Jornais do Brasil nesta quarta feira 19 de julho
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19 de julho de 2017
O Globo
Manchete: Apagão de gestão no Rio
Arco Metropolitano está às escuras e sem segurança
Sem salários, servidores fazem fila por alimentos
Dornelles e Crivella pedem ajuda à União
A crise no Rio provoca problemas que vão da violência à falta de dinheiro para manter serviços e pagar a servidores. Inaugurado em 2014, o Arco Metropolitano, que custou R$ 2 bilhões e atravessa 72km da Baixada, está completamente às escuras, com todos os 4.310 postes apagados porque o estado não tem dinheiro para manutenção. Sem policiamento, o movimento de veículos na via caiu à metade. O governador em exercício, Francisco Dornelles, e o prefeito Marcelo Crivella voltaram a cobrar socorro financeiro da União. Sem salários e passando necessidade, servidores fizeram, pelo quarto dia seguido, fila para receber doação de cestas básicas. Licenciado, Pezão foi alvo de críticas por ter se internado num spa em Penedo. (Págs. 9 a 12)
ANCELMO GOIS
Governo do Rio agora estuda transferir a Cedae diretamente para o BNDES. (Pág. 10)
Moro compara Lula a Cunha no caso tríplex
‘Em lavagem (de dinheiro), o que importa é a realidade e não a mera aparência’, diz
O juiz Sergio Moro comparou a defesa de Lula no caso do tríplex no Guarujá à do deputado cassado Eduardo Cunha na ação em que foi condenado a 15 anos de prisão. Para Moro, assim como o ex-presidente afirma não ser o proprietário do imóvel, Cunha alega não ter contas no exterior, dizendo-se apenas “usufrutuário em vida” do dinheiro. O juiz rejeitou a contestação da defesa de Lula, que apontou “omissões, contradições e obscuridades” na sentença que condenou o petista por corrupção e lavagem de dinheiro. (Pág. 5)
Temer e Maia disputam votos do PSB
Dez deputados dissidentes do PSB estão no centro de uma disputa entre o presidente Temer e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. O PMDB quer os votos deles em favor de Temer. Maia, que pode suceder a Temer caso ele seja afastado, tenta levá-los para o DEM. (Págs. 3 e 4)
Venezuela: saúde só para chavistas
Enquanto os venezuelanos enfrentam penúria sem precedentes na Saúde, líderes chavistas importam remédios e viajam para tratamento em hospitais do exterior. (Pág. 22)
Empréstimos do BNDES caem 17%
O volume de empréstimos do BNDES a empresas recuou 17% de janeiro a junho, para R$ 33,5 bilhões. A agricultura foi o único setor que demonstrou apetite para investimentos. (Pág. 18)
Dólar cai 4,7% no mês, para R$ 3,15 (Pág. 19)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Relator do Refis é sócio de empresas que devem R$ 51 mi
No total, parlamentares que vão votar novo texto do programa têm débitos de R$ 532,9 milhões com a União; Receita Federal deve recomendar veto
Os deputados e senadores que vão votar o texto do novo Refis – programa de parcelamento de dívidas tributárias com descontos de juros e multas – devem R$ 532,9 milhões à União. Somente os débitos de duas empresas do deputado Newton Cardoso Jr. (PMDB-MG), relator do projeto, chegam a R$ 51 milhões, informam Eduardo Rodrigues e Lorenna Rodrigues. O governo enviou proposta ao Congresso no fim de maio com a expectativa de arrecadar R$ 13,3 bilhões em 2017 com a quitação de débitos, mas a medida foi alterada e a receita deve ser de R$ 420 milhões. Com desconto de até 99% das multas e dos juros, a nova versão propõe perdoar 73% da dívida a ser negociada. Por meio de sua assessoria, Cardoso Jr. alegou que o novo Refis vai permitir a regularização fiscal de milhares de pessoas e empresas. A Receita Federal vai recomendar o veto do novo Refis se permanecerem as condições propostas pelo relator. (ECONOMIA / PÁGS. B1 e B3)
Parlamentares não veem conflito
Deputados e senadores não veem problema em discutir um novo Refis mesmo sendo potenciais beneficiados do parcelamento. “Estamos prestando um grande serviço à nação”, disse Cardoso Jr.. (PÁG. B3)
Temer e Maia disputam apoio de deputados do PSB
O presidente Michel Temer convidou deputados do PSB a se transferirem para o PMDB. O movimento irritou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que tenta levar os pessebistas para o DEM. Dos 36 parlamentares do PSB, 16 se alinham com a base, apesar de o partido ter deixado o governo. Numa tentativa de minimizar o mal-estar, Temer jantou com Maia e assessores, ontem, na casa do deputado. (POLÍTICA / PÁG. A4)
Moro compara Lula a Eduardo Cunha
Ao negar recurso da defesa, o juiz Sérgio Moro comparou o ex-presidente Lula a Eduardo Cunha, preso em Curitiba. O petista disse que o magistrado se comporta como um czar. (PÁG. A6)
Colunistas
Vera Magalhães
Com a queda de Aécio, Alckmin acredita estar no início da fila dos presidenciáveis tucanos. (POLÍTICA / PÁG. A6)
Leandro Karnal
A política absorveu parte do que era a teologia antiga na promessa da felicidade. (CADERNO2 / PÁG. C6)
Notas & Informações
Falsa reforma
Quando se observa o que está sendo feito com a urgente e imprescindível reforma política, constata-se, infelizmente, que há parlamentares indiferentes ao destino do País. (PÁG. A3)
O desafio pós-recessão
Investir mais e elevar a eficiência do capital investido, recomendações essenciais para o Brasil. (PÁG. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete : Temer assedia PSB e provoca atrito com Maia
Em encontro fora da agenda oficial, presidente convida deputados desejados pelo DEM a migrar para o PMDB
No primeiro dia do recesso parlamentar, o presidente Michel Temer abriu uma crise com DEM e PSB, partidos da base governista. Fora da agenda, Temer foi à residência da líder do PSB na Câmara, Tereza Cristina, para convidar dissidentes da sigla a ir para o PMDB. O ato foi visto como tentativa de conter o avanço do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sobre congressistas do PSB para ampliar a bancada da sigla. O presidente do PSB, Carlos Siqueira, disse que Temer se preocupa mais “em salvar a pele” do que com o país. Em meio ao mal-estar, o presidente cancelou viagem que faria a Pernambuco, reduto do PSB, e marcou jantar com Maia, que o sucederá se ele for afastado devido à denúncia por corrupção. No encontro, ontem à noite, Temer negou que tenha tentado vetar o ingresso de membros do PSB no DEM. A Câmara divulgou como será a sessão de 2 de agosto, na qual vai apreciar o caso. Maia afirmou que cortará o ponto dos ausentes. (Poder A4)
Dodge questiona Janot sobre verba para a Lava Jato
Nomeada para chefiar a Procuradoria-Geral da República, Raquel Dodge indagou a Rodrigo Janot, atual titular, a razão de o orçamento de 2018 prever menos verba do que a pedida pela Lava Jato. A PGR diz que o valor é 4,19% superior ao da proposta deste ano. (Poder A5)
Moro nega recurso de Lula e compara o petista a Cunha (Poder a6)
Imóvel irregular em Miami entra na mira do fisco
De 4.765 brasileiros que compraram imóveis em Miami de 2011 a 2015, 44% não declararam à Receita Federal ou informaram um valor mais baixo que o avaliado. O fisco planeja autuar esses contribuintes se eles não aderirem à segunda etapa do programa de repatriação de recursos mantidos ilegalmente no exterior, que vai até o fim do mês. (Mercado A13)
Cancelamento de gastos por Paes é alvo de sindicância
O ex-prefeito do Rio Eduardo Paes usou matrícula fictícia no sistema municipal para cancelar gastos de R$ 350 milhões devidos a fornecedores. O ato, no fim da gestão, é investigado. Paes nega irregularidades. (Cotidiano B1)
Espanha emite ordem para que ex-chefe da CBF seja preso
A Justiça espanhola expediu ordem de prisão contra Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF. Ele é acusado de lavagem de dinheiro junto com Sandro Roseli, ex-presidente do Barcelona. Como o Brasil não tem tratado de extradição com a Espanha, o Ministério Público Federal quer acesso ao processo para apurar o caso. Teixeira não foi localizado para comentar. (Esporte B6)
Hélio Schwartsman
Parlamentarismo não pode ser visto como panaceia
Sou parlamentarista, mas é preciso cuidado para não tratar o parlamentarismo como uma panaceia. Se facilita a substituição de governantes que perderam as condições de liderar, casos de Dilma e provavelmente de Temer, ele também pode favorecer cenários de ingovernabilidade. (Opinião A2)
Editoriais
Leia “Siga o dinheiro”, sobre falta de transparência no uso de recursos do Sistema S, e “Trump, seis meses”, a respeito de desempenho do republicano. (Opinião a2).
Redação