Jornais do Brasil nesta segunda feira 02 de janeiro

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02 de janeiro de 2017

O Globo

Manchete: Crivella anuncia corte de gastos e mudanças no IPTU

Prefeito pretende fazer reforma tributária e criar taxa de hospedagem

Ao assumir a prefeitura do Rio, ele divulgou pacote com 79 medidas de austeridade, prometeu ajustes na máquina administrativa e incremento de programas sociais. Mas repetiu: ‘É proibido gastar’

Ao receber ontem o cargo de Eduardo Paes, o prefeito Marcelo Crivella anunciou, além de corte de gastos, uma reforma tributária. Disse que vai rever isenções, tanto de IPTU quanto de ISS, e criar taxa de hospedagem para aumentar a receita do município. Dos imóveis cadastrados hoje no Rio, só 40% pagam IPTU. Ele divulgou pacote de 79 medidas que incluem corte de 50% dos cargos comissionados e 25% dos contratos. E prometeu reduzir filas na saúde e bilhete único integrado ao metrô. Algumas das medidas dependem de aprovação da Câmara de Vereadores. (Págs. 8 a 12)

Em nome de Deus e do tio

Depois de rejeitar o rótulo de religioso na campanha, o bispo licenciado Crivella citou Deus sete vezes nos 30 minutos do discurso de posse, na Câmara, elogiou o tio Edir Macedo, fundador da Igreja Universal, e se referiu a si mesmo como pastor. (Pág. 10)

Austeridade é a promessa dos novos prefeitos

Com dificuldades financeiras, os prefeitos que tomaram posse ontem trocaram as promessas de investimentos pelo discurso de austeridade e eficiência. Em Belo Horizonte, Alexandre Kalil disse que cortará gastos e pediu “juízo” aos vereadores. O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, afirmou que há um “grande risco” de atrasar salários já em janeiro. Em Curitiba, Rafael Greca anunciou corte de 40% da máquina pública. (Págs. 3 e 4)

Em SP, cerimônia alckmista

Sem outros tucanos de peso na cerimônia, o prefeito de São Paulo, João Doria, aproveitou a posse para lançar o governador Geraldo Alckmin, seu padrinho político, candidato à Presidência em 2018: “Com Geraldo Alckmin vamos colocar o Brasil nos trilhos.” Em clima cordial, o ex-prefeito Fernando Haddad, do PT, disse que fez a transição como se Doria fosse seu irmão. (Pág. 4)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Prefeitos tomam posse com discurso contra gasto e cargos

Reduzir secretarias, contratos e gratificações também está entre as promessas

Os novos prefeitos tomaram posse ontem em meio à maior crise financeira enfrentada por municípios e Estados brasileiros nos últimos anos. Agravada pela queda na arrecadação de impostos e pelo aumento de gastos com pessoal, a situação dos governos municipais motivou discursos com promessas de corte de gastos. No Rio de Janeiro, o novo prefeito, Marcelo Crivella (PRB), anunciou diminuição no número de secretarias e de cargos de comissão. Em Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS) avisou que pretende governar abrindo mão de “gastos desnecessários” e pediu “juízo” aos vereadores também empossados ontem. “Todos somos responsáveis por essa gente desesperada”, disse. Em São Paulo, o prefeito João Doria (PSDB) não citou redução de despesas em seu discurso, mas já havia anunciado em dezembro cortes de 30% em cargos comissionados, de 15% em contratos e de 35% em despesas de custeio, além de redução no número de secretarias de 27 para 22. O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), afirmou que, diante do quadro fiscal e das “dificuldades que se apresentam”, há “grande risco” de ter de atrasar o salário do funcionalismo municipal neste ano. Em Curitiba, Rafael Greca (PMN) prometeu enxugar a máquina da prefeitura em 40% e refazer cálculos previdenciários. (POLÍTICA / PÁGS. A4 e A5)

Vera Magalhães

A hora da política

É hora de o prefeito descer do palco e apagar os refletores. Vestir o figurino do ‘João trabalhador’ nada tem a ver com antecipar o carnaval se fantasiando de gari. Tem a ver com governar, aliar gestão e boa política. Isso se fará com mais eficiência quanto menor for a estridência. (PÁG. A5)

Foto-legenda: Doria deixa privatizações para 2018

O prefeito João Doria prometeu “governar para todos” e ter “humildade” de “recuar para depois avançar” quando necessário. A venda do Anhembi, do Autódromo de Interlagos e a concessão de parques ficarão para 2018. Na Câmara Municipal, Milton Leite (DEM) foi eleito presidente. (METRÓPOLE / PÁGS. A 8 a A12)

Coluna do Estadão

‘Reforma da Previdência será aprovada no 1º semestre’

Candidato à reeleição, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, aposta que a aprovação da reforma da Previdência pelo Congresso será no primeiro semestre e representará um marco na retomada do crescimento. Para ele, a Lava Jato não atrapalhará as votações. (POLÍTICA / PÁG. A4)

Brasileiros vão para o Paraguai abrir fábricas

Em busca de custos menores, empresas brasileiras estão abrindo fábricas e gerando milhares de empregos no Paraguai. Criada em 1997 pelo país vizinho, a lei da maquila cobra apenas 1% de tributo a quem instala indústria e exporta 100% da produção. (ECONOMIA / PÁGS. B1 e B3)

Notas & Informações

A falácia dos outsiders

Aqueles que se autodenominam antipolíticos estão, na melhor das hipóteses, mal informados. (PÁG. A3)

Fundo perdido. (PÁG. A3)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Doriaprega conciliaçãoediz que recuaráquandopreciso

Ao assumir, prefeito de São Paulonão menciona crise; cordialidade marca transmissãodocargo

O novo prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB),assumiu o cargo neste domingo( 1º) com um discurso conciliador e a promessa de que, quando for “comprovadamente necessário”, irá “recuar para poder avançar”. Doria disse que sua gestão “saberá ouvir”, “terá humildade” e, embora vá priorizar os mais pobres, não discriminará ninguém. “Todos que vivem nesta cidade vão merecer o nosso respeito.” Em dois discursos, ambos de improviso, o prefeito gastou quase a metade do tempo com agradecimentos. Nada falou sobre crise econômica e reservou uma única frase para suas prioridades de governo —prometeu foco em saúde, educação, mobilidade, habitação e segurança pública. O tom cordial marcou a posse. Doria, 59, elogiou o antecessor, Haddad, 53, pela transparência na transição. O petista, que vestia uma gravata presenteada pelo tucano, afirmou que fez a transição como se fosse “com um irmão”. Os novos prefeitos pelo país assumiram com promessas de reduzir gastos. No Rio, Marcelo Crivella (PRB) anunciou cortes e sinalizou alta de impostos. Bispo licenciado da Igreja Universal, o prefeito citou o tio Edir Macedo, líder da denominação. (Cotidiano B1 )

Crise econômica afeta inovação das empresas

Com o aprofundamento da recessão, a parcela de empresas que aprimoraram produtos e técnicas em 2016 caiu de 44,9% para 37,6%, segundo a Agência de Desenvolvimento Industrial. É o menor nível desde 2010. A inovação é essencial para o aumento da eficiência e competitividade das companhias. (Mercado A11)

Homem mata a tiros ex-mulher, filho e mais dez

Um homem invadiu uma casa em Campinas (SP) e matou a tiros a ex-mulher, o filho de oito anos e mais dez pessoas durante festa de Réveillon. Depois, suicidou-se. Sidnei de Araújo, 46, travava uma batalha judicial pela guarda do filho. Além da pistola 9mm, ele portava dez explosivos. (Cotidiano B8)

Cadastro ambiental rural do governo falha em impedir desmate ilegal (B9 )

Mônica Bergamo

Fiesp projeta um impulso maior da indústria em 2017 (C2)

Ronaldo Lemos

Estados ignoram privacidade de contribuintes

Sabe qual é a importância que os governos dos Estados que implantaram programas de “nota fiscal” dão à privacidade dos dados dos cidadãos? Nenhuma. (Mercado A12)

Editoriais

Leia “Reformas sem parar”, a respeito das várias frentes de ataque do governo Temer, e “Mais perto da vitória”, acerca de vacina contra o ebola. (Opinião A2).

Redação