Jornais do Brasil nesta quarta feira 01 de maio

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01 de maio de 2019

O Globo

Manchete: Ação para derrubar Maduro desencadeia repressão, e Venezuela tem futuro incerto

Guaidó convoca tropas, mas cúpula se mantém fiel ao regime

Blindados avançam contra manifestantes; há 78 feridos

25 militares se refugiam na embaixada brasileira

A Venezuela amanheceu com o autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó, convocando a população e os militares a depor o presidente Nicolás Maduro. Mas a cúpula das Forças Armadas manteve-se fiel ao regime chavista, e tropas reprimiram protestos nas ruas, deixando ao menos 78 feridos. O líder oposicionista Leopoldo López foi libertado e refugiou-se na embaixada da Espanha. Um grupo de 25 militares pediu asilo ao Brasil. Autoridades dos EUA disseram que fracassou a articulação entre militares e a oposição, e acusam interferência da Rússia. À noite, o paradeiro de Guaidó era desconhecido, e a situação do país estava indefinida. (Páginas 30 a 33)

Bolsonaro não cogita intervenção militar no país

O presidente Bolsonaro afirmou que a possibilidade de o Brasil participar de intervenção militar na Venezuela é “muito difícil, próxima de zero”. Após dizer que essa decisão será exclusiva do governo, ele foi advertido pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, de que cabe ao Congresso autorizar declaração de guerra. (Página 33)

MP que facilita atividade empresarial é assinada (Página 28)

MEC corta 30% da verba das universidades federais (Página 34)

Emprego em crise: Falta vaga para um em cada 4 trabalhadores brasileiros, diz IBGE (Página 25)

Bernardo Mello Franco

Cantora nunca separou o palco do palanque (Página 6)

Míriam Leitão

Ação fracassa, mas Maduro está no fim (Página 26)

Pedro Doria

Juan Guaidó é presidente legítimo ou golpista? (Página 33)

Guga Chacra

Guerra civil seria terrível para país e seus vizinhos (Página 33)

Editorial

Novos protestos mostram ditadura mais debilitada (Página 2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Guaidó tenta derrubar governo; Maduro resiste

Opositor venezuelano mobilizou parte dos militares, mas não obteve apoio da cúpula das Forças Armadas

O autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, mobilizou ontem o apoio de parte dos militares e convocou a população a ir às ruas contra o governo de Nicolás Maduro. Os protestos foram reprimidos pelas Forças Armadas, cuja cúpulapermaneceuleal ao chavista. Um blindado da Guarda Nacional Bolivariana avançou contra a multidão, atropelando várias pessoas. Pelo menos um manifestante morreu, 78 ficaram feridos e 25 foram presos. Ao longo da tarde, ficou clara a falta de respaldo a Guaidó. Seu apoiador, o líder oposicionista Leopoldo López se refugiou na Embaixada da Espanha e Guaidó seguiu para “local protegido”. Segundo o assessor de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, a cúpula chavista, liderada pelo ministro da Defesa, havia garantido apoio para derrubar Maduro, mas recuou. Jair Bolsonaro foi às redes comentar a situação. Disse que “qualquer hipótese” será decidida “exclusivamente” por ele. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou que eventual declaração de guerra terá de ser aprovada no Congresso. (Internacional / Págs. A10 a A16)

Desempregados levam quase 1 ano em busca de trabalho

Desempregados passaram em média quase um ano – 48 semanas – em busca de trabalho na Grande São Paulo no ano passado. Em 2014, antes da crise econômica, eram 23,5 semanas. De acordo com analistas, o período fora do mercado afeta o trabalhador a longo prazo. Mesmo com a retomada do emprego, ele volta defasado às suas funções. Os jovens também são prejudicados com a situação, pois largam em desvantagem. Dados do IBGE divulgados ontem mostram que o desemprego voltou a crescer e ficou em 12,7% no primeiro trimestre, superando 13 milhões de desempregados. (Economia / Págs. B1 e B4)

MEC recua e corta 30% da verba de todas as federais

O MEC vai cortar 30% dos recursos de todas as universidades federais do País no segundo semestre. A decisão foi tomada após repercussão negativa da entrevista do ministro, Abraham Weintraub, ao Estado, em que afirmou que reduziria repasses das universidades que promovessem “balbúrdia”. (Metrópole / Pág. A18)

Para Bolsonaro, juros de bancos públicos são altos (Economia / Pág. B7)

‘Opositor fracassou’

Para o cientista político venezuelano Ricardo Sucre Heredia, Guaidó pode ter se precipitado ao contar com apoio militar. Erro pode obrigar toda a oposição a repensar estratégia. (Pág. A13)

1º de Maio da oposição

Oposição quer transformar a festa do Dia do Trabalho, hoje em SP, em grande ato contra o governo. Centrais sindicais estarão juntas pela primeira vez. (Pág. A4)

Roberto Godoy

Brasil não pretende intervir
Apesar do desejo dos EUA, o Brasil resiste a liderar uma intervenção. As Forças Armadas brasileiras agirão no território nacional. (Pág. A10)

Carlos Romero

O destino dos opositores
O problema do chavismo agora não é mais responder à intentona. É o que fazer com os opositores Juan Guaidó e Leopoldo López. (Pág. A12)

Vera Magalhães

Falta a Sérgio Moro uma bancada que o defenda no Congresso dos que querem reduzir seu tamanho, obtido na Lava Jato. (Política / Pág. A6)

Leandro Karnal

As mulheres dos presidentes são lembradas por serem bonitas ou não, e bem menos se foram pessoas autônomas. (Caderno2 / Pág. C6)

Notas & Informações

Sem reforma, sobra o atoleiro
O governo continua preso no atoleiro das contas públicas. Há cada vez menos verbas até para a operação da máquina pública no dia a dia. (Pág. A3)

Legítima defesa
Proposta revela não só a feição populista do governo como a ignorância do presidente da legislação penal vigente. (Pág. A3)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Líder da oposição tenta depor Maduro, mas ditador reage

Movimento encabeçado por Juan Guaidó tem apoio parcial de militares; cúpula se diz leal a regime

Com apoio parcial de militares, um movimento liderado por Juan Guaidó, autoproclamado presidente da Venezuela, tentou derrubar ontem Nicolás Maduro. O dia foi de confrontos nas ruas de Caracas, relata Sylvia Colombo. De manhã, Guaidó apareceu ao lado de Leopoldo López, principal preso político do país, que cumpria pena em casa. Ambos seguiram para uma base aérea e de lá conclamaram os oficiais e a população contra o ditador. Os protestos, com 69 feridos, não tiveram mobilização parecida à de atos anteriores. O chavismo falou em tentativa de golpe orquestrada pelos EUA, e o comando das Forças Armadas manifestou lealdade ao regime. O presidente Jair Bolsonaro exortou todos os países a se alinharem a Guaidó — o Brasil deu asilo a 25 militares venezuelanos. O general Augusto Heleno disse, porém, que o levante não atingiu os altos escalões em Caracas. O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, afirmou que o ministro da Defesa da Venezuela, Padrino López, tinha se comprometido a agir contra Maduro, mas depois recuou. (Mundo A10 a A16)

Mercado subutiliza 1 a cada 4 trabalhadores, aponta IBGE

A taxa de sub utilização da mão de obra, que considera os profissionais que não trabalharam ou trabalharam menos do que gostariam no período, bateu recorde no primeiro trimestre de 2019, chegando a 25%. Ao todo são 28,3 milhões de brasileiros nessa condição. (Mercado A19)

Salvo-conduto de Bolsonaro a ruralista esbarra na Constituição

Para especialistas, a proposta de não punir quem atirar contra invasor de terra, se seguir os moldes como foi anunciada, é inconstitucional, pois cria exceção do direito à vida. Só 8% dos assassinatos em conflitos agrários foram julgados, segundo a Comissão Pastoral da Terra. (Poder A4)

Bloqueio de verba de universidades ignora desempenho

O anúncio do governo Jair Bolsonaro (PSL) de bloquear 30% da verba de custeio de universidades federais ignora seu desempenho acadêmico positivo e coloca em risco o funcionamento mínimo das instituições. (Cotidiano B1)

Não basta apenas anistiar militares, diz analista (Página A16)

Ford e sindicato fazem acordo para fechamento de fábrica no ABC (Pág. A26)

Léo Pinheiro diz que Lula pressionou OAS para ajudar ex-assessora (Pág. A6)

Análise Clóvis Rossi

O que surpreende é por que uma insurreição tardou tanto a explodir (Pág. A16)

Vinícius Torres Freire

Preço do ovo, salário e petróleo contam um pouco da vida no país vizinho (Pág. A24)

Editorial (Pág. A2)

Laranja ostentação
Sobre apuração de candidaturas de fachada do PSL.

Lei Ex-Rouanet
Acerca de mudanças no incentivo oficial à cultura.

Redação