Jornais do Brasil nesta sexta feira 01 de setembro
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01 de setembro de 2017
O Globo
Manchete: Joesley pagou por silêncio, afirma operador do PMDB
Informação de Funaro vai reforçar nova denúncia de Janot contra Temer
Dono da JBS entrega à PGR mais áudios e dados da delação que envolve o presidente; Lava-Jato estuda pedir ao Supremo, ao apresentar a segunda denúncia, o fim do sigilo sobre a colaboração do doleiro
O doleiro Lúcio Bolonha Funaro, operador financeiro do PMDB que fechou acordo de delação premiada, confirmou ter recebido dinheiro de Joesley Batista, dono da JBS, para permanecer em silêncio e não revelar o que sabe do esquema de corrupção. A informação deverá ser usada pelo procurador- geral da República, Rodrigo Janot, para reforçar a nova denúncia que será apresentada ao STF contra o presidente Temer. Joesley entregou à PGR novos áudios e documentos da delação. (Págs. 3 a 5)
NELSON MOTTA
Punir corruptos é necessidade, e não moralismo. (Pág. 13)
CLEO GUIMARÃES
Presa em casa, Adriana Anselmo recebe drinque do Antiquarius. (Segundo Caderno)
MERVAL PEREIRA
As idas e vindas da Justiça que poderão favorecer Lula. (Pág. 4)
Turismo no Rio terá campanha
Divulgação do estado será foco da Embratur
O presidente da Embratur, Vinícius Lummertz, anunciou ontem, durante o seminário “Reage, Rio!”, que o estado será o foco da divulgação internacional do turismo brasileiro. A campanha deve fazer com que a arrecadação com o turismo fluminense passe de R$ 11,2 bilhões para R$ 45 bilhões anuais, disse. O empresário Roberto Medina defendeu um calendário com 150 eventos. No último dia do “Reage, Rio!“ também foram debatidas políticas públicas e ética. (Pág. 7)
AGU defende socorro ao estado (Pág. 9)
Governo recua e adia fim da reserva
Após polêmica provocada pela liberação, por decreto, de área na Amazônia para mineração, o governo decidiu suspender por 120 dias os efeitos da medida. O objetivo, segundo o Planalto, é promover um “amplo debate” com a sociedade. (Pág. 15)
Desemprego cai para 12,8%
Por causa do aumento de vagas de trabalho informal, a taxa de desemprego caiu a 12,8% no trimestre encerrado em julho. Analistas preveem recuo para 12% no fim do ano. (Pág. 16)
Editorial
‘Ensinamentos da OMC ao Brasil’ (Pág. 12)
Ensino superior fica estagnado (Pág. 24)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Frustração de receita atinge R$ 38,5 bi e põe em risco meta fiscal
Valor se refere aos sete primeiros meses; para todo o ano de 2017, governo federal prevê uma perda de arrecadação de no máximo R$ 50 bilhões
A frustração de receitas previstas pelo governo torna mais difícil e pode pôr em risco o cumprimento da meta fiscal do ano. De janeiro a julho foram arrecadados R$ 38,5 bilhões a menos de impostos e contribuições federais em relação ao programado no Orçamento, segundo dados do Tesouro. Nos cálculos para chegar à nova meta fiscal, que prevê déficit de R$ 159 bilhões em 2017 – valor que ainda depende de aprovação no Congresso –, o governo estimou frustração de receitas de R$ 50 bilhões para o ano inteiro. Ou seja, 80% do total já se confirmou até julho. Com as dificuldades em conseguir apoio no Congresso para aprovação de medidas de contenção de gastos e aumento de receitas, esse desempenho ruim sinaliza que a nova meta já está muito apertada. O TCU alerta que, mesmo que seja aprovada, o risco de descumprimento permanece. (ECONOMIA / PÁG. B1)
Governo recua e abre debate sobre extinção de reserva
O governo suspendeu ontem a permissão para atividades de mineração na Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), localizada entre o Pará e o Amapá, na Amazônia. Agora, o tema será aberto para debate com a sociedade por 120 dias. A medida, porém, não revoga o decreto que extingue a área de proteção, alvo de protestos de entidades ambientais. (METRÓPOLE / PÁG. A14)
Para defensor de Lula, condenação é inevitável
Geoffrey Robertson, britânico contratado para representar o ex-presidente Lula na ONU, chamou a Justiça brasileira de “totalmente parcial” e disse que não há mais recursos possíveis para o petista no País. “Temos de ir às instâncias internacionais, onde há Justiça verdadeira”, afirmou. Lula foi condenado por Sérgio Moro a 9 anos e 6 meses no caso do triplex do Guarujá. (POLÍTICA / PÁG. A5)
‘Quero ser presidente do povo brasileiro’
Governador Geraldo Alckmin fez a declaração em evento, ontem. No PSDB há consenso de que dificilmente ele deixará de ser candidato. (PÁG. A4)
Acordo com Petrobrás renderá R$ 7 bi à União
Processos envolvendo a petroleira somam R$ 68,3 bilhões, mas o valor cairá se a empresa concordar em desistir das disputas judiciais com a Receita Federal. (ECONOMIA / PÁG. B3)
Foto-legenda: Nas mãos de Fachin
Após ajustes na Procuradoria, a delação de Lúcio Funaro voltou para o ministro do STF Edson Fachin (à esq., com Luís Roberto Barroso), ontem. O procurador-geral, Rodrigo Janot, deve usar o material na nova denúncia contra Temer. Também foram entregues anexos da delação dos executivos do grupo J&F. (POLÍTICA / PÁGS. A6 e A7)
Assembleia decide hoje se Wesley fica na JBS (Metrópole / Pág. B12)
Universidades particulares perdem alunos
Faculdades privadas tinham 6,05 milhões de alunos no ano passado, 16,5 mil menos do que em 2015. É a primeira queda em 25 anos, segundo o Censo da Educação Superior 2016. Governo e especialistas atribuem redução à crise e às mudanças no Fies. (METRÓPOLE / PÁG. A12)
Colunistas
Eliane Cantanhêde
“Árvore podre não dá bom fruto”, diz ministro. Políticos só falam nos frutos, mas a sociedade se une para derrubar essa árvore. (POLÍTICA / PÁG. A6)
Celso Ming
A diferença entre TJLP e TLP não é apenas o sumiço de um J. Essa matéria produzirá impacto sobre seu bolso. (ECONOMIA / PÁG. B2)
Notas & Informações
Assombração
Há um ano, o Brasil se livrava de Dilma Rousseff. Se o Brasil deu sorte, o mesmo não se pode dizer de seu partido, o PT. Dilma é um ativo tóxico em qualquer palanque. (PÁG. A3)
Irresponsabilidade fiscal
A crise não comove os deputados estaduais paulistas. (PÁG. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete : Joesley leva à Procuradoria novos áudios com políticos
Delatores da JBS entregaram planilhas com detalhes de supostas propinas
O empresário Joesley Batista, da JBS, entregou novos áudios de conversas que teve com políticos para a Procuradoria-Geral da República, informa Mônica Bergamo. Ele tinha atê ontem para complementar seu acordo de delação, com provas que confirmem os depoimentos. O prazo pode ser prorrogado pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF.
Para evitar ser acusado de omissão, Joesley decidiu revisar todas as conversas gravadas, arquivadas em seu computador, e encaminhar à Procuradoria qualquer diálogo que possa indicar crime. De posse do aparelho usado por Joesley para gravar conversa com Michel Temer, a Polícia Federal passou a recuperar diálogos apagados, que também estariam no computador do empresário.
Além da ação de Joesley, delatores da JBS entregaram novas planilhas com detalhes de supostas propinas para 1.081 políticos, por meio de caixa um e de caixa dois. Os alvos das denúncias explorarão o fato de só agora, mais de três meses após a eclosão do escândalo, terem sido apresentadas gravações feitas antes do acordo de delação, relata o Painel. (Poder A4)
Sigilo deve atrasar a nova denúncia contra o presidente
O envio à Câmara da segunda denúncia contra Michel Temer, a ser feita pelo procurador-geral, Rodrigo Janot, deverá atrasar porque o STF tende a discutir a retirada ou não do sigilo de informações do processo.
O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato, deve levar a questão para análise do plenário da corte. (Poder A4)
Justiça barra voto de família Batista em reunião da JBS
A Justiça Federal de São Paulo concedeu liminar que impede representantes dos irmãos Batista, donos da JBS, de votar na assembleia da empresa marcada para hoje. Caixa e BNDESPar, acionistas minoritários, defendem o afastamento de Wesley Batista da presidência.
A família tentará a cassação da decisão. (Mercado A16)
Ministro negociou venda de cargo no PR, afirma delator
Um delator ligado a desvios de verba pública no Paraná diz que negociou com o hoje ministro da Saúde, Ricardo Barros, compra de cargo no governo do Estado por R$ 15 mil mensais. A reunião teria ocorrido em 2015. Barros nega a acusação e diz que seu nome não ê citado na investigação. (Poder A6)
Pressão chavista sobre a imprensa cresce na Venezuela
Nos últimos dias, a ditadura venezuelana voltou a atacar e usar subterfúgios legais para impedir a operação de rádios, TVs e jornais críticos a Nicolás Maduro. Levantamento de ONG mostra que este ê o pior ano para a imprensa do país desde a ascensão do chavismo ao poder, em 1999. (Mundo A9)
Vagas no trabalho formal param de cair, e desemprego no país diminui (Mercado A13)
Em novo recuo, Temer suspende ações em reserva
Depois de ter feito mudanças em decreto, Michel Temer recuou de novo e decidiu paralisar todos os procedimentos para exploração mineral na Renca (área de reserva na Amazônia). O governo diz que fará debate sobre as alternativas para a proteção da região. (Ciência B7)
Matrículas feitas no ensino superior têm estagnação
Em 2016, o número de alunos matriculados no ensino superior foi quase igual ao de 2015 — subiu somente 0,2%.É o pior cenário desde 2006, quando o total de estudantes passou a crescer em média 6% ao ano. Crise e enxugamento do Fies impactaram o resultado. (Cotidiano B6)
Em 16 anos, 1 em cada 5 municípios brasileiros encolheu
Uma em cada cinco cidades brasileiras teve perda na população de 2001 atê 2017, de acordo com dados do IBGE. Entre os atuais 310 municípios com mais de 100 mil habitantes, porém, somente três registraram queda: Ilhéus (BA), Foz do Iguaçu (PR) e Lages (SC). (Cotidiano B4)
Editoriais
“13 anos no Haiti”, sobre fim de participação brasileira em missão da ONU, e “Revés comercial”, acerca de condenação sofrida pelo país na OMC. (Opinião A2).
Redação