Jornais do Brasil nesta sexta feira 10 de março
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10 de março de 2017
O Globo
Manchete: Governo pode desistir de idade mínima progressiva
Proposta original prevê aumentar, no futuro, exigência de 65 anos
Equipe econômica estuda abrir mão de gatilho automático que adiaria aposentadoria à medida que população envelhecesse. Regras de transição também podem ser alteradas na negociação com o Congresso
Para avançar com a reforma da Previdência no Congresso, o governo já estuda, nos bastidores, abrir mão da regra que cria um gatilho automático para elevar a idade mínima. Pela proposta original, a exigência de 65 anos para se aposentar seria progressivamente elevada à medida que a população brasileira envelhecesse. As regras de transição, que só contemplam os trabalhadores com mais de 50 anos (homens) e 45 anos (mulheres), também poderiam ser revistas, para incluir os mais jovens, informam GERALDA DOCA e BÁRBARA NASCIMENTO. Mas, neste caso, haveria um endurecimento nas exigências para os mais velhos, que também teriam de cumprir idade mínima. O governo cogita, ainda, recuar nas mudanças propostas para os benefícios assistenciais. (Pág. 19)
Confissões presidenciais
À “Economist”, Temer disse que prefere “ser impopular do que populista”, e que foi prematura a sua aposentadoria aos 55 anos. (Pág. 19)
Bancada da bala tenta desfigurar estatuto
A bancada da bala tentará aprovar nos próximos dias um projeto que desfigura o Estatuto do Desarmamento. O texto libera o porte de armas a qualquer pessoa acima de 21 anos, entre outras medidas. Para a especialista Ilona Szabó, a aprovação do projeto fará explodir a violência. (Pág. 6)
Plano é anistiar crime em doação
Após o STF decidir que doação oficial não legaliza propina, cresce entre os parlamentares um movimento para anistiar os crimes cometidos através de financiamento eleitoral. (Pág. 3)
Temer tenta ficar bem com elas
Depois de ser criticado por afirmar, no Dia Internacional da Mulher, que ela é mais “capaz” de saber preços do supermercado, o presidente Michel Temer tentou ontem consertar o malsucedido improviso e ressaltou que as mulheres devem ter “direitos iguais em casa e no trabalho”. Temer completou o dia prometendo ir à Oktoberfest para beber “três canecas de cerveja”. (Pág. 4)
MÍRIAM LEITÃO
Presidente acredita que mulher é para criança, casa e compras. (Pág. 20)
ZÉLIA DUNCAN
Feminismo é reação a um mal que justifica violências diárias. (SEGUNDO CADERNO)
Antes da prisão, leva de diamantes
Dois meses antes de ser preso, Sérgio Cabral comprou US$ 1,05 milhão em diamantes. Ontem, o Ministério Público Federal pediu ao STJ que arquive a investigação sobre o governador Pezão. (Pág. 4)
GENTE BOA
Ex-secretário: esquema envolvia 120 empresas. (SEGUNDO CADERNO)
Enem será em 5 e 12 de novembro
Estudantes e educadores aprovam as mudanças no Enem, que a partir deste ano será feito em dois domingos consecutivos, com a redação no primeiro dia. (Pág. 28)
Pesquisador acusa governo
Diretor do Instituto Evandro Chagas diz que a União e Minas Gerais sabiam desde setembro da morte de macacos, mas não iniciaram vacinação. (Pág. 29)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Sem mudar Previdência, País ficará insolvente, diz Meirelles
Ministro afirmou que reforma não tem ‘plano B’; para relator na Câmara, da forma que está PEC não passa
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse ontem que “não há espaço” para negociar flexibilização da proposta de reforma da Previdência em análise no Congresso. Ao participar do evento Fóruns Estadão, no auditório do Estado, Meirelles afirmou que o governo “não tem um plano B” e o País caminhará para a “insolvência” caso a proposta seja rejeitada ou alterada de forma substancial pelo Legislativo. O relator da proposta de emenda à Constituição (PEC), deputado Arthur Maia (PPS-BA), disse que, na forma que está, o projeto não passa na Casa. Ele fala em mudanças na regra de transição para quem está no mercado de trabalho há mais tempo e anunciou emenda para impedir que aposentados de estatais continuem trabalhando. Maia afirmou já ter alertado Meirelles sobre a necessidade de mudanças no projeto. “Vamos tentar construir um texto que seja bom para todos os trabalhadores”, disse. (ECONOMIA / PÁGS. B1 e B3)
Líder afirma não ter maioria na Câmara
O deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES) admitiu não haver maioria para aprovação da reforma da Previdência em dois turnos, mas que o esforço é para construir um caminho que leve aos 308 votos necessários. (PÁG. B3)
Governo recusa proposta da OAS de acordo de leniência
O Ministério da Transparência recusou proposta da OAS de acordo de leniência com o governo, informa Fábio Fabrini. A pasta concluiu que a empresa deixou de apresentar provas de esquemas de corrupção na Petrobrás e em outros órgãos federais – um dos requisitos legais para entendimento. Com isso, mandou reabrir processo de responsabilização que pode resultar na declaração de inidoneidade da empresa e na proibição de participar de licitações. Em dificuldades financeiras, a OAS está em processo de recuperação judicial. (POLÍTICA / PÁG. A4)
Lula perde ação contra Moro
A 4ª Seção do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, rejeitou por unanimidade a queixa-crime ajuizada pela defesa do ex-presidente Lula contra o juiz federal Sérgio Moro. (PÁG. A6)
MEC muda Enem e acaba com ranking
O MEC anunciou ontem mudanças no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Prova será aplicada em dois domingos seguidos, 5 e 12 de novembro, e não haverá mais ranking de escolas. As inscrições serão de 8 a 19 de maio. (METRÓPOLE / PÁG. A14)
Cabral bancava até ex-sogra com propina
Oex-governador Sérgio Cabral (PMDB) usava dinheiro de esquema de corrupção para pagar as despesas pessoais até da ex-sogra, além de aulas de equitação de um dos filhos na Hípica do Rio. Dados são de planilhas apreendidas pela Operação Eficiência, agora decodificadas pelo Ministério Público Federal. (POLÍTICA / PÁG. A6)
Colunistas
Eliane Cantanhêde
Se políticos estavam desesperados por causa do caixa 2, entram em pânico com o próprio caixa 1. (POLÍTICA / PÁG. A6)
Celso Ming
Entra governo, sai governo e sempre se quer resolver problemas com aumento da carga tributária. (ECONOMIA / PÁG. B2)
MP quer anular regra de bagagens em voos (Economia/ Pág. B20)
Notas & Informações
Sinais de reação da indústria
O volume produzido foi 1,4% maior que o de um ano antes. Foi o primeiro dado positivo, nesse tipo de confronto, após 34 meses consecutivos de resultados em vermelho. (PÁG. A3)
Verdades que têm de ser ditas
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, não podia ser mais claro sobre a reforma da Previdência ao dizer que “não é objeto de decisão, é uma necessidade”. (PÁG. A3).
Redação