Jornais do Brasil nesta segunda feira 11 de setembro
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11 de setembro de 2017
Manchete: Com Joesley preso, STF deve discutir delação
Fachin acata pedido da PGR, mas mantém livre ex-procurador
Supremo pode analisar se provas continuam válidas. Maioria acha que sim
O dono da JBS, Joesley Batista, e o executivo Ricardo Saud se entregaram ontem à PF, em São Paulo, depois que o ministro do STF Edson Fachin aceitou o pedido de prisão feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Para Fachin, os dois delatores omitiram informações e poderiam comprometer a investigação. O ministro, no entanto, manteve livre o ex-procurador Marcello Miller, que teria orientado os executivos sobre a delação. Na quarta-feira, o STF pode avaliar a necessidade de discutir se as provas apresentadas por Joesley e Saud continuam válidas. A maioria dos ministros acha que sim. (Pág. 3)
Janot teve encontro com advogado da J&F
Na véspera de Joesley se entregar, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, se encontrou com o advogado do empresário em um bar. (Pág. 4)
RICARDO NOBLAT
Joesley guarda gravações inéditas para oferecer. (Pág. 2)
Risco de mais cortes de gastos
Apesar de o governo ter elevado para R$ 159 bilhões a meta de déficit fiscal de 2017, o país ainda corre o risco de sofrer mais cortes de gastos até o fim do ano, o que poderia levar à paralisação da máquina pública. A arrecadação está aquém do previsto e as incertezas com o leilão de usinas da Cemig ameaçam R$ 11 bilhões em receitas. (Pág. 19)
Greves são por atraso salarial
No ano passado, 56% das greves foram por remuneração atrasada, segundo levantamento do Dieese. Ao todo, houve 2.093 paralisações no país, a maioria pedindo o cumprimento de direitos, como salário, FGTS e verba rescisória. (Pág. 20)
Riotur distribui mapa sem favelas
Mapa da Riotur que é entregue a visitantes da cidade não mostra favelas. A empresa municipal de turismo alega que a cartografia foi feita pela gestão anterior. Nas comunidades, empreendedores reclamam. (Pág. 8)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Prisão de Joesley e Saud coloca em risco acordo de delação da J&F
Fachin decreta prisão e empresário se entrega à Polícia Federal em São Paulo junto com seu braço direito
Defesa dos executivos analisa hipótese de interromper colaboração com a Justiça
Advogado diz que Janot foi ‘desleal’
Benefícios dados aos delatores estão suspensos
Joesley Batista e Ricardo Saud se entregaram ontem à tarde à Polícia Federal em São Paulo, depois que o ministro do STF Edson Fachin autorizou a prisão temporária dos dois. O pedido foi feito pelo procurador-geral, Rodrigo Janot, e motivado por gravação em que o dono da JBS e o executivo falavam de suposta influência do exprocurador Marcello Miller na delação firmada por eles em abril. Para Fachin, há “indícios suficientes” de que ambos violaram o acordo de colaboração. Benefícios concedidos aos delatores foram suspensos. Segundo apurou o Estado, a defesa de Joesley agora analisa interromper a colaboração com a Justiça e colocar fim à delação premiada. Se isso acontecer, processos e procedimentos instaurados com base nas informações prestadas pelos delatores sofrerão prejuízos imediatos e futuros, uma vez que depoimentos deles e eventuais provas ainda são necessários em várias ações. Janot havia pedido também a prisão de Marcello Miller, negada por Fachin. (POLÍTICA / PÁGS. A4 a A10)
Empresário acreditou que escaparia ileso
Joesley Batista só chamou assessores para analisar qual atitude tomar na quarta-feira, dois dias depois de o procurador- geral, Rodrigo Janot, dizer que poderia revogar os benefícios da colaboração, revela Renata Agostini. Depois de ouvir os áudios de sua conversa com Ricardo Saud, disse não haver crime e, por isso, continuava tranquilo. Para o empresário, seu depoimento, no dia seguinte em Brasília, esclareceria os fatos, ao contrário do que pensavam o irmão, Wesley, e outras pessoas próximas. (PÁG. A6)
Conversa de bar
Janot e advogado de Joesley se encontram
Um dia antes de Joesley Batista se entregar à PF, o procurador-geral, Rodrigo Janot, se encontrou em um bar em Brasília com Pierpaolo Bottini, defensor do dono da JBS. A conversa não estava na agenda oficial do procurador. Janot e Bottini confirmam o encontro, mas dizem que não trataram de assuntos profissionais. (POLÍTICA / PÁG. A8)
Foto-legenda: Irma deixa três mortos
O furacão Irma chegou ontem aos EUA e provocou destruição na Flórida: três pessoas morreram e 2,3 milhões ficaram sem luz. (PÁG. A11)
Cida Damasco
Governo corre para fazer o que dá antes de novo ataque. (ECONOMIA / PÁG. B5)
Notas & Informações
Inflação baixa e crescimento
Mais que um resultado bonito para ser exaltado por economistas, a inflação baixa é hoje um combustível da recuperação brasileira. (PÁG. A3)
O estrago causado pelo PT
Quatro contratos geraram prejuízo de R$ 3,7 bilhões. (PÁG. A3).
Redação