Jornais do Brasil nesta sexta feira 4 de julho

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04 de agosto de 2017

O Globo

Manchete: Governo tenta apressar reforma da Previdência

Após rejeição da denúncia, Temer mostra confiança na base

Meirelles diz que espera aprovar mudanças na aposentadoria em outubro; Rodrigo Maia faz apelo ao PSDB

A vitória do presidente Temer, que teve a denúncia de corrupção passiva contra ele rejeitada pela Câmara, deixou o governo mais confiante na aprovação da reforma da Previdência ainda este ano. Além dos 263 votos pela rejeição da denúncia, o Planalto conta como favoráveis os 19 deputados ausentes e os dois que se abstiveram. Somando esses 284 com os 106 deputados dos 11 partidos que têm ministros mas deram votos contra o presidente, o Planalto calcula que tem um universo de 390 deputados sobre os quais trabalhará em busca dos 308 votos necessários para a aprovação das mudanças nas regras previdenciárias. O presidente Temer mostrou confiança ontem: “Eu me sinto fortalecido para isso (aprovar a reforma da Previdência)”. Mas a tarefa do Planalto não será fácil. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), afirmou que a prioridade do Planalto deve ser a recomposição da base, especialmente com a ala dissidente do PSDB, que deu 21 votos contra Temer. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que espera a aprovação da reforma da Previdência até outubro, na Câmara e no Senado. (Págs. 3, 4 e 16 e editorial “O que resta a Temer fazer”)

Nó fiscal ameaça contas de 2018

Cumprir o teto de gastos e a meta fiscal de 2018 exigirá esforço extra do governo para cortar despesas e aprovar ajustes. Técnicos da equipe econômica estimam que só a Previdência deve consumir R$ 50 bilhões adicionais no ano que vem, exatamente a margem que o governo terá para ampliar suas despesas pela regra do teto de gastos, informam GERALDA DOCA e MARTHA BECK. (Pág. 15)

MÍRIAM LEITÃO

“Equipe econômica está sendo atropelada pela política”, diz Tasso Jereissati. (Pág. 16)

MERVAL PEREIRA

A falta de lógica nos números da votação da denúncia contra Temer. (Pág. 4)

NELSON MOTTA

Presidente é absolvido por excesso de emendas. (Pág. 13)

LYDIA MEDEIROS

O INSS fará projeto-piloto para reduzir burocracia. (Pág. 2)

JOSÉ PAULO KUPFER

O jogo continua complicado no Congresso. (Pág. 13)

FREI BETTO

Agora, o presidente come na mão dos deputados. (Pág. 5)

Barroso: ‘Operação abafa é visível’

Ministro do Supremo diz, após rejeição da denúncia contra Temer, que ações contra a punição de corrupção são ostensivas no país, mas mostra otimismo: ‘O Brasil já mudou e nada será como antes’ (Pág. 5)

Secretário de Obras de Paes é preso na Lava-Jato

Para procuradores, esquema de Cabral se repetia no município

A Lava-Jato chegou, pela primeira vez, à prefeitura do Rio. Alexandre Pinto, secretário de Obras na gestão do ex-prefeito Eduardo Paes, e outras nove pessoas foram presas. Segundo o Ministério Público, o esquema municipal de corrupção “repetia” o do governo Cabral. A Operação Rio, 40 Graus apurou que empreiteiras pagaram propinas de R$ 27 milhões pelas obras do BRT Transcarioca e R$ 9 milhões pela recuperação ambiental da Bacia de Jacarepaguá. Delatores disseram que Paes não participou do esquema. Em nota, o ex-prefeito afirmou que Alexandre era um técnico e que a notícia decepciona e envergonha. (Pág. 6)

Exército sai, voltam os tiroteios

Sem tropas do Exército nas ruas, os criminosos voltaram à toda: em 24 horas, o Rio registrou 19 tiroteios e 11 roubos de carga. Os militares chamaram de “entressafra” o momento atual e disseram que vão retomar operação. (Pág. 7)

Crise ameaça bolsistas do CNPq

A falta de verbas ameaça a manutenção de 100 mil bolsas de pesquisa financiadas pelo CNPq. O governo ainda tenta encontrar soluções. (Pág. 22)

MP pede anulação da Constituinte

O Ministério Público da Venezuela pediu à Justiça que seja anulada a instalação da Constituinte, prevista para hoje, diante da denúncia de que pelo menos um milhão de votos foram fraudados. (Pág. 21)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Base de Temer no Congresso põe foco na reforma política

Prioridade é criar fundo com recursos públicos para financiar eleições; Meirelles quer reforma da Previdência

Após a Câmara rejeitar denúncia contra o presidente Michel Temer, parlamentares da base aliada querem aprovar a reforma política, que prevê mudanças no sistema político-eleitoral e estabelece um fundo de R$ 3,5 bilhões, com recursos públicos, para financiar eleições. Para que vigorem já no próximo ano, as medidas têm de ser aprovadas em 60 dias. Já o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) espera a aprovação da reforma da Previdência até o final de outubro, e a tributária, em novembro. Deputados do Centrão – do qual fazem parte PP, PSD, PR e PTB – ameaçam votar contra a reforma caso o governo não retalie os que votaram contra Temer. Os senadores Aécio Neves (MG) e Tasso Jereissati (CE) definiram que Tasso continua interinamente na presidência do PSDB, mas conduzirá eleições internas e a escolha do candidato à Presidência da República. (POLÍTICA / PÁGS. A4 a A6 e ECONOMIA / PÁG. B3)

Derrota dos outros

Michel Temer afirmou ontem que a vitória na Câmara deu início à derrota daqueles que querem afastá-lo, voltou a chamar a denúncia por corrupção de “inepta” e disse que as acusações são de “natureza política”. (PÁG. A5)

Ex-secretário de Obras do Rio é preso na Lava Jato

Alexandre Pinto, ex-secretário de Obras da gestão Eduardo Paes (PMDB) no Rio, foi preso ontem pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. Ele é acusado de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Segundo as investigações, foram desviados R$ 36 milhões das obras do BRT Transcarioca e da recuperação da Bacia de Jacarepaguá. Com a ação, a Lava Jato mira a prefeitura do Rio e amplia o foco das investigações da suposta quadrilha chefiada pelo ex-governador Sérgio Cabral. (POLÍTICA / PÁG. A8)

Um terço dos servidores pode se aposentar na próxima década

Quase 2 milhões de servidores, ou um terço do total de funcionários públicos do País, já completaram 50 anos e devem atingir a idade mínima necessária para se aposentar na próxima década. O contingente deve provocar enorme pressão sobre os gastos com a Previdência. A constatação é de nota técnica do Ipea. Os militares estão entre os casos mais preocupantes: mais de 40% têm entre 41 e 50 anos, e suas aposentadorias ocorrem cada vez mais cedo. A situação também tende a se agravar nos Estados. (ECONOMIA / PÁG. B1)

ANS quer fim de carência na troca de plano de saúde

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) colocou ontem em consulta pública o texto que altera a norma da portabilidade de convênios médicos. Uma das principais mudanças será a extinção do período de 120 dias, conhecido como “janela”, para a troca de plano. (METRÓPOLE / PÁG. A13)

MP da Venezuela ouve João Santana (Internacional / Pág. A10)

STF condena União a indenizar a Varig (Econonia / Pág. B10)

Eliane Cantanhêde 

Temer deverá atravessar a pinguela. Questão é saber como fica, com quem e para quê. (POLÍTICA / PÁG. A6)

Notas & Informações 

Vitória da responsabilidade

A exigência de dois terços da Câmara para autorização de instauração de processo contra o presidente serviu para impedir que uma denúncia inepta agravasse a crise. (PÁG. A3)

O povo ficou em casa

Para ir às ruas é preciso motivação clara. Não se troca governo como se troca de camisa. (PÁG. A3)

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Folha de S. Paulo

Manchete : Apoio de deputados a Temer encolhe 40% após delação da JBS

Parte da Câmara que defendeu investigação é pró-reformas, e vice-versa; Meirelles quer votar nova Previdência até outubro

A base de apoio do presidente Michel Temer (PMDB) na Câmara dos Deputados ê quase 40% menor hoje do que no início do ano, antes de virà tona a delação da JBS.

Atê o escândalo, o peemedebista contava com o suporte de 20 partidos que, juntos, têm 416 dos 513 deputados federais. Hoje, cerca de 260 apoiam o governo. Após a divulgação da conversa de Joesley Batista com Temer — uma das bases da denúncia por corrupção barrada na Câmara —, quatro partidos saíram do governo: PSB, Podemos, PPS e PHS.

A nova cifra deixa o Planalto longe dos 308 votos necessários para aprovação de emendas à Constituição, caso da reforma da Previdência. Há, porém, outras variáveis. Deputados do PSDB contrários a Temer na denúncia tendem a apoiar a proposta. Já membros de outras siglas que votaram a favor do presidente se posicionam contra as mudanças.

Ontem, o ministro Henrique Meirelles disse que a reforma pode ser aprovada atê outubro. (Poder A4 e Mercado A17)

Emendas antes de votação favorecem governo e oposição

Análise da Folha mostra que a liberação de verbas às vésperas da votação de denúncia na Câmara beneficiou governistas e oposicionistas. Em média, cada deputado que votou a favor de Temer havia recebido R$ 3,4 milhões em julho; os contrários, R$ 3,2 milhões. (Poder A7)
Temos políticos dignos de filmes B de gângsteres

Enquanto o país vê 3,6 milhões na direção da pobreza, o presidente gastava milhões em suborno para garantir sua sobrevida. Bem-vindo a uma cleptocia que não faz nem sequer questão de consenar as aparências, (Ilustrada C8)
Troca feita por parlamentares é legal e legítima

Não vejo mal nenhum em que o parlamentar, em períodos assim, busque destravar o “recurso X”, a que tem direito, dada a cota orçamentária para tanto. É claro que aumenta seu poder’ de pressão. E de troca. (Poder A10)
Ex-governador de MT implica Blairo Maggi em delação

Em acordo de delação ainda não homologado pelo STF, o ex-governador de Mato Grosso Silvai Barbosa (PMDB) acusa o ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), de integrar esquema quando governava o Estado para liberar precatórios em troca do apoio parlamentar. Ele nega ter usado “meios ilícitos”. (Poder A8)
Lava Jato prende no Rio ex-secretário de Eduardo Paes

Alexandre Pinto, secretário municipal de Obras do Rio na gestão Eduardo Paes (PMDB), foi preso na Lava Jato. Investigações indicam que ele cobrou propina de 1% em obras apontadas como legado da Copa e da Olimpíada. Paes nega irregularidades. A defesa de Pinto não foi localizada. (Poder A8)
Doria prevê licitar estádio e parques em até quatro meses (Cotidiano B1)

Como está fica

Os senadores tucanos Aécio Neves (MG) e Tasso Jereissati(CE), atrás, em Brasília; ficou definido que Tasso continuará como presidente interino do PSDB (Poder A8)

Editoriais

“Alheamento”, sobre votação na Câmara que preservou mandato de Temer, e “Gastos opacos”, a respeito de subsídios em financiamentos oficiais. (Opinião A2).

Redação