Jornais do Brasil nesta quarta feira 07 de junho

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07 de junho de 2017

O Globo

Manchete: Temer à espera

Criminalizar a política não resolve, é preciso reformar, defende relator

Ao retomar o julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE, o relator, Herman Benjamin, condenou a corrupção e o “sistema eleitoral falido”. “Sem reforma abrangente e corajosa, os erros objetos dessa demanda se repetirão nos próximos pleitos”, disse. Mas ressaltou: “Que fique claro que enfraquecer a Justiça Eleitoral é condenar as eleições ao descrédito.” O procurador Nicolao Dino pediu a cassação de toda a chapa e a perda dos direitos políticos de Dilma. Advogados da petista e do presidente tentaram excluir do processo depoimentos de executivos da Odebrecht e dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura. Após mais de três horas, a sessão foi encerrada no fim da noite, sem a conclusão do voto do relator, para ser retomada hoje, a partir das 9h. (Págs. 3 e 4)

Joesley diz que emprestou avião a Temer duas vezes

Para reforçar os vínculos com Michel Temer, Joesley Batista, dono da JBS, relatou à Procuradoria-Geral da República que em 2011 emprestou aeronave para duas viagens do então vice-presidente e sua família. (Pág. 7)

Aliado do presidente preso por corrupção

Depois de Rocha Loures, outro aliado de Temer foi preso: o ex-presidente da Câmara e ex-ministro Henrique Eduardo Alves, acusado de receber R$ 10 milhões de propina nas obras da Arena das Dunas, em Natal, e do Porto Maravilha, no Rio. Quatro integrantes do grupo de Temer já foram presos. Rocha Loures pediu para não ter os cabelos raspados no presídio. Em meio à crise, os presidentes do Senado e da Câmara festejaram a emenda que liberou a vaquejada. (Pág. 6)

Colunistas

CANTINHO DO MORENO

Janot pediu escuta até no gabinete de Temer. (Pág. 2)

MERVAL PEREIRA

Todo o sistema político-eleitoral em julgamento no TSE. (Pág. 4)

MÍRIAM LEITÃO

Pontos fortes da economia para lidar com a crise política. (Pág. 20)

LYDIA MEDEIROS

Executiva do PSDB discutirá amanhã se deixa governo. (Pág. 2)

ELIO GASPARI

Diante dos antecedentes, é perigoso criar CPI da JBS. (Pág. 16)

ZUENIR VENTURA

Ação no TSE mostra ironias da História. (Pág. 17)

ROBERTO DAMATTA

Lei é universal, menos para os poderosos. (Pág. 17)

Reforma trabalhista avança

Em meio à crise política, a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou ontem a reforma trabalhista por 14 votos a 11. O texto terá de passar por outras duas comissões antes de ser votado em plenário. O relatório inclui cinco pontos que, por acordo com o Planalto, deverão ser vetados pelo presidente Temer. (Pág. 21)

Crivella e Trump

Em entrega de “certidão de nascimento” de trilha, prefeito diz que presidente dos EUA deixou “Tratado de Paris no melancólico crepúsculo da sua evolução civilizatória”. (Pág. 13)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Governo vence e reforma trabalhista avança no Senado

Texto aprovado em comissão muda a relação entre patrões e empregados

O governo conseguiu fazer avançar a reforma trabalhista no Senado. Por 14 votos a 11, o texto aprovado ontem na Comissão de Assuntos Econômicos, e que continua tramitando no Congresso, muda a relação entre patrões e empregados. O projeto, amplamente apoiado por entidades empresariais, prevê que acordos coletivos tenham força de lei. Também acaba com a obrigatoriedade da contribuição sindical e permite a flexibilização de contratos de trabalho. Direitos constitucionais, como o do 13.º salário, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e salário mínimo, estão preservados. A aprovação do parecer do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) foi considerada uma vitória por governistas, especialmente em um dia que começou com a tensão em torno da prisão do ex-ministro Henrique Eduardo Alves e que marcou o início do julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE. (ECONOMIA / PÁGS. B1 e B3)

Contratos intermitentes

O governo prepara MP para regular os contratos intermitentes – quando não há carga horária mínima e o empregado atua apenas quando convocado. (PÁG. B3)

TSE decidirá se delações serão consideradas em julgamento

O Tribunal Superior Eleitoral retomou ontem o julgamento da ação contra a chapa Dilma-Temer, acusada de abuso de poder político e econômico. A primeira das quatro sessões previstas teve polarização entre o relator, Herman Benjamin, e o presidente da Corte, Gilmar Mendes, que chegou a pedir “cautela” ao colega. Gilmar afirmou que, na época da ditadura, o TSE cassava menos do que hoje. Herman rebateu: “A ditadura cassava quem defendia a democracia. Hoje, o TSE cassa quem ataca a democracia”. A discussão preliminar mais importante será decidida hoje: os ministros terão de definir se os depoimentos de delatores da Odebrecht, do marqueteiro João Santana e da empresária Mônica Moura serão considerados no processo. (POLÍTICA / PÁGS. A4 e A5)

Ex-ministro Henrique Alves é preso

No dia em que o TSE iniciou o julgamento da chapa Dilma-Temer, o ex-ministro e ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) foi preso por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro na construção da Arena das Dunas. Alves foi titular do Turismo nas gestões Dilma e Temer. (POLÍTICA / PÁG. A9)

Exportação de carros bate recorde em maio

Com 73,4 mil carros vendidos, maio foi o melhor mês da história da indústria automobilística brasileira em exportações. O acumulado do ano também foi recorde, com 307,5 mil veículos exportados. Os números são puxados pela Argentina, destino de 68% das vendas para o exterior. (ECONOMIA / PÁG. B4)

Colunistas

Vera Magalhães

Conclusão dos tucanos é que, se é ruim com Temer, pior seria com Rodrigo Maia. (POLÍTICA / PÁG. A6)

Leandro Karnal

A estratégia para a crise implica selecionar recursos, energia e priorizar tarefas. (CADERNO2 / PÁG. C6)

Notas & Informações

Não desperdicem a recuperação

Uma recuperação econômica puxada pela agropecuária e pela indústria será oportunidade para repor o País nos trilhos da modernização. (PÁG. A3)

Coração de mãe

Quem tinha o dever de sustar toda a ilegal negociação foi iludido pelos irmãos Batista. (PÁG. A3)

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Folha de S. Paulo

Manchete : TSE decidirá se delações valem para cassar Temer

Decisão crucial sobre incluir depoimentos da Odebrecht deve dominar 2o dia

O Tribunal Superior Eleitoral retomou ontem o julgamento que pode cassar o mandato do presidente Michel Temer (PMDB). Após três horas de sessão na corte, o debate foi suspenso e será retomado hoje, em sessão marcada para as 9h. No segundo dia, os ministros devem decidir se fatos sobre caixa dois na campanha da chapa Dilma-Temer em 2014, narrados por delatores da Odebrecht, podem ser incluídos no processo.

As defesas são contrárias a essa possibilidade. Além disso, o ministro Napoleão Nunes Maia Filho sinalizou novo aspecto de discordância. Questionou se o relator, Herman Benjamin, poderia ter convocado, em fevereiro, testemunhas da empreiteira sem a indicação por alguma das partes.

A ação, protocolada em 2014 pelo PSDB, acusa a chapa de ter cometido abuso de poder político e econômico, mas não continha, na ocasião, os depoimentos dos delatores. (Poder A4)
Marcelo Coelho

Após questões menores, debate decisivo fica para hoje. (Poder A6)

Henrique Alves, ex-presidente da Câmara, é preso

A Polícia Federal prendeu o ex-ministro do Turismo e ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que integra o núcleo de confiança de Michel Temer. Ele ê suspeito de receber R$ 7 milhões em propinas de empreiteiras, direto ou via diretório estadual do PMDB. Seu advogado não quis se manifestar. (Poder A6)
Perguntas da PF a Temer indicam novas frentes de investigação (Poder A7)

Ministro da Justiça critica ‘pressa’ em inquérito aberto contra presidente (Poder A5)

Reforma da lei trabalhista avança entre os senadores

A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou o texto da reforma trabalhista, por 14 votos a 11. Foi o primeiro avanço na Casa do projeto, que ainda deve passar pelo crivo de duas outras comissões e do plenário. Nos bastidores, o governo articula encurtara tramitação para que a proposta seja concluída neste semestre. (Mercado A15)
Endividada, JBS vende operações na América Latina

Pressionada por credores, a JBS vai vender sua operação na Argentina, no Uruguai e no Paraguai por US$ 300 milhões (R$ 1 bilhão) para o rival Minerva. O valor está abaixo do pago pelas instalações, que passou dos US$ 360 milhões. Em março, a diferença entre o que a empresa devia e o que tinha em caixa beirava OS R$ 48 bilhões. (Mercado A20)
Dez Estados dos EUA seguirão o Acordo de Paris

Dez Estados norte-americanos que integram a Aliança do Clima, oito governados por democratas e dois porre-publicanos, anunciaram que seguirão o compromisso com o acordo global assinado em Paris, desconsiderando posição assumida pelo presidente Donald Trump. (Ciência B7)
Editoriais

“Agenda e sobrevida”, acerca de avanço de reforma trabalhista no Senado, e “Falhas na direção”, sobre ações para conter mortes no trânsito. (Opinião A2).

Redação