Jornais do Brasil nesta segunda feira 01 de maio

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01 de maio de 2017

O Globo

Manchete: Obras feitas por esquema de propina somam R$ 120 bilhões

Segundo delatores, quatro projetos nasceram só porque houve pressão

Ex-executivos da Odebrecht afirmam que empresa de sondas Sete Brasil, usina de Belo Monte, Arena Itaquera e Porto de Mariel são fruto de corrupção

Se não fossem a pressão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o interesse da Odebrecht em manter o esquema de corrupção montado com o governo, não teriam nem saído do papel obras e empreendimentos que, somados, chegam a um valor total de R$ 120 bilhões. De acordo com a delação de ex-executivos da empreiteira na Operação Lava-Jato, a empresa de sondas Sete Brasil, a usina de Belo Monte, a Arena Itaquera e o Porto de Mariel, em Cuba, nasceram como fruto da corrupção. Marcelo Odebrecht, por exemplo, disse que foi contra a usina e o estádio, mas Lula apelou a seu pai, Emílio. Alguns desses empreendimentos, como a Sete Brasil, enfrentam graves problemas financeiros e devem resultar em prejuízo bilionário. A Arena Itaquera, orçada inicialmente em R$ 400 milhões, deverá ter um custo final de R$ 1,7 bilhão. (Pág. 3)

Eike deixa a cadeia e vai para prisão domiciliar

Preso desde o fim de janeiro, empresário foi liberado ontem de manhã. Antes, em rede social, sua mulher reclamou da demora. (Pág. 5)

RICARDO NOBLAT

Datafolha trouxe duas novidades e confirmou duas suspeitas. (Pág. 2)

Governo espera alta maior do PIB

A equipe econômica revê projeções para o PIB de 2017 e espera que a alta supere a previsão inicial, de 0,5%. Temer disse que, com ou sem protestos, país continuará trabalhando. (Págs. 15 e 16)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Maia descarta cassar deputados por crime anterior ao mandato

Presidente da Câmara diz que citados na lista do ministro Fachin só podem ser alvos no Conselho de Ética por ilícitos praticados na atual legislatura

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou com exclusividade ao Estado que os deputados citados em delações da Lava Jato e na lista do ministro Edson Fachin, relator da operação no Supremo Tribunal Federal, só podem ser alvo do Conselho de Ética da Casa se os supostos ilícitos tiverem sido cometidos antes de janeiro de 2015, quando teve início a atual legislatura. Na prática, o entendimento dele significa um salvo conduto para quase todos os atingidos pela Lava Jato. “O que está acontecendo na Câmara desde 2015 e desde antes é que, por exemplo, o (deputado cassado) Eduardo (Cunha, do PMDB) apenas respondeu a processo no Conselho de Ética porque mentiu no mandato. Então, há uma jurisprudência na Câmara que você responde o ato daquele mandato. Isso está meio que colocado hoje”, disse ele. Segundo Maia, que também é citado na Lava Jato, essa compreensão ainda “pode mudar” porque as “coisas têm a sua dinâmica”. (POLÍTICA / PÁG. A4)

Reformas avançam, diz Temer

O presidente Temer afirmou que “haja ou não protestos, o Brasil continuará a trabalhar”. Com o governador Geraldo Alckmin e o prefeito João Doria, Temer disse que contestações “fazem parte da democracia”. (ECONOMIA / PÁG. B5)

Sindicatos são obrigados a rever atuação com reformas

O movimento sindical comemora o 1.º de Maio com as centrais acuadas. A reforma trabalhista pode minar o poder das entidades ao acabar com o imposto sindical e estabelecer negociações internas nas empresas com mais de 200 funcionários. A Previdência é outra dor de cabeça. “O sindicalismo vai passar por momento extremamente delicado”, diz o procurador geral do Trabalho, Ronaldo Fleury. (ECONOMIA / PÁG. B4)

Maduro planeja nova constituinte

Em resposta aos protestos, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, manobra para “aprofundar a revolução bolivariana” e “chamar a constituinte comunal”. (INTERNACIONAL / PÁG. A7)

Dívida alta mantém consumo retraído (Economia/ Pág. B6)

Colunistas

Denis Lerrer Rosenfield

Acordo de reconstrução nacional não pode ser tábua de salvação para certos líderes e partidos. (ESPAÇO ABERTO / PÁG. A2)

Luís Eduardo Assis

Apesar de impopular, governo empurra para a frente reformas que poderão dar nova cara ao País. (ECONOMIA / PÁG. B2)

Cida Damasco

A recessão alimenta a fogueira do embate político em torno das reformas. (ECONOMIA / PÁG. B5)

Notas & Informações

O Tesouro e o ralo do INSS

O desastre da Previdência é indiscutível. Nenhuma arenga populista anula a evidência, mesmo a fumaça de pneu queimado em protestos. (PÁG. A3)

Continuidade institucional

A depuração da atividade política não pode ser óbice às reformas de que o País tanto necessita. (PÁG. A3)

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Folha de S. Paulo

Manchete: 71% no país são contra a reforma da Previdência

Para 64%, reforma trabalhista beneficia empresários, diz pesquisa Datafolha

Sete em cada dez brasileiros se dizem contrários à reforma da Previdência, mostra pesquisa Datafolha. A rejeição chega a 83%entre os funcionários públicos, um dos grupos mais afetados pela mudança nas regras de aposentadorias e pensões. A pesquisa foi feita na quarta e na quinta que antecederam as manifestações antirreformas ocorridas na última sexta-feira (28). A rejeição à mudança nas aposentadorias é majoritária entre todos os grupos sociodemográficos, e é mais expressiva entre jovens de 25 a 34 anos (76%) e quem tem curso superior (76%). A taxa é também mais alta entre quem ganha de 2 a 5 salários mínimos (74%). Apesar da oposição, a maioria apoia o fim de regras mais favoráveis para professores (54%), policiais (55%) e militares (58%). Quanto aos trabalhadores rurais, 52% defendem que se aposentem mais cedo. Proposta pelo governo e já alterada na Câmara, a reforma previdenciária precisa sera provada por 60% dos deputados e dos senadores. A pesquisa também mostra que 64% acham que a reforma trabalhista beneficia mais os empresários. O texto, que foi aprovado na Câmara na quinta (27) e será analisado no Senado, prevê que acordos entre patrões e empregados prevaleçam sobre a lei em alguns casos, entre outros pontos. Para 58% dos brasileiros, trabalhadores vão ter seus direitos reduzidos. O ponto mais controverso da pesquisa foi o fim da obrigatoriedade da contribuição sindical: 44% são pela extinção, enquanto 46% se declaram favoráveis à manutenção. (Mercado A11 e A14)

Celso Rocha de Barros

Sucesso da greve indica nova fase na relação entre capital e trabalho (Poder A6)

Possível delação da OAS envolve pela 1ª vez o Judiciário

Ministros do STJ foram citados nas negociações de delação premiada da OAS com procuradores da Lava Jato, relatam Bela Megale e Wálter Nunes. Segundo apurou a Folha, eles são apontados como beneficiários de recursos por favorecer a empresa. Se a delação for homologada, será a primeira a envolver o Judiciário. O número de delatores pode chegar a 50. (Poder A4)

M. Paulino e A. Jononi

Alta de Bolsonaro põe Brasil no mapa da onda de extrema direita

O crescimento expressivo das intenções de voto em Jair Bolsonaro (PSC) coloca o Brasil, pelo menos por enquanto, no mapa da onda de extrema direita. A candidatura encontra ambiente adequado na tendência conservadora de parcela significativa do eleitorado brasileiro, especialmente sobre valores e comportamento, ao longo dos últimos anos. (Poder A7)

Mathias Alencastro

Falta a Doria a ousadia de uma plataforma pós-partidária

A comparação entre Emmanuel Macron e João Doria, que passaram ao centro do palco em pouco tempo, serve para medir o alcance de seu projeto de renovação. Macron fez aposta ousada numa plataforma pós-partidária, que esvaziou as candidaturas tradicionais. Doria, porém, parece preso à contradição de se reivindicar um gestor antipolítico,embora represente um partido bem implantado. (Mundo A9)

PCC faz aliança com facção da Rocinha e ganha força no RJ

A facção criminosa paulista PCC (Primeiro Comando da Capital) se uniu à ADA (Amigos dos Amigos), segunda maior quadrilha do Rio, líder do tráfico na Rocinha e inimiga histórica do CV (Comando Vermelho). O PCC chegou a cooptar membros do CV no interior do RJ e de SP. (Cotidiano B1)

Editoriais

Leia “Os sem-teto”, sobre supersalários de servidores públicos, e “Estocar vento e luz”, acerca de ascensão das energias solar e eólica no Brasil. (Opinião A2.

Redação