Jornais do Brasil nesta quarta feira 14 de junho
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14 de junho de 2017
O Globo
Manchete: Em busca de apoio, Temer negocia dívida de estados
Sob pressão, presidente leva BNDES a apressar revisão de R$ 50 bi
A governadores, promessa de liberar medida aprovada há 6 meses no Congresso
Em busca de apoio político às vésperas de ser denunciado ao STF no inquérito aberto após a delação dos donos da JBS, o presidente Temer apresentou a 20 governadores e vices, no Alvorada, proposta do BNDES para apressar a renegociação de R$ 50 bilhões em dívidas dos estados. Aprovada há seis meses, a medida não tinha saído do papel. O BNDES receberá os pedidos dos governadores até julho. O governo também pretende corrigir a tabela do IR e aumentar o Bolsa Família. (Pág. 17 e Míriam Leitão)
Supremo mantém irmã de Aécio na cadeia
Por 3 votos a 2, a Primeira Turma do STF, que julgará o senador Aécio Neves, negou liberdade à irmã do tucano. O jurista Miguel Reali Jr. se desfiliou do PSDB por causa da “fragilidade ética” do partido. (Págs. 6, 7 e Merval Pereira)
Cunha depõe hoje em inquérito sobre Temer
Preso, o deputado cassado Eduardo Cunha será ouvido no inquérito que investiga o presidente Temer. Já Joesley Batista, dono da JBS, depôs anteontem ao MP sobre envio de US$ 150 milhões para Lula e Dilma na Suíça. (Pág. 4)
1ª sentença pela ‘ganância desmedida’
Réu em outros 9 processos, Cabral é condenado a 14 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro
Sete meses depois de ser preso, o ex-governador Sérgio Cabral, réu em dez processos criminais, recebeu ontem a primeira condenação na Lava- Jato. Pelo desvio de R$ 2,7 milhões das obras do Comperj, o juiz Sergio Moro fixou a pena em 14 anos e dois meses de prisão, além da devolução do dinheiro com juros e correção. O juiz ressaltou a “ganância desmedida” e a prática sistemática de crimes de corrupção por parte de Cabral, associando os desvios de recursos públicos à “situação quase falimentar” do Estado do Rio e aos sacrifícios impostos à população. A mulher de Cabral, Adriana Ancelmo, foi absolvida nesse processo do Comperj, mas o juiz indicou que ela pode ser condenada em outros nos quais é ré. (Págs. 3 e 4)
Vítimas da crise e da corrupção tentam sobreviver
Por causa da crise fiscal do estado, agravada pelo esquema de corrupção comandado pelo ex-governador Sérgio Cabral, cerca de 200 mil servidores ainda não receberam os salários de abril e maio, além do 13º. Ontem, manifestação reuniu personagens de histórias de penúria, como a assistente social que não tem dinheiro para os remédios e a aposentada que vende balas na rua. (Pág. 10)
Com FGTS, varejo volta a crescer
Com a ajuda da liberação do dinheiro das contas inativas do FGTS e da inflação menor, as vendas do varejo voltaram a crescer, após dois anos de queda. A alta foi de 1,9% em abril. Mas analistas acreditam que a recuperação do setor será lenta. (Pág. 19)
Entidades repudiam agressão a Míriam
As agressões de dirigentes do PT à jornalista Míriam Leitão foram repudiadas por associações, que condenaram o “autoritarismo e o desconhecimento do papel da imprensa”. (Pág. 6)
Contra a censura, notícias viajam
Divulgar notícias nos ônibus de Caracas foi a forma que jornalistas venezuelanos encontraram para driblar a censura, num país que vive grave crise política e institucional. Ontem, a Assembleia Nacional criou um comitê que tentará substituir 13 dos 32 juízes do Supremo e, assim, restaurar um pouco do equilíbrio entre os poderes. (Pág. 22)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Senado se recusa a afastar Aécio; STF mantém irmã presa
Eunício disse aguardar orientações; Supremo rejeita pedido de Andrea Neves
Vinte e seis dias após o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar o afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG), o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), informou que vai manter o gabinete, o nome no placar de votação e outros benefícios do tucano até que a Corte envie novas orientações. No STF, o ministro Marco Aurélio Mello, que assumiu a relatoria da investigação, disse que o Senado está descumprindo a decisão ao não convocar o suplente para a vaga. Por três votos a dois, a Primeira Turma do STF negou ontem o pedido de liberdade de Andrea Neves, irmã de Aécio, presa desde 18 de maio. Marco Aurélio Mello e Alexandre de Moraes votaram pela revogação da prisão preventiva. Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux rejeitaram. (POLÍTICA / PÁGS. A4 e A5)
Joesley está no País desde domingo
No Brasil desde domingo, Joesley Batista participou de reuniões em Brasília e em São Paulo. A informação foi antecipada pela Coluna do Estadão no estadão.com.br. Antes, ele estava na China. (PÁG. A7)
Relator quer MP do Refis mais favorável a empresas
O deputado Newton Cardoso Jr. (PMDB-MG) será o relator da MP 783, que instituiu a nova versão do Refis. Ele foi um dos mais atuantes nas negociações do antigo texto com a equipe econômica, que resultaram em grandes descontos em multas e juros de débitos tributários. Muitos parlamentares têm empresas com dívidas tributárias, inclusive o relator, que prepara mais mudanças no texto. (ECONOMIA / PÁG. B1)
União poderá resgatar R$ 8,6 bi
Deputados aprovaram projeto que permite ao governo resgatar precatórios parados em bancos. A medida representa R$ 8,6 bilhões extras. (PÁG. B3)
Moro condena Cabral a 14 anos de prisão por corrupção
O juiz Sérgio Moro condenou Sérgio Cabral a 14 anos e 2 meses de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. A condenação é a primeira do ex-governador do Rio na Lava Jato ele é réu em outros nove processos. A ex-primeira-dama Adriana Ancelmo foi absolvida por falta de provas. Cabral foi condenado por receber propina da Andrade Gutierrez em obras do Comperj, da Petrobrás, e por lavar R$ 436.503 mil. (POLÍTICA / PÁG. A8)
Cunha depõe em inquérito de Temer
Deputado cassado Eduardo Cunha depõe hoje no inquérito no STF que investiga Michel Temer por corrupção, obstrução à Justiça e organização criminosa. (PÁG. A7)
Míriam Leitão relata xingamento de petistas (Política / Pág. A8)
Colunistas
Vera Magalhães
Temer tem pressa. Ele quer que a Câmara arquive antes do recesso a denúncia do MPF. (POLÍTICA / PÁG. A6)
Leandro Karnal
O sistema político esgotou-se. Há pouca crença de que seja, de fato, representativo. (CADERNO2 / PÁG. C6)
Notas & Informações
O necessário compromisso ético
Apenas se se sentisse muito fortalecido após a decisão do TSE, Temer poderia acreditar que seria capaz de preservar pessoas que há muito tempo deveriam ter sido demitidas. (PÁG. A3)
O interesse maior
Agiu com sensatez o PSDB ao decidir manter seu apoio ao governo de que faz parte. (PÁG. A3).
Redação