Jornais do Brasil nesta terça feira 13 de junho
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13 de junho de 2017
O Globo
Manchete: PSDB fica com Temer após ameaças do PMDB
Aliados do presidente falavam em votar a favor da cassação de Aécio
Decisão pode mudar se houver fatos novos, admitem tucanos; segundo Serra, apesar da manutenção da aliança, deputados do partido não serão obrigados a rejeitar a abertura de processo no STF contra presidente
Pressionado pelo PMDB, que ameaçou até votar a favor da cassação do mandato do senador Aécio Neves, o PSDB decidiu ficar no governo Temer, contrariando parte de seus deputados e senadores. Se houver fatos novos, os tucanos admitem mudar de ideia. Oficialmente, o motivo foi garantir a aprovação das reformas. Desde o fim da semana passada, porém, peemedebistas ameaçavam também impedir alianças para 2018. Segundo o senador José Serra, deputados do partido não serão obrigados a votar pela rejeição da denúncia da PGR contra Temer. (Pág. 3)
EDITORIAL
‘Temer usar Estado em sua defesa é atacar a democracia’ (Pág. 14)
MERVAL PEREIRA
PSDB comete um erro brutal de estratégia. (Pág. 4)
JOSÉ CASADO
Temer se armou para batalha política e judicial. (Pág. 15)
LYDIA MEDEIROS
Crise do governo passa a ser problema do PSDB. (Pág. 2)
Governo agora planeja corrigir o IR e o Bolsa Família (Pág. 18)
Donos da JBS venderam ações e evitaram perda de R$ 116,8 milhões
Em abril e maio, quando os irmãos Batista já negociavam sua delação premiada, os controladores da JBS venderam R$ 483,8 milhões em ações da empresa. Como os papéis caíram mais de 20% após a delação ser divulgada, esses papéis valeriam R$ 116,8 milhões menos hoje. Para especialistas, essas operações caracterizam o uso de informação privilegiada. (Pág. 17)
Temer defende independência dos poderes
Em vídeo nas redes sociais, o presidente Temer defendeu o respeito às leis e se disse vítima de acusações “artificiais e montadas”. Após a denúncia de que a Abin teria sido acionada para espionar o relator da Lava-Jato no STF, Edson Fachin, o que o Planalto nega, Temer disse que instituições públicas que praticam ilícitos aproximam o país da ditadura. Fachin deu prazo de cinco dias para a PF concluir o inquérito sobre Temer. (Pág. 6)
Funaro contrata especialista em delação (Pág. 8)
‘Lista paralela’ para lugar de Janot provoca reação (Pág. 5)
Paulinho perde direitos políticos
O deputado federal Paulinho da Força (SD-SP) foi condenado por improbidade na utilização de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador. Ele pode recorrer. (Pág. 8)
Dólar vai a R$ 3,31 com incertezas
A avaliação do mercado financeiro de que o presidente Temer saiu enfraquecido do julgamento do TSE, apesar da decisão favorável do tribunal à sua permanência no cargo, fez o dólar subir 0,63%, chegando a R$ 3,312. A Bolsa caiu 0,82%. Para analistas, Temer terá dificuldades para levar adiante a agenda de reformas. (Pág. 19)
O ódio petista a bordo
Míriam Leitão
“Foram duas horas de gritos, ameaças e xingamentos por parte de delegados do PT em um voo de Brasília ao Rio. Lula tem estimulado o ódio, citando meu nome com frequência em comícios.” (Pág. 18)
Febre amarela
Casos em Niterói e São Gonçalo (Pág. 10)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Temer define medidas para aliviar dívidas dos Estados
Presidente deve anunciar refinanciamento com o BNDES e a retomada de projeto de venda de créditos
O presidente Michel Temer deve anunciar hoje, em jantar com governadores, a regulamentação do refinanciamento de R$ 50,5 bilhões em dívidas dos Estados com o BNDES e a retomada do projeto de securitização, que permite ao setor público vender créditos de dívidas parceladas por contribuintes. As condições do refinanciamento incluem alongamento de 20 anos no prazo para o pagamento e carência de quatro anos. O Tesouro Nacional estima alívio de R$ 6 bilhões para os Estados em três anos. Em outra frente, com a retomada do projeto de securitização, os Estados têm, pelos cálculos da Procuradoria- Geral da Fazenda Nacional, potencial de venda de R$ 60,5 bilhões de dívidas parceladas. A “agenda positiva” é anunciada no momento em que o presidente busca apoio no Congresso para barrar denúncia do procurador-geral, Rodrigo Janot, que deve sair nos próximos dias. (ECONOMIA / PÁG. B1)
Bolsa fecha em baixa
Em meio a incertezas no cenário político, a Bolsa fechou em baixa de 0,82%, aos 61.700 pontos. O dólar teve alta de 0,78%, atingindo R$ 3,3180, maior cotação desde 18 de maio, quando foi divulgada conversa entre Temer e Joesley Batista. (PÁG. B5)
Com apoio de Alckmin e de Doria, PSDB fica no governo
Principal fiador do governo de Michel Temer no Congresso, o PSDB decidiu ontem em reunião da Executiva Nacional e de líderes do partido que vai permanecer na base aliada. Os tucanos adotaram o discurso de que não podem desembarcar agora do governo, sob o argumento de que um eventual rompimento com Temer poderia prejudicar a aprovação das reformas da Previdência e trabalhista. (POLÍTICA / PÁG. A4)
Paulinho perde direitos políticos
O deputado federal Paulinho da Força (SD-SP) teve os direitos políticos suspensos por determinação do Tribunal Regional da 3ª Região. Ele foi condenado por improbidade na utilização dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). O parlamentar vai recorrer. (PÁG. A8)
Fachin amplia prazo de inquérito contra Temer (Política / Pág.. A6)
Eliane Cantanhêde
Grampo na PGR? Era só o que nos faltava. Em vez de saudáveis divergências, há espionagem e demonização generalizada. (POLÍTICA / PÁG. A6)
Notas & Informações
A inflação no rumo certo
Inflação em queda deixa mais dinheiro no bolso dos consumidores e abre espaço para novos cortes de juros e mais estímulos à produção e à criação de empregos. (PÁG. A3)
Fabricação de crises
Cármen Lúcia, que deveria atuar como bombeiro, despejou gasolina no fogo no caso Abin. (PÁG. A3)
Redação