jornais do Brasil nesta sexta feira 7 de julho
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07 de julho de 2017
O Globo
Manchete : Governo manobra na CCJ, e PSDB já aposta em Maia
Com medo de derrota, aliados de Temer trocam deputados na comissão
Com medo de derrota, aliados de Temer trocam deputados na comissão
Tasso Jereissati diz que ‘país está chegando à ingovernabilidade’ e que presidente da Câmara tem condições de levar o Brasil até 2018; Eduardo Cunha começa a negociar acordo de delação premiada
A cúpula tucana indicou ontem que a situação política do presidente Temer está cada vez mais grave. O presidente do PSDB, Tasso Jereissati, disse que o país está “chegando à ingovernabilidade”, e que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, reúne “condições de juntar os partidos ao redor do mínimo de estabilidade de que o país precisa”.
Maia afirmou que a denúncia da PGR contra Temer “é grave e tem de ser respeitada”. Enquanto isso, o governo se esforça para trocar integrantes da CCJ, onde hoje não teria os 34 votos para rejeitar a denúncia. Um deputado do PMDB e dois do Solidariedade já foram substituídos. PTB e PR vão fazer o mesmo. O deputado cassado Eduardo Cunha, do grupo de Temer, começou a negociar acordo de delação premiada. (Págs. 3 a 7)
MP reage contra fim de força-tarefa
O fim da força-tarefa da Lava- Jato em Curitiba, anunciado ontem pela Polícia Federal, foi classificado de “retrocesso” pelos procuradores que atuam na operação. (Pág. 7)
Teto de gastos difícil de cumprir
O Executivo tem compensado gastos de outros órgãos que subiram acima do limite de 7% fixado para este ano. Na Defensoria, a alta foi de 19,6% até maio. Com dificuldades para cumprir a meta fiscal, o governo estuda elevar PIS/Cofins da gasolina. (Págs. 19 e 20)
Nova regra pode fazer conta de luz subir 7%
Mudança na regulamentação do setor elétrico proposta pelo governo pode elevar tarifa em 7% e criar preços mais altos para o horário de pico. (Pág. 26)
Para Janot, artigo é inconstitucional
O procurador Rodrigo Janot defendeu que seja declarado inconstitucional artigo da Lei de Direito de Resposta que, para ele, viola os princípios da ampla defesa e da liberdade de informação. (Pág. 10)
Fies terá vagas com juro zero
Novas regras do Fies incluem juro zero para cem mil estudantes de baixa renda. Universitários terão 10% do salário descontados para pagar financiamento. (Pág. 30)
Senado arquiva de vez processo contra Aécio (Pág. 6)
Geddel chora ao saber que vai continuar preso (Pág. 6)
Metade da frota da PM está parada
Por falta de verba para manutenção, metade da frota da PM do Rio está fora de circulação. Comandantes de batalhões estão recorrendo a empresários. (Pág. 13)
Ancelmo Gois
“Prefiro que venha dinheiro ao Exército”, diz Pezão sobre ajuda federal. (Pág. 12)
Merval Pereira
Desmobilização de força-tarefa não pode ser aceita sem um pouco de desconfiança. (Pág. 4)
Lydia Medeiros
Conversas entre PSDB e PT sobre o pós-Temer incluem parlamentarismo. (Pág. 2)
Nelson Motta
Políticos como Geddel são típicos do país e devem ser extintos e estudados. (Pág. 17)
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O Estado de S. Paulo
Manchete : Tasso diz que País caminha para a ‘ingovernabilidade’
Presidente interino do PSDB avalia que Rodrigo Maia poderia garantir ‘travessia’ até eleição de 2018
O presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), disse que o País “caminha para a ingovernabilidade” na gestão do presidente Michel Temer. O dirigente do principal partido aliado a Temer fez também um aceno a Rodrigo Maia (DEM-RJ). O presidente da Câmara assumirá interinamente o Palácio do Planalto caso a denúncia de corrupção passiva contra Temer seja aceita pelos deputados. Embora tenha dito que é “precipitado” falar em nomes para uma eventual transição, Tasso avalia que Maia poderia garantir governabilidade ao País até a eleição de 2018. O Planalto detectou movimento de alas do PSDB e do DEM para tentar viabilizar o nome de Maia. Nos últimos dias, o deputado deixou de ser “líder de governo” e assumiu comportamento mais institucional. Em resposta, Temer reuniu seus ministros e pediu ajuda para assegurar votos na Câmara para garanti-lo no cargo e para aprovar reformas. (Política / Pág. A4)
Temer faz crítica a ‘desarmonia’
Em evento no Planalto, o presidente Michel Temer criticou pessoas que tentariam “desarmonizar os Poderes do Estado” e afirmou que as autoridades são transitórias. (Pág. A6)
Governo tem vantagem mínima no placar da reforma trabalhista
O governo acredita ter o apoio de 42 senadores para aprovar a reforma trabalhista na Casa, um a mais do que o mínimo necessário. Há uma semana, monitoramento indicava que 43 parlamentares eram favoráveis à nova lei. O Planalto tenta convencer cinco senadores em dúvida. (Economia / Pág. B4)
Preso, Geddel chora
O ex-ministro Geddel Vieira Lima chora ao ouvir do juiz Vallisney de Souza Oliveira que continuará detido na Papuda até que seja esclarecido o contexto das ligações telefônicas realizadas para Raquel Pitta, mulher do operador Lúcio Funaro, a quem teria pressionado para obstruir investigações. (Política / Pág. A8)
Presidente do BNDES quer ‘seis anos em seis meses’
Após ter sido criticado pelo setor empresarial por travar o crédito, o BNDES sinaliza com mudanças. O lema do novo presidente da instituição, Paulo Rabello de Castro, é “fazer seis anos em seis meses”. Ele prega medidas para acelerar a concessão de crédito. As iniciativas têm foco nos desembolsos a micro, pequenas e médias empresas, mas crédito para grandes companhias não está descartado. (Economia / Pág. B1)
Fies terá juro zero para 100 mil e nova regra regional
O Fies terá no ano que vem 100 mil vagas destinadas a quem tem renda familiar mensal per capita de até três salários mínimos. Nessa modalidade, as parcelas serão corrigidas pela inflação, sem juros, e começarão a ser pagas depois que o beneficiário estiver empregado. As mudanças foram anunciadas ontem pelo MEC e incluem novas regras para as Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. (Metrópole / Pág. A13)
PF encerra grupo da Lava Jato no PR
A PF extinguiu o Grupo de Trabalho da Operação Lava Jato, criado em Curitiba em 2014 . A medida foi criticada pela força-tarefa do MPF, que pediu a sua revisão. (Pág. A9)
Trump critica Putin antes de reunião (Internacional / Pág. A10)
Vera Magalhães
Tem o dedo de Rodrigo Maia a escolha de Sergio Zveiter para relatar denúncia contra Temer. (Pág. A4)
Celso Ming
A novidade não é a substituição de profissões e negócios, mas a velocidade que acontece. (Economia / Pág. B2)
Eliane Cantanhêde
Colocar Maia não assegura reformas
Nome de Rodrigo Maia é assimilado pelo mundo político e privado, mas trocar Temer por ele não assegura tranquilidade nem reformas. (Pág. A6)
Notas & Informações
Assim a guerra fiscal continua
Projeto de regularização dos benefícios fiscais com base no ICMS que tramita no Senado tem defeitos e pontos perigosos. (Pág. A3)
Falastrão e enganador
Lula está, como sempre, no palanque fazendo pouco da inteligência dos brasileiros. (Pág. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete : Cresce na base de Temer articulação por Maia presidente
Líder interino do PSDB considera que presidente da Câmara pode conduzir transição do país até eleição
As articulações para Rodrigo Maia (DEM-RJ), o primeiro na linha sucessória da Presidência, substituir Michel Temer (PMDB) ganharam corpo na base governista. A denúncia contra Temer, acusado de corrupção, e seu enfraquecimento político têm levado aliados a apostar na ascensão do presidente da Câmara, informam Bruno Boghossian e Marina Dias. O PSDB, principal aliado do Planalto, faz acenos nesse sentido. O presidente interino do partido, senador Tasso Jereissati (CE), disse que Maia tem condições de conduzir a transição do país atê as eleições de 2018. Cássio Cunha Lima (PB), outro senador tucano, foi incisivo em evento com investidores, relata o Painel. “O governo caiu”, afirmou. Maia, que evitava discutir a possibilidade, já admite o cenário a aliados. Ele nega ação contra o governo. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Rodrigo Pacheco, rejeitou pedido para que o procurador-geral e testemunhas sejam ouvidos no processo contra Temer. (Poder A4 e A5)
Relator na CCJ, Sergio Zveiter vem de clã jurídico e é ligado a Maia. (A6)
Cunha cita Temer e ministros em prévia de delação
Preso no Paraná há oito meses, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) finaliza textos para acordo de delação que pretende fechar com procuradores da Lava Jato. Cunha menciona mais de cem fatos e envolve políticos próximos a ele, como o presidente Michel Temer e os ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha. (Poder A8)
PF encerra grupo exclusivo da Lava Jato e sofre críticas
A Polícia Federal encerrou grupo dedicado exclusivamente à Lava Jato em Curitiba. Segundo a PF, os agentes integrarão outro núcleo, e a medida vai aumentar o efetivo no combate à corrupção. Procuradores do Ministério Público Federal classificaram a decisão como “evidente retrocesso”, que prejudica as investigações. (Poder A7)
Crise freia fusões e aquisições de empresas no país
As incertezas sobre o futuro do governo Temer frearam o movimento de fusões e aquisições de empresas no mercado brasileiro, de acordo com dados da Bloomberg. No segundo trimestre, foram registradas 37 transações com valores anunciados, o pior resultado desde 2005. Os negócios somaram US$ 2,9 bilhões. (Mercado A17)
Governo defende que exploração de petróleo tenha regras flexíveis (Mercado A19)
Foto-legenda : Negativa
O ex-ministro Geddel Vieira Lima, preso por suspeita de atrapalhar investigações, depõe à Justiça no DF; ele chorou ao ter pedido de liberdade recusado (Poder A8)
Anvisa utilizará brecha na lei para barrar importação de emagrecedores (Saúde B5)
Cúpula do G20 na Alemanha tem protestos e líderes divididos
Diante de temas como clima e protecionismo, as principais economias do mundo se reúnem hoje na Alemanha para cúpula do G20. Líderes divisivos, como o americano Donald Trump, contra quem a maioria se alinha, estarão presentes, catalisando protestos — que já começaram. Com a crise política, Temer decidiu participar de última hora da reunião, o que inviabilizou encontros bilaterais. Por isso, corre o risco de passar despercebido. (Mundo A12)
Doria recebe só 8% das doações prometidas em SP
Contribuições de empresas na gestão Doria (PSDB) em SP têm ficado aquém das promessas. Dos R$ 626 milhões previstos em doações, 8% se efetivaram. Companhia anunciada como doadora de R$ 20 milhões para manutenção de pontes e áreas verdes ignora o assunto —a prefeitura diz buscar interessados no serviço. (Cotidiano B1)
Nelson Barbosa
Cobrar mais de quem pode mais ajuda a economia
Aumentar a progressividade dos tributos diretos pode ajudar o reequilíbrio fiscal e estimular o crescimento. Há iniciativas no Congresso, desde projetos inviáveis, de criar imposto sobre grandes fortunas, até propostas mais razoáveis, de taxar heranças acima de R$ 5 milhões. (Mercado A34)
Editoriais
Leia “Balança política”, sobre batalha de Temer na Câmara contra afastamento, e “Fies sustentável”, acerca de mudanças no programa estudantil. (Opinião a2).
Redação