Jornais do Brasil nesta Sexta Feira 27 de Maio
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27 de maio de 2016
O Globo
Manchete : Cargos de confiança consomem 35% da folha
Custo de 346 mil comissionados chega a R$ 3,5 bi por mês, diz TCU
Levantamento inclui apenas Executivo, Legislativo e Judiciário federais; em 65 dos 278 órgãos analisados pelo tribunal, número de servidores em funções de chefia passa de 50% do total
O Brasil gasta R$ 3,47 bilhões por mês com 346 mil ocupantes de cargos de confiança e comissionados, revela relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) obtido por LUIZA SOUTO. O levantamento foi feito apenas em órgãos da administração pública federal, incluindo Executivo, Legislativo e Judiciário. O gasto com os comissionados chega a 35% de toda a folha de pagamento do funcionalismo da União, que é de R$ 9,6 bilhões mensais. De 278 órgãos federais, 65 deles têm mais de 50% do quadro de pessoal ocupado por integrantes de cargos de confiança. O PT é o partido com mais filiados no governo. Mas há proporcionalmente mais comissionados nos poderes Legislativo (onde eles representam 60,9% do total de despesas com pessoal) e no Judiciário (56,9%). (Pág. 6)
Novos grampos complicam Renan e Sarney
Novas gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, delator da Operação Lava-Jato, mostram o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) falando que amigos do ministro Teori Zavascki, do STF, poderiam ser usados para ajudar na tentativa de interferir nas investigações. Sarney diz ainda que Dilma Rousseff negociou pagamento da Odebrecht para João Santana. Nos grampos, revelados pela TV Globo, Renan chama o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de “mau-caráter”. (Págs. 3 a 5)
Dívida externa aumenta 155%
Com incentivo e aval do Tesouro Nacional, a dívida externa dos estados brasileiros aumentou 155% desde 2011, para US$ 29 bilhões (cerca de R$ 105 bilhões). O Rio já suspendeu pagamentos a instituições multilaterais, e teme-se que outros entes da Federação deem calote. (Pág. 15)
Estatais vão vender empresas
Ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho afirma que Petrobras e Eletrobras venderão empreendimentos, como gasodutos, parques eólicos e distribuidoras. (Pág. 17)
Mapa do desemprego – Crise é pior nas grandes cidades (Pág. 18)
Barbárie comove o país
A polícia identificou quatro suspeitos pelo estupro coletivo de uma jovem de 16 anos, numa favela do Rio. O crime, que chocou o país, tem 33 suspeitos. (Pág. 7 e 8)
Auxílio para idoso e deficiente dispara
Benefício de Prestação Continuada já custa R$ 39 bilhões por ano. (Pág. 16)
Colunistas
MERVAL PEREIRA – O PODER DO STF
O papel decisivo do Supremo Tribunal Federal na atual crise. (Pág. 4)
MÍRIAM LEITÃO – AMEAÇA EXTERNA
Temer enfrentará cenário internacional adverso para a economia brasileira. (Pág. 16)
NELSON MOTTA – PAÍS DE TARANTINO
Com a Operação Lava-Jato, malfeitores criam enredo em tempo real. (Pág. 13)
GENTE BOA – SEM SAIA JUSTA
Dilma ficará longe de Temer na abertura da Rio-2016. (SEGUNDO CADERNO)
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O Estado de S. Paulo
Manchete : Áudios mostram Renan e Sarney contra a Lava Jato
Objetivo seria influenciar Teori Zavascki, relator da operação no STF; ex-presidente fala em ‘ditadura da Justiça’
Conversas gravadas do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) indicam articulações dos peemedebistas para tentar influenciar o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF. Os diálogos mostram a preocupação com o avanço da operação. Sarney chega a dizer que “a ditadura da Justiça está implantada” e é “a pior de todas”. Em um dos trechos de conversa entre Sarney e Machado, em10 de março, o ex-presidente diz que vai falar com o ex-ministro do STJ Cesar Asfor Rocha como alguém que teria proximidade com Teori. No dia seguinte, Renan, em diálogo com Sarney e Machado, sugere o advogado Eduardo Ferrão como pessoa próxima ao ministro. Numa outra gravação de Machado, Renan chama o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de “mau-caráter”. (Política A4 e A5)
Coluna do Estadão
Gravações preocupam o governo. Renan Calheiros dita o ritmo das votações no Senado e tem base de apoio fiel. (A4)
Grupo pagou R$ 20 milhões a Pimentel, diz delator
O empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto disse em delação que o Grupo Caoa pagou R$ 20 milhões ao governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), informam Fausto Macedo, Ricardo Brandt e Isadora Peron. Os pagamentos, segundo Bené, ocorreram em 2013 e 2014 e seriam retribuição a duas medidas tomadas pelo petista quando era ministro do Desenvolvimento. (Política A6)
Defesas negam
O advogado de Fernando Pimentel, Eugênio Pacelli, disse que “o governador não recebeu qualquer tipo de vantagem”. José Roberto Batochio, que defende a Caoa, chamou de “delírio” as declarações de Bené. (A6)
Caixa estuda o fechamento de agências deficitárias
Estudo interno mostra que a Caixa Econômica Federal tem uma centena de agências deficitárias. A vice-presidência que cuida da rede recomendou o fechamento de apenas 15 delas, por estarem inoperantes, relata Murilo Rodrigues Alves. O novo presidente do banco, Gilberto Occhi, avalia o estudo. A Caixa tem 4,2 mil agências e pontos de atendimento. (Economia B1)
‘Dilma jamais priorizou cultura’, afirma Calero
Em entrevista ao Estado, o novo ministro da Cultura, Marcelo Calero, defende “ajuste” na Lei Rouanet, de financiamento de projetos culturais por meio de renúncia fiscal, e diz que governo federal dará maior atenção ao setor. (Caderno2 C8)
Brasil e EUA discutirão crise da Venezuela (Internacional A9)
Rio investiga estupro coletivo
A adolescente de 16 anos que foi vítima de estupro e teve imagens publicadas nas redes sociais disse à polícia que foi atacada por 33 homens armados. Ela contou que, no sábado, fora visitar o namorado na zona oeste do Rio e só lembra de ter acordado no dia seguinte,“dopada e nua”, em uma casa desconhecida, cercada por agressores. De acordo com a polícia, quatro envolvidos foram identificados e terão prisão preventiva pedida. (Metrópole A13)
Eliane Cantanhêde
Sinais de fragilidade – Alvo de três frentes de ataque, Temer parece paralisado. Com o presidente frágil em Brasília e nas ruas, cresce a tese de “eleições já”. (Política A6)
Notas&Informações
Quanto antes melhor – Reduzir ao menor tempo possível a interinidade do governoTemer atende ao interesse nacional (A3)
Recessão mais agronegócio – A melhora do saldo comercial reflete a fraqueza da maior parte da economia e o poder do agronegócio (A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete : Crise deixa quase 3 milhões sem ter seguro-desemprego
Direito é válido por até cinco meses; com menos vagas, há mais dificuldade para se recolocar antes do fim do benefício
Com o avanço do desemprego no Brasil, cresce o número de pessoas que perdem o direito ao seguro pago pelo governo federal, que é válido por até cinco meses. De janeiro a maio, 2,9 milhões ficaram sem o benefício, 8% a mais que no mesmo período de 2015. Paralelamente, conseguir recolocação está mais difícil em meio à recessão. Em abril, o mercado de trabalho formal fechou 62.844 vagas. De acordo com o IBGE, 30% dos desocupados em fevereiro nas seis principais regiões metropolitanas do país estavam fora do mercado de trabalho havia mais de seis meses, o maior índice para esse mês desde 2006. O seguro paga até R$ 1.542 mensais e é em geral usado para gastos básicos, como os com alimentos e remédios. A demora das empresas em contratar tem levado trabalhadores a fazer bicos. Receber o valor da rescisão é outro problema. Para pagar aos demitidos, empresas propõem a divisão em parcelas. Uma delas, de Diadema (SP), sugeriu o parcelamento entre 25 e 60 vezes. Segundo Samir Soubhia, juiz da 22ª Vara do Trabalho em SP, parcelar essas verbas, que devem ser quitadas em até dez dias após homologada a rescisão do contrato de trabalho, não consta das leis trabalhistas. (Mercado a9 e a11)
Em áudios, Sarney e Renan discutem como influenciar Lava Jato
Novos diálogos gravados pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado sugerem que os peemedebistas José Sarney (AP) e Renan Calheiros (AL) se articularam para tentar influenciar o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF. Nas gravações, Sarney cita o ministro aposentado do STJ Cesar Asfor Rocha e o advogado Eduardo Ferrão como próximos do relator. Calheiros participa de uma das conversas. Em gravação divulgada pela Folha na segunda (23), o senador Romero Jucá diz que o ministro é “um cara fechado”. Os nomes seriam um canal de acesso a ele. Os novos áudios foram revelados pela TV Globo. Zavascki e Sarney não quiseram comentar. Renan nega obstrução. Asfor Rocha não foi localizado. (Poder a4)
Titular do MinC não vai pedir reintegração de ocupações
O novo ministro da Cultura, Marcelo Calero, afirmou em entrevista à Folha que não vai pedir a reintegração de posse de prédios ligados à pasta, ocupados por manifestantes contrários ao fim do ministério — ato depois anulado pelo governo. Ele reconhece que esse vaivém causou um “trauma” que pode dificultar seu diálogo com a classe artística e diz que sua prioridade é organizar as contas. (Ilustrada C1)
Polícia do Rio apura caso de estupro coletivo de adolescente
A Polícia Civil do Rio abriu inquérito para apurar o estupro coletivo de uma jovem de 16 anos em uma favela de Jacarepaguá (zona oeste). Há 33 suspeitos, e quatro deles já foram identificados. Um vídeo postado em redes sociais na terça-feira (24), no qual a adolescente aparece nua e desacordada e é alvo de deboche, deflagrou a investigação. (Cotidiano b1)
Análise – Cláudia Collucci
Quem acha graça dessa covardia é tão culpado quanto (Cotidiano B1)
Reinaldo Azevedo
Gravações são politicamente irrelevantes (Poder a9)
Fernanda Torres
Nenhum arranjo social é possível em meio ao ódio (C5)
Editoriais
Leia “Debater as prioridades”, acerca de necessária discussão sobre gastos públicos, e “Perda em dobro”, a respeito de plebiscito no Reino Unido. (Opinião a2).
Redação