Jornais do Brasil nesta quinta feira 01 de Junho
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01 de junho de 2017
O Globo
Manchete: Ministro tem posse esvaziada, e Temer sofre revés no STF
Após assumir pasta da Justiça, Torquato não descarta troca na PF
Fachin rejeita pedido do presidente para suspender depoimento
Numa cerimônia de posse esvaziada, sem líderes do PSDB, principal aliado do presidente Temer, o novo ministro da Justiça, Torquato Jardim, não descartou mudanças na PF. Em entrevista, afirmou que amanhã conversará com o diretor- geral da PF, Leandro Daiello, sobre substituições, mas defendeu a Lava-Jato e disse que a investigação seguirá “seja com quem for”. Temer fez um apelo: “Vamos deixar o Executivo trabalhar em paz.” Relator da Lava-Jato no STF, Edson Fachin negou pedido de Temer para suspender o depoimento no inquérito a que ele responde. (Págs. 3 e 4)
Comissão do Senado aprova eleições diretas
Proposta ainda tem de passar por outras comissões e por duas votações no plenário, tanto do Senado quanto da Câmara, onde precisa obter 3/5 dos votos. (Pág. 6)
MERVAL PEREIRA
Pelo STF, foro privilegiado está com os dias contados. (Pág. 4)
LYDIA MEDEIROS
No Planalto, o retrato de um governo cambaleante. (Pág. 2)
CANTINHO DO MORENO
Conselho de Ética já articula votar cassação de Aécio. (Pág. 2)
Senadores amenizam fim do foro privilegiado
Enquanto o Supremo Tribunal Federal começava a julgar ontem proposta de restringir o foro privilegiado, o plenário do Senado correu para amenizar a emenda constitucional que prevê o fim da prerrogativa. Pela proposta aprovada em segundo turno pelos senadores, fica proibida a prisão de parlamentares, salvo em flagrante de crime inafiançável. (Pág. 8)
Marco Aurélio levará pedido de prisão de Aécio ao plenário (Pág. 6)
Em aúdio, tucano tenta interferir na delação da Andrade Gutierrez (Pág. 6)
Joesley deu dinheiro a firma da qual filho de Mantega foi sócio (Pág. 5)
JBS faz acordo para pagar R$ 10,3 bi em 25 anos; ações sobem (Págs. 7 e 20)
Incerteza leva BC a cortar menos os juros
O Banco Central decidiu ontem reduzir a taxa básica de juros Selic em um ponto percentual, para 10,25% ao ano, e foi explícito ao afirmar que, com o agravamento da crise política, os cortes de juros daqui por diante serão menores. Segundo o BC, houve “aumento de incerteza sobre a velocidade do processo de reformas e ajustes na economia”. Antes da revelação da delação da JBS, que atinge o presidente Temer, analistas esperavam corte maior nos juros. Entidades empresariais pediram redução maior. (Pág. 19)
MÍRIAM LEITÃO
Incerteza já afeta cenário para os juros. (Pág. 20)
CARLOS A. SARDENBERG
Fator Joesley impede corte maior de juro. (Pág. 16)
JOSÉ PAULO KUPFER
BC destoa do governo sobre cenário. (Pág. 19)
Facção ordena morte de agentes
O PCC ordenou a execução de dois agentes de cada um dos quatro presídios federais. Dois guardas foram mortos nos últimos 45 dias. As visitas aos presos foram suspensas por 30 dias. (Pág. 9)
Mais 2,6 milhões desempregados
A taxa de desemprego chegou a 13,6% em abril. Nos últimos 12 meses, mais 2,6 milhões ficaram sem trabalho. Analistas esperavam alta ainda maior. (Pág. 21)
Brasil cai em ranking global
No ranking de competitividade da escola de negócios IMDO, Brasil caiu mais seis posições e só está à frente de Mongólia e Venezuela. (Pág. 20)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Senado aprova fim do foro, mas blinda político de prisão
Parlamentares não poderão ser detidos antes que processo tenha transitado em julgado, salvo em flagrante
O Senado aprovou ontem por unanimidade (69 votos a zero) a proposta de emenda à Constituição (PEC) que extingue o foro privilegiado para todas as autoridades, com exceção dos chefes dos três Poderes. O texto, porém, sofreu alteração para favorecer a classe política. Depois de acordo firmado entre o relator, Randolfe Rodrigues (REDE- AP), e líderes partidários, continua vetada a prisão de parlamentares até que o processo seja julgado em última instância, salvo em flagrante de crime inafiançável e com autorização do presidente da respectiva Casa, Câmara ou Senado. Durante a discussão, também foi suprimido artigo da PEC que explicitava a prisão de parlamentares após condenação em segunda instância. A proposta acaba com o foro privilegiado de 55 mil autoridades e segue para a Câmara dos Deputados. Hoje, o STF, em um movimento paralelo e sem relação com o do Senado, retoma sessão para discutir o alcance do foro privilegiado. (POLÍTICA / PÁGS. A4 e A5)
Análise
Eloísa Machado de Almeida
Risco de mais impunidade
Há questões importantes que não foram levadas em consideração, como a pressão que poderosos podem exercer em instâncias judiciais locais. (PÁG. A4)
Ala do PSDB articula saída do governo antes de julgamento
Grupo de deputados federais do PSDB articula o desembarque do governo na terça-feira, primeiro dia do julgamento da chapa Dilma -Temer no Tribunal Superior Eleitoral. A proposta dos “cabeças- pretas”, ala mais jovem da bancada, conta com apoio de parlamentares experientes, que avaliam não haver mais condição de a legenda sustentar o presidente da República. A ideia é que o partido nem espere a decisão do TSE para romper. (POLÍTICA / PÁG. A8)
Fachin mantém depoimento de Temer
Ministro Edson Fachin, do STF, negou pedido da defesa de Temer e manteve autorização à Polícia Federal para colher depoimento do presidente. (PÁG. A6)
BC reduz Selic para 10,25% e indica ritmo menor de corte
O Banco Central reduziu ontem a Selic em um ponto porcentual, de 11,25% para 10,25% ao ano, e já indicou que deve promover corte ainda menor dos juros em julho. Como justificativa, a instituição argumentou que as incertezas sobre a realização das reformas trabalhista e da Previdência e de ajustes na economia, diante da atual crise política, levaram a medidas mais cautelosas. O próximo corte deve ficar em 0,75 ponto porcentual. (ECONOMIA / PÁG. B1)
Citado em delação vai dirigir Fundo do FGTS (Economia / Pág. B7)
Teatro Municipal de SP deve R$ 1,6 milhão a estrangeiros
Com uma dívida total de R$ 14 milhões, o Teatro Municipal de São Paulo deixou de pagar R$ 1,6 milhão a 14 artistas internacionais que se apresentaram em 2016. A Prefeitura afirma que a prioridade é honrar compromissos para manter o teatro em funcionamento. (METRÓPOLE / PÁG. A14)
Notas & Informações
É isto a justiça?
Em meio a grave crise, a agenda nacional foi contaminada pelo pressuposto de que o País só será salvo se a classe política for desbaratada, como se fosse uma quadrilha. Isso não costuma dar boa coisa. (PÁG. A3)
Emprego e risco político
É cedo para estimar o impacto econômico da crise, se o cenário de incertezas se prolongar. (PÁG. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete : BC cita impacto da crise e diz que juro cairá menos
Copom corta Selic em 1 ponto, para 10,25%, e sinaliza incertezas na economia
A crise política no governo Temer, deflagrada pela delação de executivos da JBS, já começa a interferir na economia brasileira. Em antecipação aos efeitos da turbulência, o Comitê de Política Monetária do Banco Central manteve o ritmo de queda da taxa básica de juros do país. Nesta quarta-feira (31), o Copom anunciou corte de 1 ponto percentual na Selic, para 10,25% ao ano. Antes da revelação do áudio gravado por Joesley Batista, um dos donos da JBS, com o presidente, a projeção do mercado financeiro era de redução de 1,25 ponto. Além disso, o Banco Central sinalizou que o ritmo de queda dos juros deve desacelerar na próxima reunião do comitê, em julho. A mudança de rumo, segundo comunicado, está relacionada às incertezas sobre a evolução do processo de reformas e os ajustes na economia. “Em função do cenário básico e do atual balanço de riscos, o Copom entende que uma redução moderada do ritmo de flexibilização monetária hoje deve se mostrar adequada”, diz. (Mercado A15)
VINÍCIUS TORRES FREIRE
Anúncio do BC é a primeira consequência econômica da crise dos grampos. (A 18)
Planalto aponta ‘falha sistêmica’ na diplomacia
Relatório da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência conclui, mencionando existir uma “falha sistêmica” de seus formuladores, que a política externa do Brasil fracassou nos governos FHC, Lula e Dilma, informa Igor Gielow. A gestão Temer, diz o texto, tem uma “agenda pontual”. (Mundo A12)
Em um ano, país ganha 2,6 milhões de desempregados
O Brasil ganhou 2,6 milhões de desempregados no primeiro ano do governo Temer. Segundo o IBGE, 14 milhões de pessoas buscaram emprego de fevereiro a abril. No mesmo período do ano anterior, tinham sido 11,4 milhões. A taxa de desemprego subiu de 11,2% para 13,6% no período. (Mercado A17)
Nova regra para eleição direta avança entre os senadores
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou a proposta de emenda constitucional que prevê eleições diretas se a Presidência ficar vaga nos três primeiros anos de mandato. Hoje, só há diretas caso a vacância ocorra nos dois primeiros anos. O tema vai para o plenário da Casa. Se avançar, ainda precisará do aval da Câmara. (Poder a10)
Senado aprova fim de foro privilegiado para os políticos
O Senado aprovou emenda à Constituição que põe fim ao foro privilegiado de políticos. Com exceção do presidente, de seu vice e dos chefes de Câmara, Senado e STF, todos poderão ser processados na primeira instância. O texto segue para análise dos deputados. (Poder A5)
Temer tenta adiar depoimento à PF, mas Fachin recusa
O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, negou pedido do presidente Michel Temer para suspender o depoimento à Polícia Federal. Fachin também autorizou a PF a fazer perguntas sobre áudio de Joesley Batista. Temer pode, porém, se recusar a respondê-las. (Poder A5)
Novo ministro da Justiça sinaliza que comando da PF será trocado (Poder a4)
Em acordo, dona da JBS obtém prazo e juros favoráveis
A multa de R$ 10,3 bilhões que a J&F, dona da JBS, deve pagar após acordo com a Procuradoria pode, na prática, ser reduzida. São 25 anos para quitar a dívida, e a correção será feita com juro baixo se comparado à taxa de retorno da empresa. (Poder A9)
Governo prevê dívida fixa e fim de carência no Fies
Entre as mudanças previstas pelo governo para o financiamento estudantil está o fim do prazo de carência para que estudantes comecem a pagar a dívida, informam Ana Esteia de Sousa Pinto e Paulo Saldana. Elas devem ser anunciadas neste mês. Hoje, as parcelas são cobradas um ano e meio após o fim do curso. O aluno saberá o total da dívida assim que aderir ao programa. Atualmente, ele ê atualizado com o reajuste de mensalidades. As regras valerão só para novos contratos. (Cotidiano B1)
Editoriais.
Leia “Sem respostas”, sobre dúvidas em torno da gravação de conversa de Temer, e “Benefícios para poucos”, acerca de política federal de subsídios. (Opinião a2).
Redação