Jornais do Brasil nesse Sábado 23 de abril

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23 de abril de 2016

O Globo

Manchete : PSDB ameaça ficar fora de coalizão e complica Temer

Partido quer criar regra para punir tucanos que integrarem governo

Vice-presidente, que está interinamente no cargo desde quinta-feira, recebeu sucessivas negativas a convites para compor seu eventual Ministério, especialmente na área econômica

Com dificuldades para encontrar nomes para um eventual Ministério, o vice-presidente Michel Temer enfrenta mais um obstáculo: o PSDB, em reunião na próxima terça, deve estabelecer punição para quem assumir qualquer cargo, caso o vice se torne presidente de fato. O grupo de Temer corre contra o tempo, para dar sinais positivos ao mercado financeiro. Até agora, nomes como Arminio Fraga e Marcos Lisboa, para a Fazenda, e Ayres Britto e Nelson Jobim, para a Justiça — cotados como preferidos de Temer —, sinalizaram que não participarão. Interino no Planalto, o vice ontem se queixou da presidente Dilma Rousseff em entrevista ao “The New York Times”: “Ela não se considerava minha amiga.” (Págs. 3 e 4)

STF quebra sigilos de José Agripino

O presidente do DEM, José Agripino Maia (RN), teve os sigilos fiscal e bancário quebrados pelo Supremo. Ele é suspeito de ter acertado recebimento de propina da OAS. (Pág. 8)

As duas faces de Dilma em NY

Na ONU, a presidente Dilma evitou falar em golpe. Mais tarde, com jornalistas estrangeiros, voltou ao tema. (Pág. 4 )

Construtora gerencia 7 obras olímpicas

Responsável pela ciclovia em São Conrado, que despencou matando duas pessoas na quinta-feira, a Concremat tem um contrato de R$ 12,3 milhões com a prefeitura para gerenciar sete importantes projetos olímpicos, como BRTs e a Via Expressa Porto Maravilha. A empreiteira tinha a atribuição de supervisionar a própria obra. O Ministério Público vai investigar o acidente, e a Polícia Civil instaurou inquérito por homicídio culposo. Bombeiros buscam outras três supostas vítimas, e a operação poderá contar com mergulhadores a partir de domingo. (Pág. 10)

Grupo da família de secretário tem R$ 522 milhões em obras (Pág. 10)

De volta à cidade, Paes anuncia saída de presidente da Geo-Rio (Pág. 14)

Mudanças climáticas – Acordo bate recorde de assinaturas

Acordo firmado na Conferência do Clima, em Paris, teve recorde de adesões, ontem, na ONU, em Nova York, com a assinatura de 175 líderes mundiais. Agora, o principal desafio será ratificar as metas de emissões de poluentes em cada país. No Brasil, as medidas passarão pelo Congresso. (Pág. 28)

Proibido limite para banda larga

A Anatel proibiu, por tempo indeterminado, que operadoras adotem limites para a internet fixa, mesmo que estejam previstos em contrato. (Pág. 25)

Colunistas

LUIZ ANTÔNIO NOVAES – Na volta, Dilma terá Ministério desfalcado e más notícias (Pág. 2)

JORGE BASTOS MORENO – Até a decisão do Senado, dias de tensão política jamais vista (Pág. 3)

MERVAL PEREIRA – A atitude paradoxal de Dilma em Nova York (Pág. 4)

MÍRIAM LEITÃO – Dilma soube separar papéis na ONU e evitou vexame (Pág. 24)

Editorial

‘Acidente coloca obras da Rio-2016 sob suspeição’ (Pág. 20)

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O Estado de S. Paulo

Manchete : Dilma pede sanções de Mercosul e Unasul ao País

Presidente adota tom moderado na ONU, mas à tarde volta a falar em golpe e invoca cláusula democrática

Apesar do discurso mais moderado na Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, a presidente Dilma Rousseff elevou o tom na tarde de ontem e pediu sanções do Mercosul e da Unasul ao País, caso seu afastamento se concretize. Pela manhã, na ONU, a referência à crise política foi vaga. Sem mencionar a palavra “golpe”, Dilma disse acreditar que a sociedade brasileira saberá “impedir quaisquer retrocessos”. Até o vice-presidente Michel Temer considerou seu discurso “adequado”. Mais tarde, porém, a jornalistas estrangeiros e brasileiros, a presidente voltou a falar em golpe e invocou a cláusula democrática do Mercosul e da Unasul. Em nova cartada para usar os organismos internacionais em sua defesa, também decidiu designar o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio Garcia, para participarem hoje no Equador da reunião da Unasul. (Política A4 e A5)

Vice-líderes aderem ao impeachment

Votos contra Dilma Rousseff dominam o placar da comissão do impeachment no Senado. Ontem, 2 dos 4 vice-líderes do governo anunciaram voto contra a presidente. (Política A7)

‘Cada agonia num dia’, afirma Janot

O procurador-geral Rodrigo Janot admitiu ontem a possibilidade de afastamento de Dilma, mas não comentou sobre eventual gestão Michel Temer. “Vamos
viver cada agonia num dia.” (Pág. A10)

Emprego tem pior março desde 1992

O Brasil fechou 118.776 postos de trabalho com carteira assinada no mês passado, mais de um terço só no comércio. A administração pública foi o único setor da economia que contratou em março – agricultura e construção civil também tiveram mais demissões do que admissões. Foi o pior resultado para o mês desde o início da série histórica, em 1992, e os prognósticos para os próximos meses continuam negativos. (Economia B1 e B4)

Anatel proíbe limite de banda larga

A Anatel proibiu operadoras de limitar o uso da internet fixa. O veto vale por prazo indeterminado, até que a agência examine modelo de franquia de dados proposto pelas empresas. (Economia B9)

Multas por IR devem somar R$ 6 bi, diz Receita (Economia B6)

‘Evento novo’ fez ciclovia cair, diz secretário

O secretário municipal de Governo do Rio, Pedro Paulo Teixeira, classificou como“ evento novo” a ressaca que derrubou anteontem trecho da Ciclovia Tim Maia. (Metrópole A16)

Notas&Informações

Isso, sim, é golpe – Defensores da convocação de eleições parecem não se importar com a Constituição nem com o ridículo (A3)

Desafios para a democracia – Frustração de expectativas não deve levar a um sentimento de ceticismo frente à democracia (A3)

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Folha de S. Paulo

Manchete : Dilma não menciona palavra golpe ao discursar na ONU

Presidente diz nos EUA que brasileiros saberão impedir retrocesso do país

A presidente Dilma Rousseff, que tem chamado de golpe o processo de impeachment contra ela, não citou essa palavra na Assembleia da ONU, em Nova York. Ela afirmou, em seu discurso na cerimônia de assinatura do Acordo de Paris, sobre o clima, que o Brasil passa por momento “grave” e que os brasileiros saberão impedir “um retrocesso”. Aventada por assessores, a possibilidade de acusar um golpe perante a comunidade internacional gerou reação. O ministro Celso de Mello, do STF, declarou ser “gravíssimo equívoco” falar em golpe. Depois do evento na ONU, contudo, ela disse a jornalistas brasileiros ser “vítima” e que “dizer que não é golpe é tampar o sol com a peneira”. Caso seja deposta, Dilma sugere acionar a cláusula democrática do Mercosul, que serve para suspender país membro do bloco. (Poder A4)

ANÁLISE – Nem Dilma nem Temer lideram disputa pela opinião pública estrangeira, escreve Matias Spektor. (A5)

Sete deputados que citaram crimes em voto são investigados

Ao menos 7 dos 70 deputados que citaram “corrupção” em voto na sessão que autorizou o processo de impeachment de Dilma respondem a inquéritos ou ações penais no Supremo Tribunal Federal sobre corrupção e desperdício de dinheiro público. Os parlamentares negam irregularidades. (Poder A8)

Março tem seu pior saldo no emprego formal em 24 anos

Em março, o saldo negativo entre abertura e fechamento de vagas formais de trabalho foi de 118,8 mil, diz o governo. É o pior resultado para o mês desde 1992, início da série histórica. Nos últimos 12 meses, o país perdeu 1,85 milhão de postos. (Mercado A19)

Supremo autoriza a quebra de sigilos do presidente do DEM (Poder A12)

Demétrio Magnoli

Farofa na Câmara mira eleitor, mas não reflete o país

A família, a “República de Curitiba”, os médicos, os agricultores, os ferroviários, os maçons, os fiéis da igreja e essa gente “que me trouxe até aqui” são o mundo lá fora, com ansiedades, expectativas e, sobretudo, votos. Na farofa, funcionavam os motores da democracia representativa. (A8)

Editoriais

Leia “Sombras sobre Temer”, acerca de denúncias envolvendo o vice-presidente, e “Crime cibernético”, sobre relatório de CPI a respeito do assunto. (Opinião A2).

Redação