Jornais do Brasil nesta quarta feira 15 de março

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15 de março de 2017

O Globo

Manchete: Lista de Janot inclui Lula, Dilma, Aécio, Serra…

… Maia, Eunício, Padilha, Kassab, Moreira, Aloysio, Renan, Jucá, Palocci, Mantega, Lobão…

PGR pede ao STF abertura de 83 inquéritos e envio de 211 casos para instâncias inferiores

Vinte meses após a prisão de Marcelo Odebrecht e quase um ano depois do início das delações de 78 ex-executivos da empreiteira, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ontem ao Supremo a abertura de 83 inquéritos para investigar políticos suspeitos de envolvimento no escândalo de corrupção descoberto pela Lava- Jato. Na lista de Janot estão dois ex-presidentes eleitos pelo PT, dois ex-candidatos do PSDB a presidente, cinco ministros do governo Temer, os atuais presidentes da Câmara e do Senado, dois ex-ministros petistas e parlamentares. O procurador pediu o envio de 211 casos para instâncias inferiores da Justiça. Em carta aos colegas do MPF, Janot disse que os delatores revelam “a triste realidade de uma democracia sob ataque”. Ele pediu ao ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no STF, que libere o sigilo do processo, para “promover a transparência e garantir o interesse público”. Fachin não tem prazo para decidir se abre os inquéritos. (Págs. 3 a 8)

‘Estamos na guerra’, diz senador

O Planalto sustenta, nos bastidores, que a amplitude de legendas atingidas acabará tirando a lista de Janot do colo do governo. O líder no Senado, Romero Jucá, usou tom diferente: “Estamos na guerra.” (PÁGS. 3 e 5)

Partidos e TSE querem fundo para eleições

Em meio às repercussões sobre a nova lista de Janot, presidentes de partidos e integrantes da área técnica do TSE planejam a criação de um fundo exclusivo para pagar gastos com eleições. A primeira reunião será na semana que vem, e a ideia é que o financiamento público já valha no pleito de 2018. Parlamentares ainda ensaiam maneira de anistiar o caixa 2. (PÁG. 8)

Editorial

‘Prêmios excessivos a delações na Lava-Jato’ (Pág. 22)

Colunistas

MERVAL PEREIRA

Com parlamentares envolvidos, já se discute como viabilizar a eleição de 2018. (Pág. 4)

MÍRIAM LEITÃO

Tamanho da lista torna inevitável restringir o foro privilegiado de políticos. (Pág. 26)

ELIO GASPARI

Só as ruas podem evitar que oligarquia asse a pizza para se livrar da Lava-Jato. (Pág. 22)

ZUENIR VENTURA

Devolução de dinheiro roubado é a melhor maneira de punir a corrupção. (Pág. 23)

Dois são presos por propina na Linha 4 do Metrô

Diretor da Riotrilhos e subsecretário de Transportes de Sérgio Cabral faziam parte, segundo o MP, de esquema de corrupção. (Pág. 10)

Pezão desiste de nomear ré da Lava-Jato (Pág. 10)

Crivella desiste de nomear irmão de Freixo (Pág. 16)

Temer pode desistir de políticos para Itaipu (Pág. 12)

Desigualdade sobe com piora no emprego (Pág. 25)

Conta da Light aumenta 9,8% a partir de hoje (Pág. 27)

Tratamento contra câncer é falho no Rio (Pág. 16)

Febre amarela: um milhão já foi vacinado (Pág. 15)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Janot pede investigação de Lula, Dilma e 5 ministros de Temer

Procurador-geral enviou ao Supremo 320 pedidos com base nas delações premiadas de 78 executivos da Odebrecht

Com base nas delações de 78 executivos da Odebrecht, o procurador- geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao STF 320 pedidos de investigação, incluindo 83 solicitações de novos inquéritos contra políticos. Janot citou os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT, e pelo menos cinco ministros do governo Temer (PMDB): Eliseu Padilha (PMDB), da Casa Civil; Moreira Franco (PMDB), da Secretaria- Geral da Presidência; Gilberto Kassab (PSD), das Comunicações; Bruno Araújo (PSDB), das Cidades, e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), das Relações Exteriores. A lista também inclui os ex-ministros petistas Antonio Palocci e Guido Mantega, mas, como perderam o foro privilegiado, os casos devem ser remetidos à 1.ª instância. São alvo, ainda, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), além dos senadores peemedebistas Edison Lobão (MA), Romero Jucá (RR) e Renan Calheiros (AL) e os tucanos Aécio Neves (MG) e José Serra (SP). Além de solicitar a abertura de 83 inquéritos no Supremo, Janot espalhou a Lava Jato pelo País ao desmembrar os temas e fazer 211 pedidos de redistribuição de trechos da delação. (POLÍTICA / PÁGS. A4 a A6)

Análises

Eloísa Machado de Almeida

Processo transparente

É relevante o fim do sigilo, que o tribunal atue com imparcialidade e precisão, aplicando a lei a todos, e que resista às reações e investidas dos que querem impunidade. (PÁG. A4)

Vera Magalhães

Risco de paralisia

Com parte significativa da Esplanada atingida no peito por revelações de envolvimento em esquema de propina ou caixa dois, o governo poderá ficar temporariamente paralisado. (PÁG. A6)

Gasto com salário de servidores sobe 10% e supera teto

A conta do salário dos servidores da União vai crescer cerca de 10% neste ano, subindo de R$ 258 bilhões para R$ 283 bilhões. Acertado no governo Dilma e autorizado pela administração Temer no ano passado, o aumento supera o teto dos gastos públicos, fixado em 7,2%. (ECONOMIA / PÁG. B1)

Governo ignora se 2/3 dos casos são febre amarela

Quase dois terços dos casos notificados de febre amarela no País ainda estão sem definição. Desde janeiro, foram concluídas análises de 504 registros, sendo 379 confirmados e 125 descartados. Outros 927 casos suspeitos continuam em investigação. (METRÓPOLE / PÁG. A14)

Notas & Informações

O TST e a responsabilidade fiscal

Ao entender que acordos coletivos não podem conceder reajustes salariais além dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, o TST abriu importante precedente. (PÁG. A3)

O G-20 e o novo nacionalismo

A incerteza política assombra economias mais importantes. (PÁG. A3)

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Folha de S. Paulo

Manchete : Lista de Janot inclui 5 ministros de Temer, além de Lula e Aécio

Sem acesso ao conteúdo dos pedidos de investigação feitos ao Supremo, políticos não comentam

Ao menos cinco ministros de Temer, além dos ex-presidentes Lula e Dilma e dos presidentes da Câmara e do Senado, estão na lista de 83 pedidos de inquérito entregue ao Supremo Tribunal Federal pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. As solicitações, que estão sob sigilo, são uma fase preliminar das apurações. De posse dos pedidos, baseados nas delações de 77 executivos da Odebrecht, o relator da Lava Jato no Supremo, Edson Fachin, decidirá se abre ou não as investigações.

Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), Bruno Araújo (Cidades), Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia e Comunicações) e Aloysio Nunes Ferreira (Relações Exteriores) estão entre os citados, apurou a Folha. o Senado, constam da lista os peemedebistas Renan Calheiros, Romero Jucá e Edison Lobão e os tucanos José Serra e Aêcio Neves. Os casos de Lula e Dilma, que não têm foro no STF, devem ir a instâncias inferiores. Temer não ê alvo de pedido de inquérito.

As solicitações incluem investigações por doação em caixa dois e também por corrupção (quando o repasse ê acompanhado de vantagem indevida). Sem acesso ao teor dos pedidos, políticos disseram que não comentariam O caso. (Poder A4)

Ex-presidente depõe e diz que é vítima de ‘quase um massacre’

Em seu primeiro depoimento como rêu da Lava Jato, o ex-presidente Lula fez um desabafo e disse que ê vítima “quase que de um massacre”. Ao longo do interrogatório, que durou 48 minutos, o petista deu pequenos socos na mesa, colocou o dedo em riste e ficou com a voz embargada e os olhos marejados.

Ele negou a acusação de que tentou “evitar, modular ou retardar” acordo de delação do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. (Poder A7)

Citados preveem fase crítica por até quatro meses

Políticos citados na nova lista de Janot preveem três ou quatro meses depressão. Depois, em junho ou julho, pretendem levar à pauta do Congresso a reforma da Previdência e projetos para limitar a ação da Lava Jato. (Poder A4)
Bernardo Mello Franco

Pedido cai como bomba nuclear na capital federal

Pouco antes de as delações chegarem ao STF, um ministro do governo comparou seu impacto ao de uma bomba nuclear. “Vamos esperar para sabei• quem morreu, quem ficou ferido e quem tem chance de escapar. ” (Opinião A2)

Protesto contra reformas deve parar ônibus e metrô

Motoristas e cobradores de ônibus, metroviários, professores, metalúrgicos e outras categorias interromperão os serviços hoje em protesto contra as reformas trabalhista e da Previdência do governo Temer (PMDB).

Lula deve estar em ato na av. Paulista, às 16h. Com a paralisação dos ônibus e do metrô, aplicativos de transporte anunciaram promoções para atrair usuários. O rodízio de carros foi suspenso. (Cotidiano B1 e Mercado A17)

Editoriais

“É o gasto que importa”, acerca de déficit recorde do Orçamento social, e “Não há bagagem grátis”, sobre novas regras do transporte aéreo. (Opinião A2).

Redação