Tayyip Erdogan, há 13 anos no poder. O presidente pediu a seus apoiadores para que saíssem de casa e desafiassem os militares. Mesmo com toque de recolher, milhares de manifestantes contra e a favor de Erdogan foram às ruas. Não estava claro, até a conclusão desta edição, de quem era o controle do país. Em ataque de militares, 17 policiais morreram. Tropas também atiraram contra pessoas nas ruas. (Mundo a8)
Rio-16 revisará segurança após atentado na França
Efeito do ataque com um caminhão em Nice (França) que deixou pelo menos 84 mortos, o governo brasileiro anunciou a revisão dos procedimentos de segurança para a Olimpíada do Rio. O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional disse que a fiscalização nos aeroportos será ampliada e que haverá atenção especial no trânsito, entre outras medidas. (Mundo a11)
Editoriais
Leia “Desalento paulistano”, acerca de pesquisa Datafolha sobre eleição municipal, e “A USP e sua crise”, a respeito de rombo na universidade. (Opinião a2).
Redação