Jornais do Brasil nesta quarta feira 19 de abril
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19 de abril de 2017
O Globo
Manchete: Aposentadoria será menor com nova regra da reforma
Valor integral virá com 40 anos de contribuição. Antes, haverá forte redução
Na proposta original enviada pelo governo, um tempo menor de trabalho permitiria receber benefício maior. Alterações feitas por relator só serão vantajosas para quem ficar na ativa por pelo menos 34 anos
O relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Maia, apresentou as mudanças que fará no texto enviado pelo governo. Agora, para ter direito à aposentadoria integral, será preciso trabalhar 40 anos, e não mais 49 anos. Após negociação com o Planalto, foi alterada a fórmula para o cálculo dos valores, o que, na prática, reduz mais o benefício de quem se aposenta mais cedo. Quem pedir aposentadoria assim que completar 25 anos de contribuição receberá 70% do valor do benefício. Antes, seriam 76%. A proposta só é mais vantajosa para quem trabalhar por, pelo menos, 34 anos. Vai ser preciso cumprir também idades mínimas progressivas para aposentadoria e, no caso das mulheres, a exigência será menor, de 62 anos no futuro, contra 65 para os homens. Após manifestação que acabou em quebradeira no Congresso, o relator reduziu de 60 para 55 anos a idade mínima para policiais. (Págs. 19 a 21)
MÍRIAM LEITÃO
Reforma já corre o risco de não resolver o problema. (Pág. 20)
MERVAL PEREIRA
Deputados temem que Senado amenize o texto da reforma. (Pág. 4)
Sem urgência na reforma trabalhista
O governo sofreu uma derrota e não conseguiu aprovar ontem no plenário da Câmara um requerimento de urgência para votar a reforma trabalhista. Eram necessários 257 votos favoráveis, mas só houve 230. (Pág. 22)
Copom discutiu corte maior da taxa básica de juros
Em ata, o Copom indicou que poderá acelerar a redução da taxa de juros e informou ter discutido um corte maior já na reunião da semana passada. (Pág. 23)
Santana: o ‘por fora’ era pago por Palocci
O ex-marqueteiro do PT João Santana e sua mulher, Mônica Moura, detalharam, em depoimento ao juiz Sérgio Moro, o papel do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci na arrecadação das campanhas do PT: era ele que apontava ao casal as formas de pagamento, entre elas o dinheiro “por fora” ou o caixa 2. “Eu estava sendo cúmplice de um sistema eleitoral corrupto e negativo. Fui agente disso”, disse Santana. Os dois já assinaram acordo de delação. (Pág. 3)
ELIO GASPARI
Odebrecht deu mesada a namorada de Roberto Campos. (Pág. 16)
ZUENIR VENTURA
Novela que usasse fala de delatores pareceria inverossímil. (Pág. 17)
ROBERTO DAMATTA
Brasil foi vendido por Lula e Dilma a uma empresa. (PÁG. 17)
Inquilino da União vai pagar IPTU
Uma decisão do STF permite que a prefeitura cobre R$ 61 milhões de dívidas de IPTU de imóveis em terrenos da União. Lista inclui lojas e posto de gasolina na Avenida Ayrton Senna, na Barra. (PÁG. 10)
Condenação às milícias chavistas
A ONU e a OEA criticaram o plano do presidente Nicolás Maduro de aumentar para 500 mil o número de milicianos com armas na Venezuela. A oposição fará protestos hoje. (PÁG. 26)
Coaracy e mais 7 são denunciados (Pág. 28)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: A lista sigilosa de Fachin
Lula, Palocci, Lobão e Cunha estão envolvidos em parte dos 25 casos ainda em segredo
Atuação de ex-presidente é citada em relação às operações da Odebrecht em Cuba e Angola
Ministro do STF autorizou envio de informações de nove casos ao juiz Sérgio Moro
Alista com as 25 petições da Procuradoria- Geral da República que ficaram sob sigilo nas decisões do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), envolvem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-ministro petista Antonio Palocci, o senador Edison Lobão (PMDB) e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB), entre outros. As informações foram obtidas com exclusividade pelo Estado. Há relatos de pagamento de vantagens indevidas em nove campanhas eleitorais, totalizando R$ 17,43 milhões, informa Breno Pires. A atuação de Lula é citada nas operações da Odebrecht em Cuba, no Porto Mariel, e em Angola, num contrato assinado entre o grupo baiano e a Exergia, empresa de Taiguara Rodrigues, sobrinho do ex-presidente. O contrato previa prestação de serviços em Angola de 2011 a 2014, quando o petista já não era presidente. Segundo quatro delatores, no entanto, a contratação atendeu a pedido de Lula. Eles disseram que a Exergia não tinha experiência em construção e seria constituída por Taiguara só para usar a influência do tio. Em nove dos 25 casos, Fachin autorizou envio de informações ao juiz Sérgio Moro. (POLÍTICA / PÁGS. A4 a A8)
Santana admite caixa 2 em campanha
O casal de ex-marqueteiros do PT João Santana e Mônica Moura admitiu ao juiz Sérgio Moro ter recebido recursos de caixa 2 da Odebrecht nas campanhas de Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Santana, os US$ 10 milhões registrados em planilhas da propina da empreiteira em nome de “Feira” e depositados em conta na Suíça se referem a dívida da campanha presidencial de 2010. Lula e Dilma negam irregularidades. (PÁG. A6)
Câmara aprova socorro para os Estados endividados
Na primeira vitória do governo após a divulgação da lista de políticos delatados pela Odebrecht, a Câmara dos Deputados aprovou ontem, por 301 votos a 127, com 7 abstenções, o texto-base do projeto que cria o Regime de Recuperação Fiscal dos Estados. A medida suspende por três anos o pagamento das dívidas com a União em troca de contrapartidas dos governos estaduais em calamidade financeira. Hoje serão votados 16 destaques que ainda podem alterar o projeto antes da tramitação no Senado. (ECONOMIA / PÁG. B5)
Idade mínima será de 62 anos para mulher
Para tentar aprovar a reforma da Previdência na Câmara, o governo cedeu em sete pontos e aceitou mudar até a “espinha dorsal” da proposta: a idade mínima de 65 anos. Michel Temer deu aval para reduzir a das mulheres para 62. (PÁGS. B1 a B4)
Colunistas
Vera Magalhães
Se questionados, Emílio e Marcelo Odebrecht teriam detalhes picantes sobre o Judiciário. (POLÍTICA / PÁG. A6)
Monica de Bolle
Há muito a fazer para o Brasil se abrir. País ainda tem altíssimas tarifas
de importação. (ECONOMIA / PÁG. B2)
Notas & Informações
Crescimento exige reformas
A economia pode estar crescendo mais do que se previa. Mas a recuperação está condicionada a fatores políticos, sobretudo o andamento de reformas como a da Previdência. (PÁG. A3)
Anêmica vida partidária
Um corretivo para o lamentável quadro partidário seria a PEC que impõe cláusula de barreira. (PÁG. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete : Temer cede e reduz idade para mulher se aposentar
Texto negociado com deputados prevê também regra de transição mais branda
Nova proposta negociada por deputados com o governo Michel Temer para a reforma da Previdência atenua o impacto que as mudanças poderão ter. O texto reduz a idade mínima exigida das mulheres para a aposentadoria, de 65 para 62 anos. Além disso, oferece a quem já está no mercado de trabalho uma transição mais suave para as novas regras.
As mudanças tiveram ainda uma adição de última hora, depois que um grupo de policiais invadiu e depredou o Congresso Nacional ontem. A proposta do relator da reforma, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), terá idade mínima de 55 anos para que os agentes tenham acesso ao benefício —na versão anterior, isso aconteceria aos 60.
Hoje, não há idade mínima para policiais. O governo Michel Temer antecipou o que avalia ser o último pacote de flexibilizações da reforma para tentar dobrar resistências na base aliada. Agora, a equipe econômica tentará ganhar o apoio do mercado financeiro para O texto. (Mercado Págs. 1 e 4)
Planalto falha em tentativa de acelerar reforma trabalhista
O governo Temer sofreu importante derrota ao não conseguir aprovar no plenário da Câmara regime de urgência para a tramitação da reforma trabalhista. Apenas 230 deputados votaram com o governo, e 163, contra. Eram necessários 257 votos.
O Planalto pretendia usar a aprovação como exemplo de que tem votos suficientes para aprovar a reforma da Previdência. () Mercado 5)
Marqueteiro do PT diz que Lula e Dilma usaram caixa 2
O marqueteiro João Santana e sua mulher, Mônica Moura, afirmaram em depoimento ao juiz Sergio Moro, em Curitiba, que receberam recursos de caixa dois da Odebrecht em campanhas presidenciais dos petistas Dilma Rousseff e Lula.
Segundo Mônica, o ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci era quem negociava os recursos não contabilizados de 2006 a 2012. Lula e Palocci não se pronunciaram, e Dilma afirmou que não comentaria. (Poder A4)
Delatores divergem sobre encerramento de setor de propina (Poder A6)
May quer adiantar em 3 anos eleição no Reino Unido
A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, pediu a antecipação para 8 de junho das eleições, previstas para 2020. Ela busca fortalecer sua base de apoio no Parlamento. Com apoio do Partido Trabalhista, o governo espera aprovação no Legislativo — a votação na Câmara Baixa acontece hoje. (Mundo A10)
Ameaça dos EUA à Coreia do Norte pressiona a China (Mundo A12)
Editoriais
“Leis sob suspeita”, acerca de relatos de propina para aprovar medidas provisórias, e “Desafogo econômico”, sobre a redução dos juros bancários. (Opinião A2).
Redação