Jornais do Brasil nesta quarta feira 10 de maio
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10 de maio de 2017
O Globo
Manchete: Previdência avança e vai à fase decisiva na Câmara
Governo derruba principais destaques e conclui votação em comissão
Temer se encontra com Renan; Planalto quer que bancada do PMDB feche apoio à proposta
O governo conseguiu derrubar as principais emendas à reforma da Previdência, após nove horas de sessão, na comissão especial. A proposta, agora, segue para a fase decisiva, de apreciação pelo plenário, na Câmara. A estratégia do Planalto é conseguir que todos os 64 deputados da bancada do PMDB, partido do presidente Temer, se comprometam a votar a favor do texto para pressionar os demais aliados. No Senado, Temer acenou com a possibilidade de corrigir pontos da reforma trabalhista por medida provisória caso as mudanças na legislação sejam aprovadas rapidamente. (Págs. 19 a 21)
Lula ainda tenta adiar depoimento a Moro
Instituto do ex-presidente tem atividade suspensa; Bumlai diz que tratou sobre a fundação com Marcelo Odebrecht
Depois de derrotado no TRF, o ex-presidente Lula entrou com três recursos no STJ pedindo que seja suspenso seu depoimento ao juiz Sergio Moro, marcado para as 14h de hoje, em Curitiba. O petista também quer que Moro seja considerado impedido de julgar a ação sobre o tríplex no Guarujá. Em Brasília, a Justiça Federal suspendeu as atividades do Instituto Lula, por considerá-lo “local de encontro para a perpetração de vários ilícitos criminais”. Bumlai, amigo de Lula, disse que tratou do instituto com Marcelo Odebrecht. (Págs. 3 a 5)
MERVAL PEREIRA
Tudo indica que sentença de Moro sairá antes do fim do mês. (Pág. 4)
MÍRIAM LEITÃO
Justiça não pode se deixar intimidar: Lula é apenas um réu. (Pág. 20)
ELIO GASPARI
Lula se acha no direito de negar as prerrogativas do Judiciário. (Pág. 16)
ZUENIR VENTURA Petista vai depor para a plateia, e não para o juiz. (Pág. 17)
Gilmar não deve se declarar impedido no caso Eike (Pág. 6)
Civis julgados por tribunais militares
Entidades denunciam que mais de 300 manifestantes presos nas recentes marchas opositoras na Venezuela já foram levados a tribunais militares pelo governo do presidente Maduro. (Pág. 25)
Editorial
Reforma política é chance real de se melhorar o quadro político-eleitoral (Pág. 16)
Lei mais rigorosa contra o estupro
O Senado aprovou em primeiro turno proposta que torna o crime de estupro imprescritível. A mãe de um menor que participou de estupro coletivo na Baixada entregou o filho à polícia. (Pág. 12)
Força Nacional chega ao Rio
Apenas 300 agentes da Força Nacional chegaram ontem ao Rio para reforçar a segurança no estado. Inicialmente, a missão deve durar 90 dias. Mas o prazo pode ser prorrogado, dependendo de acordo com a União. (Pág. 13)
Foto- legenda: Protesto tocante
Com salários atrasados por causa da falência do estado e diante da ameaça de ver o Teatro Municipal fechar, bailarinos e músicos da casa protestam na Cinelândia e ganham a solidariedade do público. (Segundo Caderno)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: União perde R$ 18 bi por ano com benefício a sonegador
Novo Refis é criado em ‘manobra’ no Congresso; já foram 25 programas de refinanciamento de dívida desde 2000
O governo deixa de arrecadar mais de R$ 18 bilhões por ano com sucessivos programas de refinanciamento de dívidas tributárias. Desde 2000, foram lançados ou reabertos 25. A avaliação é do secretário da Receita Federal, Jorge Rachid. O número foi divulgado em meio à polêmica da chegada de mais um Refis (programa de refinanciamento), criado por uma “manobra” no Congresso, que incluiu na Medida Provisória 766 (do parcelamento de dívidas) o perdão de quase totalidade das multas devidas à União. Nas contas da Receita, 32% dos maiores contribuintes, ou 80% da arrecadação do País, optaram por alguma das reaberturas do Refis desde 2009. Na prática, as empresas limpam a ficha na Receita assim que entram no programa de refinanciamento, mesmo que não tenham acertado todo o débito. Muitas quitam apenas as primeiras parcelas para esperar pelo próximo Refis. (ECONOMIA / PÁG. B1)
Juiz mantém depoimento de Lula a Moro hoje
O juiz Nivaldo Brunoni, do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, negou pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para adiar o depoimento marcado para hoje, em Curitiba. Lula será ouvido pelo juiz federal Sérgio Moro na condição de réu, no processo que investiga o pagamento de propina por meio de um triplex no Guarujá. Até ontem, 20 ônibus com apoiadores do petista haviam chegado à capital paranaense. A polícia disse ter apreendido facas, enxadas e outras armas brancas com integrantes do Movimento dos Sem-Terra. (POLÍTICA / PÁG. A4)
Instituto Lula é suspenso
O juiz Ricardo Leite suspendeu as atividades do Instituto Lula. Ele diz que o prédio pode ter sido “local de encontro para a perpetração de ilícitos criminais”. (PÁG. A5)
Reforma da Previdência
Apenas um dos dez destaques apresentados à reforma da Previdência foi aprovado ontem na comissão especial da Câmara: o que mantém competência da Justiça Estadual para julgar ações de benefícios previdenciários. (PÁG. B5)
Coluna do Broadcast
Itaú Unibanco quer comprar a XP Investimento
O Itaú Unibanco fez oferta para a compra da XP Investimentos. O banco começou a se movimentar às vésperas de a corretora pedir registro para abertura de seu capital na Bolsa de Valores junto à Comissão de Valores Mobiliários. A XP é avaliada entre R$ 12 bilhões e R$ 15 bilhões. Banco e XP não comentam o caso. (ECONOMIA / PÁG. B2)
Colunistas
Vera Magalhães
Janot pode ter conseguido construir uma unanimidade no STF a favor de Gilmar Mendes. (POLÍTICA / PÁG. A6)
Monica de Bolle
Vale refletir sobre as promessas deturpadas dos populismos de qualquer vertente ideológica. (ECONOMIA / PÁG. B2)
Notas & Informações
A importância relativa da Lava Jato
É perniciosa a tentativa de transformar a Lava Jato na grande panaceia nacional. Além de não tirar o País da crise, esse modo de conduzi-la inviabiliza a saída da crise. (PÁG. A3)
Reforma ou desastre
Não há alternativa à disciplina e a reformas, começando pela previdenciária. (PÁG. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete : Lula sofre reveses antes de depor a Sergio Moro
Ex-presidente teve pedido para adiar o encontro negado e instituto paralisado
Às vésperas do depoimento que prestará hoje ao juiz Sergio Moro, em Curitiba, o ex-presidente Lula sofreu três derrotas judiciais. Duas delas vieram de decisões tomadas nesta terça-feira (9) pelo Tribunal Regional Federal da 4a Região, localizado em Porto Alegre. Primeiro, o juiz Nivaldo Brunoni negou pedido da defesa e manteve a data do depoimento. Horas depois, ele confirmou decisão de Moro e impediu que assessores do ex-presidente gravem a fala. A ação trata da suspeita de que a empresa OAS ofereceu vantagens indevidas a Lula. O terceiro revês ocorreu na 10a Vara Federal de Brasília. O juiz Ricardo Augusto Soares Leite ordenou a suspensão das atividades do Instituto Lula, em São Paulo. Segundo ele, assuntos que poderiam violar a lei penal foram discutidos no local. A entidade contesta a decisão. Em nova tentativa de adiar o depoimento, a defesa do ex-presidente recorreu ao Superior Tribunal de Justiça, que deve decidir nesta quarta. A capital paranaense vive clima de apreensão. Ontem, militantes contrários e favoráveis ao petista se manifestaram na cidade. (Poder A4)
Reforma da Previdência avança e segue para o plenário
Um mês após o previsto, o governo Michel Temer conseguiu concluir nesta terça (9) votação da proposta de reforma da Previdência na comissão especial da Câmara dos Deputados. O texto, que alterou os principais pontos da proposta do governo e atenua o impacto das mudanças, segue para o plenário da Casa. No governo, não há consenso sobre a data da próxima votação. (Mercado A13)
Filha de Rodrigo Janot advoga para empreiteira OAS
O procurador Rodrigo Janot tem filha que atua como advogada da OAS, alvo da Lava Jato. Janot pediu que Gilmar Mendes, do STF, não atue em ações sobre Eike Batista, pois sua mulher é sócia de escritório que defende o empresário. Ambos negam conflitos de interesse. (Poder A7)
Cientista de pós na USP é suspeito de desviar R$ 930 mil
Um cientista ê suspeito de desviar cerca de R$ 930 mil do programa de pós-graduação em zoologia do Instituto de Biociências da USP, do qual era coordenador, informa Rogério Gentile. Alvo de investigação, Marcelo Rodrigues de Carvalho deixou o país após a abertura de sindicância na universidade, dizem colegas. O professor, que estaria nos EUA, não foi localizado pela reportagem. (Cotidiano B4)
General é nomeado na Funai, que volta a ter militar na chefia após 25 anos (Poder A9)
Contra fraude, habilitação para dirigir ganha código digital (B6)
Editoriais
Leia “Muito a investigar”, sobre delações contraditório.
Redação