Jornais do Brasil nesta sexta feira 17 de maio
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O Globo
Manchete: Tensão política e economia fraca levam dólar a R$ 4
Investidores temem que desarticulação do governo impeça reformas
Na maior cotação desde setembro, o dólar comercial foi ontem a R$ 4,035, impulsionado pelos sinais de fragilidade na recuperação econômica e pelo temor de investidores de que a desarticulação política atrapalhe a aprovação de reformas, sobretudo a da Previdência. A Bolsa caiu 1,75% e fechou aos 90 mil pontos, menor patamar do ano, também puxada pela queda das ações da Vale depois de alerta sobre ameaça de rompimento de barragem. A pressão sobre o governo após os atos contra o bloqueio de verbas também pesou na cotação do dólar. (Página 17)
MP investiga parentes de ex-mulher de Bolsonaro
Nove parentes de Ana Cristina Valle, ex-mulher de Bolsonaro, tiveram os sigilos quebrados na investigação sobre o gabinete de Flávio Bolsonaro. Alguns foram nomeados por Jair Bolsonaro e depois por seu filho. Flávio e Ana Cristina não comentaram. Para o presidente, a investigação visa atingi-lo: “Não vão me pegar”. (Página 6)
Aéreas criaram fundo de caixa 2, diz dono da Gol
Henrique Constantino disse em delação que sua empresa, a Gol, junto com TAM (hoje Latam), Azul e Avianca, criou fundo de R$ 2,5 milhões para caixa dois de parlamentares, informa Aguirre Talento. A ideia teria sido do presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas, Eduardo Sanovicz. Ele nega. (Página 4)
Após 17 dias no cargo, presidente do Inep é demitido
O presidente do Inep, Elmer Vicenzi, foi demitido do cargo que exercia desde 29 de abril. Ele é o segundo exonerado este ano da autarquia, responsável pelo Enem. Vicenzi se envolveu em polêmica com a área jurídica após pedido do MEC para usar dados sigilosos de alunos na emissão da carteira estudantil. (Página 24)
UFRJ acha no Rio vírus ‘primo’ do chicungunha
Cientistas da UFRJ descobriram novo vírus em circulação no Estado do Rio, o mayaro, que causa doença com sintomas semelhantes aos da chicungunha, informa Ana Lucia Azevedo. O vírus pode ser transmitido também pelo pernilongo comum (Culex), além do Aedes. (Página 25)
Dispensa de temporários é a maior em 7 anos (Página 19)
Bicheiros são condenados em 2ª instância (Página 13)
Flavia Oliveira
Comprar briga com estudantes é erro político (Página 3)
Miriam Leitão
Para relator, reforma agora é dos deputados (Página 18)
Merval Pereira
Liderança de centro hoje é fundamental (Página 2)
Editorial
Não se governa por meio de confrontos (Página 2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: ‘Venham para cima de mim. Não vão me pegar’, diz Bolsonaro
Presidente reage a investigações do Ministério Público do RJ, que obteve a quebra de sigilo bancário de seu filho Flávio e do ex-assessor Fabrício Queiroz
Jair Bolsonaro classificou como “esculacho” as investigações do MP-RJ sobre o filho Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e disse que colocará seu sigilo bancário à disposição. “Querem me atingir? Venham pra cima de mim. Querem quebrar meu sigilo, eu sei que tem de ter um fato, mas eu abro o meu sigilo. Não vão me pegar”, afirmou. O MP-RJ obteve na Justiça a quebra de sigilo bancário e fiscal de Flávio, de Fabrício Queiroz e de outras 93 pessoas e empresas, entre elas oito ex-funcionários de Jair Bolsonaro. Em dezembro, relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), revelado pelo Estado, apontou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em conta de Queiroz. Uma das transações é um cheque de R$ 24.mil para Michelle Bolsonaro. O presidente criticou os atos contra cortes nas verbas para educação e disse que não fará concessões em nome da governabilidade. “Querem um presidente vaselina para agradar a todo mundo? Não vai ser eu.” (Política / Pág. A4)
Verba nas mãos do Congresso
Se o Congresso não aprovar a liberação de crédito de R$ 248,9 bilhões, o governo corre o risco de ficar sem dinheiro para pagar benefícios como Bolsa Família, (Pág. A10)
Queiroz fez saques de R$ 661 mil em 18 meses, aponta Coaf
As movimentações em dinheiro, consideradas atípicas, ocorreram entre janeiro de 2016 e junho de 2018 e foram detectadas pelo banco em que Fabrício Queiroz é correntista, segundo relatório do MP. As informações foram anexadas ao pedido de quebra de sigilo bancário e fiscal de Queiroz, de Flávio Bolsonaro e de outras 93 pessoas e empresas, (Pág. A8)
Histórias de quem está na fila do desemprego
O desemprego se espalha no País e pelo menos 25% dos 13,387 milhões de vítimas da crise no mercado de trabalho no primeiro trimestre já estão há dois anos ou mais na batalha por uma oportunidade. Segundo o IBGE, na comparação com o último trimestre de 2018, a taxa de desemprego subiu em 14 unidades da Federação. No posto de atendimento do Brás (foto), desempregados dizem que topam qualquer desafio para trabalhar. (Economia / Pág. B4)
Cientista brasileira cria ‘caneta’ que detecta células cancerosas
A cientista Livia Schiavinato Eberlin, 33 anos, desenvolveu um dispositivo, na forma de caneta, que detecta células cancerosas. Brasileira, formada em química na Unicamp, ela chefia laboratório da Universidade do Texas, informa Fabiana Cambricoli. (Metrópole/ Pág. A13)
TRF nega recurso e juiz manda prender Dirceu
O TRF-4 recusou recurso de José Dirceu e juiz de Curitiba determinou que o ex-ministro se apresente para cumprimento da pena de 8 anos e 10 meses de prisão na Lava Jato. Defesa disse que Dirceu se entregará hoje. (Política / Pág. A10)
Fernando Gabeira
Moro entrou no governo para completar seu trabalho. A Lava Jato dependia de leis. Agora, corre risco de retrocesso.(Espaço Aberto / Pág. A2)
Pedro Doria
Não foi a esquerda tradicional que deu volume às recentes passeatas pela educação. Foi a turma do Twitter. (Economia / Pág. B9)
Notas & Informações
Hostilidade como método
Jair Bolsonaro tem agido cada vez mais como líder de facção, e não como presidente da República. Tem contribuído para transformar debates importantes em briga de rua (Pág. A3)
Alerta ao próximo presidente
Má notícia para quem assumir a Presidência em 2023: só em 2026 sobrará dinheiro. (Pág. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Verba livre de universidade retrocede a nível pré-2009
Custeio e investimento caem desde 2014 nas federais, alvo de cortes do governo
Com o bloqueio de despesas promovido pelo governo Jair Bolsonaro (PSL), as verbas de livre manejo nas universidades federais retrocederam ao patamar de uma década atrás. O contingenciamento de 30% dos recursos repassados pelo Tesouro reduziu o montante disponível para o custeio e os investimentos dessas instituições a R$ 5,2 bilhões neste ano. Trata-se, de longe, da menor cifra em valores corrigidos pela inflação desde 2008. Nessa época, o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dava os primeiros passos em programa de expansão do ensino superior, que aumentou o número de universidades e seus gastos.
De 54 estabelecimentos para atuais 68, os desembolsos obrigatórios (como salários e aposentadorias) saltaram de atualizados R$ 22,8 bilhões em 2007 para R$ 38,1 bilhões orçados neste ano. Um aumento real de 66,8%, bem superior ao crescimento do gasto não financeiro total do governo. O número do docentes subiu de 56,8 mil para 95,8 mil. Nos EUA, Bolsonaro voltou a ironizar os protestos, criticou a imprensa e declarou que os cortes não são apenas na educação, mas em todas as áreas. “Não tem dinheiro.” (Cotidiano B1 e B2)
Mais um presidente do Inep, responsável pelo Enem, deixa o cargo (Página B3)
Dólar fecha acima de R$ 4 pela 1ª vez desde outubro
O dólar fechou o dia ontem acima dos R$ 4, no maior patamar desde 1° de outubro, quando a disputa eleitoral concentrava as atenções dos investidores. A Bolsa fechou em queda de 1,74%, aos 90.024 pontos, o menor nível neste ano. Para analistas, o otimismo tem dado lugar à preocupação com o acirramento de ânimos e o afastamento do governo de uma agenda liberal. (Mercado A17)
Esquerda posta mais sobre ensino e puxa o centro
Ferramenta da Folha que acompanha o debate político no Twitter aponta que usuários mais à esquerda postaram o triplo de mensagens sobre educação em relação aos que estão à direita. Os de centro tenderam a retuitar mais mensagens da esquerda. (Poder A10)
‘Não vão me pegar’, diz presidente sobre sigilo
Jair Bolsonaro disse ontem nos EUA que as investigações que avançam sobre seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), são feitas para atingi-lo. Como mostrou a Folha, a quebra de sigilo atinge ao menos cinco ex-assessores do presidente. Segundo Bolsonaro, as apurações visam prejudicar o seu governo. “Querem me atingir? Venham pra cima de mim”, afirmou. (Poder A8)
Coaf aponta operações suspeitas de ministro do Turismo
Relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) aponta operações atípicas em contas bancárias pertencentes ao ministro Marcelo Álvaro Antônio. Segundo o órgão, Álvaro Antônio, pivô das investigações sobre candidaturas de laranjas do PSL, movimentou R$ 1,96 milhão de fevereiro de 2018 a janeiro de 2019. O documento anota que, no período analisado, o titular do Turismo tinha como rendimento registrado apenas o seu salário como deputado federal, de R$ 22,1 mil. O registro das movimentações foi enviado para a Procuradoria-Geral da República. Agora, segue para Minas, onde há apurações sobre as candidaturas de fachada. Em nota, Álvaro Antônio diz que coloca à disposição das autoridades seus sigilos bancário e fiscal e que as movimentações têm lastro legal e foram declaradas. (Poder A4)
Venezuela e OMC isolam Brasil dentro dos BRICS
Apenas o Brasil reconhece o governo de Juan Guaidó. Com relação à reforma da Organização Mundial do Comércio, o país foi o único a não rechaçar a proposta dos EUA para mudar o tratamento diferenciado de nações em desenvolvimento. (Mundo A15)
Tribunal ordena que José Dirceu se entregue à polícia até esta tarde (Poder A13)
Diretores mandam recado a Bolsonaro em ‘Bacurau’ (Pág. C6)
Renan Pieri
O problema é que gastamos mal
Ministro Abraham Weintraub erra ao colocar dilema entre educação básica e superior. O país tem destinado mais recursos à área. A questão é como gastamos. (Cotidiano B1)
Professor de economia do Insper
Reinaldo Azevedo
Impeachment de Jair Bolsonaro entra no radar (Poder A12)
Editorial (A2)
Idiotia inútil
Sobre atos pela educação e ataques de Bolsonaro.
Cortina de fumaça
Acerca de proposta para reduzir taxação do cigarro.
Redação