Jornais do Brasil nesta segunda feira 17 de abril

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17 de abril de 2017

O Globo

Manchete: Investigados no STF podem ter penas de até 22 anos

Acusações de corrupção e lavagem de dinheiro atingem 67 políticos com foro

Outros 31 suspeitos de receber dinheiro de caixa dois, e que terão seus casos também analisados no Supremo, estão sujeitos a cinco anos de prisão. Ministros da Corte defendem força-tarefa para evitar prescrições

Do grupo de 98 políticos citados na delação dos executivos da Odebrecht e que serão investigados no Supremo Tribunal Federal (STF), 67 (68,4%) são acusados de corrupção e lavagem de dinheiro, crimes cujas penas, somadas, podem chegar a até 22 anos de prisão. Embora os processos possam durar anos, especialistas e até ministros do STF defendem a montagem de uma força-tarefa na Corte para impedir a possibilidade de prescrição nos casos relacionados à Operação Lava-Jato. (Pág. 3)

‘Padrinhos’ da Odebrecht evitavam conflitos

Para garantir paz na hora de dar propina, a Odebrecht montou um esquema no qual executivos eram escolhidos como padrinhos de políticos aliados da empresa. (Pág. 6)

FH nega pacto com Temer e Lula

Ex-presidente tucano negou ontem que participe de qualquer articulação para tentar driblar a Operação Lava-Jato. (Pág. 7)

RICARDO NOBLAT

Os que cercam Lula não se surpreendem com o teor das delações. (PÁG. 2)

Governo: crise não muda reforma da Previdência

O desgaste decorrente das delações da Odebrecht não vai atrapalhar o calendário da reforma da Previdência. Essa foi a conclusão da reunião, ontem, entre o presidente Michel Temer, ministros e parlamentares. Eles discutiram os últimos retoques no texto da reforma, que será apresentado às bancadas da Câmara amanhã de manhã. A expectativa é votar em plenário na primeira ou segunda semana de maio. (PÁG. 17)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Maioria dos inquéritos abertos pelo Supremo investigará ‘achaques’

40 dos 76 inquéritos vão apurar se políticos exigiram propina da Odebrecht

Dos 76 inquéritos abertos pelo Supremo Tribunal Federal com base nas delações da Odebrecht, 40 vão apurar se políticos não apenas aceitaram doações de campanha em troca de benefícios à empresa, como também tomaram a iniciativa de pedir propina. A lista de cobranças é variada. Há mais de um relato, por exemplo, de que agentes públicos teriam organizado cartel, ou seja, pedido às empresas que combinassem valores e participação numa licitação pública e cobrado por isso. Há casos de cobrança de propina depois de vencida a licitação e de ameaças a contratos. No Rodoanel Sul, por exemplo, teria sido pedido 0,75% do valor da obra, “sob pena de alterações contratuais prejudiciais”. Analistas dizem que definir culpados é um desafio na apuração desses crimes. Primeiro pela dificuldade de reunir provas e segundo porque a tese dos envolvidos é de que “foram obrigados” a entrar no esquema. (POLÍTICA / PÁGS. A4 a A6)

O eleitor paga a conta

Em Santa Gertrudes (SP), o prefeito Rogério Pascon (PTB), o ex-prefeito Valtimir Ribeirão (PMDB) e Lazaro da Silva, o Gino da Farmácia (PPS), são os temas mais comentados. O trio, que disputou a eleição de 2012, apareceu na delação da Odebrecht, que tem a concessão de água e esgoto da cidade e teria pago caixa 2 aos candidatos para mantê-la. Moradores reclamam do preço da conta de saneamento. (PÁG. A8)

‘Não se deve generalizar’

Ex-ministro do STF, Célio Borja alerta para delações da Odebrecht serem tomadas como “verdade absoluta”. “Generalização é salvação dos canalhas.” (PÁG. A8)

PF indicia 63 suspeitos na Operação Carne Fraca (Economia / Pág. B5)

Reforma mantém privilégio de setores na Previdência

O discurso de que a reforma da Previdência trata igualmente os trabalhadores foi posto em xeque, segundo economistas, principalmente após as últimas flexibilizações acordadas entre o governo e o relator, deputado Arthur Maia (PPS-BA). Uma série de categorias continuará a ser privilegiada com regras mais brandas. Ontem, Maia afirmou que a idade mínima de 65 anos para homens e mulheres “continua sendo o ponto mais alto da PEC”. “Nós pretendemos que assim permaneça”, disse, após se reunir com o presidente Michel Temer e ministros.(ECONOMIA / PÁGS. B1 e B4)

Colunistas

Luís Eduardo Assis

Rejeição à reforma da Previdência poderá nos deixar saudades da recessão de 2015-2016. (ECONOMIA / PÁG. B2)

Cida Damasco

Votação das reformas poderia servir para mostrar que há outras práticas para se fazer política. (ECONOMIA / PÁG. B4)

Notas & Informações

Os ganhos com o saneamento

Benefícios só serão alcançados se os administradores públicos tiverem consciência da urgência de estender a rede de saneamento básico. (PÁG. A3)

Maus conselhos

A conselheiros do CNDH não interessa discutir direitos, e sim constranger o presidente. (PÁG. A3)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Plebiscito dá superpoder ao presidente da Turquia

Cargo de premiê será extinto, e Erdogan poderá nomear juízes e aprovar Orçamento

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, venceu o plebiscito que aprovou emendas à Constituição do país e lhe assegurou mais poderes. Com 99% das urnas apuradas, o “sim” teve 51%dos votos, informa o enviado Diogo Bercito. A oposição aponta fraudes. O país trocará o parlamentarismo pelo presidencialismo. O cargo de premiê será extinto. O presidente poderá nomear juízes à mais alta corte e aprovar o Orçamento. Após a vitória, Erdogan disse que poderá propor um plebiscito para instituir a pena de morte na Turquia. Localizada entre a Europa e a Ásia, a nação de 80 milhões de habitantes é tida como estratégica no tabuleiro geopolítico da região. Por ter maioria muçulmana, mas sob um Estado secular, chegou a ser considerada modelo para um islamismo moderado. Erdogan está no poder desde 2003. Ele disse que o resultado consolida “a unidade e harmonia entre os cidadãos” e pediu que a comunidade internacional respeite o voto. (Mundo A10)

CLÓVIS ROSSI

Com plebiscito, ruiu o sonho de que país pudesse promover casamento entre islã e democracia (A11)

Repasse ilícito da Odebrecht se manteve mesmo com Lava Jato

A Odebrecht informou em delação premiada que só pôs fim aos pagamentos de propina e caixa dois mais de um ano depois do início da Operação Lava Jato. O patriarca da empresa, Emílio Odebrecht, disse aos investigadores que deu ordens para acabar com repasses ilícitos só após a prisão de seu filho Marcelo, em junho de 2015. Segundo ele, até pagamentos atrasados foram interrompidos. (Poder A4)

OAB pressiona STF a convocar juízes auxiliares para acelerar apuração (Painel A4)

Entrevistas da 2ª – Elmar Nascimento

Rezo todos os dias para não ter que cassar nenhum colega

O deputado federal Elmar Nascimento (DEM-BA), novo presidente do Conselho de Ética da Câmara, defende a Lava Jato, mas prega punição a delatores que não provarem as acusações. “A classe política vive de imagem e são irrecuperáveis essas coisas que são criadas com relação à reputação das pessoas”, afirma. (Pág. A16)

Idade mínima da aposentadoria deve subir a cada 2 anos

As idades mínimas de aposentadoria começarão em 50 anos (mulher) e 55 anos (homem) e subirão a partir de 2020, segundo mudanças acertadas entre o governo e o relator da reforma da Previdência na Câmara. A cada dois anos, o piso aumentará um ano para homens e um ano e meio para mulheres. Chegará a 65 anos em 2038. (Mercado Pág. 4)

Nelson Barbosa

Corte de gastos ameaça retomada da economia

Alexandre Schwartsman criticou, com a virulência que marca suas arengas semanais, minha posição contra o corte de despesas do governo. Não sei se o colunista comete pós-verdades por ignorância ou má-fé. (Mercado Pág. 4)

Embaixada do Brasil cria plano de fuga da Coreia

Com a escalada da tensão entre EUA e Coreia do Norte, a Embaixada do Brasil na Coreia do Sul criou plano de fuga para, em caso de guerra, retirar 1.200 brasileiros que vivem no país, relata o enviado Alencar Izidoro. “O plano está pronto. Mas tranquilize os parentes. O clima em Seul está normal”, diz o embaixador Luís Fernando Serra. (Mundo A13)

Editoriais

Leia “CLT, século 21”, acerca de modernização das leis trabalhistas, e “Bilhete de ida e volta”, sobre aumento de tarifa de transporte em São Paulo. (Opinião A2).

Redação