Jornais do Brasil nesta terça feira 15 de agosto
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15 de agosto de 2017
O Globo
Manchete: Pressão de aliados dificulta a revisão do rombo fiscal
Congresso cobra liberação de recursos e não aceita subir tributo
Líderes e ministros da área política querem meta de déficit maior, de R$ 170 bilhões. Fazenda insiste em R$ 159 bilhões, mas presidente Temer avisa que não será possível contar com recursos do Refis original
Após pressão de líderes do Congresso e de ministros da área política para elevar a R$ 170 bilhões o déficit fiscal previsto para 2017 e 2018, facilitando assim a liberação de verbas às vésperas do ano eleitoral, o presidente Temer foi convencido pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a fazer uma revisão menor no rombo, para R$ 159 bilhões. Porém, avisou a Meirelles que não vai propor aumento de impostos nem conseguirá aprovar, no Congresso, o texto original do Refis, programa de refinanciamento de dívidas que geraria arrecadação extra de R$ 13 bilhões. Diante do impasse, o governo adiou o anúncio da nova meta fiscal, o que levou o dólar a subir 0,88%, para R$ 3,203. (Págs. 15 e 16)
Câmara tenta driblar fim das coligações
Proposta cria federações para dar sobrevivência a partidos menores, afetados por cláusula de barreira (Pág. 5)
EDITORIAL
‘As deformações no projeto da reforma política’ (Pág. 12)
MERVAL PEREIRA
Fundão já nasceu inconstitucional e poderá ser contestado. (Pág. 4)
MODESTO CARVALHOSA
Fundo fere princípio da separação entre público e privado. (Pág. 13)
CARLOS ANDREAZZA
Distritão favorece a eleição de 513 Tiriricas. (Pág. 13)
MÍRIAM LEITÃO
Temer chama políticos para decidir, e eles pedem gastos. (Pág. 16)
JOSÉ CASADO
Vista de Brasília, a crise é um problema muito distante. (Pág. 13)
Direito de ir e vir à mercê do tráfico
Como uma procissão, grupos de moradores do Jacarezinho voltam para casa após mais de duas horas esperando o fim de um tiroteio entre policiais e bandidos. A cena retrata uma triste rotina que volta com a escalada da violência. O chefe do tráfico da favela foi preso domingo, em Luiziânia, Goiás. Em Brasília, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, criticou o secretário de Segurança do Rio, Roberto Sá, e disse que falta polícia nas ruas. (Pág. 7)
Santos Dumont fica com Infraero
O governo decidiu privatizar o aeroporto de Congonhas, em SP, mas recuou no caso do Santos Dumont, no Rio, para preservar a Infraero. (Pág. 16)
Volks vai investir R$ 2,6 bi no Brasil
A Volkswagen anunciou que vai investir R$ 2,6 bilhões em sua fábrica de São Bernardo do Campo (SP) para produzir dois novos modelos. (Pág. 18)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: MPF diz que Joesley omitiu crime e quer cobrar R$ 1 bi
Valor se somaria aos R$ 10,3 bilhões que a J&F terá de pagar no acordo de leniência firmado com força-tarefa
O procurador Ivan Marx, do MPF em Brasília, afirma que o empresário Joesley Batista e outros executivos do Grupo J&F esconderam em delação premiada crimes praticados no BNDES. Apesar da imunidade penal obtida pelos delatores no acordo com a Procuradoria-Geral da República, Marx diz que as fraudes em aportes feitos na empresa estão demonstradas. Ele pretende apresentar denúncia e cobrar R$ 1 bilhão por prejuízos ao erário, informam Fábio Fabrini e Fabio Serapião. Segundo Marx, o valor não foi coberto pelo acordo de leniência de R$ 10,3 bilhões firmado pelo MPF com a J&F. A negociação foi conduzida pelos procuradores da Operação Greenfield, que apura desvios em negócios do frigorífico e em outras empresas do grupo. “Nós (da Bullish) não aderimos a esse acordo”, diz. A JBS não se manifestou. O BNDES não comentou. (POLÍTICA / PÁG. A4)
Governo quer elevar alíquota previdenciária de servidores
O governo estuda elevação da contribuição previdenciária de servidores federais dos atuais 11% para até 14%, medida que poderia render R$ 1,9 bilhão para diminuir o rombo no Orçamento da União. Pela proposta em análise, seriam estabelecidas diferentes faixas de contribuição, conforme o salário, modelo que já existe no INSS. (ECONOMIA / PÁG. B1)
Sob pressão, Fazenda adia anúncio da meta
Sob pressão de parlamentares por um déficit maior, a equipe econômica adiou o anúncio de aumento do teto para o rombo das contas públicas. O governo avalia incluir R$ 25 bilhões como previsão de receitas com privatizações no Orçamento de 2018 para evitar que o rombo passe de R$ 159 bilhões. (ECONOMIA / PÁG. B1)
Escassez de recursos afeta fiscalização de fronteiras
A falta de recursos para as Forças Armadas, revelada ontem pelo Estado, interrompeu a implementação do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras. Criado em 2012 e previsto para ser concluído em dez anos, o Sisfron só cobre 600 km de uma faixa de 17 mil km de fronteiras. O prazo de conclusão foi adiado para 2040. O sistema teve contingenciados R$ 166 milhões dos R$ 427 milhões previstos pelo Exército para 2017. (POLÍTICA / PÁG. A8)
Insegurança afeta 1 em 3 empresas
Estudo estima que indústria tenha perdido R$ 27 bilhões com crimes em 2016
O empresário Celso Prata mostra dispositivo de segurança que aciona a polícia em caso de movimentação suspeita em sua empresa, em São Paulo. Levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) com 2.952 companhias mostra que quase uma a cada três foi alvo de furto, roubo ou vandalismo no ano passado. Somado aos gastos com seguro e segurança privada, o prejuízo estimado é de R$ 27 bilhões. (ECONOMIA / PÁGS. B4 e B5)
SUS vai fazer exame pré-nupcial, diz ministro
O ministro Ricardo Barros (Saúde) anunciou ontem, após o Summit Saúde Brasil, promovido pelo Estado, que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferecerá um exame pré-nupcial aos casais que quiserem saber se há maior risco de gerarem um bebê com doença genética. Ainda não há previsão de quando o exame estará disponível. (METRÓPOLE / PÁG. A13)
Reação a ‘distritão’ faz Câmara adiar reforma (Política / Pág. A6)
Eliane Cantanhêde
Seja Doria ou seja Alckmin o nome para 2018, o PSDB deve atrair o DEM e o PMDB. (POLÍTICA / PÁG. A6)
Notas & Informações
Só votar não basta
Pode-se aperfeiçoar o sistema político com uma reforma, mas nada terá efeito enquanto houver quem acredite que o exercício da democracia e da cidadania se resume à hora do voto. (PÁG. A3)
Sem força para crescer
O governo precisa cuidar de estímulos diretos ao crescimento econômico. (PÁG. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete : Rio em crise tem um PM morto a cada dois dias
Estado caminha para recorde de ataques a policiais desde 1994, como reflexo de alta de confrontos e rombo financeiro
Em meio à crise financeira e ã escalada de violência, o Estado do Rio de Janeiro soma 97 policiais militares assassinados neste ano, média de um a cada dois dias. Os ataques a policiais (tanto em serviço como de folga e aposentados) crescem desde 2016, quando houve 147 mortes no ano.
No ritmo atual, os assassinatos de PMs caminham para a maior marca desde 1994. O Estado de São Paulo, por exemplo, teve 22 PMs mortos no primeiro semestre — menos de um por semana, embora seu efetivo seja quase o dobro.
O fenômeno no Rio ê reflexo do aumento de confrontos com grupos criminosos e da crise nos cofres do Estado, que ocasiona atraso em salários de policiais e queixas de precarização de equipamentos, como coletes à prova de balas.
As mortes registradas após intervenção policial também subiram neste ano (45%) e chegaram a três por dia. Os homicídios e roubos em geral estão em alta. O secretário de Segurança do Rio, Roberto Sá, defende endurecer a legislação para quem porta fuzis. A PM diz ter adotado em treinamento instruções para policiais em folga. (Cotidiano B1)
Disputa entre alas do governo adia anúncio da nova meta fiscal
Um disputa entre as alas política e econômica fez o governo adiar o anúncio do novo déficit das contas públicas — que deve ocorrer hoje. Políticos querem abrir espaço no Orçamento de 2018 para obras e emendas parlamentares congeladas e, para isso, pleiteiam ampliar o rombo para R$ 177 bilhões.
A nova meta aumentaria a dívida do governo, que precisaria emprestar dinheiro no mercado para financiar as despesas. A Fazenda ê contra e defende R$ 159 bilhões como limite, neste ano e no próximo. (Mercado A15)
JBS divulga lucro 80% menor após acordo de delação
A JBS teve um lucro líquido de R$ 309,8 milhões no segundo trimestre, quase 80% inferior ao R$ 1,54 bilhão registrado no mesmo período do ano passado. Essa foi a primeira divulgação de resultados da empresa depois que acordo de delação premiada admitindo pagamento de propina a políticos veio à tona. (Mercado A24)
Relator recebia votos prontos, diz delator da Zelotes
Primeiro delator da Operação Zelotes, o auditor aposentado Paulo Roberto Cortez disse que entregava votos prontos ao ex-conselheiro do Carf José Ricardo Silva. O órgão analisa recursos de empresas multadas pela Receita. A defesa de Silva não foi localizada. (Mercado A23)
Câmara discute a divisão de fundo de R$3,6 bilhões
A Câmara pode começar a votar hoje regras para repartir entre partidos e candidatos os R$ 3,6 bilhões de fundo público para campanhas eleitorais. O tema deve ser o mais polêmico na retomada da discussão da reforma política. Deputados querem fatia maior da verba. (Poder A4)
Trump afirma que supremacistas são repugnantes
Dois dias depois do confronto em Charlottesville (Virgínia), e após ter sido instado a se posicionar com clareza, Donald Trump tachou de repugnantes “aqueles que causam violência em nome do racismo”. No ato, um carro atropelou manifestantes que se opunham aos extremistas, deixando um morto e 19 feridos. (Mundo A10)
Maduro reage aos EUA e convoca exercício militar (Mundo A13)
Editoriais
“Candidatos em trânsito”, sobre viagens de Alckmin, Doria e Lula, e “Tolerância à Trump”, a respeito de violência de grupos racistas nos EUA. (Opinião A2).
Redação