Jornais do Brasil nesta quarta feira 23 de agosto
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23 de agosto de 2017
O Globo
Manchete: Três mil policiais de UPPs são deslocados para as ruas
Medida é reação ao aumento da violência na Região Metropolitana do Rio
Governo afirma que essência da política de pacificação de comunidades será mantida. Cabo assassinado em Nova Iguaçu é o 98º policial militar morto apenas este ano no estado
A Secretaria de Segurança Pública anunciou ontem que 3 mil dos 9.500 policiais militares das UPPs serão deslocados para reforçar o patrulhamento no asfalto. O secretário Roberto Sá afirmou, porém, que a essência do programa de polícia de pacificação, implantado em 2008, será mantida. Especialistas dizem que, diante do recrudescimento da violência, é importante o aumento do efetivo nas ruas, mas será preciso cautela para não esvaziar as UPPs. O PM Thiago Rodrigues da Silva foi encontrado morto ontem em Nova Iguaçu. Ele é o 98º policial militar assassinado só este ano no estado. (Págs. 8 e 10)
Jatinho fica no ar
O TCE suspendeu concorrência aberta pelo estado para contratar por R$ 2,5 milhões, em meio à crise, um jatinho para Pezão. (Pág. 13)
Ações da Eletrobras sobem 49%
A decisão do governo de privatizar a Eletrobras fez as ações dispararem 49%, e o valor da estatal na Bolsa subir R$ 9 bilhões só ontem. Especialistas elogiaram a decisão, diante das dificuldades enfrentadas pela empresa desde a mudança nas regras do setor pela ex-presidente Dilma. Mas avaliam que o processo ainda vai demorar e que há dúvidas sobre como será implementado. O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse que o preço da energia vai cair com a privatização. A Cemig tenta obter R$ 6,2 bilhões com o BNDES para manter usinas que a União levaria a leilão. (Págs. 19 a 22)
EDITORIAL
‘Privatização da Eletrobras é lado positivo da crise’ (Pág. 16)
MÍRIAM LEITÃO
Mudança para melhor, além do ganho fiscal. (Pág. 20)
Sem acordo, reforma emperra
Por falta de acordo e diante da divisão dos deputados, a Câmara não conseguiu votar em plenário a reforma política. A criação do fundo de R$ 3,6 bilhões para financiar eleições foi criticada pelos ministros do STF Marco Aurélio Mello e Alexandre de Moraes. (Pág. 3)
MERVAL PEREIRA
Reforma não tem consenso na Câmara e no Senado. (Pág. 4)
ELIO GASPARI
Temer esfarela o PSDB com a ajuda de Aécio. (Pág. 16)
ROBERTO DAMATTA
Gilmar é exemplo do abuso de elos pessoais no país. (Pág. 17)
Temer acena com alívio a exportador
O presidente disse que pode rever a redução do Reintegra, incentivo a exportadores, anunciada no pacote fiscal. Governo vai recuar em vetos na lei orçamentária. (Pág. 23)
IPTU pode subir até 70% no Rio
O IPTU poderá aumentar até 70,03% no Centro e em Santa Teresa caso seja aprovado na Câmara o projeto de Crivella. Ontem, o texto passou em primeira votação. (Pág. 12)
Funaro assina delação premiada
O doleiro Lúcio Funaro fechou acordo de delação premiada com o MP. A expectativa é que ele tenha informações contra o PMDB e o presidente Michel Temer. (Pág. 5)
Raquel Dodge trocará comando da Lava-Jato
A nova procuradora-geral vai pôr Raquel Branquinho, experiente em casos de corrupção, em secretaria que chefiará novo grupo da Lava-Jato. (Pág. 6)
Collor vira réu no STF por corrupção (Pág. 4)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Eletrobrás tem alta de 49% nas ações após anúncio de privatização
Em um dia, valor da estatal sobe R$ 9 bilhões; ministro diz que, sob nova direção, acabarão as ingerências políticas na empresa
O anúncio do plano de privatização da Eletrobrás, feito na segunda-feira, provocou valorização de 49,3% nas ações da estatal. Em um dia, o valor de mercado da companhia foi a cerca de R$ 29 bilhões, um crescimento de R$ 9 bilhões. A Bolsa de São Paulo subiu 2,01%, ultrapassando os 70 mil pontos pela primeira vez desde 2011. O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse que, sob nova direção, acabarão as indicações políticas. A privatização pode render R$ 17 bilhões ao Tesouro em 2018, segundo cálculos do mercado. Apesar da perspectiva de reforço no caixa, o governo nega que esse seja o principal objetivo da operação. O desenho que está em estudo para a operação prevê que a União mantenha poder de veto em decisões da companhia. O presidente da Eletrobrás, Wilson Ferreira Júnior, disse que a privatização colocará a empresa em igualdade de condições com concorrentes estrangeiras. (ECONOMIA / PÁGS. B1 e B3)
Funaro fecha delação com a PGR; Temer deve ser alvo
Operador financeiro do PMDB da Câmara e homem de confiança do ex-presidente da Casa Eduardo Cunha, Lúcio Funaro firmou ontem acordo de delação com a Procuradoria-Geral da República (PGR). Suas acusações devem ser usadas nas denúncias contra Michel Temer que ainda podem ser apresentadas pelo procurador-geral, Rodrigo Janot. Alvo de duas operações, que apuram sua atuação no FIFGTS e na Caixa, Funaro também deve explicar como o PMDB atuava em órgãos públicos sob controle de integrantes do partido. (POLÍTICA / PÁG. A6)
Collor vira réu por três crimes na Lava Jato
A Segunda Turma do STF aceitou denúncia contra o ex-presidente e senador Fernando Collor (PTC-AL) por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. É o terceiro senador nessa condição. Foram rejeitadas denúncias de peculato e obstrução da Justiça. Segundo investigações, R$ 29 milhões em propina teriam sido pagos a Collor. (POLÍTICA / PÁG. A4)
TJ-MG mantém condenação de Eduardo Azeredo
Acusado de lavagem de dinheiro e peculato no mensalão mineiro, o ex-governador foi condenado, em 2015, a 20 anos e 10 meses de prisão. A pena foi reduzida em nove meses. Ainda cabe recurso. (POLÍTICA / PÁG. A7)
Morre dono da OAS envolvido na Lava Jato (Economia / Pág. B8)
Ex-procuradora da Venezuela vem ao Brasil (Internacional / Pág. A10)
Três mil policiais serão deslocados das UPPs para as ruas do Rio
O equivalente a um terço do efetivo das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) será mandado para o policiamento ostensivo na região metropolitana do Rio – 1.100 homens ficarão na capital. O governo do Estado, que enfrenta crise na segurança, diz que o programa não vai acabar. (Metrópole / Pág. A13)
Vera Magalhães
Movimentos de Alckmin e Doria mostram que disputa está a todo vapor no PSDB. (POLÍTICA / PÁG. A6)
Notas & Informações
O eleitor e a política
Para Rodrigo Maia, “ninguém aguenta mais o gigantismo do Estado, que só tira recursos da sociedade”. Falta aprovar uma reforma capaz de estimular o eleitor a participar mais ativamente da política. (PÁG. A3).
Redação