Jornais do Brasil nesta sexta feira 14 de abril

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14 de abril de 2017

O Globo

Manchete: Sindicalismo de resultado

Emílio Odebrecht relata até ajuda de Lula contra greve nos anos 70

Delator diz que deu R$ 1 milhão a Paulinho, da Força Sindical, em troca de assessoria a empreiteira sobre sindicalistas; ex-presidente afirma que quem pediu dinheiro em nome dele deveria ser preso

Além de relatar pagamento de despesas pessoais de Lula, mesada para um irmão e contribuições para um filho do ex-presidente, os donos da Odebrecht delataram à Lava- Jato que tiveram ajuda dele no movimento sindical. “Ele (Lula) criou as condições para que eu pudesse ter uma relação diferenciada com os sindicatos”, contou Emílio Odebrecht, ao revelar que conheceu o petista no fim da década de 70 e que o então sindicalista do ABC Paulista o ajudou a conter greve de empregados da construtora na Bahia. O empreiteiro disse que sempre apoiou Lula, inclusive financeiramente, e que contribuiu com a famosa “Carta ao Povo Brasileiro”, na vitoriosa campanha de 2002. Presidente da Força Sindical, o deputado Paulo Pereira da Silva (SDSP), o Paulinho, ajudou a empreiteira, segundo um ex-executivo da Odebrecht, a enfrentar movimentos sindicais em troca de apoio financeiro da empresa. (Págs. 3 e 4)

Acusados de caixa 2 traçam estratégia contra processos

Parlamentares investigados apenas por caixa dois eleitoral tentarão negociar uma saída jurídica que evite condenação na Lava-Jato. Conhecido como suspensão condicional do processo, o mecanismo livrou o ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira de punição pelo mensalão. (Pág. 9)

Colunistas

MERVAL PEREIRA

Lula começa a jogar o ex-ministro Palocci às feras. (Pág. 4)

MÍRIAM LEITÃO

Corrupção era para ser vantagem, mas engoliu a empresa. (Pág. 22)

ANCELMO GOIS

Empreiteira dá adeus à capital federal. (Pág. 14)

CARLOS THADEU

Resta ao Planalto e ao Congresso trabalhar pelas reformas. (Pág. 8)

JOAQUIM FALCÃO

Estratégia da defesa passa de advogados para políticos. (Pág. 7)

LYDIA MEDEIROS

Delações da OAS voltarão a sacudir o mundo político. (Pág. 2)

RAUL VELLOSO

É preciso saída para que as reformas avancem. (Pág. 8)

Odebrecht pagou R$ 120 milhões a Cabral e Pezão (Pág. 6)

Picciani teria recebido R$ 5,4 milhões (Pág. 7)

Alckmin pediu caixa dois, diz ex-executivo (Pág. 4)

Delator: Accioly intermediou para Aécio (Pág. 5)

Paes recebeu para campanha, diz Benedicto (Pág. 7)

No jogo da propina, PT é Fla, DEM é Flu (Pág. 12)

Relator inclui demissão por acordo

O relatório final da reforma trabalhista inclui a demissão por acordo. A multa de 40% e o aviso prévio caem à metade e o saque do FGTS fica limitado a 80%. O demitido perde o direito ao seguro-desemprego. (Pág. 23)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: 40% dos inquéritos de Fachin vão apurar propina em obras

Políticos teriam pedido à Odebrecht R$ 195 milhões em troca de contrapartida’, ‘ajuste de mercado’ ou ‘apoio’

Entre os 76 inquéritos abertos no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo ministro Edson Fachin, 31 – ou 40,8% – tratam de cobrança de propinas. Pelos depoimentos dos executivos e ex-executivos da Odebrecht, esses pedidos somaram pelo menos R$ 194,8 milhões e foram feitos em troca de “contrapartidas”, “ajustes de mercado” ou “apoio”. Parte das cobranças atribuídas a políticos não envolvia valores fechados, mas participações porcentuais, que teriam variado de 0,55% a 5% do valor dos contratos conseguidos pela empreiteira. A campeã em pedidos de propina, segundo os inquéritos, é a obra da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia: foram citados seis pedidos, que somam R$ 82,5 milhões – 98% do total da Região Norte. (POLÍTICA / PÁGS. A4 a A11)

Venda de MPs

Será apurado repasse de R$ 7 milhões a Eunício Oliveira, Rodrigo Maia e mais três parlamentares em troca de aprovação de medidas provisórias. (PÁG. A7)

Odebrecht ajudou na ‘Carta aos brasileiros’ (Pág. A6)

Temer diz que jamais fez negócio escuso (Pág. A4)

Delator cita propina a Serra em metrô (Pág. A10)

Nem ‘bancada ética’ escapa de inquéritos (Pág. A11)

Cuba suspende envio de médicos para o Brasil

O governo de Cuba suspendeu o envio ao Brasil de 710 profissionais do Programa Mais Médicos. A decisão é uma reação ao pedido que 88 médicos cubanos estão fazendo à Justiça para continuarem no Brasil e não voltar a Cuba. (METRÓPOLE / PÁG. A15)

Reforma é fundamental para ajuste, diz Padilha

A reforma da Previdência já está nas contas do mercado e é fundamental para o ajuste fiscal. A afirmação é do ministro Eliseu Padilha, da Casa Civil. “O trabalho para a aprovação é feito ‘homem a homem’”, disse. (ECONOMIA / PÁG. B1)

Eliane Cantanhêde

Não sobra pedra sobre pedra, mas Lula tinha cartão pré-pago milionário fora de campanha. (POLÍTICA / PÁG. A6)

Notas & Informações

Os juros e o jogo de poder

Se predominar na Praça dos Três Poderes a irresponsabilidade, será preciso compensá- la com aperto monetário. O Copom é importante, mas a responsabilidade é de todos. (PÁG. A3)

Novos tempos

Sem a Suíça, Lava Jato desagradaria a quem espera justiça. (PÁG. A3).

Redação