Jornais do Brasil nesse Sábado 26 de Março
Por - em 9 anos atrás 602
26 de março de 2016
O Globo
Manchete : Governo já não vê como evitar debandada do PMDB
Planalto teme que rompimento do maior aliado estimule saída de outros partidos
Após diretório fluminense anunciar que apoiará o fim da aliança na próxima terça-feira, ministros e assessores de Dilma já apelam para a negociação de cargos numa tentativa de conter rebelião
O iminente desembarque do PMDB do Rio deixou apreensivo o Planalto, que teme não conseguir conter a debandada de todo o partido. Um integrante do governo resumiu o rompimento como “gravíssimo, um sinal muito ruim”. A presidente Dilma e o ex-presidente Lula tentaram, sem sucesso, reverter a decisão do diretório fluminense. Em meio ao processo do impeachment, o Planalto apela até para negociar cargos diretamente com deputados. (Pág. 3)
Para a PF, operações da Lava-Jato contra Lula e João Santana vazaram (Pág. 4)
Marqueteiros em fuga
Após escândalos e com João Santana preso, marqueteiros não querem ouvir falar em campanhas eleitorais. (Pág. 5)
Rio pode ter de parcelar salários
Sem dinheiro para pagar os salários de março, o governo fluminense já estuda parcelar os vencimentos ou escalonar o pagamento por categorias de servidores. O plano deverá ser discutido numa reunião marcada para a próxima segunda-feira, com a presença do vice-governador Francisco Dornelles, que assumirá o governo durante a licença de Pezão. (Pág. 6)
Pezão começa quimioterapia (Pág. 6)
Gasto com pessoal supera receita
Rio e Minas já gastam com a folha dos servidores 110% do que arrecadam todo mês, mostra estudo do economista Raul Velloso. Outros estados estão acima do limite permitido por lei, levando a atraso de salários e corte de despesas essenciais. (Págs. 15 e 16)
Gravidez após zika – Mulheres devem esperar 2 meses
Órgão de saúde dos EUA lançou ontem recomendação para que mulheres que tiveram sintomas da zika só engravidem após oito semanas. No Brasil, o Aedes aegypti, que transmite a doença, ficou erradicado de 1958 a 1967. (Pág. 6)
Colunistas
JORGE BASTOS MORENO – Dilma rompeu com o PMDB ao mandar demitir o presidente da Funasa (Pág. 3)
MERVAL PEREIRA – Se a História se repete como farsa, vivemos repetição do que ocorreu na Itália (Pág. 4)
MÍRIAM LEITÃO – Para Marina, Dilma falta com a verdade ao falar em golpe, como faltou nas eleições (Pág. 16)
LUIZ ANTÔNIO NOVAES – Governo opta por tentar resistir, até o fim, aos fatos revelados (Pág. 2)
ZUENIR VENTURA – Deplorável incidente em teatro acabou sendo exemplo de acertos (Pág. 13)
ROSISKA D. DE OLIVEIRA – Brasil está sendo passado a limpo pelo trabalho feito pelo Judiciário (Pág. 12)
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O Estado de S. Paulo
Manchete : Debandada do PMDB acelera rito de impeachment
Anúncio da decisão do diretório fluminense de se afastar do governo leva oposição a apostar em votação em abril
O anúncio do PMDB fluminense de que pretende se afastar da presidente Dilma Rousseff abalou a ala governista do partido e o Palácio do Planalto. O grupo peemedebista pró-impeachment decidiu acelerar o trâmite do processo na Câmara. A previsão é votar o pedido de afastamento antes de 17 de abril. Aliados do vice-presidente Michel Temer afirmaram que ele se prepara para assumir o governo em maio e, por isso, também intensificou as articulações no mundo político e empresarial. A intenção do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), manifestada a aliados, é aprovar o impeachment o mais rapidamente possível. O relator do pedido de afastamento na Comissão Especial, Jovair Arantes (PTB-GO), já teria avisado Cunha de que dará parecer favorável à saída de Dilma. O otimismo dos peemedebistas pró-impeachment também se deve às dificuldades do Planalto e do PT em definir na Justiça a nomeação do ex-presidente Lula para a Casa Civil. (Política A4)
DIRETO DA FONTE
No plano de governo que está sendo elaborado pelo PMDB constam mudanças no Pronatec, informa Sonia Racy. (Caderno 2 C2)
E-mail da Odebrecht mostra ‘bônus’ a sete partidos
A Operação Lava Jato apreendeu entre as planilhas de contribuições eleitorais da Odebrecht uma cópia de e-mail de funcionários do “setor de propinas” da empresa pedindo “pagamentos via bônus” a partidos e a políticos de sete siglas – PSDB, PMDB, PT, DEM, PPS, PDT e PTB – durante a campanha eleitoral de 2012. A mensagem sugere que a empresa teria repassado R$ 2,5 milhões somente no mês de agosto daquele ano. (Política A7)
Governo só tem dinheiro para reparo em estrada até agosto
Com rombo de R$ 1,2 bilhão na verba anual para reparo e conservação de estradas, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) só tem dinheiro para manutenção de rodovias até agosto. O órgão já havia paralisado obras de pavimentação e duplicação em todo o País por falta de dinheiro. Além do aperto nas contas públicas federais, o Dnit gastou R$ 2,7 bilhões para pagar dívidas antigas. (Economia B1)
CPI suspeita de desvio de verba de empréstimo da Fifa
A CPI do Futebol no Senado suspeita que o Comitê Organizador Local (COL) da Copa de 2014 tenha desviado para uma conta nos EUA US$ 23,7 milhões dos US$ 66,7 milhões emprestados pela Fifa para organização do evento. O COL diz que as contas estão dentro da lei. (Pág. A20)
Sabesp quer cancelar desconto na conta
A Sabesp quer acabar com o desconto por economia de água e parar de multar o consumo em excesso. Agência reguladora tem de aprovar o cancelamento, previsto para maio. (Metrópole A14)
Notas&Informações
Querem incendiar o Brasil – Já faz tempo que Dilma e os petistas tratam MTST et caterva como interlocutores legítimos (A3)
O ódio à Lava Jato – Querem aplicar a todo custo a máxima – tão cara à ética petista – de que os fins justificam os meios (A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete : Sabesp quer o fim dos descontos e da punição nas contas
Bônus para quem economiza água e sobretaxa para quem consome demais podem acabar a partir de maio
A Sabesp pretende extinguir o bônus para quem reduz o consumo de água e a sobretaxa para quem gasta muito. A decisão ocorre menos de um mês após o governador Geraldo Alckmin (PSDB) dar por encerrada a crise hídrica em São Paulo. A estatal entrou com o pedido na Arsesp, agência estadual do setor hídrico, que deve aceitá-lo. Com isso, descontos e punições podem acabar no mês de maio. No pedido encaminhado, a Sabesp afirma que “a situação atual permite maior previsibilidade sobre as condições dos mananciais”. O sistema Cantareira, por exemplo, que é o maior da região metropolitana da capital, já opera com 49,6% da sua capacidade. Anunciado em fevereiro de 2014, o programa de bônus confere descontos para quem gastar menos água do que sua média de consumo. Como muitas pessoas começaram a reduzir o uso, a empresa foi obrigada a conceder muitos bônus, diminuindo a arrecadação. Na virada deste ano, com as chuvas, as regras mudaram e deixaram mais difícil a concessão do desconto. Já a sobretaxa foi implantada em 2014, após a reeleição de Alckmin. (Cotidiano b1)
Crise só acaba em SP com gestão de recursos hídricos, diz Blanca Jiménez, secretária da ONU. (Cotidiano b1)
Desembarque responde à rua, afirma líder do PMDB no Rio
O presidente do PMDB do Rio, Jorge Picciani, afirmou que ao menos 9 dos 12 delegados de seu diretório estadual já decidiram pelo desembarque do partido do governo Dilma Rousseff na próxima terça-feira (29). A decisão aumenta a pressão a favor do impeachment da presidente da República. Picciani disse que a saída é uma resposta ao aumento das mobilizações nas ruas e uma reação às novas denúncias contra a gestão petista. O PMDB do Rio passou a mudar de lado com o aumento da chance de impeachment, a delação do senador Delcídio do Amaral e a nomeação de Lula. (Poder a4)
Lava Jato investiga propina em obra do governo de SP
Planilha da Odebrecht na Lava Jato sugere cartel e uso de propina em obra do governo tucano de SP na rodovia Mogi-Dutra, em 2002. Uma anotação cita “acomodação de mercado” para incluir empresas derrotadas. A Odebrecht não comenta, e o governo diz que ela é que deve explicações. (Poder a6)
Crise deixa R$ 85 bi em investimentos congelados no país (Mercado A14)
Editoriais
Leia “Cai a última bandeira”, a respeito de aumento da concentração de renda, e “Atlas da insegurança”, sobre crescimento dos homicídios no país. (Opinião A2).
Redação