Jornais do Brasil nesta terça feira 14 de março
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14 de março de 2017
O Globo
Manchete: Congresso insiste em separar caixa 2 de propina
Às vésperas da lista de Janot, Planalto também discute reforma política
Parlamentares querem diferenciar doações de campanha de dinheiro de corrupção; Temer se reunirá amanhã com deputados, senadores e o presidente do TSE para debater regras das eleições de 2018
Em almoço na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, com a presença de parlamentares, ministros e do presidente do TSE, Gilmar Mendes, voltou a ser defendida a aprovação no Congresso de projeto de anistia ao caixa 2. Às vésperas da divulgação da lista de Janot, o presidente Temer se reunirá com líderes do Congresso e Gilmar, amanhã, para debater a reforma política. (Pág. 3, Merval Pereira e Míriam Leitão)
Editorial
Não existe ‘caixa dois do bem’ (Pág. 12)
Um ‘modelo reinante’, ressalta empreiteiro
Para Emílio Odebrecht e o ex-ministro José Eduardo Cardozo, caixa 2 é usual. “Modelo reinante”, disse o empresário. (Pág. 4)
Odebrecht avalia pedir recuperação à Justiça
Para salvar a Odebrecht, reduzida a um terço de seu tamanho original desde o início da Lava-Jato, executivos da empreiteira já estudam pedir recuperação judicial. A empresa responde a processos em 13 países. Lydia Medeiros, (Pág. 2)
CANTINHO DO MORENO
Um ano após o “episódio de Maricá”, Eduardo Paes voltou a telefonar para Lula. (Pág. 2)
Foto-legenda: Em silêncio
De volta ao governo, Eliseu Padilha, acusado por delatores, disse que não falará “sobre o que não existe”. (Pág. 5)
‘Venda de ativos é uma necessidade’
Com uma dívida de US$ 100 bilhões, a maior do mundo entre as petrolíferas, a Petrobras considera seu programa de venda de ativos absolutamente indispensável, disse o presidente da empresa, Pedro Parente, em entrevista a MÍRIAM LEITÃO e RAMONA ORDOÑEZ. À espera de uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), prevista para amanhã, ele afirma que, se o programa atrasar mais, a companhia terá de estudar outras opções para fechar as contas do ano, como reduzir custos e investimentos ou aumentar o preço dos combustíveis. (Pág. 15)
Foto-legenda: Rumo à esteira
A Justiça concedeu liminar que impede cobrança de bagagem em voos, que entraria hoje em vigor. Só três grupos participarão do leilão de concessão dos aeroportos de Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e Florianópolis. (Pág. 18)
Pezão nomeia ré da Lava-Jato
Aliada do deputado Eduardo Cunha, condenada por improbidade e ré na Lava-Jato, Solange Almeida foi nomeada para a recém-criada Secretaria de Proteção e Apoio à Mulher e ao Idoso. Apesar da penúria dos cofres do estado, o governador Pezão disse que não haverá aumento de despesa. E que, “quanto à questão de ela estar respondendo a processo, isso eu também estou”. |(Pág. 7)
Crivella alivia ISS de operadoras
Enquanto planeja aumentar a arrecadação com a taxação de servidores inativos e o aumento do IPTU, o prefeito Crivella propõe a redução da cobrança de ISS das operadoras de cartão de crédito, que cobram 500% de juros ao ano. (Pág. 8)
Estado do Rio tem 30 casos suspeitos
Desde janeiro, cerca de 30 casos suspeitos de febre amarela foram notificados à Vigilância Sanitária, que não informa quantos foram confirmados. No sábado, um morador de Casimiro de Abreu morreu com sintomas da doença. (Pág. 10)
Especialista critica demora na vacinação
O presidente da Sociedade Brasileira de Virologia diz que imunização atrasou. Secretaria de Saúde, porém, afirma que não é preciso pressa. (Pág. 10)
Câmara já propôs 65 emendas
Até ontem, a Câmara recebeu 65 emendas ao projeto de reforma da Previdência, boa parte delas de parlamentares de PMDB e PSDB, o que indica que o governo terá uma dura negociação pela frente. (Pág. 16)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: ‘Caixa 2 sempre foi reinante no País’, diz Emílio Odebrecht
Empresário também afirmou que Antonio Palocci era uma das pessoas identificadas como ‘Italiano’ na empreiteira
O empresário Emílio Odebrecht afirmou em depoimento ao juiz Sérgio Moro que caixa 2 na política sempre houve no País. Emílio admitiu que as três gerações da família à frente da empresa – ele, o pai, Norberto Odebrecht, fundador do grupo, e o filho, Marcelo – fizeram repasses ilegais a políticos e campanhas: “Isso (caixa 2) sempre foi o modelo reinante no País e que veio até recentemente. Porque houve o impedimento e foi a partir de 2014 e 2015. Mas, até então, sempre existiu, desde a época do meu pai, da minha época e também de Marcelo, de todos aqueles que foram executivos do grupo”. Ele disse que, “com certeza”, o ex-ministro Antonio Palocci era uma das pessoas identificadas como “Italiano” na empresa e que não tinha dúvida de que ele intermediou pagamentos ilegais ao PT. O ex-ministro José Eduardo Cardozo (PT) disse em depoimento que a prática de caixa 2 deve ser dissociada de outros crimes. (POLÍTICA / PÁG. A4)
Eliane Cantanhêde
Segredos de polichinelo
Emílio Odebrecht tem razão ao dizer que “doações por fora” eram da cultura política. Mas, quanto mais a opinião pública se preocupa com caixa 2, menos foco se dá a crimes mais cabeludos. (PÁG. A6)
Concessão da BR-153, da Galvão, deve ser cassada
A concessão da BR-153 – trecho de 624,8 km entre Anápolis (GO) e Aliança do Tocantins (TO) –, da Galvão Engenharia, deve ser cassada pelo governo. Se concretizada, será a primeira punição do tipo aplicada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A empreiteira não fez investimentos na rodovia e enfrenta problemas com a Lava Jato e o BNDES. (ECONOMIA / PÁG. B1)
Justiça proíbe aéreas de cobrar por bagagem
Na véspera de as empresas aéreas poderem começar a cobrar pelas bagagens despachadas, a Justiça Federal derrubou ontem, em caráter liminar, norma que permitia a prática. A Anac recorreu da decisão no fim da tarde de ontem. (ECONOMIA / PÁG. B16)
Delação não é motivo para sair, afirma Padilha
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que voltou de licença médica, disse que as delações de ex-executivos da Odebrecht envolvendo o nome dele não são motivo para sair do governo. “Só citação de delator não é motivo para nada”, afirmou. (POLÍTICA / PÁG. A7)
Ministro exclui citação a Aécio em ação no TSE (Política/ Pág. A5)
Denúncia de assédio sexual em ônibus e trem sobe 850%
As denúncias de crime de assédio sexual – estupro, ato obsceno, importunação ofensiva ao pudor e estupro de vulnerável – nos transportes coletivos de São Paulo aumentaram 850% nos últimos quatro anos. Os dados são de levantamento sobre boletins de ocorrência de agressões entre 2013 e 2016, obtido por meio da Lei de Acesso à Informação. As vítimas relatam constrangimento e medo em ônibus, metrô e trens da CPTM. (METRÓPOLE / PÁG. A10)
Notas & Informações
O mau uso do Fundo Partidário
A festança com dinheiro público não tem hora para acabar. Os partidos são essenciais para o funcionamento da democracia representativa, desde que sejam sérios. (PÁG. A3)
Investimento e incerteza
Governo terá de ser ágil e eficiente para tornar investimento fator de reativação econômica. (PÁG. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete : Caixa 2 era modelo reinante, afirma Emílio Odebrecht
Em depoimento a Sergio Moro, o patriarca da empreiteira diz que doações não oficiais a partidos sempre existiram
O executivo Emílio Odebrecht, patriarca da empreiteira Odebrecht e presidente do Conselho de Administração da empresa, disse à Justiça que o caixa dois era um “modelo reinante” no país.
“Sempre existiu. Desde a minha época, da época do meu pai [Norberto] e também de Marcelo [Odebrecht]”, afirmou em depoimento ao juiz Sergio Moro. De acordo com ele, a Odebrecht doava para todos os partidos, por dentro e por fora, muitas vezes com “uma mescla” de recursos oficiais e não oficiais.
Emílio, que se afastou da rotina da empresa a partir de 2001, afirmou que, em sua época na empreiteira, havia apenas um responsável por operacionalizar as doações não contabilizadas.
Seu filho Marcelo, ex-presidente do grupo, estabeleceu um sistema mais ambicioso, criando o Setor de Operações Estruturadas, um “departamento da propina”.
Ele falou como testemunha de defesa de Marcelo, em ação contra o ex-ministro Antonio Palocci. (Poder A4)
Odebrecht chegou a dar R$ 35 mi de propina e caixa 2 num dia, afirma ex-diretor da empresa ao TSE. (Poder A6)
Líderes articulam no Congresso um projeto que blinde doações eleitorais (Poder A7)
Hélio Schwartsman
Sem mutirão do STF, foro especial gera impunidade (Opinião A2)
Forças Armadas aceitam elevar a idade do regime de aposentadoria (Mercado pág. 1)
0 ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) voltou ao trabalho após licença médica; citado na Lava Jato por delator, ele afirmou que não vai falar sobre ‘o que não existe’ (Poder A8)
Nova regra para viagens aéreas estreia com dúvidas e veto
Alvo de diversas dúvidas dos passageiros, as novas regras do setor aéreo sobre bagagens, compra de passagens e adiamento de viagens começam a valer hoje. Uma das normas, que autorizaria a cobrança por bagagens despachadas, foi suspensa pela Justiça ontem. A liminar foi concedida a pedido do Ministério Público Federal, sob argumento de que a cobrança fere os direitos do consumidor. A Anac vai recorrer. (Cotidiano B1)
Leilão para gerir aeroportos tem três desistências
Pelo menos três grupos desistiram do leilão de concessão dos aeroportos de Fortaleza, Salvador, Florianópolis e Porto Alegre, marcado para esta quinta (16). A avaliação ê que eles exigirão mais recursos do que o previsto e trarão receitas menores.
Permanecem no pleito três grupos. Foram apresentadas propostas para todos os aeroportos. O governo espera captar R$ 3 bilhões com as outorgas. (Mercado pág. 4)
Governo Doria omite dados da fila do Corujão
Em meio à comemoração pela realização de 250 mil exames do programa Corujão da Saúde, a gestão João Doria (PSDB) não informa qual ê a situação atual da fila de espera. Há mais de um mês, a Folha pede as informações.
A prefeitura diz não saber quantos estavam na fila em 2016 e quantos entraram na espera neste ano. Em evento, o secretário da Saúde, Wilson Pollara, afirmou que, da fila herdada da gestão Haddad, restam 51 mil à espera do agendamento. (Cotidiano B3)
Editoriais
“Prioridades militares”, sobre estrutura de gastos das Forças Armadas, e “Fiasco na fronteira”, acerca da política de repressão ao narcotráfico. (Opinião A2).
Redação