Jornais do Brasil nesta quinta feira 6 de julho

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06 de julho de 2017

O Globo

Manchete : Defesa diz que denúncia é ficção e ataca delações

Advogado de Temer quer enfrentar Janot em comissão

Para procurador-geral, acusação tem uma ‘narrativa fortíssima’

Ao entregar a defesa do presidente Temer na Câmara, o advogado Antônio Cláudio Mariz chamou de “peça de ficção” a denúncia apresentada pelo procurador-geral, Rodrigo Janot, e disse que não há provas de corrupção. Mariz atacou o instituto das delações premiadas que, segundo ele, tem sido “instrumento de impunidade que transforma delatores em paladinos da verdade”. E desafiou Janot, afirmando que gostaria de enfrentá-lo na CCJ. O procurador disse que a denúncia “tem uma narrativa fortíssima”. (Págs. 3 a 5)

PGR pede inquérito sobre Serra no STF (Pág. 6)

TCU fará auditoria no BNDES

O TCU autorizou auditoria em todas as operações do BNDES para avaliar seu impacto na economia. A decisão atendeu a pedido do ministro do tribunal Vital do Rêgo, que quer averiguar, entre outros pontos, quantos empregos foram gerados e o impacto fiscal do apoio do BNDES. (Pág. 19)

Governo só deve liberar R$ 3 bi

Com dificuldade para cumprir a meta fiscal, o governo só deve liberar entre R$ 3 bilhões e R$ 4 bilhões dos R$ 39 bilhões bloqueados do Orçamento. Comissão do Congresso adiou para janeiro a reoneração da folha de pagamento. (Pág. 20)

Sem verba, PRF suspende rondas

A falta de recursos levou a Polícia Rodoviária Federal a interromper serviços e a reduzir o policiamento nas estradas federais. As rondas em todas as rodovias serão suspensas a partir de hoje, assim como os resgates aéreos em caso de acidentes. (Pág. 8)

No Rio, balas perdidas fazem 3 vítimas por dia

Em seis meses, balas perdidas fizeram 632 vítimas, com 67 mortes, no estado. Ontem, Samara Gonçalves, de 14 anos, teve um pulmão perfurado enquanto brincava no pátio da escola, em Belford Roxo. Na véspera, Vanessa dos Santos, de 10 anos, foi morta em casa com um tiro na cabeça. (Págs. 9 e 10)
Paramilitares atacam oposição

Deputados de oposição foram atacados dentro do Parlamento na Venezuela por paramilitares acusados de apoiar o governo Maduro. Sete ficaram feridos. A Guarda Nacional não reagiu, e a Assembleia ficou bloqueada por mais de 7 horas. (Pág. 23)

Cora Rónai

Guerra no Rio deveria provocar crise nacional. (Segundo Caderno)

Miriam Leitão

Crise política adiará a reforma mais urgente. (Pág. 20)

Merval Pereira

A Rocha Loures resta confessar ou fazer delação. (Pág. 4)

Carlos A. Sardenberg

Carteiraço da tornozeleira mostra que privilégios continuam.(Pág. 16)

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O Estado de S. Paulo

Manchete : CCJ preocupa o Planalto e Temer assume negociações

Cenário de incerteza na Câmara faz presidente se reunir com deputados e convocar reunião ministerial

O início da tramitação da denúncia contra o presidente Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara revelou cenário de incerteza e preocupação para o Planalto. Aliados admitem que o governo terá dificuldades para alcançar maioria simples no colegiado, cujo parecer será posteriormente votado pelo plenário. Diante disso, Temer assumiu a negociação e nos últimos dois dias recebeu 48 deputados – destes, pelo menos oito integram a CCJ.

São necessários 34 votos para a aprovação de um relatório favorável ou pela rejeição de um parecer desfavorável ao presidente. Em plenário, Temer depende de 172 votos para se livrar da acusação de corrupção passiva. Ontem, o presidente interino do PSDB, Tasso Jereissati, disse que a posição do partido “é cada vez mais clara” pela saída do governo. Temer e sua equipe intensificaram o corpo a corpo com deputados antes de o presidente embarcar para reunião do G-20, na Alemanha. À noite, ele pediu a ministros que se mobilizem no Congresso em defesa do governo e que mantenham agenda positiva. (Política / Págs. A4 a A7)
Coluna do estadão

Ministros próximos a Temer avaliam que, se ele sair derrotado na CCJ, pressão para que o placar se repita no plenário da Câmara vai aumentar. (Pág. A4)

Governo não está na UTI, diz Mariz

Advogado de Temer, Antônio Claudio Mariz de Oliveira entregou a defesa à Câmara. Questionado se o governo está na UTI, respondeu: “Eu diria que está na lanchonete do hospital”. (Pág. A6)

Planalto deve liberar R$ 4 bi de precatórios para ministérios

O Senado aprovou ontem projeto de lei que permite o resgate de precatórios que deixaram de ser sacados pelos beneficiários no prazo de dois anos. A medida deve destinar R$ 8,6 bilhões aos cofres da União e facilitar a liberação de ao menos R$ 4 bilhões para desafogar serviços essenciais que foram prejudicados pelo super corte de R$ 42 bilhões no Orçamento deste ano. Este será o segundo descontingenciamento desde o corte. (Economia / Pág. B1)
Reoneração da folha é adiada

A reoneração da folha de pagamentos para quase 50 setores, uma das medidas propostas pelo governo para melhorar a arrecadação, só deve entrar em vigor em 2018. A arrecadação anual esperada é de R$ 2 bilhões. (Pág. B3)
Sem verba, Polícia Rodoviária reduz patrulhamento

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) reduziu o patrulhamento nas estradas e suspendeu resgates aéreos. A corporação alega falta de recursos para as atividades, por causa de corte orçamentário de 50% em relação a 2016. O governo diz que todos os ministérios foram atingidos por cortes. (Metrópole / Pág. A15)
Joesley causou prejuízo ao BNDES, diz TCU

O TCU entendeu que Joesley Batista, o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e o ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho são responsáveis por prejuízo de R$ 120 milhões ao banco na operação de compra do frigorífico Swift, em 2007. A decisão foi baseada na delação do dono da JBS. (Economia / Pág. B7)
Dia de barbárie na Venezuela

Chavistas armados invadiram o Congresso da Venezuela e feriram cinco deputados de oposição ao governo de Nicolás Maduro. (Internacional / Pág. A11)
Justiça arquiva pedido de investigação de FHC (Política / Pág. A9)

José Roberto de Toledo

Rodrigo Maia não é Didi, mas joga parado. Por sorte, é o estado que mais lhe convém. (Política / Pág. A6)
Zeina Latif

Demonizar quem defende o ajuste fiscal significa infantilizar a sociedade. (Economia / Pág. B4)

NOTAS & INFORMAÇOES

A voz da política

Ao analisar a denúncia contra o presidente Temer, a Câmara tem a oportunidade de apresentar uma resposta aos múltiplos anseios da população. (Pág. A3)

O confronto no G-20

Donald Trump versus maioria do G-20 é o programa de luta previsto para o fim de semana. (Pág. A3)

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Folha de S. Paulo

Manchete : Governo não está na UTI, afirma defesa do presidente

Em peça entregue a comissão da Câmara, advogado de Temer rebate denúncia

Na defesa do presidente Michel Temer entregue à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, o advogado Antônio Claudio Mariz de Oliveira nega que ele tenha cometido crime de corrupção e diz que a acusação é baseada em hipóteses. A peça, de 98 páginas, lança perguntas que considera sem respostas, como: “Onde está o indício de que os R$ 500 mil recebidos por Rodrigo Loures se destinariam a Michel Temer?”.

Mariz afirma que a gravação feita pelo empresário Joesley Batista, da JBS, é “clandestina” e negou que o governo esteja na UTI: “Diria que está na lanchonete do hospital, comemorando”. Com a entrega da defesa, começa a contar o prazo de cinco sessões para que o parecer a ser apresentado pelo relator na CCJ, Sergio Zveiter (PMDB-RJ), seja votado.

O presidente da comissão, Rodrigo Pacheco (PMDBMG), decidiu que todos os membros titulares e suplentes (132, no total), além de outros deputados, poderão discursar. Isso pode levar a votação para agosto. O cronograma frustrou o governo. A avaliação é que o apoio ao presidente diminui conforme o tempo passa. O Planalto tentará votar a denúncia até 17 de julho, antes do recesso. (Poder A4 e A5)
Michel Temer : Acusação torpe é uma verdadeira heresia jurídica. (Pág. A3)

Maia e a mosca 

A oposição a Michel Temer passou a acreditar na possibilidade de o peemedebista ser afastado. A razão seria o interesse do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), que assumiria o cargo antes de nova eleição. “O quadro mudou.

Maia foi picado pela mosca azul”, diz o deputado Paulo Teixeira (PT).O parlamentar nega a pretensão. (Mônica Bergamo C2)
Marcelo Coelho

Estilo de advogado lembra sustentação oral em caso de júri

Acusação “manca e anêmica”. Denúncia “chocha, capenga”. Afirmações “gratuitas, desprovidas de apoio fático, lançadas a esmo”. Com estilo próximo da sustentação oral num caso de júri, Mariz de Oliveira refutou a denúncia apresentada por Rodrigo Janot contra o presidente Temer. (Poder A6)
Roberto Dias

Raras vezes nos vimos tão forçados a vigiar oCongresso. (Opinião A2)

Cresce no PSDB o movimento para saída do governo, diz Tasso Jereissati.(Pág. A6)

Congresso resiste a medida que amplia receita do governo 

O Congresso resiste a aprovar a reoneração da folha de pagamentos, que renderia R$ 2,5 bilhões neste ano.Com a arrecadação em baixa, o governo festejou, por outro lado, a aprovação pelo Senado do uso de precatórios não sacados, que devem gerar R$ 8,6 bilhões. (Mercado A15)
TCU pode obrigar Joesley a devolver recursos do BNDES 

Decisão do Tribunal de Contas da União abre caminho para que Joesley Batista, da JBS,seja obrigado a devolver recursos investidos pelo BNDES nos seus negócios. A opção contraria os termos do acordo de colaboração premiada do empresário. A empresa vai recorrer. (Mercado A20)
Violência

Os parlamentares de oposição venezuelanos Luis Stefanelli(à esq.) e Leonardo Regnault após a invasão de partidários do presidente Maduro à sede do Legislativo, em Caracas; ao menos cinco deputados foram agredidos. (Mundo A10)

Editoriais 

“Nova prisão”, sobre expectativas em torno de possível delação de Geddel Vieira Lima, e “Limbo legislativo”, acerca de Assembleias estaduais. (Opinião A2).

Redação