Jornais do Brasil nesta quinta feira (12)
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12 de janeiro de 2017
O Globo
Manchete: Acordo entre União e Rio envolve R$ 50 bi até 2020
Total inclui revisão de gastos e receitas
Papéis da Cedae serão dados em garantia ao pacto. Privatização da companhia, que pode acontecer ainda este ano, depende da aprovação da Alerj
O acordo financeiro entre o Estado do Rio e a União reúne ações que só este ano somam R$ 20 bilhões, incluindo redução de gastos, aumento de receitas e reestruturação das dívidas. Até 2020, o impacto será de cerca de R$ 50 bilhões, informa MARTHA BECK. Ontem, em reunião do governador Luiz Fernando Pezão com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ficou acertado que a Cedae será transferida para o governo federal como garantia do acordo. Em seguida, a União fará a concessão da empresa à iniciativa privada. O processo dependerá da aprovação da Alerj, mas pode ser concluído em 2017. (Pág. 8)
STF decide em fevereiro sobre corte de salário
Presidente do Supremo Tribunal Federal, a ministra Cármen Lúcia marcou para o dia 1º de fevereiro a votação sobre redução de jornada de trabalho e de salário de servidores dos estados, informa MARA BERGAMASCHI. (Pág. 9)
Inflação cede, e BC corta mais os juros
O BC cortou os juros em 0,75 ponto, para 13% ao ano. A aceleração do ritmo de queda surpreendeu e foi possível pelo recuo da inflação, que fechou 2016 a 6,29%, abaixo do teto da meta. O IPCA deve encerrar 2017 no centro do alvo, 4,5%, pela primeira vez em oito anos, o que pode ajudar na retomada do crescimento. (Págs. 17 e 18)
Míriam Leitão
Copom tomou decisão ousada, mas acertada. (Pág. 18)
Remédios e planos têm forte alta (Pág. 19)
Petrobras vai expandir os investimentos
A Petrobras anunciou para 2017 investimentos de US$ 19 bilhões, 35% a mais do que no ano passado. A estatal também vai retomar obras do Comperj. (Pág. 20)
A dias da posse, mais Trump do que nunca
‘Se Putin gosta de mim, é vantagem para os EUA’
Um dia após o discurso de despedida do presidente Obama, Donald Trump deu a primeira entrevista coletiva desde que foi eleito e, além de atacar a mídia, admitiu que a Rússia pode ter feito ciberataques durante a campanha eleitoral nos EUA. Contou ainda que passará seus negócios para os filhos, mas a solução foi criticada por especialistas. (Pág. 21)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: BC acelera corte de juros e reduz Selic para 13% ao ano
Decisão do Copom de diminuir taxa em 0,75 ponto porcentual surpreende o mercado financeiro
O Banco Central decidiu acelerar o ritmo de corte da taxa de juros e surpreendeu a maior parte do mercado. O banco anunciou redução de 0,75 ponto porcentual na Selic, a taxa básica de juros, que passou de 13,75% para 13% ao ano. A aposta majoritária era de que o corte seria de 0,5 ponto. Foi a primeira vez desde abril de 2012 que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC diminuiu a taxa em 0,75. A aceleração do corte era um desejo do governo, que vê a redução como atalho para retomar o crescimento. O comitê informou que diretores avaliaram que o cenário atual da economia já permitia redução mais agressiva. Isso porque o processo de queda da inflação está mais disseminado entre produtos de consumo e a atividade econômica, pior que o esperado. Nas projeções oficiais, o BC já espera inflação em torno de 4% em 2017 e 3,4% em 2018. Além disso, o banco repetiu a avaliação de que reformas e ajustes na economia podem “ocorrer de forma mais célere que o antecipado”. Ontem mesmo, os grandes bancos começaram a reduzir a taxa de juro cobrada dos clientes. (ECONOMIA / PÁGS. B1 e B3)
IPCA fica dentro da meta em 2016
A alta de 0,3% no IPCA, em dezembro, foi o resultado mais baixo para o mês desde 2008. A variação fez a inflação oficial no País encerrar o ano de 2016 em 6,29%, dentro da margem de tolerância da meta estipulada pelo governo, de 6,5%. (PÁG. B3)
Análises
Celso Ming
O tombo da inflação e a queda dos juros são fatos que podem ajudar o motor da economia, afogado e sem bateria, a pegar de novo no tranco. (PÁG. B2)
Fernando Dantas
Copom tomou carona em onda de boas-novas e apertou acelerador da redução de juros. Em alguns meses ficará claro se foi correto. (PÁG. B1)
Cida Damasco
Para as pequenas empresas e, mais ainda, para os cidadãos, impressão é de que decisão do Copom ainda passa longe de seus interesses. (PÁG. B4)
Tribunal libera uso de denúncia anônima em investigações
Desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4) aprovaram ontem por unanimidade duas súmulas que autorizam investigação com base em denúncia anônima, “quando amparada por outro indício”, e renovação sucessiva de interceptação telefônica “caso persista a necessidade de apuração”. Na prática, as decisões dificultam duas das principais contestações à coleta de provas em apurações como a da Lava Jato. Advogados de investigados na operação criticaram o entendimento. (POLÍTICA / PÁG. A4)
Blairo vira réu em ação de compra de vaga em TCE
A Justiça de Mato Grosso acatou denúncia proposta pelo MPE contra o ministro da Agricultura e Pesca, Blairo Maggi, e mais oito pessoas. Eles são acusados de participar de esquema para compra de vaga no Tribunal de Contas do Estado. Em nota, Blairo se disse surpreso com a decisão. (POLÍTICA / PÁG. A6)
Corrupção é maior problema nas prisões, diz Moraes
Para o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, o “maior problema do sistema penitenciário é a corrupção”. “Não adianta scanner, raio X, se o operador na hora fingir que não viu”, disse. Moraes afirmou que o sistema prisional vive crise “aguda gravíssima”, mas está “sob controle”. (METRÓPOLE / PÁG. A13)
A lenta criação de vagas
Entre 2007 e 2016, foram criadas 16.534 vagas em presídios com recursos federais. Déficit é de 250 mil vagas. (PÁG. A12)
Seis vice-presidentes dos Correios são afastados (Economia / Pág. B4)
Eduardo Azeredo tem bens bloqueados (Política / Pág. A7)
Notas & Informações
Inflação cai, mas falta o ajuste
O desarranjo das contas públicas tem sido a causa principal da desordem inflacionária. (PÁG. A3)
Estiagem de ação. (PÁG. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete : Inflação cede e BC acelera ritmo de queda dos juros
Em decisão surpreendente, instituição optou por cortar taxa Selic em 0,75 ponto, para 13%
O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu reduzir em 0,75 ponto percentual a taxa básica de juros da economia, a Selic, para 13% ao ano. O ritmo mais acelerado de corte, que surpreendeu o mercado, deve continuar nos próximos meses.
Segundo comunicado, a atividade econômica abaixo do esperado e o processo disseminado de redução da inflação tomam apropriado o corte maior dos juros. A Selic serve de referência para taxas cobradas por bancos.
Antes do anúncio, o IBGE divulgou que a inflação oficial do país chegou ao fim de 2016 com alta de 6,29%. O índice ficou dentro da meta do governo, de 4,5% ao ano, com tolerância atê 6,5%.
Nos últimos meses do ano passado, o BC já havia promovido dois cortes de 0,25 ponto percentual na taxa.
Com a queda, economistas esperam juros de um dígito já no fim de 2017. Bancos anunciaram o repasse da redução na Selic para as taxas cobradas de consumidores e empresas. (Mercado A17)
BB vai liderar consórcio para socorrer o Rio
O Banco do Brasil liderará um consórcio com a Caixa e bancos privados que fará empréstimos ao Rio. O valor do crédito, estimado em cerca de R$ 3 bilhões, dependerá da venda da Cedae.
A privatização da empresa estadual de água e esgoto ê condição imposta pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para que o Tesouro dê o aval à operação de socorro, cuja negociação envolve a Assembleia Legislativa do Estado. (Mercado A20)
Transição e ajuste fiscal ajudaram a conter preços
ANÁLISE : ZEINA LATIF
Transição política e adoção de agenda de ajuste fiscal geraram expectativa de estabilização da dívida pública em futuro próximo e permitiram que a política monetária contivesse a inflação.
Outros itens podem ajudar o BC a atingir a meta em 2017: taxa de câmbio e preços de commodities comportados e boa safra agrícola. (Mercado A17)
Simpatia da Rússia é vantagem para o governo, diz Trump
O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, afirmou que ter a simpatia do líder russo, Vladimir Putin, ê vantajoso para o governo.
Na primeira entrevista coletiva em quase seis meses, Trump comentou também o suposto dossiê do governo da Rússia com dados que poderiam ser usados para constrangê-lo ou chantageá-lo.
Segundo o republicano, o material foi elaborado por “pessoas doentes”. (Mundo A12)
Para ministro, advogado de facção precisa ser monitorado
Em meio à crise no sistema penitenciário, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, defende que a visita de advogados de chefes de facções criminosas a presídios seja monitorada. “Nos outros países, quando ele fala, está sendo gravado”, declarou em entrevista à Folha.
Ele diz que o governo não demorou a reagir às matanças em presídios no Norte e considera “leviano” afirmar que a solução para os problemas nas prisões será dada rapidamente. (Cotidiano B1)
LEANDRO NARLOCH
Fim de gangues só virá com mais proteção a presos – (Cotidiano B3)
Rota de droga atrai crime à Amazônia, indica relatório
O serviço de inteligência do Amazonas aponta que a atuação das facções criminosas na Amazônia está ligada ao controle do fornecimento de cocaína do Peru para Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil, informa Fabiano Maisonnave.
De acordo com o relatório, elaborado depois da onda de mortes em presídios neste ano, o negócio tem um lucro anual de US$ 4,5 bilhões (R$ 14,4 bilhões). (Cotidiano B3)
Editoriais
“Bilhete demagógico”, sobre tarifa de ônibus e metrô em São Paulo, e “Trump sem freios”, acerca dos excessos do presidente eleito dos EUA. (Opinião A2).
Redação