Jornais do Brasil nesta quinta feira 23 de fevereiro
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23 de fevereiro de 2017
O Globo
Manchete: Lava-Jato terá cooperação inédita entre Brasil e Uruguai
Países vão investigar esquema de lavagem de dinheiro usado por Cabral
Um dos operadores do grupo é o advogado uruguaio Oscar Algorta, dono de 180 empresas offshore no seu país e no Panamá; governo Tabaré Vázquez estuda mudanças na lei para se livrar do estigma de paraíso fiscal
Os governos de Brasil e Uruguai farão parceria inédita para investigar uma rede de lavagem de dinheiro descoberta a partir da Lava-Jato, informa CHICO OTAVIO. O esquema usado pelo ex-governador Sérgio Cabral para esconder cerca de US$ 100 milhões em paraísos fiscais será investigado. Um dos operadores de Cabral é o advogado Oscar Algorta, envolvido em outros escândalos no Brasil e dono de 180 empresas offshore no Uruguai e no Panamá. O secretário Antilavagem do Uruguai confirmou que vai colaborar com a Lava-Jato. (Pág. 3)
Odebrecht falará de chapa Dilma-Temer (Pág. 5)
Serra pede demissão por motivo de saúde
O tucano José Serra pediu demissão do Ministério das Relações Exteriores e voltará ao Senado. Submetido a cirurgia na coluna em dezembro, ele disse ao presidente Temer que precisará passar por tratamento de saúde por pelo menos quatro meses, o que o impedirá de continuar chanceler. (Pág. 7)
Moraes chegará ao STF em março
A aprovação folgada do nome de Alexandre de Moraes para o Supremo Tribunal Federal, por 55 votos a 13, mostrou força do governo no Senado. O presidente Temer ainda procura substituto para Moraes no Ministério da Justiça. (Pág. 6)
BC: juro abaixo de 10% no fim do ano
O Banco Central reduziu a taxa básica Selic de 13% para 12,25% ao ano e sinalizou, em nota, que os juros poderão cair mais rapidamente daqui para a frente, chegando ao fim do ano abaixo de 10%. (Pág. 24)
Novas regras para declaração do IR (Pág. 21)
Construtora PDG pede recuperação (Pág. 25)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Serra alega problemas de saúde e deixa ministério
Em carta a Temer, chanceler tucano disse que solicitava sua exoneração ‘com tristeza’ e voltará ao Senado
O senador José Serra (PSDB-SP) pediu demissão ontem do Ministério das Relações Exteriores. Ele alegou problemas de saúde. Em dezembro, Serra passou por cirurgia na coluna. Em carta entregue ao presidente Michel Temer, o tucano disse que voltará ao Senado. “Faço-o com tristeza, mas em razão de problemas de saúde que são do conhecimento de Vossa Excelência, os quais me impedem de manter o ritmo de viagens internacionais inerentes à função de chanceler. Isto sem mencionar as dificuldades para o trabalho do dia a dia.” Entre os cotados para assumir a pasta estão os senadores do PSDB José Aníbal e Aloysio Nunes Ferreira, o embaixador Sérgio Amaral e o ex-embaixador Rubens Barbosa. Segundo interlocutores de Serra, ele estaria insatisfeito no cargo. Ao assumir o Itamaraty, em maio, Serra imaginava que poderia participar de discussões do núcleo duro do governo. (POLÍTICA / PÁG. A6)
Eliane Cantanhêde
Saída de Serra significa dupla pressão sobre Temer, que esperava emergir do carnaval com agenda otimista, mas ficará refém de interesses, candidatos e até sutis ameaças pela cobiça por dois cargos de prestígio. (PÁG. A6)
TSE vai ouvir Odebrecht em ação contra chapa Dilma-Temer
Relator no TSE da ação que investiga a chapa eleitoral de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB) de 2014, o ministro Herman Benjamin incluiu a delação da Odebrecht no processo e ouvirá os ex-executivos da empreiteira Marcelo Odebrecht, Cláudio Melo Filho e Alexandrino Alencar. A ação, proposta pelo PSDB, pode levar à cassação do mandato de Temer. A Justiça Eleitoral investiga se houve abuso de poder político e econômico na campanha. (POLÍTICA / PÁG. A4)
Copom corta juros pela quarta vez, para 12,25%
O Comitê de Política Monetária do Banco Central reduziu a taxa básica de juros da economia em 0,75 ponto porcentual, para 12,25% ao ano. Foi o quarto corte consecutivo. A decisão – esperada pelo mercado financeiro – fez a Selic retornar ao nível de 2015. (ECONOMIA / PÁG. B4)
Por 55 votos a 13, Moraes se torna ministro do STF
Alexandre de Moraes foi oficialmente nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal ontem, quatro horas depois de ter seu nome aprovado pelo plenário do Senado, com 55 votos a favor e 13 contra, e de se reunir com Michel Temer. (POLÍTICA / PÁG. A6)
Foto- legenda: Deputados antecipam o carnaval
Ricardo Izar (PP-SP) e Walter Ihoshi (PSD-SP) no Aeroporto de Brasília, após registrar presença na Câmara. Na manhã de ontem, os nomes de mais de 400 parlamentares apareciam no painel, mas poucos foram vistos na Casa. (POLÍTICA / PÁG. A9)
Receita libera programa do Imposto de Renda (Economia / Pág. B6)
Notas & Informações
O irrealismo do STF
Ao proibir o Congresso de fazer emendas no projeto das Dez Medidas Anticorrupção, apoiado por dois milhões de assinaturas, o ministro Fux calou a voz de mais de 140 milhões de eleitores. (PÁG. A3)
A farra dos caciques
A independência e autonomia dos poderes são usadas por maus dirigentes para assegurar vantagens. (PÁG. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Serra deixa o governo por problema de saúde
Com dores na coluna, tucano voltará ao Senado; Temer busca novo chanceler
O ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDBSP), entregou carta de demissão na noite de ontem ao presidente Michel Temer. Pego de surpresa, o peemedebista solicitou ao tucano que apenas se licenciasse. Depois, aceitou o pedido. Serra, 74, apontou um problema de saúde para sair do governo. Em dezembro, passou por cirurgia na coluna cervical, e os médicos o aconselharam a um tratamento de quatro meses, sem viajar de avião no período para não lesionar a medula. Na carta a Temer, disse pedir a exoneração porque estava impedido “de manter o ritmo de viagens internacionais inerentes à função de chanceler”. O tucano voltará a ocupar sua cadeira no Senado —José Aníbal, seu correligionário, o substituía. Com a baixa, Temer avaliará nomes para o cargo. Ele tende a manter a pasta sob o controle dos tucanos. Os principais cotados são Aníbal e o líder do governo no Senado, Aloysio Nunes. O anúncio deve acontecer só depois do Carnaval. (Poder A4)
Arrojado e centralizador, Moraes ganha vaga no STF
Aprovado pelo Senado para o Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes divide opiniões entre seus interlocutores. Há os que o consideram arrojado e bom arguidor e os que o classificam de centralizador e arrogante. Um de seus personagens favoritos é Alexandre, o Grande, que foi rei da Macedônia. A posse dele ocorrerá em 22 de março. (Poder A5 e A6)
BC volta a cortar juros; consumidor não sente a queda
Com a expectativa de inflação baixa em 2017, o Banco Central anunciou novo corte na Selic (taxa básica de juros), para 12,25% ao ano. Mas o ritmo decrescente não tem chegado ao consumidor. No atual cenário econômico, bancos evitam repassar a queda para suas linhas de crédito. (Mercado A19)
Declaração do IR terá programa único; tabela fica congelada
Os contribuintes que vão declarar o Imposto de Renda neste ano só precisarão baixar um programa, em vez dos dois habituais, para prestar contas com a Receita. O prazo de envio da declaração vai de 2/3 a 28/4. O governo não corrigiu, pelo segundo ano, a tabela do IR para repor a inflação. (Mercado A22)
Luciano de Souza Godoy
Com cargo vitalício, novo ministro não deve nada a ninguém
O que esperar de Moraes? Propensão a votar em teses alinhadas com a dita “direita”, desenvolvimentismo, combate à corrupção e imparcialidade. Com cargo vitalício, nada deve a quem o escolheu ou o aprovou no Senado. (Poder A7)
Editorial
Leia “Questionado”, acerca de sabatina de Alexandre de Moraes, indicado ao STF. (Opinião A2).
Redação