Jornais do Brasil nesta quinta feira 15 de junho

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15 de junho de 2017

O Globo

Manchete: Procuradores veem risco de governo cercear investigações

Medida prevê sigilo em leniência com BC

Nova regulamentação, que dá mais poderes ao Banco Central, pode ser alvo de ação de contestação no Supremo

A Medida Provisória (MP) que ampliou os poderes do Banco Central para fiscalizar o sistema financeiro e criou a possibilidade de acordo de leniência entre bancos e o BC está sendo vista por procuradores como uma tentativa de cercear as investigações. O texto da medida do governo Temer é sucinto, mas prevê que, em casos de risco generalizado para o sistema financeiro, a apuração seja sigilosa. Os procuradores temem que isso impeça o Ministério Público de investigar crimes identificados pelo BC. E, por isso, já se articulam para entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no STF contra a medida, relata GABRIELA VALENTE. O BC argumenta que a MP trata apenas de irregularidades administrativas e que a atuação da Procuradoria no âmbito penal será “integralmente preservada”. (Pág. 19)

Depoimento de Funaro à PF deve complicar situação de Temer

O depoimento de quatro horas à Polícia Federal dado ontem pelo doleiro Lúcio Funaro pode complicar a situação do presidente Michel Temer no Supremo. Funaro falou, entre outros temas, sobre sondagens do ex-ministro Geddel Vieira Lima a respeito de uma eventual delação sua. Afastado do mandato desde 18 de maio por ordem do Supremo, o tucano Aécio Neves só ontem teve seu nome retirado do painel eletrônico do Senado. (Págs. 3 e 5)

Ação contra Trabuco é arquivada

A Justiça Federal arquivou ação penal contra o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, aberta com base em investigações da Operação Zelotes, sobre irregularidades no Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf). (Pág. 20)

Rio-2016: legados não vão adiante

A prefeitura do Rio anunciou ontem que, por falta de dinheiro, não vai cumprir a promessa de transformar em escolas a Arena do Futuro, construída para os Jogos. Também não há previsão para a reabertura do Parque Radical de Deodoro. (Pág. 28)

O contador de histórias

Um dos repórteres mais respeitados do país, testemunha da História e dos bastidores do poder nos últimos 40 anos, Moreno foi também “referência e inspiração para diferentes gerações de jornalistas”, como descreveu o presidente do Conselho Editorial do Grupo Globo, João Roberto Marinho. (Págs. 8 a 10)

MERVAL PEREIRA

Especialista em interpretar a alma humana, Moreno tinha a política como arte e alma de artista. (Pág. 4)

ANCELMO GOIS

Moreno foi um sobrevivente doce em tempos azedos da política brasileira. (Pág. 13)

ZUENIR VENTURA

Em época de intolerância, era capaz de reunir PMDB, PT, PSDB e PCdoB. (Pág. 9)

LYDIA MEDEIROS

Uma seleção de histórias saborosas protagonizadas por Moreno. (Pág. 2)

MIGUEL PINTO GUIMARÃES

Que o espírito da laje do Moreno paire sempre sobre nós. (Pág. 10)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Com JBS em crise, pecuaristas se unem para reativar frigoríficos

Um grupo de pecuaristas de Mato Grosso, maior Estado produtor de gado do País, está se articulando para criar uma cooperativa e reativar até 15 frigoríficos do Estado. As conversas ganharam força nas últimas semanas, após as delações dos irmãos Batista, controladores do JBS, informa Mônica Scaramuzzo. Fazem parte desse grupo os irmãos Fernando e Eraí Maggi, primos do ministro Blairo Maggi (Agricultura). Eles estão em conversas com o governo do Estado. A ideia é que as unidades possam se tornar exportadoras. Mato Grosso tem, no total, 22 frigoríficos desativados, boa parte por causa do movimento de concentração do setor. Destes, de seis a oito podem ser reabertos nos próximos meses. Cada unidade reativada pode gerar pelo menos 500 empregos diretos. (ECONOMIA / PÁG. B1)

Agência rebaixa nota

A agência de classificação de risco Standard & Poor’s rebaixou o rating do JBS em dois degraus, de BB para B+. A empresa passou de nível especulativo para altamente especulativo. (PÁG. B3)

Senado corta benefícios e tira nome de Aécio de painel

O Senado cortou ontem a verba indenizatória, recolheu o carro oficial e retirou do painel eletrônico do plenário o nome do senador Aécio Neves (PSDB-MG). A medida foi tomada quase um mês depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar o afastamento do tucano e de o ministro da Corte Marco Aurélio Mello afirmar que a decisão estava sendo descumprida. No site oficial da Casa, o político passou a ser identificado como “afastado por decisão judicial”. Aécio, no entanto, não terá cortado o salário de R$ 33,7 mil, mas a ausência nas sessões de votação será descontada. (POLÍTICA / PÁG. A8)

Cunha nega ter vendido silêncio

O deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) negou à PF ter recebido propina da JBS em troca do silêncio nas investigações e disse nunca ter sido procurado por Michel Temer. “Meu silêncio não está à venda”, disse. (PÁG. A5)

Justiça inocenta presidente do Bradesco

A Justiça determinou o arquivamento da ação penal contra o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, investigado na Operação Zelotes. Ele era réu, com outros nove executivos do banco, acusado de negociar com um grupo que comprava decisões no Conselho Administrativo de Recursos Financeiros (Carf). As ações do Bradesco fecharam em alta. (ECONOMIA / PÁG. B5)

Temer agora discutirá dívida dos municípios (Direto da Fonte / Pág. C2)

Zeina Latif

O ajuste fiscal estrutural depende do enfrentamento do Estado patrimonialista. (ECONOMIA / PÁG. B5)

Notas & Informações

As contas não dão trégua

A aprovação de um projeto razoável de mudança previdenciária será insuficiente para garantir a eficácia do teto de gastos criado em 2016. (PÁG. A3)

Em nome da lei, o arbítrio

É mais que hora de a Suprema Corte preservar as garantias do mandato parlamentar. (PÁG. A3).

Redação