Jornais do Brasil nesta quarta feira 31 de maio
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31 de maio de 2017
O Globo
Manchete: Temer não quer responder à PF sobre áudio de Joesley
Fachin dá dez dias para conclusão do inquérito sobre o presidente
Serraglio recusa cargo e Rocha Loures, o deputado que recebeu mala de propina da JBS, fica sem foro especial
O ministro Edson Fachin, do STF, deu 24 horas para o presidente Temer responder, por escrito, às perguntas da PF no inquérito aberto contra ele. A defesa de Temer, porém, diz que ele não quer ser questionado sobre a gravação de Joesley Batista até a conclusão da perícia. O governo agora estuda forma de garantir foro especial para Rocha Loures, que recebeu a mala da propina e planeja fazer delação. (Págs. 3 e 4)
Mercado aposta em reformas
Apesar da gravidade da crise política e da dificuldade do governo para aprovar as reformas, o mercado financeiro ainda aposta no avanço da agenda econômica, o que explica a estabilidade na Bolsa e no dólar. (Pág. 21)
Colunistas
JORGE BASTOS MORENO
A gravação de Joesley e a surdez deliberada. (Pág. 9)
MERVAL PEREIRA
Regulamentação de foro na ordem do dia. (Pág. 4)
ANCELMO GOIS
No país de Tim Maia, ministro da Fazenda sonega. (Pág. 12)
ELIO GASPARI
Temer adota estratégia da tensão. (Pág. 16)
ZUENIR VENTURA
Saída já do presidente é a solução. (Pág. 17)
Estado do Rio pode ter teto de gastos
O governador Luiz Fernando Pezão propôs à Assembleia Legislativa que o aumento das despesas dos três poderes do estado não possa superar a inflação. Com as contas de 2016 reprovadas por unanimidade no TCE, Pezão e seu vice podem responder por crime de responsabilidade e perder os direitos políticos. (Pág. 11)
Tropas chavistas temem revide (Pág. 25)
Sobe tensão entre EUA e Alemanha
As relações entre Alemanha e EUA sofreram um abalo com a troca de farpas entre Trump e Angela Merkel. Ela foi apoiada por líderes alemães. (Pág. 24)
Enem encolhe
Número de alunos inscritos no Enem (6,1 milhões) é o menor desde 2013. (Pág. 27)
Intolerância nas escolas
Temática de gênero deve voltar à Base Nacional Comum Curricular. (Pág. 26)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Temer terá de depor à Polícia Federal; Loures perde foro
Presidente vai responder a questões por escrito e inquérito terá de ser concluído em dez dias; Serraglio recusa Transparência e ex-assessor fica sem vaga na Câmara
O ministro Edson Fachin, do STF, autorizou a Polícia Federal a colher por escrito o depoimento do presidente Michel Temer. O inquérito terá de ser concluído em dez dias. A defesa queria que ele fosse ouvido somente após o resultado da perícia na gravação da conversa com Joesley Batista, da JBS. Temer é investigado por obstrução da Justiça, corrupção passiva e organização criminosa. Fachin ainda atendeu parcialmente a pedido dos advogados do presidente e determinou que o senador afastado Aécio Neves responda a inquérito separado. O ministro, no entanto, manteve o deputado Rodrigo Rocha Loures no inquérito de Temer. Para Fachin, seria impossível separar Temer de Loures “porque, em tese, este teria agido em nome daquele”. Loures foi filmado com uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley. Também ontem, o deputado e ex-ministro da Justiça Osmar Serraglio recusou convite para assumir a pasta da Transparência e vai voltar para a Câmara. Com a decisão, Loures, que era seu suplente, fica sem foro privilegiado, mas continuará a ser investigado no STF por constar do inquérito de Temer. (POLÍTICA / PÁGS. A4 e A6)
Defesa pedirá que áudio seja ignorado
A defesa de Temer vai pedir que Fachin barre a inclusão de perguntas sobre o áudio de Joesley no questionário da PF. “Ele não poderá responder porque o áudio está sendo vistoriado. O laudo dessa perícia não foi concluído”, disse o advogado Antônio Claudio Mariz de Oliveira. (PÁG. A5)
J&F fecha acordo de leniência e vai pagar R$ 10,3 bilhões em multas
A força-tarefa da Operação Greenfield e procuradores do Ministério Público Federal fecharam ontem à noite o acordo de leniência com a J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista. O grupo pagará R$ 10,3 bilhões em 25 anos. O documento será assinado nos próximos dias e prevê multa por atos praticados pelas empresas controladas pela holding e que estão sob investigação. O acordo inclui fatos apurados nas operações Greenfield, Sepsis, Cui Bono, Bullish e Carne Fraca. Do total, R$ 8 bilhões vão para Funcef, Petros, BNDES, União, FGTS e Caixa. O restante será pago em projetos sociais. (POLÍTICA / PÁG. A9)
Conta do frigorífico
Após as delações feitas pelos irmãos Batista, a JBS pode ter de pagar até R$ 31 bilhões em multas, mostra levantamento do Estadão/Broadcast. (ECONOMIA / PÁGS. B1 e B3)
Comércio fica com metade do FGTS de contas inativas
O comércio ficou com 48%, ou R$ 2,65 bilhões, do FGTS de contas inativas liberado em março. Quatro setores atraíram o dinheiro extra, entre eles, vestuário. (ECONOMIA / PÁG. B8)
Reforma trabalhista tem mais um atraso (Economia / Pág. B6)
Colunistas
Vera Magalhães
Após a delação da JBS, pesquisa aponta que a popularidade de Temer derrete. (POLÍTICA / PÁG.A6)
Monica De Bolle
Distrai-se a pátria com urgência das reformas. (ECONOMIA / PÁG. B2)
Notas & Informações
Respeito à Constituição
Não se pode usar a decisão contra o governador do Amazonas como precedente para o caso de Temer porque cada caso envolve marco jurídico específico. No caso do Amazonas, pautou-se pela Lei Eleitoral. No caso de Temer, vale a Constituição. (PÁG. A3)
Inflação, incerteza e Copom
Recuo da inflação e aumento da incerteza, segundo indicadores da FGV, compõem cenário de luz e sombra para o Copom. (PÁG. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete : STF autoriza e Temer vai depor à PF em inquérito
Presidente pedirá para não responder questões sobre o áudio de Joesley Batista
O ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no Supremo, autorizou que o presidente Michel Temer(PMDB) preste depoimento por escrito no inquérito da delação da JBS. O peemedebista terá 24 horas para responder às questões da Polícia Federal, a partir da entrega delas. A defesa de Temer pedirá a Fachin que a PF não faça perguntas sobre a gravação feita pelo delator Joesley Batista, sócio da JBS, como presidente antes da conclusão da perícia policial no áudio.
O ministro estabeleceu um prazo de dez dias para a polícia concluir a apuração. Depois, caberá à Procuradoria oferecer denúncia ou pedir o arquivamento do caso. O procurador-geral, Rodrigo Janot, busca denunciar Temer com base em dinheiro entregue pela JBS ao deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), ex-assessor do presidente.
Com a volta à Câmara de Osmar Serraglio (PMDB-PR), que deixou o Ministério da Justiça e recusou o da Transparência, Rocha Loures, que é suplente, perde a vaga de deputado. A decisão atrapalha a estratégia de Temer de blindar o ex-assessor, agora sem foro privilegiado. (Poder A4)
João Doria, Michel Temer, Henrique Meirelles e Rodrigo Maia (da esq. para dir.) em fórum sobre investimentos em São paulo no qual presidentes de bancos afirmaram que a economia já sente os efeitos da delação da JBS (Mercado A17)
Bernardo Mello Franco
Com sua decisão, Fachin impõe três derrotas ao governo (Opinião A2)
Acordo no Senado adia votação de reforma de leis trabalhistas (Mercado A19)
Faculdade de Gilmar anuncia evento com Temer
O Instituto Brasiliense de Direito Público, que tem como sócio Gilmar Mendes, do STF, anunciou a presença de Michel Temer em seminário patrocinado pelo governo. Gilmar preside o TSE, que começará a julgar no dia 6 ação que pode cassar o peemedebista. O ministro nega conflito de interesses. (Poder A9)
Palocci negocia prisão domiciliar para delatar Lula
Preso desde setembro do ano passado, o ex-ministro Antonio Palocci negocia em acordo de delação premiada com a Lava Jato o cumprimento de pena de um ano em prisão domiciliar. Ele pretende concentrar seus depoimentos no ex-presidente Lula, além de banqueiros e empresários. (Poder A10)
Internação compulsória de usuário deve ser último recurso
ENTREVISTA Drauzio Varella
O médico Drauzio Varella, 74, afirma que não é possível acabar com a cracolândia. Para ele, a área no centro de São Paulo “é consequência de uma ordem social”. Drauzio diz à Folha que internação compulsória deve ser o último recurso e nega que integrará comitê de governo sobre o tema. (Cotidiano B1)
Editoriais
“Nó previdenciário”, sobre negociações em torno das reformas, e “Reajuste zero”, acerca de despesas das universidades estaduais paulistas. (Opinião A2).
Redação